SUBSIDIOS EXTRAS
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A
História, e mais claramente a História Contemporânea, demonstra de forma
inequívoca que o casamento é um dos alvos preferenciais das forças satânicas.
Sob o pretexto de “evolução”, “progresso” e “avanços sociais”, novas formas de
união têm sido inventadas e aceitas pela sociedade sem Deus. M as os cristãos
devem preservar e cultivar o matrimônio monogâmico e heterossexual, como uma
bênção de Deuspara a humanidade.
Todas
as sociedades antigas, que destruíram o casamento e a família, nos moldes
tradicionais, conforme o projeto de Deus, tiveram seu fim, pela corrupção de
suas bases morais e espirituais. Os materialistas desdenham desse tipo de
afirmação. Porém, a Palavra de Deus assegura que o que o homem semeia isso
também colherá, pois Deus não se deixa escarnecer (G1 6.7). E uma questão de
tempo apenas. A cada dia, o império do mal cresce, com o apoio dos governantes,
dos representantes políticos do povo e dos representantes do poder judiciário,
que aprovam leis e normas que contrariam a Lei de Deus. Porém, um dia todos
serão julgados no plano espiritual segundo suas decisões e escolhas. O Juízo
Final aguarda, com sentença já definida, a sorte dos ímpios (SI 9.17).
LIMA.
Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora
CPAD. pag. 26, 27.
Certamente
não existe problema, na sociedade ou na própria igreja, mais (Difícil e
generalizado do que a questão da impureza sexual. Surpreendente porção do N.T.
se devota a denunciar os vícios sexuais. (Ver I Cor. 6:15 e ss.). Ali,
o argumento contra as praticas sexuais ilícitas e que somos o ≪corpo de Cristo≫; e nenhum membro
desse corpo pode unir-se impunemente a uma pessoa sexualmente impura; a
formicação e um pecado contra o corpo; o corpo do crente e o templo do Espirito
Santo, pelo que dificilmente pode ser usado para praticas sexuais degradantes.
Não temos corpos para usa-los de maneira errada, porquanto pertencem a Deus,
juntamente com nossos espíritos.
Os
gnósticos imaginavam que devemos cooperar com o sistema mundano, que esta
destinado a finalmente ser destruído, com todas as
coisas
materiais. Criam que a própria matéria e o principio do mal. Assim, poderíamos
abusar do corpo, ou mediante o ascetismo ou mediante a autoindulgência; e, ao
assim fazermos, estaríamos cooperando com a destruição do corpo, sem que isso
trouxesse qualquer dano ao espirito.
Porem,
o cristianismo nunca visou o corpo ou a matéria como coisas mas por si mesmas,
embora o sexto capitulo da epistola aos Romanos nos mostre claramente que Paulo
reputava o corpo humano uma presa fácil do pecado, instrumento mui
frequentemente usado para o mal. E a experiência humana também nos ensina tal,
o que in d ic a que isso e uma verdade indiscutível. (Ver I Tes. 4:3 quanto a
notas expositivas acerca dos pecados sexuais).
Na
sociedade judaica sempre foi tolerada a poligamia. O N.T. não condena tal
pratica, mas exibe um ideal superior. O Senhor Jesus, em Mat.19:5, ensinou o
principio de ≪uma mulher para
cada homem≫, porquanto
somente um casal pode formar, realmente, o ideal de≪tornar-se-ão ambos uma só carne≫. As epistolas pastorais proíbem a poligamia no
caso dos lideres das igrejas (ver I Tim. 3:2,12, embora esses versículos, quase
certamente, também proíbam ate mesmo novo casamento de um ministro da Palavra,
em caso da morte de sua esposa, o que e uma posição extrema.
O
sexo esta limitado ao matrimonio・. Não ha qualquer exceção a isso, em todo ο N.T.,
embora o A.T. reconhecesse o concubinato, o contrato de mulheres para um breve
período. Nossa lealdade como crentes, entretanto, deve ser aos princípios mais
elevados do N.T., e não aos ensinamentos relativamente inferiores do A.T.
≪...o
leito sem macula...≫ Essas palavras tem sido exageradas para que
signifique que enquanto as praticas sexuais sejam dentro das relações
matrimoniais, pode-se incluir aberrações e praticas duvidosas. Mas o autor
sagrado sem duvida não tencionou dizer isso. Mui provavelmente ele subentende
que deve haver moderação em tudo, já que o cristianismo em todos os aspectos da
vida ensina e exige a normalidade, e não extremismos.
≪...impuros...≫ e
tradução do vocábulo grego ≪pomos≫, termo geral que indica ≪sexo ilícito≫, e cuja forma
feminina significa ≪prostituta≫. O termo e mais geral do que≪formicação≫, ou seja, as
praticas sexuais ilícitas anteriores ao matrimonio. Tal palavra pode indicar
qualquer ato sexual condenável.
≪...adúlteros...≫ No
grego e usado o termo ≪moichos≫, relações sexuais ilícitas que envolvem pessoas
casadas, com pessoas que não são seus cônjuges.
A
condenação imposta pelo N.T. (em Gal. 5:19-21), mostra-nos que os
vícios
sexuais estão incluídos entre os pecados que impedem a pessoa de herdar o reino
dos céus. O trecho de Efe. 5:6 ensina-nos a mesma coisa. Todo o individuo
dominado por algum vicio sexual não pode ter-se convertido em verdade, e nem
pode esperar, com razão, a salvação de sua alma. O presente versículo promete o
juízo de Deus contra a pessoa que pratica vícios sexuais, ainda que, entre os
homens, tais vícios jamais venham a ser julgados.
Ha
certas interpretações implícitas, que estão vinculadas ao presente texto, a
saber:
1.
O matrimonio precisava ser defendido dos assédios dos ascetas, que
negavam
a legitimidade do casamento, pelo menos no caso dos que buscam a serio as
verdades espirituais, embora perfeitamente legitimo para as massas. Não há
qualquer evidencia que o autor sagrado estivesse defendendo o matrimonio como
modo de vida, em contraste com o celibato. Tal problema simplesmente não estava
sendo focalizado.
2.
A pratica do celibato e uma questão pessoal, que só pode ser resolvida entre
Deus e o individuo, não podendo ser ditada por qualquer autoridade religiosa,
sob a alegação que e mais conveniente que os ministros vivam solteiros. Apesar
do autor sagrado não abordar a questão, pois tal ideia só surgiu como dogma
muitos séculos mais tarde, não sendo pratica observada nos próprios tempos
neotestamentarios, contudo, o matrimonio e declarado honroso para todos; e isso
comprova que, n aqueles dias, não havia ministros, como uma classe, que
tivessem de viver no celibato.
3.
Certamente o texto combate, ainda que indiretamente, a suposição que o
matrimonio e estado ≪inferior≫ (ainda que legitimo), em relação ao estado de
solteiro. Os preconceitos em favor do celibato e que tem produzido a supressão
das palavras ≪...entre todos...≫Assim e que os mss 38, 460, 623, 1836 e 1912, além
dos escritos dos pais da igreja Didimo e Cirilo de Jerusalém, Eusébio,
Atanasio, Epifânio e Teodoreto, omitem tais palavras.
≪ ...Entre
todos...≫ Essas palavras podem significar ≪em todos os respeitos≫, se forem
consideradas como neutras, ou então como diz aqui, ≪entre todos≫, ou seja, um
costume de todos, se tais palavras estiverem no gênero masculino. E ambas as
possibilidades estariam de acordo com os fatos. Entretanto, o termo não admite
praticas sexuais anormais, nem mesmo dentro das relações do casamento, conforme
alguns tem dito que o versículo permite.
Alguns
estudiosos pensam que o versículo deve ser compreendido no imperativo: ≪Que o matrimonio seja digno de honra entre todos, e
que o
leito
seja sem macula≫, etc. Isso e
gramaticalmente possível.
≪A maioria dos
indivíduos imorais escapa aos tribunais humanos; mas Deus tem conhecimento
daqueles que os homens não castigam. As imoralidades joviais serão reputa das
mui diferentemente do que são consideradas agora≫. (Faucett, in
loc.).
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo.Editora
Hagnos. Vol. 5. pag. 658.
13.4
Digno de honra. Deus tem o casamento em alta conta, o qual ele instituiu na
criação (Gn 2.24), mas, para algumas pessoas na Igreja primitiva, o celibato
era mais santo do que o casamento, uma ideia que Paulo denuncia com vigor em
ITm 4.3 A atividade sexual dentro do casamento e pura, mas qualquer atividade
sexual fora do casamento coloca a pessoa sob o juízo divino. Deus julgara. Deus
prescreve consequências serias para a imoralidade sexual.
ARTHUR.
Mac. Bíblia de estudo. Editora Sociedade Bíblica do Brasil. pag.
1713.
Heb 13.4 Let marriage be held in honor among all, and let the marriage
bed be undefiled; for God will judge the immoral and adulterous.
