COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
No século XXI, a família está sob ataque das forças
do inferno de maneira sistemática e insidiosa. Em todos os tempos, esse ataque
tem sido real. Mas nunca como nos dias presentes. Satanás tem conseguido
mobilizar governos, sistemas judiciários, escolas e faculdades, para minar as
bases da instituição familiar. Só em Cristo a família pode resistir às
investidas satânicas.
Formadores de opinião trabalham para a destruição
da entidade familiar, tal como Deus a criou, pela união de um homem e de uma
mulher, através do casamento. A sociedade sem Deus admite outros “arranjos” de
família.
O Supremo Tribunal Federal do Brasil aprovou lei
que considera a união homossexual “união estável”, ou, o que é pior, “entidade
familiar”, torcendo e distorcendo o sentido de família, de acordo com a
Constituição do País. O que significa isso? Total desprezo à Palavra de Deus,
que considera tais uniões “abominação ao Senhor” (Lv 18.22; 20.13).
É tão terrível o ataque à família na área da
sexualidade, que um líder gay declarou, anos atrás, que os filhos dos
conservadores, nos Estados Unidos, seriam alvo da sodomia. O Reverendo Louis
Sheldon, Presidente da “Coalizão dos Valores Tradicionais” naquele país,
registrou o discurso de um representante do segmento homossexual, com a desfaçatez
e a arrogância própria da maioria desse grupo social, no jornal Gay
Community News, escrito pelo ativista Michael Swift: Vamos sodomizar
seus filhos, símbolo de sua frágil masculinidade, de seus sonhos superficiais e
mentiras vulgares. Vamos seduzi-los em suas escolas, em suas repúblicas, em
seus ginásios, em seus vestiários, em suas arenas de esportes, em seus
seminários, em seus grupos de jovens, nos banheiros de seus cinemas, nos
alojamentos de seu exército, nas paradas de seus caminhões, em todos os seus
clubes masculinos, em todas as suas sessões plenárias, em todos os lugares onde
homens estejam juntos com outros homens. Seus filhos se tornarão nossos
subordinados e farão tudo o que dissermos. Serão remodelados à nossa imagem.
Eles suplicarão por nós e nos adorarão" (grifo nosso).
As declarações desse líder homossexual revelam de
modo cristalino a estratégia diabólica para dominar a sociedade. Os
homossexuais não querem apenas o respeito a seus direitos. Eles têm um projeto
de poder, de dominação, principalmente das crianças e dos jovens, para
comprometer o futuro das nações, submetendo-as às suas ordens. Vejam bem os
leitores o que o representante do Diabo disse: “Seus filhos se tornarão
nossos subordinados e farão tudo o que dissermos”. Dá para duvidar da
natureza maligna de uma declaração como essa?
São as “portas do inferno”, batalhando para
destruir a família e os princípios defendidos pela Igreja do Senhor Jesus. Mas
essas portas satânicas não prevalecerão. É uma questão de tempo. O Supremo Juiz
do Universo não dorme nem cochila. Seu sistema divino de controle, de
acompanhamento da História e das ações de todos os homens é o mais
perfeito do universo. Nada escapa ao seu olhar. Ele
a tudo vê. Mas só age, e agirá, no seu tempo, no seu “kairós tempo
que só a Ele pertence.
Aparentemente, Deus não está agindo. Mas está. A
seu modo, no seu tempo.
A Igreja do Senhor Jesus Cristo é a porta-voz de
Deus. Ela tem uma missão proclamadora do evangelho, mas também de denúncia
contra a pecaminosidade que destrói a sociedade, como um câncer enganoso, que
aparenta inofensivo, mas está causando metástase em todo o tecido social. A
família está sendo destruída. A prostituição, as drogas e a violência são
vivenciadas em todos os lugares. Antes, só nas grandes metrópoles que esses
males eram mais sentidos. Hoje, porém, com a influência dos meios de
comunicação, os costumes têm mudado drasticamente, alcançando todos os rincões
do país. Seja nas grandes capitais, seja nos menores distritos, vilas e
povoados, a influência nefanda desse falso “progresso” tem chegado, dominando
as mentes e as consciências. Infelizmente, os governos estão alinhados com o
espírito do Anticristo.
Quase sem exceção, todos estão de acordo com as
mudanças perniciosas que se voltam contra a família. Até porque, com a “nova
visão de mundo”, a família tradicional é considerada ultrapassada. O casamento
monogâmico e heterossexual é retrógrado e precisa dar lugar a “novas
configurações de família”. Uma ministra do atual governo declarou à imprensa
que “essa família, composta de papai, mamãe e filhos” está ultrapassada. Novos
“arranjos familiares” se imporão.
