segunda-feira, 8 de abril de 2013

Lição 2 - Lições Bíblicas - CPAD - 2º trimestre 2013




O padrão para o matrimonio bíblico e que seja realizado entre um homem e uma mulher. E dentro dessa única e correta perspectiva, ha mandamentos diretos para ambos os cônjuges. Para o homem, Deus ordena que seja amoroso para com sua esposa, da mesma forma que Cristo o foi com a Igreja: Ele se entregou a morte por ela. Ele morreu para que ela pudesse viver, e Ele cuida de tal forma dela que a apresentara "gloriosa, sem macula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível" (Ef 5.27). Isso nos mostra que Jesus não utiliza de seu poder para subjugar a Igreja ou para dizer que ela precisa ser submissa (como alguns homens fazem, anulando a opinião de suas esposas, como se elas fossem incapazes de serem ajudadoras), mas mostra que ha comunhão entre Jesus e a Igreja, a ponto de o amor fazer a diferença. 


Paulo diz que "Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo" (Ef 5.28). Para Deus, a forma com que o esposo trata a esposa e tão importante que pode impedir as orações dele, se ele dera sua esposa um tratamento injusto ou desonra-la. Para a mulher, Deus espera que seja uma ajudadora e uma pessoa submissa. Ajudadora no sentido de cooperar com seu esposo, de ajuda-lo a tomar decisões a luz da Palavra de Deus, de cuidar do lar (até da economia domestica, como a mulher virtuosa de Provérbios 31), de cuidar dos filhos e acompanhar sua educação e crescimento. E evidente que, em nossos dias, o papel da mulher tem ido além dessa descrição bíblica, pois o publico feminino tem entrado no mercado de trabalho com forca e capacidade generosas. Ha mulheres que foram abandonadas por seus esposos, e que tiveram de ir atrás de recursos para suster suas famílias. Há outras que ficaram viúvas, e outras ainda que não chegaram a constituir uma família formalmente, pois, apos a gravidez, o pai da criança negou-se a assumir sua parte como pai e provedor. Ha ainda mulheres que desejam ser independentes financeiramente, e vão em busca de seus objetivos. Ha, portanto, diversos motivos que empurram as mulheres para o mercado de trabalho. Deus não aprova a bigamia, nem qualquer tentativa de conciliar a convivência conjugal de um homem e duas mulheres ou de uma mulher e dois homens. Essas coisas ofendem o padrão estabelecido por Deus para o casamento. Mesmo os homens de Deus descritos na Bíblia como tendo mais de uma esposa, como Abraão, Jacó, Davi ou Salomão, nunca foram felizes em seus casamentos por desrespeitarem o principio divino da monogamia.Revista Ensinado Cristão CPAD n" 54, p.37.


COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO

Para Deus, só existe casamento pela união entre um homem e uma mulher, união monogâmica e heterossexual. Fora desse formato é abominação a Deus. Os propósitos do casamento transcendem à visão hedonista e simplista, dos materialistas, que veem o ser humano no mesmo nível dos animais irracionais. Em sua percepção divina, o Criador viu que não seria bom o homem viver na solidão. E criou a mulher para completar o que lhe faltaria em sua existência. Foi a segunda grande decisão de Deus. Unir o homem e a mulher, “macho e fêmea”, instituindo, assim o casamento, não só para a procriação da raça humana, mas para a formação da família. O Diabo atacou o plano de Deus para o casamento. Ao longo dos séculos, ele tem induzido os homens a aceitarem outras formas de união, contrárias ao plano de Deus. O homossexualismo tem assumido proporções gigantescas, com apoio de governos, legislativos e judiciários. É uma agressão violenta à Lei de Deus, que tem trazido e vai acarretar muita maldição para a humanidade. Se Deus quisesse o casamento entre pessoas do mesmo sexo, teria feito dois Adões ou duas Evas. M as não o fez.
A sociedade pós-moderna é educada para o materialismo. Nas escolas de Ensino Fundamental, as crianças são orientadas para o liberalismo social, que se fundamenta no relativismo e no humanismo. O primeiro ensina que nada é certo e nada poder ser considerado errado. Tudo depende da subjetividade do momento. O segundo coloca o homem como o centro e a medida de todas as coisas. Com essa visão de mundo, não há lugar para os princípios absolutos, emanados da Palavra de Deus.
O presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, disse em um de seus discursos: “O mundo mudou. E temos que mudar com ele”. Uma de suas primeiras medidas foi dar total apoio ao “casamento homossexual”. Pouco tempo depois, o Brasil entrou na mesma visão. O Judiciário, interpretando a Constituição sob uma ótica liberal e materialista, aprovou que “entidade familiar” não é formada apenas de homem e mulher, como prevê a própria Carta Magna. É também a união de dois homens ou duas mulheres, na chamada “união homoafetiva”. Em seguida, o Supremo Tribunal de Justiça decretou a aprovação do “casamento homossexual”. Há um poder sobrenatural guiando a mente dos líderes das nações. E o espírito do Anticristo.
O apóstolo João, profeticamente, viu esse tempo perigoso para o mundo (1 Jo 4.3). Esse “espírito do Anticristo”, nos dias hodiernos, tem se manifestado de modo agressivo e impertinente. Os líderes das nações não percebem, porque, em sua maioria, não acreditam em Deus e nem respeitam a sua Palavra. Mas é o “espírito” que governa as nações que se esquecem de Deus (SI 9.17).
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 17, 18.