NVI NOVO
TESTAMENTO Aprendendo inglês
lendo a Palavra de Deus. pag. 237.
13.4
— Venerado seja entre todos o matrimonio.
O
autor agora se volta para alguns problemas relacionados ao amor humano. Para
determinar a intenção completa deste versículo, um ponto
gramatical
deve ser resolvido. Na original, em grego, o verbo e omitido e deve ser
fornecido pelo leitor, como e comum no hebraico e no grego.
Pode-se
fornecer um verbo no subjuntivo, seja o matrimonio, e transformar a frase em
uma exortação. Ou pode-se usar um verbo no indicativo. O casamento deve, e
passar a ter um imperativo, como ocorre, alias, em algumas versões e traduções
das Escrituras. O primeiro caso parece ser o mais adequado, uma vez que o
contexto e de
admoestação
e o autor esta levantando novo tópico de exortação. Além disso, sendo a
primeira metade do versículo uma exortação, a segunda metade se adapta melhor.
E este, assim, um mandamento de purificação, em vez de ser uma declaração
contra o ensino ascético, que considerava as relações matrimoniais como sendo
prejudiciais. O ensino ascético era um serio problema naquela época (compare
com 1 Tm 4.3);
mas
não parece ser a intenção do autor. O casamento, para ele, e nobre, e o leito
matrimonial, imaculado. Deve ser mantido assim.
Porem
(gr. gar) poderia ser traduzido pela conjunção porque. Manter o relacionamento
matrimonial, porque Deus julgara os que assim não o fizerem.
Os
que se dão a prostituição são aqueles que fazem concessões, geralmente de modo
excessivo e sem controle, aos desejos sexuais, sejam heterossexuais ou
homossexuais, fora dos laços do matrimonio.
Adúlteros
são os infiéis aos seus votos matrimoniais.
EarI D. Radmacher: Ronald
B. Allen: H. Wayne House. O
Novo Comentário Bíblico Novo
Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 665, 666.
I - A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO
1. Um plano
global.
Por
quê? Porque faz parte de seu plano divino que a humanidade cresça e se
multiplique, através da união legítima entre um homem e uma mulher, como vimos
no capítulo anterior. A vontade de Deus é que um homem se case com uma mulher,
para formar um lar e uma família, conforme os ditames de sua santa Palavra.
Face
essa “vontade permissiva” de Deus, Ele não interfere nem direciona um homem
para uma mulher. Ele permite aos homens em geral que ajam conforme suas
vontades, até mesmo para praticarem atos contrários à vontade do Senhor. Assim,
cada pessoa tem o direito de, usando o seu livre-arbítrio, fazer as escolhas
que lhe convier para sentir-se bem na união matrimonial. A vida nos mostra que
Deus considera e valoriza o matrimônio, tendo ele sido celebrado numa igreja
evangélica ou não, desde que subordinado à lei civil, representada pelas
autoridades que têm competência para realizar o matrimônio. A igreja cristã não
rejeita um casal, pelo fato de ter sido unido, em cerimônia legal, num templo
de outra religião. Salvo se tal religião praticar ritos que possam ser
considerados diabólicos.
Todas
as sociedades antigas, que destruíram o casamento e a família, nos moldes
tradicionais, conforme o projeto de Deus, tiveram seu fim, pela corrupção de
suas bases morais e espirituais. Os materialistas desdenham desse tipo de
afirmação. Porém, a Palavra de Deus assegura que o que o homem semeia isso
também colherá, pois Deus não se deixa escarnecer (G1 6.7). E uma questão de
tempo apenas. A cada dia, o império do mal cresce, com o apoio dos governantes,
dos representantes políticos do povo e dos representantes do poder judiciário,
que aprovam leis e normas que contrariam a Lei de Deus. Porém, um dia todos
serão julgados no plano espiritual segundo suas decisões e escolhas. O Juízo
Final aguarda, com sentença já definida, a sorte dos ímpios (SI 9.17).
LIMA.
Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora
CPAD. pag. 28,29.
Gn.
2.24 — No casamento, o homem deve deixar [hb. ‘azab] a sua família de origem e
unir-se a sua esposa. Embora este conceito presuma existência de uma casa
distinta da casa dos pais, não significa afastar-se completamente dos laços que
o ligam ao clã ao qual pertence; ate porque, no período patriarcal, esse tipo
de família era bastante comum, próximo e interdependente. O verbo apegar-se-á
[hb. dabaq] fala de união física e dos aspectos gerais dos laços do matrimonio.
No casamento, o homem e a mulher tornam-se uma só carne, e não apenas nos. Uma
só carne [hb. ‘echad basar] sugere vínculos físicos, sexuais e emocionais, um
relacionamento longo e duradouro. Ainda ha duas pessoas, mas, juntas, estas se
tornam uma só (Ef 5.31). A expressão uma só carne fala mais de uma unicidade
(hb. ' ehad) de vontades, que respeita a devida alteridade de personalidade,
não de unidade (hb. yahid). O termo 'ehad e o mesmo usado no famoso Shema, o
credo de Israel, onde Deus e comumente traduzido como o único Senhor (ver Dt
4.4; compare com Ef 5.31).
No
Novo Testamento, Jesus se referiu a esse texto (Gn 2.24) como o fundamento da
visão bíblica do casamento (Mt 19.5; 1 Co 6.16).
EarI D. Radmacher: Ronald
B. Allen: H. Wayne House. O
Novo Comentário Bíblico AntigoTestamento com
recursos adicionais. Editora Central
Gospel. pag.14, 15.
Gn.
2 24. Deixa o homem pai e mãe, e se une a sua mulher. A instituição
do matrimonio, iniciada por Deus, requer 0 sacrifício de caminhos antigos.
Quantos empreendimentos tem sido deixados de lado porque a pessoa envolvida não
pode impedir-se de olhar para três? Lembremo-nos da esposa de L.. Deixar o
antigo para lançar-se ao novo é a primeira e grande garantia de sucesso. Um
homem dividido entre mãe e esposa acha-se sobre um alicerce muito fraco. Acabar
não agradando a nenhuma das duas, e ambas serão infelizes com ele. Disse Adão:
״Considere o modo como eu tive de fazer isso. Eu tinha somente a minha
esposa". Assim também qualquer outro homem, quando se casa. tem apenas a
sua esposa. Visitas vindas de membros da antiga família serão suficientes.
O
que Esse Ensino Não Envolve. O
autor sagrado não nos encoraja a sermos negligentes no tocante a nossos pais.
Continuemos a servi-los, na medida do possível. O amor filial continuar
rebrilhando. Mas ele diz: “Sai da casa de teus pais!”. Uma mãe como a terra
natal de um homem. Uma esposa é como um país para onde ele migrou. Ninguém pode
viver em dois países ao mesmo tempo. Tal homem ama a ambos, mas sua presença
física manifesta-se na sua nova pátria.
“Por
ordem de Deus, haver. uma conexão mais intima, entre o homem e a mulher, do que
pode subsistir at. mesmo entre pais e filhos" (Adam Clarke, in
loc.).
Uma
só carne. Essa afirmação tem sido entendida de várias maneiras, como segue:
1.
Marido e mulher devem ser tidos como um só corpo, em
uma verdadeira comunhão de bens, onde nenhum tem direitos separados ou
independentes, nem privilégios, nem cuidados, nem interesses: antes,
compartilham de tudo, estão interessados pelas mesmas coisas e tem os mesmos
alvos. Aristóteles dizia que os verdadeiros amigos são dois corpos com uma s.
mente; e esse sentimento aplica-se aqui.
2.
Vivem para a produção de uma carne, uma referência ao
dever e privilegio que tem de se reproduzirem segundo a sua espécie.
3.
O termo pode expressar união espiritual. Os dois tornam-se uma única pessoa,
embora possuidores de dois corpos. Sua união, pois, uma união de almas.
4
A união entre os dois é tão intima que é como se fossem uma só pessoa, uma só
alma, um só corpo, o que faz contraste com a poligamia, o divórcio ilegítimo,
toda espécie de imundícia moral, formicação e adultério” (John Gill, in
loc.).
5.
A esposa é o “ego-fêmea” do esposo, a sua hetero-identificação.
Usos
Deste Versículo no Novo Testamento. Jesus
(Mat. 19.5) utilizou este versículo para combater o divórcio, pois quem pode
separar aquilo que Deus juntou? Deus junta; o homem separa.
Paulo (citando indiretamente) usou o sentimento do
versículo a fim de proibir a prostituição, visto que o princípio de uma
só carne que deve prevalecer no matrimonio . violado pela intrusão
de uma terceira pessoa. Em Efésios 5.31, esse apóstolo citou diretamente o
versículo. Primeiro usou-o para indicar o casamento literal, e, em seguida, o
casamento espiritual de Cristo com a Sua Igreja. Em ambos os casos, ele partiu
do pressuposto de alguma espécie de comunhão mística, no .âmbito da alma, que
une os casais, bem como Cristo . Sua Igreja, o que o vs. 32 d. a entender por
meio do termo mistério.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Hagnos. Vol. 1. Pag. 29.
