Data: 23 de Junho de 2013
TEXTO ÁUREO
“Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do
SENHOR!” (Sl 122.1).
VERDADE PRÁTICA
A igreja local é o melhor lugar para as famílias se
reunirem e prestarem culto ao Senhor.
HINOS SUGERIDOS
429, 507, 517.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dt 6.2
A família temendo ao Senhor
Terça - Dt 6.2
A família guardando a Palavra de Deus
Quarta - Dt 6.4
Há um único Deus na família
Quinta - Dt 6.7,8
A família atentando para a Palavra
Sexta - Dt 6.18
A família fazendo o que é reto ao Senhor
Sábado - Sl 122.1
A família se alegra na Casa de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 16.1-5,7,10,11,13,15,24.
1 - Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja
que está em Cencréia,
2 - para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a
ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos,
como também a mim mesmo.
3 - Saudai a Prisca e a Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus,
4 - os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que não
só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios.
5 - Saudai também a igreja que está em sua casa. Saudai a Epêneto,
meu amado, que é as primícias da Ásia para Cristo.
7 - Saudai a Andrônico e a Júnia, meus parentes e meus companheiros
na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos, e que estavam em Cristo
antes de mim.
10 - Saudai a Apeles, aprovado em Cristo. Saudai aos da família de
Aristóbulo.
11 - Saudai a Herodião, meu parente. Saudai aos da família de
Narciso, os que estão no Senhor.
13 - Saudai a Rufo, eleito no Senhor, e a sua mãe e minha.
15 - Saudai a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas,
e a todos os santos que com eles estão.
24 - A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém.
INTERAÇÃO
A família e a igreja local são
instituições que se confundem, ambas foram criadas por Deus. A família tem a
finalidade de preservar e desenvolver social, moral e eticamente todo ser
humano. A igreja local visa educar espiritualmente o homem segundo a proclamação
e absorção do Evangelho bem como as outras esferas da vida. Família e igreja
local são inseparáveis. Uma depende da outra, uma é a extensão da outra. Não se
excluem jamais. Ao contrário, se completam e caminham juntas.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Identificar a família como elemento básico da funcionalidade da igreja
local.
·
Fazer da igreja um local de acolhimento das famílias.
·
Compreender que a família deve se envolver com a igreja local.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para concluir a aula desta
semana peça aos alunos para descreverem o que eles pensam sobre o
relacionamento da própria família com a igreja local. Como se dá e o que
poderia mudar neste relacionamento. Reproduza algumas respostas na lousa.
Explique que a família é um elemento indispensável ao bem estar da igreja
local, e que falar da igreja sem priorizar a família é ignorar o óbvio.
Desafie-os a viverem em família, a pensarem como é uma bênção servir a Deus numa
igreja local juntamente com toda a família. Boa aula!
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Relacionamento: Capacidade em maior ou menor grau de
relacionar-se, conviver ou comunicar-se com seus semelhantes.
Num mundo de intensas mudanças e incertezas a
Igreja é a única instituição em que o cristão e sua família podem contar. Lares
sofrem terríveis ataques do inimigo, e muitas famílias não têm resistido,
sucumbindo moral e espiritualmente às investidas malignas. Por isso a Igreja do
Senhor, representada pela comunidade local, é o ponto de apoio espiritual e
moral para a família. Ali se aperfeiçoam os relacionamentos entre os cônjuges,
pais e filhos, avós e netos. A família cristã se desenvolve no dia a dia da igreja
local.
I.
FAMÍLIA: O ELEMENTO BÁSICO DA IGREJA
1. Sem a família a igreja não
funciona. Não podemos ignorar a importância da igreja local junto à família,
pois a saúde da igreja está diretamente ligada ao bem estar espiritual e moral
da família. Uma igreja cujas famílias estão arruinadas espiritual e moralmente
não terá condições de acolher os não crentes, nem terá autoridade para atuar
junto à outras famílias na comunidade em que está inserida.
A família fortalecida na igreja é tão importante
que o apóstolo Paulo aconselhou o pastor Timóteo a respeito da qualidade de um
candidato ao episcopado. O apóstolo destaca a relação do aspirante com a
própria família: “Convém, pois, que o bispo [...] governe bem a sua própria
casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (porque, se alguém não
sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?)” (1Tm
3.2,4,5). Aqui, ele expressa o impacto do relacionamento familiar com a
funcionalidade da igreja local. Famílias desgovernadas, inevitavelmente, geram
uma igreja sem direção.
2. A família como extensão da igreja. Além de a
família ser o elemento básico da funcionalidade da igreja local, ela é a
própria extensão desta. Descrevendo a respeito do culto doméstico, o saudoso
pastor Estevam Ângelo disse: “Se a família quiser assistir a sete cultos a mais
por semana, fazendo o culto doméstico, terá uma igreja em casa”. É verdade!
Além de cultuar a Deus, a família representará o reino divino na vizinhança, no
bairro e no mundo. O próprio Jesus falou: “Porque onde estiverem dois ou três
reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18.20). Portanto, podemos
fazer de nossa família uma extensão da Igreja de Cristo e representar seu Reino
neste mundo.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A família é o elemento básico para a boa
funcionalidade da igreja local.