I.             O PRINCÍPIO DA MONAGAMIA.
II.           
1. Monogamia x bigamia.
MONOGAMIA
Por detrás dessa palavra portuguesa há dois termos gregos: mônos, «único.., e gamos, -casamentos, Portanto, a monogamia é o principio ou a prática de um único casamento de cada vez: um homem-uma mulher. Usualmente, esse principio não é considerado como violado se uma pessoa tomar a casar-Se, no caso do primeiro casamento tiver sido considerado nulo, por qualquer razão legitima, embora o primeiro cônjuge continue vivo.
A monogamia faz oposição à bigamia (uma pessoa tem dois cônjuges ao mesmo tempo) ou à digamia (um segundo mas legitimo casamento). E, naturalmente, faz oposição à poligamia (um homem com várias esposas; ou uma mulher com vários maridos este último caso chama-se também poliandria).
A sociedade judaica antiga, como a maioria, foi polígama, mas no Novo Testamento o ideal é a monogamia. Ver Mat. 19:4 ss, Ver o artigo geral sobre Matrimônio. Monogamia na Natureza Patrícia Wright, antropóloga de Duke University, tem estudado, com muita diligência, a questão da monogamia na natureza. Um artigo publicado por ela na revista National Wildlife nos dias seguintes informações: As espécies de animais que praticam a monogamia são coiotes, lobos (surpresal), morcegos, antílopes, castores, ratos almiscarados, e algumas espécies de toupeiras. Até estes animais aproveitam de oportunidades de ter relações sexuais com «estranhos.., se as condições são favoráveis, embora não as procurem.
Aparentemente, sua conduta monógama é devida a tentativa de preservar a comida e facilitar a sobrevivência. Nas sociedades humanas no Ocidente, monogamia é popular na palavra, mas pouco popular de fato. 87% das sociedades humanas (em todo o mundo) não a praticam. Um grande beneficio da monogamia (reconhecido universalmente) é que os homens têm a tendência de cuidar de filhos gerados que sabem que são seus, enquanto poucos homens ajudam a criar filhos cuja paternidade está em dúvida ou desconhecida.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 4. Editora Hagnos pag. 345, 346.

BIGAMIA
A Bíblia não condena nem a bigamia e nem a poligamia, e a legislação mosaica chega a instruir acerca dos direitos das concubinas (Exo. 21:7;.11: Deu. 21:10-14). Os reis de Israel deram um mau exemplo nesse sentido. Salomão foi o campeão da poligamia. Lemos em I Reis 11:3: Tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração». No entanto, visto que a legislação mosaica era omisso a respeito, isso não era considerado imoral ou indecente em Israel. Incidentalmente, isso nos mostra um dos pontos onde a lei mosaica era eficiente, e por que precisou ser ultrapassada pela lei de Cristo, no Novo Testamento. No Novo Testamento, as instruções de que os ministros do evangelho devem ser maridos de uma só mulher (I Tim. 3:2; Tito 1:6), mostram-nos que pelo menos para os lideres cristãos a monogamia era considerada necessária. Jesus ensinou o conceito ideal de um-marido-uma-esposa (Mat. 19:6 ss), onde ele deixa claro que a legislação mosaica era uma adaptação à dureza dos corações humanos. Não obstante, Jesus legislou claramente em favor da monogamia. Quando os discípulos objetaram: «Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar», Jesus retorquiu: «Nem todos são aptos para receber este conceito, mas apenas aqueles a quem é dado.. (Mat. 19: 10, 11). Os apóstolos secundaram o Senhor Jesus. Paulo ensinou: « •••cada um tenha a sua própria esposa e cada uma o seu próprio marido» (I Cor. 7:2). Ver os artigos sobre Matrimônio, Monogamia Poligamia. Nos países onde a poligamia é reconhecida por lei, ou onde é prática arraigada (como em países africanos e islâmicos), a Igreja cristã encoraja a monogamia, embora não tenha sido capaz de pô-Ia em vigor. Nas regiões mais pobres, onde as mulheres têm poucos meios de subsistência própria  os missionários evangélicos têm descoberto que a poligamia é melhor do que a prostituição das esposas rejeitadas. Nos países onde a prática é proibida por lei, a Igreja cristã sempre a condenou. Em grande número de casos, a prática envolve, necessariamente, engano e maus-tratos.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos pag. 538, 539.

26.34,35 — Sendo Esaú da idade de quarenta anos, tomou por mulher a Judite, filha de Beeri, heteu, e a Basemate, filha de Elom, heteu. O nome Judite esta relacionado com a palavra que significa louvar, similar ao nome Judá. Essa mulher não e mencionada entre as esposas de Esaú no capitulo 36. Talvez o casamento não tenha durado. Além disso, Esaú se casou com uma filha de Hete (hitita), que acreditava em vários deuses, mas Isaque e Rebeca queriam que ele tomasse por esposa uma mulher que adorasse o Deus vivo (Gn 27.46;28.8;36.1-8). Basemate, o nome da outra esposa também hitita, quer dizer perfumada.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 70, 71.


