TEXTO ÁUREO
Eu vos digo,
porem, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de
prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a
repudiada também comete adultério. Mt 19. 9.
VERDADE PRÁTICA
O divórcio embora
admissível em caso de infidelidade sempre trás seria consequências à família.
Por isso Deus o odeia.
LEITURA DIÁRIA
Seg - Dt 24.
1. O divórcio no
Antigo Testamento.
Ter - Dt 24. 1-4.
O divórcio sem volta.
Qua - Gn 2. 24.
Deus institui o casamento.
Qui - 1 Co 7. 34. Ate que a morte os separe.
Sex - Mt 5. 31-32
O ensino de Cristo sobre o divórcio.
Sáb -
1 Co 7. 21. O ensino
de Paulo sobre o divórcio.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Mateus 19. 3-12.
3. Então, chegaram
ao pé dele os fariseus, tentando-o e t dizendo-lhe: E licito ao homem
repudiar sua mulher por qualquer motivo?
4. Ele, porem,
respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no principio, o Criador os fez
‘macho e femea
5. e disse:
Portanto, deixara o homem pai e mãe e se unira a sua mulher, ‘e serão dois numa
só carne?
6. Assim não são
mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.
7. Disseram-lhe
eles: Então, por que mandou Moises dar-lhe carta de divorcio e repudia-la?
8. Disse-lhes ele:
Moises, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa
mulher; mas, ao principio, não foi assim.
9. Eu vos
digo porem, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de
prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a
repudiada também comete adultério.
10. Disseram-lhe
seus discípulos: Se assim e a condição do homem relativamente a mulher, não
convém casar.
11 Ele, porem,
lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas 's. aqueles a
quem foi concedido.
12 Porque ha
eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; 'e ha eunucos que foram castrados
pelos homens; e ha eunucos que se castraram a si mesmos por causa do Reino dos
céus. Quem pode receber isso que o receba.
INTERAÇÃO
Prezado professor,
divorcio e o tema da lição desta semana. É um assunto laborioso para se
desenvolver. Por isso, tenha muita atenção e cuidado ao tratar desse tema, pois
e possível que exista alguém nessa situação em sua classe. Lembre-se que o
objetivo de ministrarmos esta lição é o de descrever o que as Escrituras
Sagradas têm a falar sobre o assunto. Assim, teremos o respaldo bíblico para
agirmos quanto à realidade do divorcio na igreja local. No decorrer da lição
procure enfatizar que no projeto original de Deus não havia espaço para o
divorcio.
OBJETIVOS
Apos a aula, o
aluno devera estar apto a:
Dissertar sobre o
divorcio no Antigo Testamento.
Defender como padrão
o ensinamento de Jesus sobre o divorcio.
Explicar o porquê do
ensino de Paulo acerca do divorcio.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor para lhe
auxiliar na ministração dos tópicos II e III, sugerimos que reproduza o esquema
da pagina seguinte. Este sintetiza a opinião bíblica, acerca do procedimento do
divorcio na vida da igreja. A fim de aprofundar-se no assunto, sugerimos também
que o prezado professor leia a obra do Pastor Esequias Soares, Casamento,
Divórcio e Sexo a Luz da Bíblia, Editado pela CPAD. Boa aula.
PALAVRA CHAVE Divórcio:
Dissolução do vinculo matrimonial.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Por ser algo
traumático o divórcio é sempre um assunto difícil de ser tratado. Existem
pessoas que não o aceitam em nenhuma condição. A pessoas que sob determinadas
circunstancias são favoráveis e ate buscam base nas sagradas escrituras para
admiti-lo em qualquer situação. Qual a posição da Bíblia? É o que estudaremos
nesta lição.
I.
O DIVÓRCIO NO ANTIGO
TESTAMENTO.
1. A lei de Noises e
o divórcio. O capitulo 24 do livro de Deuteronômio trata a
respeito do divórcio. Como a prática havia se tornado comum em Israel, o
proposito da lei era regulamentar tal situação a fim de evitar os abusos e
preservar a família. Nenhuma lei do Antigo Testamento incentivava a alguém a
divorciar-se, mas servia como base legal para a proibição de outros casamentos
com a mulher divorciada. O divórcio era um ato extremo ( Ml 2. 16).