II.
A IGREJA ACOLHENDO AS FAMÍLIAS
1. A natureza humana da igreja. A etimologia
da palavra igreja remonta a natureza humana do Corpo de Cristo. Mateus 18.17 e
Atos 15.4 expressam ekklêsia (igreja) como reunião de
pessoas, povo ou assembleia em nome do Senhor Jesus. É uma instituição composta
de seres humanos dotados de sentimentos, desejos e volição. Nesse caso, a
Igreja é “humana” em sua constituição e composição.
2. A dimensão relacional da igreja. Onde há
pessoas, há relacionamentos. A Santíssima Trindade nos mostra um Deus
relacional. As trinas pessoas relacionam-se comunitária, intensa e
espontaneamente (Mc 1.9-13; Jo 5.17,19-28). Assim, a igreja expressa à dimensão
relacional da Santíssima trindade entre os seus membros. É ali, que a família
cristã está habilitada a relacionar-se como Igreja de Cristo, tanto com o Pai
(Mc 12.30) como com o próximo (Mc 12.31). Assim, a igreja está pronta para acolher
as famílias e suas idiossincrasias.
3. O relacionamento familiar na
igreja. Não há dúvidas de que servir a Deus numa igreja local juntamente
com toda a família é uma bênção. No entanto, para que este relacionamento
continue a abençoar vidas é preciso zelar pelos seguintes princípios: (1) Na
igreja local, a família não deve se fechar em si mesma; (2) Não deve haver
motivações que desrespeitem a liderança constituída ou a qualquer outra pessoa;
(3) A família deve investir tempo para se relacionar com outras famílias
também.
4. A família do obreiro. O exercício
do ministério não dispensa o obreiro de sua responsabilidade como esposo e pai.
Infelizmente, em algumas igrejas locais, é comum cobrarem da família do pastor
um padrão de perfeição que nem o Evangelho preceitua. Prevenção ao pecado e
vida de retidão na presença de Deus e diante da sociedade são atributos
peculiares a toda família cristã. Porém, é preciso reafirmar que a família do
pastor é igual à de qualquer outra pessoa. A esposa do pastor tem nome, e os
filhos também, e precisam dos mesmos cuidados que as demais famílias da igreja
precisam.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A igreja local é uma instituição
composta de distintos seres humanos. Aqui está a dimensão humana da Igreja.
III.
A FAMÍLIA NA IGREJA LOCAL
1. A comunhão da família. No Salmo
133.1 lemos: “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!”.
Apesar de alguns pregadores interpretarem este texto de maneira alegórica,
dando a ele uma simbologia espiritual, neste versículo o salmista Davi se
refere à família de irmãos de sangue em crise, ou, de acordo com Matthew Henry,
o homem segundo o coração de Deus escreve “esse salmo por ocasião da união
entre as tribos quando todas elas se uniram unânimes para fazê-lo rei”. Logo, o
Salmo davídico pronuncia a bênção para uma família que anda em comunhão: Irmãos
e irmãs que vivem em paz no lar e fora dele são tão valiosos quanto o óleo que
ungiu Arão, o sumo sacerdote. Numa casa pacífica e unida, as bênçãos do Senhor
se manifestam.
2. Envolvendo-se com o Corpo de
Cristo. A leitura bíblica em classe, particularmente os versículos 7, 11,
12, 13 e 15, destaca o exemplo de familiares unidos pela causa do Evangelho. O
apóstolo Paulo muito se contentou com o esforço empregado em cada família na
causa do Reino de Deus. Quando a família sente-se alegre em ir à igreja para
adorar a Deus é uma grande bênção (Sl 122.1). Ela participa ativamente do culto
e não se porta como mera assistente. São momentos preciosos que influenciarão a
família por toda a vida.
3. Toda a família na casa de Deus. A igreja
local é o espaço religioso onde adoramos a Deus e proclamamos o Evangelho. Nada
pode impedir este ideário cristão. Por isso, a família chamada por Deus é
convocada a depositar o seu talento na causa do Evangelho. No ensino, na
pregação, na música ou qualquer outra atividade que vise pregar o Evangelho e
edificar a Igreja de Cristo, a família cristã deve estar lá. Não deixe de ir
aos cultos, à Escola Dominical e aos encontros da sua igreja. Esta rotina
glorificará a Deus, e edificará você e a sua família.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Toda a família deve se envolver com as
atividades da igreja. Ali, é o espaço religioso onde adoramos a Deus e
proclamamos o Evangelho de Jesus.
CONCLUSÃO
Na lição desta semana vimos que a família é o
elemento básico da igreja local. Esta, por sua vez, deve ser uma comunidade
acolhedora de famílias carentes. E a família chamada por Deus, tem o privilégio
de servir ao Altíssimo juntamente com outras famílias numa igreja local. Aqui,
somos ensinados, edificados e exortados a representar o Reino de Deus neste
mundo moderno. Portanto, não perca tempo: envolva-se com a sua igreja local,
pois esta precisa de você e toda a sua família.