Vv. 34 e 35. Esaú foi mescio ao casar-se simultaneamente com duas esposas; e, pior ainda, por casar-se com cananeias, alheias a benção de Abraão e sujeitas a maldição de Noé. Foi doloroso a seus pais que ele se casasse sem o seu conselho nem o seu consentimento. Os filhos que causam preocupações a seus bons pais tem poucas razoes para esperar a benção de Deus.
HENRY. Matthew. Comentário Bíblico. Gênesis 26. pag. 81.


2. A poligamia tornou-se comum.
A lógica do pecado é sempre a mesma: nunca parar; sempre aumentar.
A bigamia tornou-se prática comum. Afastando-se cada vez mais do plano de Deus, os homens incrementaram seus desvios. Ter duas mulheres já não fazia tanta diferença. E foram multiplicando o número de esposas. Com que finalidade? Ter mais filhos? Para quê? Dizem os sociólogos que o homem sentiu a necessidade de ter mais riquezas, e precisava de mão-de-obra. Por isso, passou a ter mais mulheres para aumentar sua prole utilitária. Tem lógica humana. Mas fere o plano de Deus. Filhos foram previstos para a perpetuação da espécie. A mão-de-obra é consequência. Ao que tudo indica, a poligamia é resultado da vaidade masculina, de exercer seu poder sobre mais pessoas, e de ter direito a ter relação sexual variada com mulheres diferentes. Isso não faz parte do plano de Deus para o matrimônio.

Naturalmente, surgiram as nações, espalhadas pelo mundo, após o episódio da Torre de Babel. Religiões de demônios apareceram e se multiplicaram. Com total aprovação das práticas contrárias ao plano de Deus, inclusive a da poligamia. Seja qual for a explicação, fere ao princípio de Deus para o casamento. Por que Deus permitiu a poligamia? Não há consenso no entendimento dessa questão. Mas podemos inferir que Ele permitiu, ou tolerou, tendo em vista os primórdios da raça humana, e a necessidade da ocupação da Terra de modo mais rápido, tendo em vista que a mesma passava por grande deterioração ambiental, motivada pelas alterações cósmicas e ecológicas, em consequência do pecado, que prejudicou não só o homem, mas toda a geografia, a topografia e a ecologia do planeta. A povoação acelerada se fazia necessária.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 20.


A família
As unidades familiares do ocidente no século vinte são chamadas nucleares por serem pequenas — mãe, pai, e um ou dois filhos. As unidades familiares nos dias do Antigo Testamento eram grandes e incluíam todos os membros da mesma — tias, tios, primos e servos. Nos as chamaríamos de famílias extensas. O chefe da família era o pai, e o chefe de um grupo de famílias era o xeque. Abraão e seus herdeiros eram xeques e, em certa ocasião, Abraão conseguiu reunir 318 guerreiros “nascidos em sua casa” (Gn 14.14). Maria e Jose parecem ter viajado numa família assim na visita que fizeram com Jesus a Jerusalém, quando Ele tinha doze anos.
Eles viajavam com “parentes e conhecidos” (Lc 2.44). Havia um numero suficiente de pessoas para não conseguirem encontra-lo durante um dia inteiro e Maria e Jose tinham um parentesco bem próximo com a família extensa para não se preocuparem com isso.

O pai A família era, portanto, um “pequeno reino” governado pelo pai. Ele tinha autoridade sobre a esposa, filhos, netos e servos — todos da casa. Os filhos eram criados de modo a aceitar a sua autoridade (Ex 20.12) e se recusassem aceita-la, ameaçando assim a segurança da unidade familiar, podiam ser punidos com a morte (Dt 21.18-21).
GOWER. Ralph. Manual de Usos e costumes dos tempos Bíblicos. Editora CPAD. pag. 57, 58.

Poligamia
A poligamia não era comum nos tempos bíblicos, embora fosse permitido o casamento com mais de uma mulher ao mesmo tempo, como quando Jacó casou-se com Lia e Raquel e teve relações sexuais com as servas delas. Uma razão era que o marido tinha de ser muito rico para sustentar mais de uma mulher. Portanto, a realeza e que tendia a ter varias esposas. Davi tinha muitas, inclusive Mical, Abigail e Bate-Seba, e Salomão teve um numero ainda maior durante o período mais prospero do seu reinado.
O sumo sacerdote só podia ter uma esposa (Lv 21.13,14) e outras figuras importantes do Antigo Testamento eram monógamas — Noé, Jose e Noises.
Os rabinos afirmavam frequentemente que mais de uma esposa criava problemas (Lia e Raquel, Gn 10; Ana e Penina, 1 Sm I).
GOWER. Ralph. Manual de Usos e costumes dos tempos Bíblicos. Editora CPAD. pag. 63, 64.


