quarta-feira, 22 de junho de 2011

Filhos Adolescentes

Nosso adolescentes se Apaixonam

 
       Alguns de nós pais  tememos este dia; é justamente ai que percebemos a nossa impotência, estamos a todo momento controlando os horários de nossos filhos, o que eles devem comer, o que eles devem fazer, o rendimento deles na escola; enfim costumamos ser pais altamente controladores e até ciúmento com as nossas proles, no entanto chega o momento que este nosso controle cai de joelhos aos sentimentos que vão se pedir licença se apropriando dos corações de nossos filho, e as vezes não queremos nem acreditar que isto esta acontecendo, não queremos acreditar que este dia pode chegar; mas para desespero de alguns pais chegam e ai o que fazer? Como reagir? a uma situação que muitos de nós não estamos preparados para lidar com ela?  Com certeza a melhor ferramenta aida é o diálogo.
              A vida, naquela primeira década, teve como marca a leveza das emoções. Crises iam embora na primeira conversa com os pais. Pequenos dilemas eram encarados e resolvidos de forma lúdica. Até que, de uma hora para outra, desencadeia-se a tempestade. A pulsação entra em ritmo frenético. Nas mãos suadas ou nos cadernos, bilhetes com mensagens do tipo: “Eu te amo. Sem você não posso viver.” É o primeiro amor, a primeira paixão, o turbilhão de sentimentos que toma conta da rotina de crianças e pré-adolescentes. Ele começa a varrer o coração dos pequenos entre os nove e os 12 anos, justamente na fase em que os hormônios iniciam sua festa no corpo humano. E pode destruir o equilíbrio da garotada, ainda despreparada para enfrentar essa avalanche de sensações. O efeito é de um nocaute. Por vergonha, as crianças levam meses para revelar o segredo. Às vezes nem contam. Os pais, pegos de supresa.
             O primeiro amor, atestam os especialistas, exerce um papel essencial na forma como o indivíduo irá se relacionar com o mundo e com as pessoas no futuro. Por isso, ele não pode ser tratado como simples brincadeira. “Quando é correspondida, a primeira relação amorosa faz muito bem. Eleva a auto-estima e faz as crianças se sentirem valorizadas. Além disso, a sexualidade começa a ser definida neste período”, analisa a psicóloga Cristiana Pereira, habituada a atender o público infantil e adolescente. É também o momento em que a meninada, ao pensar horas a fio no outro, descobre a abstração. 
          O pediatra Fábio Ancona Lopez, da Universidade Federal de São Paulo Unifesp), lembra que em toda paixão há um estado alterado da consciência. Com os pequenos não é diferente. “O centro do mundo passa a ser o objeto amado”, afirma. Na pré-adolescência, a criança se desenvolve nos aspectos emocional e corporal. Nessa fase, iniciam-se as primeiras experiências com o mundo externo. Meninos e meninas despertam para padrões além dos apresentados pelos familiares. Começam a se firmar sexualmente, mas ainda não têm consciência sobre seus sentimentos. Não conseguem compreendê-los. Apenas sentem, muitas vezes de modo arrebatador. A criança que diz estar amando freqüentemente acredita que aquele amor é único. Nessas horas, a habilidade para escutar os filhos é fundamental, atesta a psicóloga Cristiana. “Por mais aflitos que fiquem, os pais precisam perceber que receberam um presente do filho, que os escolheu como confidentes”, explica a especialista.
            Muitos pais questionam se é hora de o filho se apaixonar. É uma postura inócua: a situação está posta e, de resto, amores não chegam em momentos agendados. O fundamental é mostrar acolhimento e reforçar os laços de confiança. Outro aspecto importante é respeitar o ritmo da criança e deixá-la tomar a iniciativa de falar sem pressões.o pai é ciumento e pode reclamar. Situação, aliás, que deve ser contornada. “Os pais precisam lidar com o crescimento dos filhos. Este é o primeiro anúncio de que a criança está se abrindo para o mundo”, explica a psicóloga Lisete Calef, também especializada em atendimento infantil.
             Quando o jovem apaixonado começa a alterar sua rotina de estudo e de atividades com os amigos, o melhor é buscar ajuda. Choros por dias a fio, queda repentina nas notas escolares ou noites insones são sinais de que algo pode estar errado. A garotada também leva foras e isso provoca dor. Nada que lembre as epopéias românticas de Tristão e Isolda, mas capazes de deixar pequenas cicatrizes. A pesquisadora americana Nancy Kalish, professora de psicologia da Universidade Estadual da Califórnia, nos Estados Unidos, entrevistou 1,6 mil pessoas entre 18 e 92 anos e descobriu algo surpreendente: três em cada dez gostariam de reatar com o primeiro amor. “Muitos se separaram de seus primeiros romances por conta dos pais.Diante da frustração amorosa do filho, não adianta dizer que há centenas de outros pretendentes. O melhor é fazê-los entender que a perda e o sofrimento são sentimentos com os quais todos devem aprender a conviver.
         Em alguns casos, a paixão inicial do filho traz para os pais a preocupação com um outro tema polêmico: a iniciação sexual precoce. Uma pergunta freqüente é: “Se a minha filha der um beijo, ela depois irá adiante?” Quase sempre não. É preciso distinguir esse primeiro amor na pré-adolescência do que a garotada chama de “ficar”. “É diferente do ficar porque supõe fidelidade ao outro”, adverte a psicóloga Cristiana. Uma gíria comum entre esses meninos e meninas, usada em mensagens na internet, é a BV, as iniciais de Boca Virgem. “Perdi meu BV” quer dizer “dei meu primeiro beijo”. Para eles, isso é uma conquista.
             Vale ressaltar  que o controle emocional do pai é impressídivel para o bom diálogo com os seus filhos e filhas, tenhamos esta conciencia de que que este dia mais cedo ou mais tarde vai chega, e a pergunta é como nós estamos nos preparando para ele? É interessante que não sejamos radicais de nem liberais de mais porque isto pode prejudicar o emocionalmente o seu filho ou sua filha. deixe as coisas acontecerem naturalmente e quanto acontecer lembre-se não tome atitudes precipitadas, faça uma regressão no momento em que você se apaixonou pela primeira vez e como você gostaria que os seus pais na época reagissem.

Dc. Geazi Santos

Um comentário:

  1. Realmente um artigo interessante e muito útil para abrir a mente dos pais para um assunto tão importânte como o desenvolvimento emocional dos filhos. Nota 10!!

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