2.
Os indicadores da vontade de Deus.
A
vontade permissiva Como
expressão da vontade do Criador, Ele disse, no princípio de todas as coisas,
que o homem deveria deixar seu pai e sua mãe e unir-se à sua mulher, a ponto de
ser “uma só carne” com ela (Gn 2.24), o que ocorre no ato sexual. Essa vontade
de Deus é para todos os homens, crentes ou não crentes, santos ou ímpios,
evangélicos ou não. Por quê? Porque faz parte de seu plano divino que a
humanidade cresça e se multiplique, através da união legítima entre um homem e
uma mulher, como vimos no capítulo anterior. A vontade de Deus é que um homem
se case com uma mulher, para formar um lar e uma família, conforme os ditames
de sua santa Palavra.
Face
essa “vontade permissiva” de Deus, Ele não interfere nem direciona um homem
para uma mulher. Ele permite aos homens em geral que ajam conforme suas
vontades, até mesmo para praticarem atos contrários à vontade do Senhor. Assim,
cada pessoa tem o direito de, usando o seu livre-arbítrio, fazer as escolhas
que lhe convier para sentir-se bem na união matrimonial. A vida nos mostra que
Deus considera e valoriza o matrimônio, tendo ele sido celebrado numa igreja
evangélica ou não, desde que subordinado à lei civil, representada pelas
autoridades que têm competência para realizar o matrimônio. A igreja cristã não
rejeita um casal, pelo fato de ter sido unido, em cerimônia legal, num templo
de outra religião. Salvo se tal religião praticar ritos que possam ser considerados
diabólicos.
A
vontade diretiva Esta é diferente
da vontade permissiva. É a vontade de Deus, segundo a qual Ele pode agir, de
modo impositivo ou diretivo, para alcançar seus objetivos divinos em relação ao
universo e aos homens como agentes livres. Com essa vontade, Deus também pode
direcionar pessoas; criar situações; promover circunstâncias, seja por sua
decisão própria, ou para atender solicitações e propósitos de pessoas,
especialmente de seus servos e servas, que procuram viver de acordo com seus
princípios elevados. Dentro desse contexto, como Deus usa a vontade diretiva
para o casamento? Será que Ele escolhe o “irmão fulano” para ser esposo da
“irmã fulana”? E se esse irmão resolver casar com a “irmã sicrana”, pode
contrariar a vontade de Deus? Essas questões parecem simples, porém são mais
comuns do que se poderia imaginar. No aconselhamento pastoral, ou em seminários
para a juventude, é comum ser encaminhada questão desse tipo: “Pastor, como
podemos saber se uma pessoa com quem namoramos, ou noivamos, é a pessoa
escolhida por Deus para nós?”; ou: “como podemos saber se o casamento é da
vontade de Deus?”.
Notadamente
os jovens querem uma resposta definida para essas questões, que são motivo de
inquietação para muitos que estão na fase de tomar decisões importantes em suas
vidas, principalmente em relação ao casamento. De tanto verem fracassos
matrimoniais, nas igrejas ou em suas famílias, há rapazes e moças que têm
receio de casar. Há os que namoram e até noivam, e terminam o relacionamento por
não se sentirem seguros quanto à vontade de Deus nesse terreno. Em nosso
aconselhamento aos jovens, procuramos dar-lhes algumas orientações que servem
de pistas para suas decisões em termos de namoro, noivado e casamento. A
seguir, alguns indicadores da vontade de Deus.
LIMA.
Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora
CPAD. pag. 29, 30.
a
) A Paz de Deus na coração.
No
texto de Paulo em Colossenses 3.15-17 há lições muito preciosas. Em primeiro
lugar, nos diz que “a paz de Deus” deve dominar em nossos corações, e devemos
ser agradecidos. Se agradecemos é por alguma coisa importante, que pomos diante
de Deus.
Em
segundo lugar, diz: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em
toda a sabedoria. Se a paz de Deus é como um árbitro em nossos
corações, conforme diz outra tradução do texto, a palavra é o
referencia para nossos pensamentos, atitudes e ações.Mas diz que essa
palavra deve habitar em nós “abundantemente, em toda a sabedoria”. Quem submete
seus pensamentos, ações presentes ou pretendidas, ao crivo da palavra de Deus,
certamente terá muito mais probabilidade de acertar, e de sentir a direção de
Deus em sua vida.
Em
terceiro lugar, o texto diz que devemos louvar a Deus, admoestando-
nos
uns aos outros, com “salmos, hinos e cânticos espirituais”. Ou seja, quando
fazemos alguma coisa que é da vontade de Deus, sentimos paz interior; tomamos
como referência a Palavra do Senhor; temos motivos para louvar a Deus e, além
disso, devemos fazer “tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus
Pai”. Esse é um ponto de altíssima importância. Se um namoro, noivado ou
casamento é da vontade de Deus, podemos agir “no nome do Senhor Jesus” e dar
“por ele graças a Deus Pai”. E necessário que o crente tenha a comunhão com o Espírito
Santo para discernir a vontade divina, de maneira sábia e coerente, com base na
regra de fé e conduta, que é a Palavra de Deus.
A
Bíblia diz que o coração, ou o interior do homem, não é bom árbitro (Jr 17.9).
Nesse caso, para saber a vontade de Deus, não é de boa norma confiar no
coração. Ele é enganoso, por causa do pecado que passou a todos os homens. Mas
a paz de Deus, dominando um coração pleno da presença de Deus, em concordância
com a sua palavra, é de grande valor.
LIMA.
Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora
CPAD. pag. 30, 31.
3.14.15
- Os cristãos devem viver em paz. Viver em paz não significa que todas as
diferenças de opinião serão repentinamente eliminadas, mas exige que os
cristãos dedicados trabalhem juntos apesar de suas diferenças. Tal amor não e
apenas um sentimento, mas uma decisão de atender as necessidades dos outros
(ver 1 Co 13). Viver em amor leva a paz entre os indivíduos e entre os membros
do corpo de Cristo, os cristãos. Os problemas em seu relacionamento com outros
cristãos causam conflitos abertos ou um silencio mutuo? Considere o que você
pode fazer para curar esses relacionamentos com amor.
3.15
A palavra arbitro faz parte da linguagem do atletismo. Paulo nos diz que
devemos deixar que a paz de Cristo seja o arbitro ou o juiz de nosso coração.
Nosso coração e o centro do conflito. E nele que nossos sentimentos e desejos
se colidem nos sós temores e esperanças, a desconfiança e a confiança, o ciúme
e o amor. Como podemos lidar com esses conflitos constantes e viver conforme a
vontade de Deus? Paulo explica que devemos decidir entre os elementos
conflitantes usando as regras da paz. Que escolha promovera a paz em nossas
almas e em nossas igrejas? Para informações adicionais sobre a paz de Cristo,
APLICAÇÃO
PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag. 1680.
3.15
- A paz de Deus domina nosso coração quando estamos completamente entregues a
vontade divina, e, assim, todo o nosso ser se une em obediência a Ele. A obra
de reconciliação de Cristo e o que possibilita essa entrega.
EarI D. Radmacher: Ronald
B. Allen: H. Wayne House. O
Novo Comentário Bíblico Novo
Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 550.
b)
O comportamento pessoal.
Referimo-nos
ao comportamento ou ao testemunho da pessoa. Se uma jovem namora um rapaz e
quer saber se esse namoro é da vontade de Deus; ou é noiva e quer saber se o
noivado é da vontade de Deus, com vistas a um provável casamento, deve levar em
conta com muito cuidado o testemunho do jovem. Da mesma forma, um rapaz cristão
deve avaliar o testemunho de sua namorada ou noiva, para saber se é da vontade
de Deus que se case com ela. Parece simples, mas não é. E indispensável
observar o comportamento do outro na família, no relacionamento com os pais; o
comportamento do outro para com os pastores, a igreja, o trabalho. Se um jovem
ou uma jovem não respeita os pais, como respeitará seu cônjuge? Como respeitará
o pai ou a mãe de seus filhos? Um casamento não pode ser da vontade de Deus se
o namoro e o noivado são marcados pela prática de atos que ofendem à santidade
de Deus e à santidade do corpo (1 Co 6.18,19,20). Se um rapaz ou uma moça quer
praticar sexo no namoro ou no noivado, é um sinal evidente de que Deus não está
aprovando tal relacionamento.