A poligamia entre os reis de Israel (1018 a 530 a. C.)
Davi teve várias mulheres e concubinas, por permissão e até concessão de Deus (2 Sm 5.3), mas não se contentou. Adulterou com Bate-Seba, mandou matar seu esposo para encobrir o pecado (2 Sm 11) e a tomou por esposa. Um abismo chama outro (SI 42.7). No tempo dos reis, o símbolo de grandeza e poder era a posse de mulheres e de cavalos. Salomão teve 700 mulheres e 300 concubinas, as quais “lhe perverteram o coração para seguir outros deuses” (1 Rs 11.4). Provavelmente, por causa da influência perniciosa de suas inúmeras mulheres, oriundas das nações cananitas, que eram dominadas pela idolatria, o famoso filho de Davi se deixou levar pela excessiva vaidade de ter um dos maiores haréns do Oriente. Foi o seu fim! Seus sucessores seguiram o caminho da poligamia.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 21.


3. Em o Novo Testamento a poligamia e condenada por Jesus e pelo apostolo Paulo.

No Antigo Testamento, Deus foi tolerante quanto à sexualidade, permitindo a poligamia e o concubinato. No Novo Testamento, Ele disciplinou o relacionamento conjugal. Tornou-se mais difícil manter a fidelidade, admitindo-se somente a monogamia. A vida cristã restaura o plano de Deus para o casamento, valorizando a monogamia e condenando outros arranjos para a vida conjugal.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 22.

a)    Uma esposa e um marido.
O apóstolo houvera sido informado, por carta, que, naquela igreja, havia casos de sexo ilícito que ultrapassavam a conduta ímpia dos incrédulos (5.1-5), a ponto de determinar que fosse entregue a Satanás determinado formicário.
Diante dessa situação calamitosa de imoralidade, Paulo responde aos coríntios, dizendo que, “por causa” ou, numa linguagem mais clara “para evitar” a prostituição, “cada um tenhaa sua própria mulher”, ou seja, só uma esposa, e não duas ou uma esposa e uma concubina. Da mesma forma, diz ele à mulher: “e cada uma tenha o seu próprio marido”.Não há nada tão claro quanto à monogamia, nos ensinos de Paulo, que foi o maior intérprete dos Evangelhos, e o maior teólogo do cristianismo.

b)   A harmonia conjugal.
Esse entendimento leva à harmonia conjugal, de tal forma que o homem cristão e sua esposa completam o que falta no outro, vivendo em amor, e não dando lugar à infidelidade. Com isso, a monogamia é valorizada, em obediência aos ditames de Deus para o matrimônio, conforme o seu plano original para o casamento: um homem e uma mulher.

c)    A monogamia na liderança cristã.
No Antigo Testamento, Deus permitiu e tolerou que os patriarcas, os reis e até profetas tivessem mais de uma mulher. Mas no Novo Testamento o líder deve ser o exemplo dos fiéis (1 Tm 4.12) em tudo. É inaceitável que algum pastor, evangelista ou detentor de qualquer cargo ministerial procure ter relacionamentos com pessoas que não sejam seus cônjuges, querendo usar o Antigo Testamento como justificativa. O ensino sobre a monogamia entre os ministros é tão importante, que o apóstolo repete essa doutrina em Tito 1.7. O casamento, no Novo Testamento, é elevado a um nível muito alto no que se refere à união monogâmica, com destaque para a fidelidade conjugal (Hb 13.4). Na poligamia, não se fala em adultério, em prostituição. O homem tinha relações com várias esposas e até com concubinas. Mas, no contexto do cristianismo, nos ensinos neotestamentários, é cobrada a fidelidade incondicional e a pureza no leito conjugal. Deus julgará os que se prostituem e os adúlteros, conforme o texto transcrito.
O matrimônio deve ser “venerado”, ou seja, ter um valor espiritual de grande importância. O primeiro sentido de “venerado” é o de “adorado”.
Mas não se pode aplicar ao matrimônio, pois adoração só é devida a Deus. Mas tem outro sentido, perfeitamente aplicado à relação conjugal.
Venerado quer dizer “Ter em grande consideração; respeitar”. “O leito sem mácula” refere-se à santidade do relacionamento sexual do casal, sem mancha, ou seja, sem pecaminosidade. Isso porque o corpo é “templo do espírito santo” (1 Co 6.19). Só através do casamento monogâmico é possível manter esses princípios para a santidade no matrimônio.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 23, 24.

TIMÓTIO 4.12 — Mocidade era um termo então aplicado aos homens ate os 40 anos. E possível que Timóteo tivesse entre 35 e 40 anos nessa época. A contrapartida para sua mocidade ou inexperiência seria a vida que deveria levar. Deveria dar o exemplo em seis áreas: (1) na palavra, com o sentido de conversa; (2) no trato, ou atitude para com os outros; (3) na caridade, que e o amor de Deus; (4) no espirito, ou seja, no poder do Espirito Santo; (5) na fé, no sentido de total confiança em Deus; (6) na pureza, tanto em ação e palavras quanto em pensamentos (1 Tm 5.2). Esses elementos, todavia, são indicados não somente para os jovens, mas desejáveis de serem praticados por todos, e devem ser desenvolvidos, de preferencia, logo no inicio da vida crista. 4.13 — Persiste (gr. proseche) e uma determinação de que haja preparação e constante diligencia pessoal. Aqui se definem três áreas especificas de responsabilidade na casa de Deus. Ler — uma ordem à leitura publica das Escrituras (At 13.15). Exortar — incentivo a que se obedeça as Escrituras. Ensinar — doutrinação e instrução da Palavra de Deus (1 Tm 2.12).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamentocom recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 597.

