Quem não gostaria de desfrutar de uma vida saudável e livre de
enfermidades? Sabemos que enquanto vivermos em um corpo corruptível, por
mais que venhamos cuidar da nossa saúde e bem-estar, estaremos sujeito
as doenças e as intempéries desta vida. Somente estaremos livres, para
todo o sempre, o dia em que recebermos um corpo glorificado, não mais
sujeito a morte (1 Co 15.52). Essa é a nossa viva esperança!
“A descida até a depressão
Quando sentimentos de dor e raiva, de tristeza e
sofrimento vêm à tona, eles podem nos empurrar para as trevas da
depressão. Julie, de novo, descreve como isso aconteceu com ela: Por anos senti uma profunda depressão. Obviamente,
essa não era minha ideia de cura. Na época, senti-me como se andasse
‘para trás’, em vez de ‘para frente’. Não podia falar, exceto para orar.
Em três meses, perdi 22,5 quilos. De maneira estranha, mesmo apesar de
conhecer a esperança de Cristo, meu coração estava privado de esperança.
A tristeza e o sofrimento continuavam brotando em mim, e a princípio,
parecia que não havia fim para isso.
As pessoas que se encontram em trevas densas, com
frequência, precisam ver um médico ou psiquiatra que podem prescrever
antidepressivos. Em alguns casos, elas podem, até mesmo, precisar de
hospitalização. Acima de tudo, elas precisarão de rede de apoio —
membros da família e amigos, pequenos grupos da igreja, um pastor ou
conselheiro — para guiá-las, encorajá-las e, mais que tudo, amá-las ao
longo do negro túnel da dor” (SEAMANDS, S. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz. 1.ed., RJ: CPAD, 2006, p.132).
Nessa lição, veremos que pessoas santas e fiéis ao
Senhor padeceram por causa de doenças e enfermidades, mas pela fé
receberam forças para vencer o sofrimento. A Palavra de Deus garante-nos
que um dia, nós os salvos em Jesus Cristo, seremos transformados,
receberemos um novo corpo e nunca mais morreremos (1 Co 15.52). Todavia,
enquanto estivermos nesse mundo, vivendo em um corpo corruptível,
estaremos sujeitos a dores e enfermidades. Muitos cristãos,
equivocadamente, acreditam que a enfermidade na vida do crente sempre é
fruto de algum pecado oculto ou até mesmo obra do Diabo, mas raramente
essas são as reais causas (Jo 11.4).
1. A queda e as enfermidades. Muitas pessoas
insistem em afirmar que o crente fiel jamais pode ser acometido por
enfermidades. Porém, a Bíblia menciona diversos casos de homens tementes
a Deus que sofreram com as enfermidades. A pergunta então é inevitável:
Qual é a origem das doenças, já que Deus não criou o homem para
enfermar ou morrer? Antes da queda, Adão desfrutava de uma saúde
perfeita e deveria viver eternamente em comunhão com o Criador. Mas ele
pecou, desobedecendo a Deus. Como o “salário do pecado é a morte”, Adão
enfermou no corpo, na alma e no espírito (Rm 6.23 cf. Gn 3.19). A
enfermidade é consequência direta desse rompimento da relação entre Deus
e a humanidade, e não deve ser confundida com a vontade do
Todo-Poderoso. Todavia, isso não significa que toda vez que uma pessoa
adoece é porque está em pecado.
Certa vez, diante de um homem cego, os discípulos de
Jesus perguntaram-lhe: “Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que
nascesse cego?” (Jo 9.2). Eles acreditavam que a cegueira daquele homem
era resultado de alguma desobediência específica. Porém, Jesus lhes
disse: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se
manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9.3). Pode parecer estranho aos
nossos olhos, mas aquela enfermidade era para que o nome de Jesus fosse
glorificado. Quem sabe você não está sendo acometido de alguma doença
para que o nome do Senhor seja glorificado na sua vida?
2. Provados pelas enfermidades. Quem não quer desfrutar de uma
boa saúde? Algumas enfermidades geram limitações que nos impedem até
mesmo de realizarmos a obra do Senhor. Porém, o Pai Celeste permite
algumas vezes que sejamos provados para que a nossa fé cresça mediante
uma maior experiência e comunhão com Ele. O corpo pode estar debilitado
pela doença, mas o espírito, como resultado da confiança em Deus, está
forte. Na Bíblia, temos muitos exemplos de homens fiéis que foram
acometidos por enfermidades: Ezequias (2 Rs 20.1-11), Jó (Jó 1.1-22),
Timóteo (1 Tm 5.23). Nos momentos de dor e aflição, corra para os braços
do Pai Celeste! Muitos pensam que chorar é sinal de fraqueza, mas não o
é. Chore, e coloque diante do Senhor toda a sua dor e sofrimento (1 Pe
5.7). Deus é o dono da vida. A palavra final é sempre dEle!