Um
casal de jovens, casados há poucos meses, chegou ao gabinete pastoral,
procurando ajuda, pois estavam passando por sérias dificuldades. Brigas
constantes, desavenças, e já não sentiam mais amor um pelo outro. Com certa
experiência no assunto, começamos a fazer algumas perguntas aos dois. Indagamos
se eles estavam orando a Deus, diariamente; se costumavam ler a Bíblia juntos;
se caminhavam para a igreja local; se adoravam a Deus, etc. Eles responderam
que não oravam mais, não liam a Bíblia, e que tinham perdido o estímulo de ir à
igreja. Dentro de poucos minutos, a jovem encarou o seu esposo e lhe indagou:
“Você não acha que devemos confessar o nosso erro?”. Fiquei esperando a
resposta do esposo, e ele disse: “Se quiser, pode dizer”. Então a jovem
voltou-se para mim e disse que, no seu noivado, já praticavam sexo. E que sabia
que a mão de Deus estava pesando sobre eles, lembrando o seu pecado não
confessado, por terem fornicado, no namoro. Lemos em Provérbios 28.13 que “quem
confessa suas transgressões e as deixa, alcança misericórdia; mas o que as
encobre nunca prosperará”. Eles sentiram-se aliviados por confessarem o seu
erro, cometido na prática do sexo antes do casamento. Aconselhamos-lhes a
procurarem o dirigente da congregação para confessar o pecado oculto e
aceitarem a disciplina eclesiástica. Eles aceitaram o conselho, e depois
puderam normalizar sua vida, diante de Deus e no seu lar.
Se
um noivo vive faltando com respeito à noiva; se é grosseiro com ela; se
demonstra um ciúme doentio, a ponto de não permitir que a jovem converse até com
pessoas da família, é um péssimo sinal de que Deus não aprova a união para o
casamento. A menos que haja arrependimento sincero e mudança de atitudes. O
mesmo se aplica à jovem. Se demonstra esse tipo de comportamento, provavelmente
não será uma boa esposa. Não é da vontade de Deus um casamento marcado para ser
palco de brigas, intrigas, competição ou carnalidade.
De
grande importância é observar a vida espiritual do noivo ou da noiva. Quando o
casamento é da vontade de Deus, os dois demonstram, tanto no namoro, como no
noivado, que amam ao Senhor de todo o coração, de todo o entendimento e de
todas as suas forças (Mt 12.30), e se amam um ao outro como a si mesmos (Mt
12.31), é ótimo sinal de um futuro casamento abençoado e feliz, pois o amor é o
fundamento do verdadeiro casamento cristão. Essas observações têm muito mais
valor do que profecias sobre casamento.
LIMA.
Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora
CPAD. pag. 31, 33.
c)
Naturalidade.
Não
há necessidade de um casal de noivos sair procurando a casa de profetas ou
profetisas para saber se o casamento é da vontade de Deus. Aliás, na minha
experiência pastoral, a maioria das profecias envolvendo casamento é falsa. Não
se cumpre. Porque, em geral, não são de Deus, mas da vontade do profeta, que
deseja agradar aos que o procuram. Ressaltamos que Deus pode, sim, usar uma
serva sua ou um servo seu, com o dom de profecia, para orientar decisões sobre
casamento. Mas esse não é um meio comum. É ocasional. Conheço um casal, muito bem
casado, ele, pastor; ela, uma ótima serva de Deus, que trabalha ao lado do seu
marido. Quando namoravam, uma profeta disse de alto e bom som, dizendo-se ser
usada por Deus, que “ele” não seria “o seu”, dado por Deus. E que não era a
vontade de Deus o casamento. Felizmente, os jovens não levaram em consideração
a vontade da profetisa. O problema é que, em muitas igrejas locais, pessoas que
têm o dom de profecia passam a ser oráculos privilegiados para dirigir a vida
das pessoas. Essa não é a finalidade da profecia no Novo Testamento.
Passou
o tempo em que o profeta era consultado para dizer se alguém deveria ir para a
direita ou para a esquerda. Saul foi consultar o profeta Samuel acerca das
jumentas extraviadas de seu pai. O profeta o tranquilizou, pois os animais já
haviam sido encontrados. Esse foi um ministério passado, em que o profeta era o
vidente para toda a nação, e para fatos envolvendo pessoas. No Novo Testamento,
a nosso ver, é muito mais proveitoso orar e buscar a presença de Deus
reservadamente, entrando no seu quarto, como ensinou Jesus, para ter a
orientação do Senhor (Mt 6.6). Como resultado dessa busca, Deus fala através
das circunstâncias. Um jovem fiel, que busca a Deus, que serve a Deus em sua
casa, que se santifica, certamente terá a bênção de Deus sobre as
circunstâncias da sua vida. Ele é abençoado nos estudos. Deus abre portas de
emprego. A família da noiva demonstra estar feliz, aprovando a amizade dos
noivos. O pastor da igreja local vê com bons olhos o noivado. A jovem demonstra
que ama o rapaz, e expressa isso com palavras e carinho. Em tudo isso, pode-se
perceber Deus dando a sua aprovação ao casamento.
LIMA.
Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora
CPAD. pag. 33, 34.
d)
Os princípios de santidade.
Se
desrespeitam esse princípio da santidade, e se envolvem em carícias e práticas
sexuais, certamente estão fora da vontade de Deus. Colherão os frutos de sua
desobediência, logo, ou depois que se casarem (G1 6.7). Li um livro com o
título O D ivórcio Começa no Namoro. Chamou-me a atenção.
Meditando, achei que o autor tem razão. As bases do casamento são lançadas no
namoro e alicerçadas no noivado. Se essas bases forem lançadas sobre a
desobediência a Deus, na prática da fornicação, estão correndo sério risco de
não terem a bênção de Deus. Não adiantará uma cerimônia pomposa, com dezenas de
testemunhas, vestido de noiva com véu e grinalda, com modelo personalizado, nem
uma recepção no melhor clube da cidade. Mais importante é ter a bênção de Deus
no casamento.
LIMA.
Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora
CPAD. pag. 34.
6.19
— O templo (1 Co 3.16,17) era a congregação de cristãos, reconhecido como a
habitação sagrada de Deus. A gloria (shekinah) do Senhor encheu o tabernáculo
(Ex 40.34) e o templo (1 Rs 8.10,11). Agora, a gloria de Deus, por intermédio
do Espirito Santo, habita em cada cristão (Jo 14-16,17) e, consequentemente, em
toda a igreja. Os sacerdotes do Antigo Testamento não poupavam esforços para
manter o santuário puro para a presença de Deus. Todo cristão também deveria
cuidar com diligencia de seu corpo, o templo do Espirito Santo, para honrar o
Senhor e a Igreja.
6.20
— Comprados por bom preço se refere a alguém que esta comprando um escravo em
um leilão. Com Sua morte, Jesus Cristo pagou o preço para nos resgatar da
escravidão do pecado (Ef 1.7; 1 Pe 1.18,19). Embora seja verdade que essa obra
se aplique a todas as pessoas, mesmo aquelas que negam o Senhor (2 Pe 2.1),
isso tem um significado muito singular e especial para o cristão (compare com 1
Pe 2.9; 1 Tm 4.10). Paulo conclui com o imperativo glorificai, pois, a Deus no
vosso corpo. Em outras palavras, use seu corpo para que outras pessoas possam
ver que você pertence a Deus.
EarI D. Radmacher: Ronald
B. Allen: H. Wayne House. O
Novo Comentário Bíblico Novo
Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 421, 422.
1
Co 6 19, 20. O que Paulo quis dizer quando mencionou que o nosso corpo pertence
a Deus? Muitas pessoas dizem que tem o direito de fazer o que quiserem com seu
corpo. Embora pensem que isso soja liberdade, estão na realidade escravizadas
por seus próprios desejos. Quando nos tornamos cristãos, o Espirito Santo passa
a habitar em nos. Assim sendo, o nosso corpo não nos pertence mais. O fato de
Deus ter nos comprado ‘por bom preço alude nossa condição de escravos
adquiridos em um leilão. A morte de Cristo nos libertou do pecado, mas nos
obriga a servi-lo. Se alguém viver em um edifício de propriedade de outra
pessoa, procurara evitar violar as regras do edifício. Por seu corpo pertencer
a Deus. você não deve violar os padrões de vida estabelecidos pelo Senhor
APLICAÇÃO
PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag. 1591.
6.19 não
sois de vos mesmos. O corpo do cristão pertence ao Senhor (v. 13), e
um membro de Cristo (v. 15) e templo do Espirito Santo. Veja notas em Rm
2.1-2. Todo ato de formicação , adultério ou qualquer outro pecado é
cometido pelo cristão no santuário, o Santo dos Santos, onde Deus habita. N o
AT, o sumo sacerdote entrava lá apenas uma vez por ano, e somente apos uma
extensiva limpeza, caso contrario ele seria morto (Lv 16). 6 .2 0 por
preço. O precioso sangue de Cristo. O glorificai
a Deus. O proposito supremo do cristão (10.31).
MAC
ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag.1535.
II - O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO
1.
O dever primordial do casal.