Alguém se refere a Mateus 25, na parábola das dez virgens, alegando ser um casamento polígamo. Ledo engano. Como Jesus iria comparar a sua vinda a um casamento polígamo?
Na verdade, o texto, parte do Sermão Profético, refere-se a um casamento oriental, em que os noivos eram esperados para a cerimônia matrimonial por dez virgens, ou dez damas de honra, que portavam lamparinas acesas.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 22.

...esposo de uma só mulher... Essas palavras tem sido variegadamente compreendidas. Certamente indica os pontos seguintes:

1. O líder cristão de uma igreja não pode ser culpado de poligamia. Isso contradiz as normas judaicas, tendo elevado o ideal cristão do casamento monógamo, provavelmente baseado nos ensinamentos de Cristo sobre o assunto, conforme se vê em Mat. 19:3 e ss.Visto que isso e contrario a poligamia, certamente e também contrario ao concubinato, que e apenas uma forma disfarçada de poligamia, e de pior espécie, embora houvesse realmente pouca diferença entre as duas condições no antigo judaísmo, além do que oconcubinato não estava sujeito a qualquer estigma social.

2. Provavelmente isso também e contra qualquer líder cristão que se tenha divorciado e se tenha casado novamente, porquanto deve ser seguido o conceito do matrimonio ideal, instituído pelo Senhor Jesus. A exceção paulina a lei que veda o divorcio, quando um dos cônjuges e incrédulo (ver I Cor. 7:13-15), provavelmente significa que tal pessoa deve ter direito a liderança eclesiástica, se para tanto estiver preparado em todos os outros particulares. Isso se deve ao fato que um irmão ou uma irmã não estão em servidãonesses casos, e isso su b entenderia o direito de se casarem novamente. O passado seria esquecido no cristianismo, e as novas relações, estabelecidas dentro da nova fé crista, suplantariam todas as relações e condições anteriores. A igreja evangélica não tem reconhecido esse ponto, mas parece ser um ensinamento paulino genuíno, embora não apareça nos evangelhos. (O trecho de Rom. 7:3 encerra a nota expositiva extensa sobre odivorcio, onde varias passagens bíblicas são reunidas sobre a matéria. Ver também I Cor. 7:13-15, e as notas expositivas ali existentes, sobre a exceção paulina). Portanto, se um irmão qualquer se divorciou de uma crente, não pode ser líder na igreja. Porem, se se divorciou de esposa incrédula, sobretudo antes dele mesmo ter-se convertido ao cristianismo, ou se tal divorcio foi provocado pela mulher incrédula, e não por ele, então deveria a congregação local reconhece-lo como apto para ocupar posição de liderança espiritual, contanto que, noutros pontos, esteja qualificado para isso. Mas, se porventura o homem e quem se divorciou da mulher, contra a vontade dela, e extremamente duvidoso que, na igreja primitiva, fosse permitido a tal homem ocupar posição de liderança na igreja, mesmo que viesse a contrair novas núpcias.

3. Fica igualmente proibida a digamia, isto e, segundo matrimonio, após o falecimento da p rim e ira esposa. Parece que isso esta incluso nessa proibição, que envolve aqueles que devem ou nao ocupar ofícios eclesiásticos. Alguns grupos se tem mostrado bastante radicais nesse particular, não permitindo que um homem, casado pela segunda vez, após o falecimento de sua p rim e ira esposa, ocupe cargo de pastor ou supervisor. Embora a interpretação desses grupos seja exagerada, pelo que pode parecer improvável que isso seja o ensino deste texto, contudo, a passagem de I Tim. 5:9,11 quase torna necessário que interpretemos, nestas palavras, que o autor sagrado era contra qualquer forma de segundo matrimonio para um oficial eclesiástico. E é provável que assim pensasse o autor sagrado porque tal oficial deveria defender o ideal simbólico do casamento, um homem e uma mulher, conforme e exemplificado no tipo de Cristo e sua igreja. (Ver Efe. 5:32). Além disso, a julgar pelas expressões do quinto capitulo desta epistola, aludidas acima, parece que o autor sagrado julgava que a viuvez perpetua e mais nobre e mais favorável a inquirição espiritual, bem como ao trabalho eclesiástico, do que o estado de um homem casado pela segunda vez. (Ver as notas expositivas nos lugares mencionados, que confirmam este ponto de vista e esta interpretação necessária). Desnecessário e dizer que a igreja, em geral, não tem sentido que esse preceito e obrigatório.
A morte da esposa de um homem anula completamente o seu casamento; pelo que também, se vier a contrair novas núpcias, será marido de uma só mulher. E a analogia da única esposa de Cristo não pode ser aplicada neste particular, porque o matrimonio não foi de terminado como uma das instituições celestes. Contudo, essa interpretação sobre esta expressão, como declaração contraria a um segundo matrimonio, já era forte nos escritos dos pais da igreja que viveram nos séculos II, III e IV D.C. (Ver Tertuliano, ad Uxor, 1.7; Clemente de Alexandria, Strom. iii. 12; Orígenes, Hom. xvii sobre Lucas). Tal ideia foi incorporada em dogmas eclesiásticos posteriores. (Ver Apost. Ch. ordem 1; Apost. Canons, xvii e Constituições Apostólicas ii.2). Os montanistas transformaram em artigo de fé essa regra contra um segundo casamento, apos a morte da p rim e ira esposa.
Atenágoras, apologista cristão que viveu em Atenas, no segundo século de nossa era, chamava de adultério agravado ao segundo casamento, o que nos mostra ate que ponto o ascetismo pode perverter o bom senso moral.