Infelizmente, muitos que conhecem a palavra do Senhor se divorciam por qualquer
motivo.
O casamento é uma
aliança de amor inclusive com Deus, um pacto que não pode ser quebrado,
sobretudo por motivos fúteis e torpes.
2. A carta de
Divórcio. Uma vez que recebia a carta de divórcio, tanto o
homem quanto a mulher estavam livres para se casarem novamente. Todavia,
segundo a lei, a mulher que fora repudiada, depois de viver com um outro
marido, não poderia retornar para o primeiro, pois tal atitude era considerada
abominação ao Senhor (Dt 24. 4). Divorciar-se não era fácil, pois havia varias
formalidades, e somente o homem poderia pedir o divórcio. A mulher não tinha
tal direito. A lei de Moises apesar de não incentivar o divórcio, dispunha de
vários mecanismos
para torna-lo mais humano (D t 24).
SINOPSE
DO TÓPICO (1)
A Lei de Moisés não incentivava o divórcio, mas
dispunha de mecanismos diversos, com o objetivo de garantir a dignidade humana.
II
- O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DO DIVÓRCIO.
1. A pergunta dos
fariseus. Procurando incriminar Jesus, e imbuídos da ideia
difundida pela escola do rabino Hilel (que defendia o direito de o homem dar
carta de divórcio á mulher "por qualquer motivo”), os fariseus
questionaram: "É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer
motivo"? (Mt 19. 3b). Respondendo aos acusadores, Jesus relembrou o "princípio"
divino para o casamento, quando Deus fez o ser humano, "macho e
fênea", "ambos uma [só] carne" Cf. Gn 2.24). Assim, o Mestre
concluiu: "Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem" (Mt 1
9.6b). Essa é a doutrina originária a respeito da união entre um homem e uma
mulher; ela reflete o plano de Deus para o casamento, considerando-o uma união
indissolúvel,
2. O ensino de
Jesus. Os fariseus insistiram: Então. Por que mandou
Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? (Mt 19.7b). Respondendo à
insistente pergunta, Jesus explicou que Moisés permitiu dar carta de repúdio às
mulheres, “por causa da dureza dos vossos corações". Uma mulher abandonada
pelo marido ficaria exposta á miséria ou á prostituição para sobreviver. Com a
carta de divórcio ela poderia casar-se novamente. Deus não é radical no trato
com os problemas decorrentes do pecado e com o ser humano, Ele se importava com
as mulheres e sabia o quanto elas iriam sofrer com a dureza do coração do homem
e tornou o trato desse assunto mais digno para elas.
Segundo o ensino
do Senhor Jesus, o divórcio é permitido somente no caso de Infidelidade
conjugal. Ao invés de satisfazer o desejo dos fariseus, que admitiam o divórcio
"por qualquer motivo”; o Mestre disse: Eu vos digo, porém, que qualquer
que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com
outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete
adultério" (Mt 19.9). Numa outra versão bíblia, lê-se: “exceto por causa
de infidelidade conjugal" ou relações sexuais ilícitas". Essa foi a
única condição que Jesus entendeu ser suficiente para o divórcio.
3. Permissão para
novo casamento. Pelo texto bíblico, está claro que Jesus
permite o divórcio, com a possibilidade de haver novo casamento, somente por
parte do cônjuge fiel, vítima de prostituição, ou infidelidade conjugal, Deus
admite a separação do casal, não como regra, mas como exceção, em virtude de
práticas insuportáveis relacionadas à sexualidade, que desfazem o pacto
conjugal. Do contrário, um servo ou uma serva de Deus seria lesado duas vezes:
pelo Diabo, que destrói casamento e, outra, pela comunidade local, que
condenaria uma vítima a passar o resto da vida em companhia de um ímpio, ou
viver sob o jugo do celibato, que não faz parte do plano original de Deus {Gn
2.18). Todavia, em Jesus o crente tem forças para perdoar e fazer o possível
para restaurar seu casamento.