O
dever de amar está acima dos outros deveres conjugais. Esse versículo é sempre
lido pelo ministro religioso no dia do casamento de alguém. Muitos maridos,
porém, despreparados para o matrimônio, ouvem essa recomendação por pura
formalidade. As palavras entram-lhes por um ouvido e saem pelo outro: não dão
importância ao que está contido nas Escrituras. A nosso ver, se um jovem não
está consciente do que é amar a esposa, não deve casar, e muito menos ter a
bênção matrimonial dada na igreja do Senhor. Casamento sem amor é como planta
sem água: acaba morrendo.
LIMA.
Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora
CPAD. pag. 34, 35.
5.25ss
Alguns cristãos pensavam que Paulo adotasse uma posicao contraria ao casamento
por causa de seu conselho em 1 Corintios 7.32-38. Entretanto, estes versículos
de Efésios mostram seu alto conceito sobre o casamento. Aqui o casamento não
representa uma necessidade pratica ou a cura para a luxuria, mas o retrato do
relacionamento entre Cristo e sua Igreja! Mas por que essa aparente diferença?
O conselho de Paulo em 1 Coríntios foi elaborado sob uma situação de emergência
durante o período da crise da perseguição. O conselho de Paulo aos efésios, por
outro lado, traduz o ideal bíblico do matrimonio. Para ele, o casamento e uma
união santificada, um símbolo vivo, um precioso relacionamento que necessita de
terno e abnegado carinho, um relacionamento sacrifical.
5.25-30
- Paulo dedica o dobro de palavras para aconselhar os maridos a amar as esposas
do que para pedir as esposas que obedeçam aos maridos. Como um homem deve amar
sua esposa? (1) Deve estar disposto a sacrificar tudo por ela. (2) dar a maior
importância ao seu bem -estar e (3) cuidar dela como cuida de seu próprio
corpo. Nenhuma esposa precisa temer submeter- se a um homem que a trata dessa
maneira.
APLICAÇÃO
PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag. 1654.
As
responsabilidades especiais que se aplicam ao marido como cabeça são tratadas
em mais detalhes do que as que se referem à subordinação da mulher. O padrão
celestial é novamente apresentado, de modo que o marido cristão deve amar sua
esposa comoCristo amou a Igreja. A atitude do marido para com a esposa
não deve ser de domínio, mas de sacrifício próprio. Oxalá que as esposas
aprendessem a lição dos versos que lhes são endereçados, e que os maridos, de
sua parte, aplicassem, a si mesmos, os versos dirigidos a eles e não vice-versa! Paulo
salienta, não os direitos, mas sim as responsabilidades. A harmonia e a
felicidade serão adquiridas ao se cumprirem as responsabilidades antes de se
insistir nos direitos.
NOVO. Comentário
da Bíblia. Efésios. pag. 39.
25.
Maridos, amai vossa mulher. As
obrigações não são simplesmente unilaterais. A responsabilidade do marido é tão
constrangedora quanto a da esposa. Esta não é uma referência ao amor normal do
marido, que não necessitaria ser ordenado, mas ao amor volitivo que brota de
Deus e assemelha-se ao Seu próprio amor. Em contraste com o desejo sexual
normal, que por sua natureza é egoísta, este amor é altruísta. Como
também Cristo amou a igreja. Embora os maridos humanos jamais possam
alcançar esse grau de amor que Cristo manifestou, são exortados a demonstrarem
o mesmo tipo de amor, que assim se prova, a si mesmo se entregou por
ela.
MOODY. Comentário
Bíblico. Efésios. pag.34,35.
Algumas vezes se descarta por completo a ênfase
desta passagem. É lida como se a essência da mesma estivesse na subordinação da
mulher ao marido. A frase "o marido é cabeça da mulher", cita-se
isoladamente. Mas há muito mais. O fundamento de toda esta passagem não é o
controle, mas sim o amor. Paulo refere-se ao amor que o marido deve ter para
com sua mulher.
(1) Deve ser um amor sacrifical.
Deve amar a sua mulher como Cristo amou a Igreja e deu-se a si mesmo por ela.
Nunca deve ser um amor egoísta. Cristo não amou a Igreja para que a Igreja
fizesse algo por Ele, senão para Ele fazer coisas por ela.
Crisóstomo se espraiou admiravelmente nesta
passagem: "Viu a medida da obediência? Escuta também a medida do amor.
Quer que sua mulher lhe obedeça como a Igreja obedece a Cristo? Preocupe-se por
ela assim como Cristo se preocupou com a Igreja. E se for necessário que deva
entregar sua vida por ela ou ser despedaçado, ou suportar o que for, não fuja
disso... Cristo levou a Igreja a seus pés por sua grande solicitude, não pelas
ameaças, o temor ou coisa que o valha; esta mesma deve ser sua conduta com
respeito a sua mulher".
O marido é cabeça da mulher — é verdade que Paulo
afirmou isto. Mas o apóstolo diz também que o marido deve amar a sua mulher
como Cristo amou a Igreja, com um amor que jamais recorre à tirania do
controle, mas sim está disposto a qualquer sacrifício por seu bem.
(2)
Tem que ser um amor purificador. Cristo purificou e consagrou a
Igreja pelo lavar da água, no dia em que cada membro fez sua profissão de fé.
Pode ser que aqui Paulo tenha em mente um costume grego.
Um dos costumes nupciais gregos era que a esposa
antes de ser conduzida ao altar devia banhar-se nas águas de um rio consagrado
a um deus ou a uma deusa. Em Atenas, por exemplo, banhava-se nas águas do
Calírroe consagrado à deusa Atenas para que as águas sagradas a purificassem de
toda impureza. Paulo pensa no batismo. Pela lavagem do batismo e a profissão da
fé Cristo faz com que a Igreja seja para Ele limpa, pura e consagrada, de tal
maneira que não se encontre nela nenhum lugar sujo nem ruga que a desfigure.
Todo amor que arrasta a uma pessoa para baixo é um amor falso. Todo amor que em
lugar de refinar o caráter o torna mais grosseiro, que necessita do engano que
debilita a fibra moral, que torna má uma pessoa, não é amor. O amor verdadeiro
é o grande purificador e limpador da vida toda.
(3) Deve ser um amor solícito.
Um homem deve amar a sua mulher como ama a seu próprio corpo. No dizer de
Paulo, como nutre e cuida de seu corpo, o amor cuida da pessoa amada. Não ama
para procurar serviço nem para assegurar a atenção de sua comodidade física.
Não ama por própria conveniência, mas sim cuida da pessoa amada. Há algo que
não está em ordem quando um homem olha a sua mulher consciente ou
inconscientemente, como a que deve preparar a comida, lavar a roupa, limpar a
casa e educar os filhos. Não deve ser tida como um tipo de diarista permanente,
mas sim como a pessoa com quem alguém tem o dever de brindar-se.
(4) É um amor inquebrantável.
Por este amor o homem deixa pai e mãe e se adere à sua mulher. Tornam-se uma carne.
Une-se a ela como os membros do corpo estão unidos entre si. Não pensa em
separar-se dela, o qual equivaleria a rasgar seu próprio corpo. De fato,
estamos aqui perante um ideal que contrasta com uma época em que homens e
mulheres mudavam de consorte com a facilidade com que mudavam a roupa.
(5)
Esta é uma relação como diz Paulo, no Senhor. Vive-se na presença
do Senhor, em sua atmosfera; cada iniciativa é dirigida pelo Senhor; cada
decisão é tomada no Senhor. No lar cristão Jesus é o hóspede que sempre se tem
presente ainda que esteja em forma invisível. No casamento cristão não
participam dois, mas sim três e o terceiro é Cristo.
BARCLAY.
William. Comentário do Novo Testamento William Barclay. Efésios. pag. 126- 128.
2. O
amor gera união plena.
A
união física tem papel importantíssimo nesse aspecto. Essa união plena tem
inimigos terríveis. Um deles, muito comum, é a irritação. A vida em família
sofre bastante desgaste quando o casal não se previne acerca disso. E pequenas
coisas, pequenos transtornos, chamados irritações, que são como picadas de
mosquitos em noites de calor, perturbam mais do que coisas de grande vulto. A
vida conjugal exige convivência em qualquer situação, na prosperidade ou na
escassez, na saúde ou na doença. E necessário que haja muita compreensão e
muito amor para evitar a irritação que surge com os problemas normais da vida.
O amor, diz a Bíblia, “tudo espera, tudo suporta; não se irrita.” Isso é
difícil, mas não é impossível para o cristão que tem a ajuda direta de Deus. Há
esposos que se irritam com tudo, dando lugar à quebra da união plena com a
esposa. Se a comida não está do agrado do marido, ele reclama, não dissimula:
fica aborrecido, de cara feia. A camisa está sem um botão, justamente na hora
de sair para a igreja, surge uma discussão. Os chinelos não estão no lugar,
mais reclamações. São as irritações que vão se somando, pequenas, mas
constantes. Um dia, “a casa cai”. O marido conclui que a vida está
“insuportável” ao lado da esposa, Satanás fica torcendo pelo pior, e faz com
que aquelas “coisinhas” pareçam montes intransponíveis.