4. O ponto de vista celibatário e outra interpretação sobre este versículo, dando a entender que a única esposa de um pastor e a igreja, o que significaria que um supervisornão poderia ter outra esposa além dessa. Mas essa e uma interpretação sem base, derivada de preconceitos, sendo tão extremada e ridícula que nem precisa de refutação. A situação inteira tem sido complicada devido a situações especiais surgidas no decorrer da historia da igreja, como também por circunstancias especiais de casos particulares. Por exemplo, consideremos o casamento dos escravos, no império romano. A nenhum escravo era conferido o estado completo do matrimonium, sem importar se o outro cônjuge era escravo ou não. Levantava-se desse modo a duvida se a igreja deveria reputar como valido um casamento que não era reconhecido pelo estado. Em outros lugares dava-se o caso oposto, isto e, alguns governos não reconheciam (como ate o dia de hoje) o casamento religioso, a menos que confirmado pela cerimonia civil (o que ocorre ate mesmo no Brasil). Na igreja oriental, os casamentos efetuados antes do batismo (sem importar quem esteja
envolvido) não são reputados como desqualificação para o sacerdócio, se porventura foram posteriormente anulados.

 O melhor que pode ser feito, portanto, no que tange a qualquer área geográfica, e que os envolvidos procurem fazer uma avaliação honesta sobre os méritos ou deméritos dos casos individuais, quando surgem problemas especiais que envolvem a questão, que não possam ser definidos por qualquer conjunto de regras. As igrejas locais que agem com prudência não se deixarão agrilhoar por qualquer regra isolada sobre quem pode e quem não pode ser um de seus lideres; pelo contrario, haverão de examinar cada caso particular com sabedoria e cautela, porquanto surgem ocasionalmente casos especiais, aos quais não podem ser aplicadas as regras. Não obstante , em qualquer decisão, a tradição eclesiástica não pode ser ignorada, pois a historia eclesiástica poderá oferecer um roteiro seguro. Notemos que a passagem de I Tim. 4:3 condena aqueles que se opunham ao matrimonio (conforme faziam os gnósticos ascetas e os essênios); pelo que podemos concluir que o autor sagrado recomenda que os principais lideres da igreja sejam homens casados, embora isso não seja declarado na forma de um mandamento ou de um dogma positivo. Mas não h a que duvidar que essa e asituação desejável. Todavia, um homem solteiro, de grande piedade, não deveria ser barrado de ocupar qualquer oficio eclesiástico. Paulo não era casado, embora provavelmente tivesse sido uma vez. Cumpre-nos observar, por semelhante modo, que as viúvas e ordenado que não se casem novamente (ver I Tim. 5:14), sendo provável que aosviúvos também  se aconselhasse tal medida. Não seria razoável, segundo parece, não permitir viúvos recasados ocuparem ofícios eclesiásticos. No entanto, segundo todas as aparências, e justamente isso que o autor sagrado procura determinar. (Ver o argumento em favor da monogamia, em Efe. 5:32).
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo.Editora Hagnos. Vol. 5. pag. 308, 309.


II - O PRINCIPIO DA HETEROSSEXUALIDADE

1. “Macho e femea os criou.
A origem e os fundamentos do matrimônio remontam ao princípio da Criação. Quando Deus fez o Universo, o planeta Terra, os seres vivos irracionais e todo o ambiente propício para a existência humana, Ele resolveu criar um ser à sua semelhança. E criou “o homem”, o ser masculino (Gn 1.26). No mesmo dia, Ele fez a mulher (Gn 1.27). Os materialistas, profanos e libertinos, apregoam aos quatro cantos que “ninguém nasce homem ou mulher”; quem faz a pessoa ser “homem ou mulher é a sociedade”. Essa é uma das mais indecorosas propostas do Diabo. A Bíblia diz que Deus fez homem e mulher, diferenciando sua condição sexual. A ciência diz que uma pessoa é homem se tiver cromossomos XY, masculinos; e mulher, se tiver cromossomos XX. Diz a Bíblia: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados” (2 Tm 3.13). Para Deus, homem é homem e mulher é mulher. Um dia, os ímpios comparecerão perante o Juízo Final e receberão a declaração de sua sentença, por terem se rebelado contra Deus, distorcendo seus princípios.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 24, 25.


