Câmara cria o Dia do Orgulho Hétero em São Paulo
Após polêmica que teve início
em 2005, a Câmara Municipal aprovou ontem em segunda e definitiva
discussão o projeto do vereador evangélico Carlos Apolinário (DEM) que
cria o Dia do Orgulho Heterossexual em São Paulo, destacou nesta
quarta-feira o jornal O Estado de S.Paulo. Segundo o jornal, a aprovação
simbólica do projeto foi articulada pelos líderes e teve como objetivo
evitar paralisia na votação de um pacote com mais de 70 projetos de
parlamentares. A Assessoria de Imprensa da Prefeitura informou que “o
prefeito Gilberto Kassab (sem partido) vai tomar conhecimento do projeto
antes de fazer qualquer tipo de manifestação”.
No fim do primeiro semestre, Apolinário
obstruiu outras propostas de seus colegas em repúdio à bancada do PT,
que rejeitava a votação do Dia Hétero. Ontem, na primeira sessão após o
recesso de julho, o parlamentar, líder da Igreja Assembleia de Deus,
ameaçava fazer a mesma obstrução, caso seu projeto não fosse votado.
Apolinário poderia, por exemplo, discutir cada projeto durante 30
minutos na tribuna.
Para impedir isso, o líder da bancada petista, Ítalo Cardoso, não
pediu votação nominal, o que permitiu que a proposta fosse aprovada em
votação simbólica, mesmo com o voto contrário de 19 dos 39 vereadores
que estavam no plenário. Manifestaram-se contra o projeto os vereadores
Cláudio Fonseca (PPS), Cláudio Prado (PDT), Gilberto Natalini (sem
partido), Juscelino Gadelha (sem partido), Roberto Trípoli (PV), Eliseu
Gabriel (PSB), os 11 da bancada do PT, além de Netinho de Paula e Jamil
Murad, ambos do PCdoB.
Polêmica. Líder do PPS, Claudio Fonseca considera que o projeto cria
“algo novo” na capital paulista. “Parece até uma nova classificação para
um tipo de ser especial na cidade”, ironizou o parlamentar.
O presidente da Câmara também afirmou que, caso estivesse no
plenário, teria votado contra o projeto. Police Neto, aliado de Kassab,
disse ver “grandes chances” de veto do Executivo ao projeto. “O que não
poderia mais ocorrer é uma matéria sem importância como essa atrapalhar a
votação de projetos que estão em análise na Casa desde a década de
1990. Por isso, o PT permitiu a votação simbólica”, argumentou o
presidente. Depois da aprovação, mais de 20 projetos foram votados na
Casa.
O Dia Hétero havia sido aprovado em primeira discussão em 2007. Nos
últimos quatro anos, causou polêmica toda vez que era levado para
discussão em plenário. Muitas vezes, sessões extraordinárias com temas
importantes em discussão foram derrubadas, por causa dos acalorados
debates acerca do tema.
Apolinário, autor da proposta, negou estar incentivando a violência
contra os homossexuais, como acusam os vereadores do PT. “O projeto é um
protesto contra os privilégios dados aos gays.”
Fonte: Agência de Notícias
Emitir opinião contrária a da maioria é algos que sempre gera discussões e desavenças, mas se é necessário. A última frase deste post é o que revela a real intenção desse projeto, que não é inútil como os vereadores do PT argumentaram, mas sim uma forma de chamar a atenção para que o resto da sociedade não saia prejudicada com o excesso de privilégios que os homossexuais estão tendo, nem os cidadãos negros do nosso país tem tantos direitos e eles continuam a ser discriminados. Se querem votar contra projetos inúteis que digam não ao PLC:122.
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