SINOPSE
DO TÓPICO (2)
O Senhor Jesus
condena o divórcio, excetuando àquele que foi motivado por prostituição.
III
- ENSINOS DE PAULO A RESPEITO DO DIVÓRCIO.
1. Aos casais
crentes. Paulo diz: "Todavia, aos casados, mando não
eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido. Se, porém, se apartar,
que fique sem casar ou que reconciliem com o marido; e que o não deixe a
mulher" (1 Co 10-11). Esta passagem refere-se aos "casais
crente", os quais não devem divorciar-se, sem que haja algum dos motivos
prescritos na Palavra de Deus (Mt 19.9; I Co 7. 15). Se há desentendimentos o
caminho não é o divórcio, mas a reconciliação acompanhada do perdão sincero ou
o celibato por opção e não por imposição eclesiástica.
2. Quando um dos
cônjuges não é crente. Paulo ensina que, se o
cônjuge não crente concorda em viver (dignamente) com a crente, que este não o
deixe (1 Co 7. 12-14). O crente agindo com sabedoria poderá inclusive ganhar o
descrente para jesus (1 Pe 3. 1).
3. O cônjuge fiel
não está sujeito à servidão. O apóstolo, porém, ressalva:
"Mas, se o descrente se apartar aparte-se; porque neste caso o irmão, ou
Irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos- para a paz. Porque,
donde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, donde sabes, ó marido, se
salvarás tua mulher?" (1 Co 7 ,15-16). Ou seja, o cristão fiel, esposo ou
esposa, não é obrigado a viver até a morte sob a servidão de um ímpio. Messe
caso, ele ou ela, pode reconstruir a sua vida de acordo com a vontade de Deus
(1 Co 7,27,28,39). Entretanto, aguarde o tempo de Deus na sua vida.
SINOPSE
DO TÓPICO (3)
O apóstolo Paulo
afirma que a pessoa crente, quando abandonado pelo cônjuge não crente, esta
livre para conceder novas núpcias. Contanto que seja no Senhor.
CONCLUSÃO
O divórcio causa
sérios inconvenientes à igreja local, as famílias e a sociedade. No projeto
original de Deus, não havia espaço para o divorcio. Precisamos tratar cada caso
de modo pessoal sempre em conformidade com a palavra de Deus. Não podemos fugir
do que recomenda e prescreve a Bíblia Sagrada. Não podemos nos esquecer de que
a igreja também é uma comunidade terapêutica.
AUXÍLIO
BIBLIOGRAFICO I.
Subsidio
Lexicográfico
De onde Veio à
ideia de que a fornicação é o pecado sexual entre solteiros? O citado
Dicionário Patrística responde a essa pergunta em seguida: Basilio, o único
entre os Padres, junto com Ambrosiáster, a manter uma desigual concepção de
adultério, com hesitação aplica o termo de fornicação á União de um homem
casado com uma jovem não casada e reserva a palavra adultério para os casos em
que se traia de uma mulher casada'. Diante disso, não se sustenta a Ideia de
que o termo prostituição', na cláusula de exceção, aplica-se apenas aos
solteiros; também não é verdade que 'fornicação' é o pecado sexual entre os
solteiros. Essa interpretação não resiste a exegese bíblica.
Tudo é pecado,
tudo é prostituição, casados também se prostituem como a prática da sodomia
pode ocorrer dentro do casamento. Ninguém pode provar que pornela se aplica
apenas a pessoas solteiras. Nenhuma autoridade em língua grega afirma isso
(SOARES, Esequias. Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia. I, ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2011, pp.48-49).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II.