2. “E se unira a sua mulher”.

O Supremo Tribunal do Universo (STU) já tem pronta a sentença condenatória, inapelável, em última instância, para os que aprovam o que Deus condena. Portanto, o casamento, para Deus tem que ser realizado, com base no princípio da heterossexualidade: um homem, unido a uma mulher, pelos laços do matrimônio.
A homossexualidade é um dos mais infames atos da rebelião contra Deus. A mídia divulgou entrevista com duas “pastoras”, lésbicas, em que elas usam a Palavra de Deus para justificar sua união, condenada pelo Senhor. É a pior das decisões. Alguém pode pecar, e é compreensível, pois, enquanto estiver no mundo, o ser humano está sujeito ao pecado.
Mas usar a Palavra de Deus, a Lei do Senhor, para justificar o que Ele abomina é pecado imperdoável. E blasfêmia contra o Espírito Santo.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 26.


III - A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO


1, Uma só carne.
No plano de Deus para o casamento, Ele previu a união duradoura entre o esposo e a esposa, durante toda a vida em comum (Gn 2.24). O Criador planejara a vida eterna para o ser humano. Em consequência, a união matrimonial seria eterna.
Na celebração do casamento cristão, os oficiantes enfatizam esse desiderato por causa da realidade da morte física, que pode atingir um ou o outro cônjuge. De fato, não há qualquer justificativa para o fim do casamento, a não ser pelo falecimento de um cônjuge. Somente a falta de amor verdadeiro pode explicar o aborrecimento de um marido por sua mulher, e vice-versa, como causa para a dissolução do casamento.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 26.

A natureza indissolúvel do casamento vem desde a sua origem: "Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne" (Gn 2.24). O Senhor Jesus Cristo disse que essa passagem bíblica significa a indissolubilidade do casamento: "Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem" (Mt 19.5,6). É uma união íntima
entre duas pessoas de sexos opostos que assumem publicamente o compromisso de viverem juntas; é uma aliança solene, um pacto sagrado, legal e social. Não existe no universo, entre os seres vivos inteligentes, uma intimidade maior do que entre marido e mulher, exceto apenas entre as três pessoas da Trindade.
O voto solene de fidelidade um ao outro "até que a morte os separe", que se ouve dos nubentes numa cerimônia de casamento, não é mera formalidade. Isso tem implicações profundas diante de Deus: "Porque o SENHOR foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade" (Ml 2.14). O compromisso que os noivos assumem é diante de Deus, independentemente de o casal ser ou não crente em Jesus. Isso diz respeito ao casamentoper si, vinculado de maneira intrínseca à sua natureza, pois assim Deus estabeleceu essa aliança "até que a morte os separe". Esse voto, ou "juramento", não é para ser desfeito. Os noivos precisam ser conscientizados dessa responsabilidade e para isso é muito importante o curso obrigatório para noivos nas igrejas.
SOARES. Esequias. CASAMENTO, DIVÓRCIO E SEXO A LUZ DA BÍBLIA. Editora CPAD. pag. 16, 17.


Já não são mais dois. A expressão uma só carne indica a união total de duas personalidades a vista de Deus, mas talvez implique também numa verdade metafisica, isto e, que a personalidade humana não se completa enquanto não houver macho e femea, ou polos positivo e negativo.
É verdade que aqui o grego tem o que Deus ajuntou, e nãoquem, e que este versículo se refere as relações matrimoniais, e não as próprias pessoas; mas a necessidade de não ser quebrada essa relação implica e exige a permanência dos cônjuges em sua união. Segundo o ensino deste versículo Deus é o criador e preservador da relação do casamento. O matrimonio não é somente uma instituição social e humana. Assim sendo, as regras que regulamentam o casamento não podem ter base nas ideias e preferencias humanas, e nem nas exigências ou conveniências sócias. Deus tem—um proposito especial—nesse tipo de união, a qual deve ser também espiritual, e não somente física, ou seja, não deve ter o objetivo único da procriação. Desfazer essa relação e atrair, mas consequências, não somente para a sociedade, para a família e para os indivíduos envolvidos, mas também para a alma e para o seu progresso na transformação segundo a imagem de Cristo. Juntas, as duas pessoas procuram realizar parte de seus destinos. A negligencia nos deveres matrimoniais, ou a rejeição total desses deveres através do divorcio, criam obstáculos ao progresso da alma. E obvio. pois. que a instituição do casamento e um instrumento usado por Deus para nos instruir. Devemos aprender a cooperar, a abafar nosso egoísmo, a praticar a compaixão, a simpatia, e a assumir responsabilidades. O estado matrimonial ensina, por sua própria natureza, todas essas lições. É possível que Deus tenha em mira outros propósitos metafísicos no matrimonio, isto e. propósitos que afetam o estado da alma neste mundo e no vindouro, mas nas Escrituras não temos muitas informações sobre essa possibilidade. Basta nos afirmar que Deus põe grande ênfase sobre a permanência do estado matrimonial. Somente a dissolução da carne pode separar o casal, isto e. desfazer a união, com a exceção exclusiva apresentada no vs. 9.
Ajuntou·. No grego, literalmente, a palavra significa jungir, termo esse comumente usado no grego clássico para expressar os laços matrimoniais. Talvez, tenhamos, nesta expressão, a ideia de união que visa cumprir determinados deveres e objetivos comuns, isto e. alvos, propósitos ou trabalhos que ambas as pessoas tomam a responsabilidade de cumprir como um casal-tal como dois animais jungidos* cumprem juntamente o serviço que deles e exigido.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo.Editora Hagnos. Vol. 1. pag. 479.