Tal declaração identifica mais uma agente do
Anticristo. Desgraçadamente, esses agentes ocupam cargos importantes em todas
as esferas de direção do país. E eles têm poder político para aprovarem seus
intentos afrontosos contra a Palavra do Senhor. Assim, a igreja de Jesus,
formada de famílias cristãs, não pode ficar silente, omissa e acovardada. Tem
que demonstrar que tem poder espiritual e moral para fazer frente à onda
satânica que tomou conta da maioria dos governos e instituições do mundo.
Somente com a mensagem poderosa do evangelho de Cristo, é possível salvar a
família da destruição total, preconizada pelo Diabo e seus agentes humanos.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 40-42.
O uso do pronome pessoal nós é
notável no começo do verso 12, que distingue entre este conflito em que os
cristãos se empenham e o da mera violência física. Paulo tem por certo que a
vida cristã é compreendida por seus leitores como uma vida de conflitos; seu
objetivo é explicar que não se trata de uma luta física, mas espiritual. Os
inimigos da alma não são forças terrenas, nem seres iguais ao homem, mas são os
líderes das forças espirituais do mal neste universo. Este é um pensamento que
deve despertar o crente, levando-o aos máximos esforços. Temos sido advertidos;
mas são muito poucos os que prestam atenção. Esta é realmente a situação; e se
a alma humana e os interesses da humanidade estão expostos a estes assaltos
sutis e violentos, não admira então que o mundo se agite em tormentos; pois,
relativamente poucos se têm preparado para resistir aos assaltos do demônio.
NOVO. Comentário da Bíblia. Efésios. pag. 43-44.
12 O versículo subsequente justifica
por que a luta (originalmente: luta livre) dos cristãos não pode ser conduzida
com recursos humanos. Na medida em que os crentes se defrontam com as
artimanhas do diabo, o confronto não acontece com “carne e sangue”. A formulação
“carne e sangue” como descrição do ser humano ocorre também em outras
passagens do NT. Contrapondo-se à fragilidade de “carne e sangue”,
descortina-se um cenário realmente apavorante da esfera de influência do diabo:
“principados” e “potestades” (cf. Ef 1.21), “dominadores do
mundo das trevas”, “entes espirituais do mal nos céus”.
As diferentes definições provavelmente não se
tratam de instâncias rigorosamente delimitáveis, mas tão somente de uma
listagem do exercício diabólico do poder: “principados” e “potestades”
referem-se a diversas “esferas de influência”, que podem estar subdivididas
“segundo os diferentes setores da vida”. O termo “dominador do mundo”,
cuja natureza recebe uma inequívoca conotação negativa pelo adendo “destas
trevas”, aparece na literatura astrológica para designar planetas que
dominam o universo e assim também exercem influência sobre as pessoas. No
entanto é incerto se esse significado já existia na época pré-cristã: “Esses
poderes são chamados de dominadores do mundo porque a seriedade de sua situação
deve ser evidenciada na terrível magnitude de sua influência e em seus planos
abrangentes.
No fim eles são descritos como “entes
espirituais malignos” que atuam na região inferior do céu, i. é, na área
situada mais próxima do ambiente humano.
Enquanto o ser humano sem Cristo constata que é
refém indefeso desses poderes, a descrição possui um significado completamente
diferente para a igreja de Jesus Cristo: por meio dela a seriedade da luta e a
necessidade da armadura correspondente e da intercessão mútua são destacadas.
No entanto, desde o começo a igreja se encontra do lado do Senhor do universo,
que tirou o poder de todos os supostos dominadores do mundo.
Excurso sobre Ef 6.12
Considerando que Ef 6.12 atualmente assume uma posição-chave
para um grupo cada vez maior de cristãos, cumpre fazer ao menos uma análise
rudimentar da questão. Falamos dos representantes da “guerra espiritual” (spiritual
warfare), que consideram, ao contrário do nosso comentário, que os poderes
aqui relacionados formam os contornos de uma estrutura hierárquica do senhorio
diabólico.
P. Wagner, destacado representante dessa concepção,
defende que por princípio Satanás persegue dois objetivos: a) as pessoas
perdidas não devem ser salvas por Cristo; b) as pessoas e as nações devem
sofrer um volume máximo de desgraças.