A Lei do Divórcio
[Mateus 19] vv
3-12
Nós temos aqui a
lei de Cristo no caso do divórcio, ocasionada, como algumas outras
manifestações da sua vontade, por uma discussão com “os fariseus”. Ele suportou
tão pacientemente as contradições dos pecadores, que as transformou em
instruções para os seus próprios discípulos! Observe aqui: O caso proposto
pelos fariseus (v. 3): “É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer
motivo?” Os fariseus lhe perguntaram isso para provocá-lo, e não porque
desejassem ser ensinados por Ele. Algum tempo atrás, Ele havia, na Galileia,
manifestado seu pensamento sobre esse assunto, contra aquilo que era uma
prática comum (cap. 5.31,32); e se Ele, do mesmo modo, se pronunciasse agora
contra o divórcio, eles fariam uso disso para indispor e enfurecer o povo desse
país contra Ele, que olharia com desconfiança para alguém que tentasse diminuir
a liberdade de que eles tanto gostavam.
Os fariseus
esperavam que Ele perdesse o afeto das pessoas tanto por esse como por qualquer
um dos seus preceitos. Ou então, a armadilha pode ter sido planejada dessa
forma: se Ele dissesse que os divórcios não eram legais, eles o apontariam como
um inimigo da lei de Moisés, que os permitia; se dissesse que eram legais, eles
caracterizariam a sua doutrina como não tendo em si aquela perfeição que era
esperada na doutrina do Messias, uma vez que, embora os divórcios fossem
tolerados, eles eram vistos pela parte mais rígida do povo como não sendo algo
de boa reputação. Alguns pensam que, embora a lei de Moisés permitisse o
divórcio, ainda que houvesse uma causa justa, havia uma controvérsia entre os
próprios fariseus, e eles desejavam saber o que Cristo diria sobre isso. Causas
matrimoniais têm sido numerosas, e algumas vezes intrincadas e confusas; elas
se tornam assim não por causa da lei de Deus, mas pelos desejos e pela loucura
dos homens. Nesses casos, as pessoas frequentemente decidem o que vão fazer,
antes de perguntarem qual seria a melhor solução.
A pergunta dos
fariseus foi a seguinte: Será que um homem pode repudiar a sua mulher por
qualquer motivo? O divórcio era permitido por alguns motivos, como por
prostituição, mas o divórcio era praticado, como acontecia geralmente, por
pessoas irresponsáveis, e por qualquer motivo. Será que ele poderia ser
praticado por qualquer motivo que um homem pudesse julgar adequado (embora
fosse, como sempre, frívolo), como também por qualquer antipatia ou desagrado?
A tolerância, nesse caso, permitia isso: “Se não achar graça em seus olhos, por
nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio” (Dt 24.1). Eles
interpretavam esta passagem literalmente; e assim, qualquer desgosto, mesmo que
sem motivo, poderia se tornar a base para um divórcio.
HENRY. Matthew, Comentário
Bíblico Novo Testamento. Mateus A João. I. ed- Rio de Janeiro: CPAD,
2008. p 240.
BIBLIOGRÁFIA
SUGERIDA
ARRINGTON, French
L.; STRONSTAD. Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento-
l -ed- Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
HENRY, Matthew.
Comentário Bíblico Novo Testamento: Mateus a João. l. ed. Rio de janeiro: CPAD,
200&.
SOARES, Esequias.
Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia- 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2011.
EXERCÍCIOS
1. Segundo a lição qual era o propósito da lei do
divórcio?
R: Como a prática
havia se tornado comum em Israel, o proposito da lei era regulamentar tal
situação a fim de evitar os abusos e preservar a família.
2. Que a escola de Hilel defendia acerca do divórcio?
R: Defendia o
direito de o homem dar carta de divórcio á mulher por qualquer motivo, os
fariseus questionaram: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer
motivo
3. Qual a resposta de Jesus aos fariseus a respeito
do divórcio?
R: Que
Moisés permitiu dar carta de repúdio às mulheres, “por causa da dureza dos
vossos corações”.
4. Qual o ensino de Paulo aos casais crentes?
R: "Todavia,
aos casados, mando não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido.
Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que reconciliem com o marido; e
que o não deixe a mulher" (1 Co 10-11).
5. O que Paulo ensina quando um dos cônjuge não é
crente?
R: Paulo ensina
que, se o cônjuge não crente concorda em viver (dignamente) com a crente, que
este não o deixe (1 Co 7. 12-14).
Por
Dc. Geazi Santos
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