2. A porta de entrada para do divorcio.
O pecado interfere na união conjugal. Quando o casal não vigia, não ora, não procura obedecer aos princípios de Deus para o casamento, o Adversário da família encontra brecha para interferir na mente de um ou do casal, de modo que a vida a dois se torne insuportável. Seja por causa da infidelidade, do adultério, seja pela prostituição, a fim de que desapareça a razão para viverem juntos. Esse não foi, nem é, o plano de Deus (Mt 19.6), mas o ser humano pode, com permissibilidade de Deus, por fim à aliança conjugal.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 27.


Não existe um lar isento de conflitos. Pode haver conflitos mesmo com os relacionamentos mais maduros e mais profundos. Os conflitos fazem parte da vida. Sendo namorados, noivos ou casados surgem diferenças e discórdias mesmo que sejam crentes. Jesus constantemente tinha conflitos com os líderes religiosos do seu tempo. O apóstolo Paulo, durante todo o seu ministério enfrentou conflitos. O problema não está no conflito em si, mas a maneira como lidamos com o conflito. Todo casal tem opiniões, ideias e comportamentos diferentes que podem trazer conflitos, mas o casal de noivos que sabe lidar de maneira cristã com esses conflitos já resolveu a metade dos problemas no seu relacionamento conjugal.
Muitos casais se consideram bem sucedidos em conseguir evitar qualquer confronto com um conflito no casamento. A frase "deixe pra lá" dá a ideia de que o problema não é significante o suficiente para ser resolvido. Ou, também, a pessoa envolvida tem medo de criar desagrados ou encrencas no relacionamento. Portanto, ao surgirem conflitos, um ou ambos usam um meio de evitarem um confronto direto, esperando que o problema desapareça. Pode até desaparecer, mas em geral não é isso que acontece. É inevitável ter maior abertura, sinceridade, honestidade e coragem para enfrentar e procurar resolver o conflito. Às vezes, quando há desejo de um ou de ambos resolverem um conflito, o que acontece? O assunto é trazido à tona, mas em meio a conversa a mulher começa a chorar, ficar em silêncio ou gritar e o homem por sua vez, ignora o seu cônjuge, grita, fica emburrado ou perde o controle de si mesmo, demonstrando sua raiva com demonstrações físicas. Tudo isso tem a tendência de cortar as linhas de comunicação e construir enormes barreiras entre o casal para que não consigam resolver o conflito. Se você como noivo (a) pode aprender o que Salomão falou em Provérbios 15.1, você estará no caminho para uma melhor comunicação e maior capacidade de resolver os conflitos.

O apóstolo Tiago pergunta: de onde procedem guerras e contendas, que há entre vós? De onde, se não dos prazeres que militam na vossa carne? Será que o conflito pode ser resolvido sem brigas? Eu creio que sim. Quando o casal não trata do problema básico que causa o conflito mas ataca um ao outro, às vezes, usando palavrões, nomes feios e demonstrações físicas, surgirá uma grande barreira no seu relacionamento. Sua capacidade de aprender a ser controlado pelo Espírito Santo ainda enquanto é noivo será uma grande bênção para seu futuro relacionamento dentro do casamento. Se, por outro lado, você exige os seus próprios direitos ou quer a sua vontade feita custe o que custar, então não há possibilidade de resolver os conflitos que hão de vir.
Quero deixar com você os passos para resolver qualquer conflito no relacionamento conjugal.

1. Seja um bom ouvinte e não responda enquanto a outra pessoa não terminar de falar (Tiago 1:19; Provérbios 18:13).
2. Escolha a melhor hora para conversar (Provérbios 15:23).
3. Procure identificar e definir o problema básico.
4. Defina as áreas de concordância e discordância.
5. Identifique a sua contribuição ao problema.
6. Dê algumas sugestões de como você pode mudar a sua atitude ou comportamento para ajudar a resolver o problema.
7. Orem juntos, confessando a sua contribuição ao problema e pedindo orientação de Deus e graça suficiente para operar mudanças na sua vida. Faça a avaliação a seguir para discernir os problemas que causam conflitos. Cada um deve fazer a avaliação individualmente e depois comparar suas respostas na presença do pastor ou conselheiro.


Não havendo um conselheiro à disposição, os noivos podem fazer a avaliação do mesmo jeito, avaliando depois juntos e conversando abertamente sobre as questões em que apresentam diferenças de opinião. Lembre-se, honestidade é essencial no preenchimento da avaliação e na sua conversa com o (a) noivo(a).
KEMP, Jaime. Antes de dizer sim. Editora. Mundo Cristão. pag. 72, 74.


Por
Dc. Geazi Santos

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