3. Enfermidades de origem maligna. Existem enfermidades cuja
origem é maligna? Sim, a Bíblia relata vários casos (Mc 9.17; Lc
13.10-17). Porém, o inimigo das nossas almas não pode tocar na vida e na
saúde de ninguém sem a permissão de Deus (Jó 2.6). A enfermidade física
não significa necessariamente que alguém esteja experimentando alguma
forma de “possessão demoníaca” (1 Jo 5.18; 2 Ts 3.3).
1. Depressão. É comum as pessoas confundirem
depressão com tristeza. Contudo, existe uma grande diferença. A
depressão não é somente uma tristeza, embora o desalento, sem uma causa
aparente, seja um dos seus muitos sintomas. A depressão é uma doença.
Chegou a ser considerada por alguns especialistas como a doença do
século. Vários são os fatores que podem causá-la: medicamentos, doenças
físicas, período pós-parto, etc. Muitos ainda teimam em afirmar que o
crente jamais fica deprimido, porém, basta ler a Bíblia para encontrar
casos em que servos de Deus enfrentaram essa terrível enfermidade (1 Rs
19.4,9,10). Caso você também esteja passando por um período de
depressão, não se constranja. Ore ao Senhor e não deixe de procurar
ajuda médica (Mt 9.12).
2. Síndrome do pânico. A síndrome é
basicamente um conjunto de sinais e sintomas que pode ser produzido por
mais de uma causa. Quem padece da síndrome do pânico — um pavor
repentino e incontrolável — apresenta os seguintes sintomas:
taquicardia, sudorese, aumento da pressão arterial e tontura. É preciso
muita oração, apoio da família e da igreja, além de tratamento médico
especializado. Recitar textos bíblicos que falam a respeito da segurança
em Deus ajuda aqueles que estão enfrentando o problema (Sl 3.5). Deve,
porém, ficar claro que a síndrome do pânico é uma doença, logo não
significa falta de fé ou covardia.
3. As doenças psicossomáticas. As doenças
psicossomáticas manifestam-se quando os desajustes do sistema emocional
transformam-se em doenças físicas. Estando o sistema emocional abalado,
possivelmente haverá reflexos no corpo. A pessoa emocionalmente
fragilizada ou estressada pode vir a ter dor de estômago, insônia,
fadiga, artrite e dores de cabeça. As causas de tais sintomas não se
encontram em nosso físico, mas na mente. A fé em Jesus Cristo e na sua
Palavra é um excelente remédio para ajudar-nos a manter a saúde física e
mental. Orar e meditar na Palavra de Deus também é uma forma eficiente
de cuidado com a saúde (Pv 4.20-22).
1. Não culpar ou questionar a Deus. Muitos
crentes ao enfrentar uma enfermidade culpam ao Senhor e,
martirizando-se, questionam: “Por que Deus?”. Assim agiu o rei Ezequias,
mas Deus acrescentou-lhe mais quinze anos (Is 38.5). Contudo, durante
esse período de sobrevida, ele cometeu um de seus maiores erros (Is
39.1-8). Não podemos nos esquecer de que somos pó e que um dia ao pó
haveremos de retornar (Gn 3.19). Diante da vontade do Todo-Poderoso,
portemo-nos humildes e não autossuficientes.
2. Confiar em meio à dor. A dor e o
sofrimento não devem afastar-nos da presença do Pai Celeste; ambos devem
servir para que aprendamos a confiar ainda mais no Senhor. Até mesmo
diante da morte, o crente verdadeiro pode temer, todavia, não se
assombra e continua a confiar: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da
morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo [...] (Sl 23.4 —
ARA)”.
3. A espera de um milagre. Deus é imutável!
Ele continua a operar milagres e maravilhas. Todavia, não podemos nos
esquecer da sua soberania. Ele opera quando quer e a sua maneira de agir
é única. Não desista, continue a confiar no poder do Altíssimo, pois
sua esperança não será frustrada (Pv 23.18). O homem sem Deus desconhece
o seu futuro, mas o crente tem a certeza da vida eterna e sabe que o
Todo-Poderoso jamais nos deixará: “O Senhor conhece os dias dos retos, e
a sua herança permanecerá para sempre” (Sl 37.18).
O crente não está imune as enfermidades. Mas a nossa vitória sobre as
doenças está na confiança em Deus. Ele nos ama e jamais nos abandona em
meio à dor e ao sofrimento. Se você tem sido assolado pelas
enfermidades, não se desespere! Confie no Senhor e ouça a sua voz: “Não
temas, pois, porque estou contigo” (Is 43.5).
Por
Dc. Geazi Santos
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