Mas como o diabo não é onipresente, ele precisa de
colaboradores na luta. “Ele estabeleceu uma hierarquia de poderes demoníacos
que executam seus planos e objetivos.” O “indício mais claro” disso está em Ef
6.12. Ele diferencia: “1) principados, 2) potestades, 3) dominadores deste
mundo sombrio e 4) maus espíritos da esfera celestial.” Na verdade essas
categorias não seriam tão nítidas como escalões militares. “Mas transparece que
os diversos termos descrevem diferentes tipos de entes demoníacos, cuja tarefa
consiste em executar as „investidas do diabo‟” (Ef 6.11). Considerando que cada
um dos senhores demoníacos dominaria determinada região, seria tarefa da
evangelização localizar o espírito responsável por determinada área,
destronando-o e finalmente banindo ou expulsando-o. Somente então o trabalho
missionário frutífero se tornaria viável (cf. op. cit., p. 111ss).
O erro básico dessa concepção esquematizada
consiste em que ela transmite a impressão de que existiria uma tática passível
de ser aprendida para expulsar o mal de uma região geográfica. Enquanto
estrategistas cristãos escorregam para o papel de generais espirituais, Ef
6.10ss apresenta o lutador cristão em armadura defensiva, cuja existência é
baseada unicamente “no poder de sua força (i. é, na força do Senhor)”. A
concepção também ignora que uma das “artimanhas” do diabo é disfarçar-se de
“anjo da luz” (2Co 11.14), uma artimanha que é justamente o contrário de
equiparar-se às concepções vigentes do agir diabólico.
HAHN.
Eberhard. COMENTÁRIO ESPERANÇA. Editora Esperança. Efésios.
12. Porque a nossa luta não é. O motivo porque precisamos de
toda a armadura de Deus.Contra o sangue e a carne. Os israelitas sob o comando de
Josué tiveram de lutar contra a carne e o sangue a fim de conquistar a terra de
Canaã. A nossa guerra é espiritual e não física. E, sim, contra os principados. Não uma comparação, mas uma
negação absoluta. Nas hostes de Satanás encontramos diferentes categorias. Não
é possível fazer separações distintas entre os diversos tipos de inimigos aqui
mencionados. Contra os dominadores deste mundo tenebroso. Literalmente, os príncipes do mundo destas
trevas. Contra as forças espirituais do
mal, nas regiões celestes. Esta é a última das cinco vezes
em que en tois epouraniois, "nas regiões
celestiais", ocorre na epístola.
MOODY. Comentário Bíblico. Efésios. pag. 39.
5.10-14 E importante evitar as obras infrutuosas
das trevas* (qualquer prazer ou atividade que resultem em pecado). Mas devemos
ir além. Paulo nos ensina a expor essas obras, porque nosso silencio pode ser
interpretado como aprovação Deus precisa de pessoas que defendam o que e
correto, e os cristãos devem afirmar, com convicção e bondade, tudo aquilo que
e verdadeiro e justo.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo.
Editora CPAD pag.1653.
I - OS ATAQUES DO
INIMIGO
1. Ataque às crianças.
As crianças são o alvo mais visado O estado materialista e ateu sabe
que é importante controlar as escolas. Hitler sabia o valor da educação
doutrinária às crianças. Em discurso, proferido em 6 de novembro de 1933,
disse: “Quando um oponente declara: ‘Eu não passarei para o seu lado’, eu
calmamente digo: seu filho já pertence a nós... O que é você? Você passará.
Seus descendentes, contudo, encontram-se agora no novo acampamento. Em breve,
eles não conhecerão outra coisa além da sua comunidade.
O Diabo, mais do que o ditador alemão, sabe muito
mais quanto é importante ter o controle do sistema educacional. Para tanto,
procura promover educadores materialistas, dando-lhes, através da política, ou
do sistema, diretores que não creem em Deus; professores materialistas,
que rejeitem a Bíblia, e escarneçam da fé cristã.
Não raro, os professores materialistas perseguem os alunos cristãos, rebaixando
suas notas, e criando dificuldades para que os mesmos sejam reprovados. Nos
países do antigo e fracassado “bloco socialista”, o Estado totalitário e ateu,
decretou que a educação das crianças e dos filhos em geral ficaria a cargo do
“todo-poderoso” regime socialista. Para quê? Para que os pais não tivessem a
autoridade de educá-los segundo suas crenças e tradições. O objetivo do poder
comunista era incutir, na mente das gerações, as ideias e os ideais de Karl
Marx, de Engels e de Stalin, os famigerados líderes de uma revolução
fracassada, que fazia parte da rebelião do homem contra Deus. Stalin chegou a
declarar: “Se Deus existe, eu irei lá, e o destruirei”. A História registrou
que seu fim foi deprimente. Até sua estátua, que se erguia solene na Praça
Vermelha, em Moscou, foi derrubada por um guindaste, e as pessoas pulavam
sobre ela.