O
esposo cristão quer exigir da esposa o cumprimento fiel de todos os seus
deveres, sem faltar nada. Porém, muitas vezes, não cumpre os próprios deveres
para com ela, conforme a Bíblia manda. Será que, por causa de qualquer coisa,
Cristo irrita-se com a Igreja? Certamente não.
Se
assim fosse, onde estaríamos nós? Do mesmo modo, é necessário o esposo cristão
evitar as irritações com a esposa. Como isso é possível? Parece-nos que, com
poucas medidas simples, torna-se viável vencer a tentação das irritações:
•
O esposo deve orar com a esposa todos os dias.
•
O esposo deve ler a Bíblia ao lado da esposa.
•
O esposo deve manter diálogo constante com a esposa sobre as coisas do lar.
•
Quando algo estiver errado, o esposo deve conversar sobre o assunto com
compreensão. Pedir sugestões à esposa sobre a melhor maneira de, juntos,
resolverem o problema.
•
Ambos devem dar graças a Deus pelos problemas. Eles tendem a desaparecer quando
ações de graças sobem aos céus (1 Ts 5.18).
•
Ambos devem procurar cultivar o verdadeiro amor.
LIMA.
Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora
CPAD. pag. 35, 36.
5.31
-33 • A união pelo matrimonio faz com que o marido e a esposa tornem-se uma só
pessoa, de tal forma que muito pouco pode afetar a uma delas sem afetar a
outra. A unidade do matrimonio não significa que os cônjuges percam a própria
personalidade. Ao contrario, significa cuidar da outra pessoa com o mesmo
cuidado dispensado a si mesmo, aprender a prever e a antecipar as necessidades
do outro, fazendo com que este se torne tudo aquilo que foi idealizado. A
historia da criação nos
fala
do plano de Deus em que o marido e a esposa devem ser uma única pessoa (Gn
2.24). Jesus também se referiu a esse plano (Mt 19.4-6).
APLICAÇÃO
PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag. 1655.
Essa
citação foi extraída do trecho de Gen. 2:24, de acordo com a versão da
Septuaginta (tradução do original hebraico do A.T. para o grego, completada
cerca de duzentos anos antes da era crista).
≪...por
que ...≫, ou seja, ≪por essa causa≫, porquanto e' referida aqui a ideia geral da
intima relação entre um homem e sua esposa. Tal relação é tão intima que
ninguém pode impedi-la. Por isso e que um homem deixara seu lar, seu pai e sua
mãe, todo o seu antigo relacionamento de familiares e de amigos, a fim de que
os vínculos com sua .esposa se revistam do caráter sem-par que tenham. Nossos
laços de família, com os próprios pais, são muito fortes, laços de ≪carne e sangue≫; mas isso não nos
torna ≪uma só carne≫com eles. Somente no matrimonio e que ha uma união
espiritual, tanto de corpo como de espirito, o que não se verifica nos laços
com nossos progenitores.
Os
vínculos matrimoniais, naturalmente, não eliminam nossos deveres
para
com os nossos pais ou quaisquer outros relacionamentos importantes, mas
ultrapassam a todos eles, no sentido de sua importância e intimidade. O
matrimonio e o mais sagrado de todos os vínculos, exigindo uma espécie peculiar
de dedicação e atenção. Aqueles que se recusam a permitir que o matrimonio
transcenda a outros laços não demoram a aprender que isso convida perturbação;
e os pais que tentam dominar seus filhos mesmo após se casarem, são
impulsionados por um amor・egoísta que mais se assemelha ao ódio, pelo menos
quanto aos seus resultados. E cena entristecedora ver mãe e noras a competir
pelo amor e atenção de um homem. Isso é contrario a ordem natural das coisas, e
nunca deixara de ser acompanhado por lamentações e lagrimas.
... .se
unira a sua mulher...≫ Esse verbo
vem do termo grego ≪proskollao≫, que quer dizer≪aderir intimamente
a≫, e cujo sentido literal e ≪grudar≫. Tal palavra fala
da união intima e enlaçam-te que deve haver no matrimonio. Adam Clarke (in loc.)
desenvolve a ideia dessa palavra com uma metáfora, ao dizer: ≪Ele será ‘grudado’ ou ‘cimentado’ a ela; e assim
como uma tabua bem ‘colada’ se partira antes por inteiro do que na junta
colada, assim também somente a morte pode separar marido e mulher≫. Sim, e algumas pessoas acreditam que nem mesmo a
morte física tem esse poder, porquanto o amor dos casais transcende a
sepultura. A doutrina das ≪almas gêmeas≫, ou das ≪almas cônjuges≫ não permite qualquer separação, como se
esposo e esposa fossem gêmeos em suas almas.≪...se
tornarão os dois uma só carne ...≫ A metáfora da ≪costela≫ e aqui
aludida, na qual o marido e sua mulher são encarados como se, de alguma maneira
literal, compartilhassem da mesma substancia carnal. Porem, o sentido aqui e o
mesmo que aparece no vigésimo oitavo versículo, onde a esposa figura como corpo
do esposo. Essas são expressões que indicam a intima comunhão entre eles, que
chega a ter um caráter místico, pois entre eles ha uma união das energias
vitais. A passagem do livro de Genesis, entendida alegoricamente, expressa uma
grande verdade.. A mulher, por haver sido criada da costela do homem, simboliza
a relação intima entre eles, tanto em sua natureza como em suas energias
vitais, mormente no que tange as relações matrimoniais. Essa e outra maneira de
chamar a mulher de corpo do homem (o que foi dito no vigésimo oitavo
versículo), embora sob um simbolismo diverso.
Também
e outra maneira de dizer que a esposa faz parte do seu esposo, o que também e
dito no mesmo versículo, e em cujas notas expositivas essas ideias são mais
expandidas. A união vital entre marido e mulher, que atinge
ate mesmo suas energias vitais, simboliza aquela unidade espiritual ainda mais
vasta de Cristo e sua igreja, e na qual. ha a participação da mesma natureza essencial,
posto que os crentes serão inteiramente transformados segundo a imagem de
Cristo, por atuação do Espirito Santo. (Ver II Cor. 3:18 e as notas expositivas
ali existentes).
≪No matrimonio
natural, marido e mulher se combinam para formar um ser humano perfeito, um e o
complemento do outro. Assim também Cristo, na posição de Deus-homem, teve por
seu prazer fazer da igreja, o corpo, um adjunto necessário de si mesmo, que e o
Cabeça. Ele e o arquétipo da igreja, a imagem de quem, qual modelo, ela e
formada. Ele e seu Cabeça, assim como o marido e o cabeça de sua mulher (ver
Rom. 6:5; I Cor. 11:3 e 15:45). Cristo jamais permitira que qualquer poder
estabeleça separação entre ele mesmo e sua noiva. (Ver Mat. 19:6; Joao 10:28,29
e 13:1)≫. (Faucett, in
loc.).
Ha
certa interpretação alegórica deste versículo. Muitos elementos antigos e
alguns modernos interpretam este versículo como uma alegoria sobre as relações
entre Cristo e sua igreja. O versículo seguinte mostra-nos que pelo menos algum
sentido simbólico deve ser incluído, porquanto aquilo que Paulo deixou escrito
tem um duplo significado, tal como sucede por toda esta passagem: ha certa
aplicação aos laços matrimoniais literais, entre homem e mulher; e ha outra
aplicação ao vinculo entre Cristo e sua igreja, os quais são expostos como o
noivo e sua noiva. Mas, visto que nenhuma definição exata foi registrada pelo
próprio auto sagrado, muitas variedades de interpretação sobre os elementos
dessa≪alegoria≫ tem sido
expostas, do que damos os seguintes exemplos:
1.
O ≪esposo≫ seria Cristo, e a ≪esposa≫ seria a
igreja. E nos verbos usados no tempo futuro, que ha neste versículo, alguns
estudiosos veem a ≪parousia≫ ou segunda vinda de Cristo. Todavia Alford
(in loc.), ver ≪elementos
passados, presentes e futuros≫, como parte do
intuito da
passagem.
Portanto, conforme diz ele ainda, ≪Cristo deixou o
seio do Pai, no passado; esta preparando gradualmente a união com a igreja, no
presente; e haverá de consuma-la plenamente, o que e futuro≫.
2.
Outros estudiosos ampliam e exageram essa alegoria, pensando que a ≪mãe≫hipotética que
Cristo deixou seria a Jerusalém celestial (os lugares
celestiais), ou então o Espirito Santo. Jeremy Taylor opinou: ≪Cristo desceu do seio do Pai e ligou sua divindade
com carne e sangue, tendo-se casado com a nossa natureza; e assim nos tornamos
a igreja≫.
3.
Outros incluem a cerimonia da Ceia do Senhor na ideia da coabitação
conjugal.
4.