VOCABULÁRIO
Volição: Ato pelo qual a vontade se determina a alguma coisa.
Idiossincrasias: Maneira de ver, sentir, reagir própria de cada pessoa.
Idiossincrasias: Maneira de ver, sentir, reagir própria de cada pessoa.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LIMA, E. R. Ética Cristã: Confrontando as Questões
Morais do Nosso Tempo. 1 ed., RJ: CPAD, 2002.
SOUZA, E. Â. ...e fez Deus a família: O padrão divino para um lar feliz. 1 ed., RJ: CPAD, 1999.
HUGHES, B.; Kent. Disciplinas da Família Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.
SOUZA, E. Â. ...e fez Deus a família: O padrão divino para um lar feliz. 1 ed., RJ: CPAD, 1999.
HUGHES, B.; Kent. Disciplinas da Família Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, que importância não se pode ignorar em
relação a família?
R. A
funcionalidade da igreja local junto a família.
2. Além de ser o elemento básico da funcionalidade da igreja, o que é
a família?
R. É
a extensão da igreja local.
3. Descreva a natureza humana da igreja.
R. A
igreja é uma instituição composta de seres humanos dotados de sentimentos,
desejos e volição.
4. Que bênção o salmo davídico pronuncia?
R. Irmãos
e irmãs vivendo em paz é como a preciosidade do óleo que ungiu o sumo sacerdote
Arão.
5. Você e a sua família se envolvem com a sua igreja local?
R. Resposta
pessoal.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Vida Cristã
“Em plena época do Cristianismo, à luz das ricas
revelações bíblicas, fatos que ocorreram há milhares de anos tornam a se
repetir. Os desígnios de Deus se chocam com as atitudes dos homens, que não
somente vivem chamado ‘século das luzes’, mas também dizem ser iluminados pelo
Espírito Santo de Deus.
Reportemo-nos aos exemplos das boas relações entre
jovens e velhos, de um período de 1500 a.C., com Moisés e Josué, até aos dias
de Paulo e Timóteo, ocasião em que a luz dos conhecimentos, quer seculares,
quer espirituais, era incompativelmente mais fraca e as revelações de Deus
esporádicas. Se pela vontade e orientação de Deus, esses homens da Antiguidade
foram capazes de evidenciar um relacionamento exemplar, por que entre os
cristãos de hoje, constata-se a realidade dos abismos de gerações? Por que há
tanta divergência até entre pais e filhos que têm em mãos a infalível Palavra
de Deus? Por que muitos pais, ao nascerem os filhos, recebem-nos com desgosto?
Por que tanta insubmissão aos velhos? Por que há filhos que se sentem tão
independentes dos pais, mesmo quando dependem deles para tudo?”(SOUZA, E. Â. ...e
fez Deus a família: O padrão divino para um lar feliz. 1 ed.,
RJ: CPAD, 1999, pp.251-52).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico Pastoral
“A Família do Pastor
Um recente best-seller sobre o
ministério pastoral contém um capítulo intitulado ‘Alerta: O Ministério Pode
Ser uma Ameaça para Sua Família’. Por mais chocante que seja, o título reflete
com precisão a realidade do ministério pastoral hoje. Uma pesquisa pastoral
realizada em 1992, publicada em um importante jornal, descobriu as seguintes
dificuldades significativas que produzem problemas conjugais nas famílias dos
pastores:
• 81% tempo insuficiente em conjunto;
• 71% uso do dinheiro;
• 70% nível de renda;
• 64% dificuldade de comunicação;
• 63% expectativas da congregação;
• 57% diferenças quanto ao lazer;
• 53% dificuldades na criação dos filhos;
• 46% problemas sexuais;
• 41% rancor do pastor com relação à esposa;
• 35% diferenças quanto à carreira ministerial.
Hoje em nossos dias, ninguém questiona o fato óbvio
de que a maioria dos pastores e suas famílias estão sofrendo pressões cada vez
maiores por causa do ambiente em que estão ministrando. Isso não é de
surpreender quando se reflete sobre a natureza do ministério. Considere estas
pressões envolvidas no pastorado:
1. O pastor envolve-se com o humanamente impossível
— lida com o pecado na vida das pessoas.
2. O pastor cumpre um papel que nunca se completa —
resolve problemas que vão se multiplicando.
3. O pastor serve sob uma credibilidade cada vez
mais questionada aos olhos da sociedade.
[...] 8. O pastor e a sua família parecem viver em
um aquário que todos podem observar.
[...] 10. Como figura pública, o pastor pode
receber as mais duras críticas tanto da comunidade como da congregação.
Ninguém que reflita um pouco pode negar que o
ministério é potencialmente perigoso para o casamento e a família do pastor.
Mas seria isso mesmo? Ou melhor, é necessário que seja assim? Ou, mais
importante, Deus quer que seja assim?” (MACARTHUR, J. JR. (Ed.). Ministério
Pastoral: Alcançando a excelência no ministério cristão. 7 ed.,
RJ: CPAD, 2012, pp.163-64).
Por
Dc.Geazi Santos
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