Ha interpretes que rejeitam inteiramente a interpretação alegórica, pois esta,
naturalmente, tem sofrido algumas distorções estranhas e abusivas. Mas o
trigésimo segundo versículo deste capitulo exige, pelo menos, uma aplicação
secundaria das declarações deste versículo. A aplicação primaria e que as
relações matrimoniais transcendem todos os demais laços terrenos. Em certo
sentido espiritual, nossas relações com Cristo transcendem quaisquer vínculos
de qualquer categoria. E mister abandonar tudo para que se possa segui-lo,
conforme o evangelho mesmo nos ensina, em Mat. 16:24-27.
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo.Editora
HAGNOS. Vol. 4. pag. 663.
III - A FIDELIDADE CONJUGAL
1.
Fator indispensável à estabilidade no casamento.
O
padrão de amor não é o falso amor das novelas, dos filmes e das revistas
sociais. O padrão para o amor conjugal é o amor de Cristo para com a sua
Igreja! E Cristo jamais foi ou virá a ser infiel à sua Noiva. Da mesma forma os
cônjuges cristãos devem ser fiéis uns aos outros, para que Satanás não encontre
brecha para destruir a aliança matrimonial.
O
esposo, amando sua esposa de todo o coração, como Cristo à Igreja. A esposa,
amando o esposo da mesma forma e lhe sendo submissa pelo amor. Em termos
práticos, é necessário cultivar, tratar, regar e cuidar da planta do amor, para
que as ervas daninhas da infidelidade não germinem no coração de um dos
cônjuges. E bom que os cristãos casados saibam que a santidade do cristianismo
não faz ninguém deixar de ser humano. Nesta vida, precisamos de amor, de
alegria, de paz, de carinho, de afeto. O leito conjugal precisa ser bem
aproveitado, e a união sexual, legítima entre os casados, deve continuar sendo
fator de integração, não apenas física, afetiva, mas também espiritual. Deus se
agrada da união entre os casados, especialmente entre cristãos (Hb 13.4).
Reconhecemos que há muita infidelidade que começa por mera tentação, para o que
o outro cônjuge, às vezes, em nada contribui. Mas havemos de reconhecer que o
casal bem unido em torno do Senhor Jesus terá condições de vencer o Inimigo.
Paulo doutrinou bastante sobre o assunto (1 Co 3.16,17, por exemplo).
O
homem, ou a mulher cristã, deve tomar em consideração esta advertência solene e
grave da Bíblia: Se alguém destruir o seu próprio corpo, pelo pecado, Deus o
destruirá. Mais clara ainda é a exortação quando lemos o trecho de 1 Coríntios
6.18-20. O corpo não é nosso propriamente, pois somos propriedade de Deus. Não
somos de nós mesmos. Esta constatação é extraordinária. Para aceitá-la, é
preciso que tenhamos a consciência espiritual em harmonia com a mente de Deus.
Diante disso, o casal cristão não pode adulterar, nem usar o corpo de qualquer
maneira no leito conjugal, para não cometer infidelidade no uso do “templo de Deus”.
A prática do sexo, fora do que é natural, como por exemplo a sodomia e outras
aberrações sexuais, é profanação do “templo de Deus”.
Um
casal bem ajustado espiritual e fisicamente não necessita recorrer a práticas
eróticas desrespeitosas no leito conjugal. Havendo o verdadeiro amor, não
haverá frieza sexual. Haverá interesse, atração de um pelo outro; haverá prazer
no ato. É necessário evitar a infidelidade sob qualquer forma ou pretexto. Quem
é fiel ao seu cônjuge é fiel, acima de tudo, a Deus, o criador do casamento.
LIMA.
Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora
CPAD. pag. 36, 38.
6,15-17
— A vida dos cristãos sofre uma mudança muito grande quando eles estão unidos a
Cristo. A união afeta tanto o cristão como Cristo.
Quando
o cristão se envolve com a imoralidade, ele esta arrastando a união com o
Salvador para o relacionamento ilícito. Ao citar: Serão [...] dois numa só
carne, fazendo menção ao texto de Genesis 2.24, Paulo ilustrou a seriedade do
pecado sexual.
6.18
— Todo pecado que o homem comete e fora do corpo era outro lema usado pelos
coríntios para justificar sua imoralidade (1 Co 6.12,13). Paulo mostrou que o
contrario e verdadeiro: o pecado sexual e cometido contra o corpo, não fora
dele. Fugi. Paulo exortou os coríntios a fugirem de qualquer tentação de ceder
ao pecado sexual (Gn 39.1-12).
EarI D. Radmacher: Ronald
B. Allen: H. Wayne House. O
Novo Comentário Bíblico Novo
Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 421.
1
Coríntios 6:12-20
Nesta
passagem Paulo enfrenta uma série de problemas. Termina com uma ordem:
"Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo" (v. 20, RC). É o grito de
batalha de Paulo na passagem. Os gregos sempre desprezaram seus corpos. Havia
um provérbio que dizia: "O corpo é uma tumba". Epicteto dizia
"Sou uma pobre alma encadeada a um cadáver." O que importava era a
alma, o espírito do homem; o corpo não interessava. Isto dava como resultado
duas atitudes. Ou dava origem ao mais rigoroso ascetismo no qual tudo se
realizava para dominar e humilhar os desejos e instintos do corpo. Ou — e em
Corinto prevalecia a segunda atitude — significava que visto que o corpo não
importava, podia-se fazer o que se quisesse com ele: podia-se deixá-lo saciar e
satisfazer os seus apetites. Não interessava absolutamente. Se o que interessa
é a alma, diziam, então não tem importância o que o homem faça com seu corpo.
O
que complicava isto era a doutrina da liberdade cristã que Paulo pregava. Se o
homem cristão era o mais livre de todos, não está livre para fazer o que
desejar, especialmente com esse corpo tão insignificante que lhe pertence? De
modo que — argumentavam os coríntios — de uma maneira que consideravam muito
sábia, era preciso deixar que o corpo fizesse o que quisesse. Mas o que é o que
o corpo quer? O estômago foi criado para a comida e a comida para o estômago,
diziam os coríntios. Comida e estômago inevitável e naturalmente vão lado a
lado. Precisamente da mesma maneira — diziam — o corpo estava feito para seus
instintos, está feito para o ato sexual e este está feito para ele; portanto
era preciso deixar que os desejos do corpo seguissem seu caminho.
A
resposta de Paulo é clara. O estômago e a comida são coisas passageiras;
chegará o dia em que ambos passarão. Mas o corpo, a personalidade, o homem como
uma totalidade não perecerá, foi criado para unir-se com Cristo neste mundo e
estreitar esta união no além.
Cristo
e todo o homem estão inevitavelmente relacionados. O que acontece então se o
homem fornicar? Entrega seu corpo a uma rameira, pois as Escrituras dizem que o
ato sexual faz com que duas pessoas sejam uma só carne. Esta é uma citação de
Gênesis 2:24. O que quer dizer que o corpo que pertence a Cristo foi
literalmente prostituído
Lembremos
que Paulo não está escrevendo um tratado sistemático, está pregando, rogando
com um coração fogoso e com uma língua que está disposta a utilizar todos os
argumentos que possa. Diz que de todos os pecados, a fornicação é aquele que
afeta ao corpo do homem e o ofende. Agora, isto não é estritamente certo — o
alcoolismo pode fazer o mesmo. Mas Paulo não escreve para satisfazer a um
examinador, está suplicando para que os coríntios se salvem em corpo e em alma,
de modo que aduz que os outros pecados são externos ao homem, enquanto que
neste está pecando contra seu próprio corpo, aquele que está destinado a
unir-se a Cristo.
E
finalmente realiza um último chamado. Devido ao fato de que o espírito de Deus
habita em nós, convertemo-nos em templos de Deus; e se isto é assim nossos
corpos são sagrados. E o que é mais — Cristo morreu não para salvar uma parte
do homem, mas sim a sua totalidade, salvá-lo em corpo e espírito. Cristo deu
sua vida para outorgar ao homem uma alma redimiu a e um corpo puro. E devido a
isto o corpo do homem não é sua propriedade com a qual pode fazer o que deseja,
pertence a Cristo, e o homem deve utilizar esse corpo não para satisfazer seus
próprios apetites, mas sim para a glória do Salvador.
Há dois grandes pensamentos nisto.
(1)
Paulo insiste em que, apesar de estar livre para fazer o que deseja, não
deixará que nada o domine. Uma das grandezas da fé cristã é que não liberta o
homem para pecar, mas sim para que não o faça. É muito fácil deixar que
hábitos, práticas e formas de vida nos dominem, mas a força cristã nos permite dominá-los.
Quando um homem experimenta realmente o poder cristão se converte, não em um
escravo de seu corpo, de seus instintos e de seus desejos, mas sim em amo dos
mesmos. Muitas vezes o homem diz "Farei o que me agrada", quando em
realidade quer dizer que acessará o hábito ou a paixão que o domina; só quando
o homem tem a força de Cristo nele pode dizer real e verdadeiramente:
"Farei o que quiser", e não, "Satisfarei as coisas que me
dominam."
(2)
Paulo insiste em que não nos pertencemos. Não existe no mundo um homem que se
criou a si mesmo. Não podemos fazer nada que só nos faça sofrer. O cristão não
pensa em seus direitos, mas sim em seus deveres. Nunca pode fazer o que lhe
agrada devido ao fato de que não se pertence a si mesmo, deve fazer sempre o que
Cristo deseja, devido ao fato de que ele o comprou com sua vida.
Na
seção de nossa carta que está compreendida entre os caps. 7 a 15 Paulo se
dedica a responder uma série de perguntas e a tratar certos problemas sobre os
quais a Igreja de Corinto lhe pediu conselho. Começa a seção dizendo: “Quanto
ao que me escrevestes...” Em linguagem moderna diríamos: "Com referência à
sua carta."
Daremos
um esboço do problema à medida que o consideremos. O capítulo 7 trata de uma
série de problemas com respeito ao casamento.
Este
é um resumo dos assuntos sobre os quais a Igreja de Corinto desejava o conselho
de Paulo.
Versículos
1 e 2: Conselho para os
que pensam que os cristãos não deveriam casar.
Versículos
3-7: Conselho para
aqueles que sustentam que até aqueles que estão casados deviam abster-se de
manter relações sexuais.
Versículos 8 e 9:
Conselhos para os solteiros e as viúvas.
Versículos
10 e 11: Conselho para os
que pensam que os casados deviam separar-se.
Versículos
12-17: Conselho para os
que pensam em se os casamentos entre um cristão e um pagão teriam que
dissolver-se.
Versículos
18 e 24: Instruções para
viver a vida cristã em qualquer estado civil.
Versículo 25 e versículos 36-38: Conselhos a respeito das virgens.
Versículos
26-35: Exortação a que
nada impeça o concentrar-se no serviço de Cristo, devido ao fato de que o tempo
é curto e Cristo virá muito em breve outra vez.
Versículos 38-40:
Conselhos para os que desejem voltar a casar-se.
Devemos
estudar este capítulo tendo em conta firmemente dois aspectos:
(1)
Paulo está escrevendo a Corinto, que era a cidade mais imoral do mundo. Para
viver numa situação e num meio como esse, era muito melhor ser muito estrito
que ser muito frouxo.
(2)
O que domina e dita cada uma das respostas de Paulo é a convicção de que a
segunda vinda de Cristo ia ser imediata. Não se realizou esta expectativa. Mas
Paulo estava convencido de que estava aconselhando para uma situação puramente
transitiva. Podemos estar seguros de que em muitos casos seus conselhos teria
sido algo distintos se tivesse visualizado uma situação permanente. Agora
consideremos o capítulo em detalhe.
BARCLAY.
William. Comentário do Novo Testamento William Barclay. 1 Cor. pag. 61-64.
2.
Cuidado com os falsos padrões.
No
Antigo Testamento, vemos um texto, em que Deus condena a infidelidade entre os
esposos. Em Malaquias 2.13-16, vemos a repreensão ao povo de Israel, pelo fato
de haver grande incidência de infidelidade conjugal. Deus não mais aceitava as
ofertas do povo, pelo fato de haver deslealdade entre esposos e suas
respectivas esposas. Quando os cristãos se casam dentro da vontade divina, Deus
se faz presente na cerimônia, e se torna testemunha divina daquela união,
daquele compromisso, assumido perante a autoridade pastoral que Deus confere
aos ministros do evangelho. Eles representam Deus no casamento. Quando os
crentes se casam, assumem o compromisso, perante Deus, perante sua Igreja,
perante as testemunhas e perante a sociedade, perante a lei civil que regula o matrimônio.
O casamento não deve ser visto como um “contrato”.
Contrato
tem cláusulas, que podem sofrer modificações mediante o instrumento de aditivo
contratual. No casamento não há aditivo. Há pacto solene, celebrado perante o
criador do casamento. Os contratos têm prazo de vigência. O casamento é uma
aliança, que deve perdurar “até que a morte os separe”. E, para que isso
ocorra, é indispensável a fidelidade entre os cônjuges. Estatísticas oficiais
demonstram que o número de divórcios entre os evangélicos está quase
equivalente ao índice de divórcios entre os cônjuges descrentes. Esse é um
fenômeno dos tempos pós-modernos. Há algumas décadas, pouco se falava em
divórcio entre cristãos. Mas, nos últimos tempos, as separações têm ocorrido
com frequência acentuada nas igrejas. Por quê? Por vários motivos. Um deles,
talvez o mais terrível, seja o da infidelidade, do adultério, do
homossexualismo, e de outros pecados graves, cometido contra a Lei de Deus.
Ultimamente, há inúmeros casos, no seio das igrejas, de casais em crise
conjugal. Alguns não se separam por mera conveniência, mesmo sendo vítima de
infidelidade conjugal. Uns não querem divorciar-se porque aspiram ao
ministério. E precisam manter-se casados, mesmo que haja uma união de fachada.
Isso não condiz com o caráter cristão. Para evitar a infidelidade, é necessário
que o casal se mantenha debaixo da orientação da Palavra de Deus.
LIMA.
Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora
CPAD. pag. 36, 37.
Os
que cometem impiedade se edificam (15), isto é, alcançam prosperidade.
Quanto
ao versículo 16, alguns, seguindo a Septuaginta, preferem ler: "Tais
coisas falaram aqueles que temiam ao Senhor, um para o outro". Porém, é
melhor seguir o hebraico: "Então aqueles que temiam ao Senhor falavam
frequentemente um para o outro". As palavras do versículo 14 são as
queixas dos céticos. Os fiéis se recusavam a aceitar esses argumentos e
procuravam aprofundar sua comunhão uns com os outros e se assegurarem entre si
da justiça de Deus. Seus nomes e seus feitos haviam sido inscritos no Seu memorial.
NOVO. Comentário
da Bíblia. Malaquias. pag. 12.
O
versículo 13. vossas palavras foram agressivas para mim Ele fala aqui para infiéis abrir e maldizentes.
Que
temos falado Eles estão prontos
ou negar o todo, ou despudoradamente para manter e defender o que tinha falado!
Versículo 14. Vós dizeis: É inútil servir a Deus eles
se esforçavam para destruir o culto divino, eles afirmaram que era vaidade;
que, se realizados os atos de adoração, eles não deve ser nada melhor, e se
eles se abstiveram, eles deve haver nada pior. Este foi o seu ensinamento para
o povo.
Andar
de luto Mesmo no arrependimento eles declararam ser inútil. Este foi um passo
elevado de impiedade, mas ver o que se segue; eis que as conclusões gerais
destes réprobos.
O
versículo 15. E agora nós chamamos os orgulhosos felizes homens orgulhosos e insolentes são as únicas
pessoas felizes, pois dominar toda parte, e ninguém se atreve a resistir a
eles.
Os
que cometem impiedade são edificados O humilde e santo está
deprimido e infeliz, oorgulhoso e ímpio estão em
lugares de confiança e lucro. Muitas vezes é
assim.
Os
que tentam a Deus e escapam. Mesmo
aqueles que desprezam a Deus, e insultam a sua justiça e providência, são preservados de
perigos, enquanto o justo cai por eles.
Versículo
16. Eles que temem ao Senhor Havia uns poucos piedosos na terra, que, ao ouvir a
língua e ver o desregramento dos rebeldes acima, concluiu que alguma marca
sinal da vingança de Deus deve cair sobre eles, pois eles, portanto, como o
aumento da corrupção, clivada o mais perto de seu Criador.
Há três
características dadas por este povo, a saber:
1º Eles
temiam o Senhor. Eles tiveram reverência para o Senhor, que fez com que
eles se desviam do mal, e para manter os seus juízos.
2º Eles
falaram frequentemente um ao outro. Eles mantiveram a comunhão dos santos.
Por exortação mútua fortaleceram-se as mãos no Senhor.
3º Eles
pensaram no seu nome. Seu nome era
sagrado para eles, era uma fonte fecunda de profunda e edificante meditação. O nome de Deus é o próprio Deus na plenitude de seu poder, a onisciência, justiça,
bondade, misericórdia e verdade. O que uma fonte de pensamento e contemplação!
Veja como Deus trata essas pessoas: O Senhor ouviu a conversa, ouviu as meditações de seu coração, e assim aprovado do
todo que um memorial foi escrito diante do Senhor todos
os seus nomes foram cuidadosamente registrados no céu.
Aqui
é uma alusão a registros mantidos por reis, Ester 6:1, de como havia
realizado serviços de sinal, e quem deve ser o primeiro a ser recompensado.
CLARKE. Adam.
Comentário Malaquias cap. 3.13-16.
ELABORADO: Pb. Alessandro Silva.
ELABORADO: Pb. Alessandro Silva.
Por
Dc. Geazi Santos
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