Mas tudo foi feito, e com significativo êxito, para
eliminar Deus da mente das crianças. A doutrinação marxista, anos após anos,
conseguiu em grande parte seus intentos diabólicos. Nas salas de aula, os
alunos aprendiam que Deus não existe; que o homem veio de um organismo celular,
que surgiu por acaso, evoluiu, por acaso, e chegou a ser um ser humano, por acaso.
Era o materialismo endeusado nas escolas estatais. Professores materialistas
usavam seu poder para ministrar o ateísmo. E gerações e mais gerações nunca
ouviram falar de Deus, a não ser em sentido crítico e deturpado. Em nosso país,
está acontecendo fenômeno semelhante. O Estado não chega, ainda, a dominar o
ensino, de forma ditatorial, como no comunismo. Mas está adotando medidas e
práticas com o mesmo objetivo, de eliminar as ideias cristãs, fundadas na
Bíblia, a Palavra de Deus, da mente dos alunos, com evidente interferência do
Estado na educação da família.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 42-43.
DEFINIÇÃO
BASÍCA.
Materialismo. Consideremos as citações abaixo:
A doutrina de que os fatos da experiência podem ser
todos explicados mediante referência à realidade, às atividades e às leis da
física ou da substância material.(WA).
A teoria que diz que o universo, em sua totalidade,
incluindo toda vida e mente, pode ser reduzido e explicado em termos de matéria
em movimento. Isso pode ser aplicado, igualmente, aos sistemas que, embora
considerem que a consciência não pode ser reduzida a termos de energia física,
ainda assim consideram-na dependente da matéria quanto à sua existência, e
pensam que seus processos 56 podem ser explicados quando correlacionados aos
processos fisiológicos, estando assim sujeitos às leis que governam o movimento
e a energia físicos. (MM). A segunda parte dessa definição pode ser ilustrada
pelo pensamento de Aristóteles, que concebeu a substância «alma.. distinta do
corpo, embora capaz de sobreviver à morte do corpo, não dependendo do mesmo
quanto à sua existência, portanto.
O materialismo é aquela doutrina filosófica que diz
que as únicas coisas que existem são substâncias materiais. Os fenômenos
mentais, a consciência, as sensações e os sentimentos são explicados como
modificações da substância material-sem a introdução de substâncias mentais ou
espirituais distintivas (C).
Naturalismo. Esse é apenas um outro nome para
a forma mais radical de materialismo. Todas as coisas são constituídas de
matéria, e nada existe que não seja apenas átomos em movimento. O que existe é
a matéria.
O que sucede é apenas matéria em movimento.
Portanto, a existência consiste nos átomos em movimento. Naturalismo
Critico. Esse sistema procura evitar o sobrenaturalismo, afirmando que
a verdade pode ser que não podemos reduzir tudo ao principio material.
Assim, temos de considerar a possibilidade da existência de coisas como a
mente e alguma ta substância imaterial. Mas, se tal substância existe, então
ela deve ser concebida como algo natural, e não sobrenatural, como parte
integral do nosso próprio mundo, e não algo fora do mundo. Essa posição nega o substancialismo, uma
ideia fundamental do problema corpo-mente, O substancialismo assevera que a
alma é uma substância que não pertence à ordem natural das coisas, antes, ela
teria vindo de longe, e, finalmente, volta para longe, para o mundo de luz.
Segundo esse ponto de vista, o homem é um ser transcendental, embora cativo por
algum tempo (principalmente por razões morais), a um corpo físico.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de
Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 4. pag. 157-158.
ATEÍSMO
É impossível dar uma definição simples
de um termo como ateísmo, pelo que expomos as várias formas
por ele assumidas: A palavra vem do grego a, «não», e theos, <<Deus>>.
Ê a descrença na existência de um deus, Deus ou deuses específicos, a descrença
em conceitos que os homens têm de deus, Deus ou deuses. Ou então, é a negação
de qualquer realidade sobrenatural.
1. Descrença nos deuses populares. Sócrates, que pendia para o
monoteísmo, era um ateu (ou talvez, um agnóstico), no tocante à multidão de
deuses da sociedade ateniense. Outro tanto se dava com Platão. Os pagãos
chamavam os primeiros cristãos de ateus.
2. De modo geral, a descrença no tipo de deus, Deus
ou deuses que os homens imaginam. Assim, alguém pode declarar-se ateu em
relação ao Deus das batalhas, apresentado em alguns trechos do Antigo
Testamento, mas não um ateu que não creia na existência de Deus, em alguma
apresentação refinada.
3. A rejeição dos deuses da superstição, incluindo
o Deus do Antigo e do Novo Testamentos, quando se pensa estar Ele em foco.
Xenófanes, Heráclito e outros, nos tempos antigos, assim diziam, sem incluírem
o Deus da Bíblia. Freud achava que a origem da religião é a neurose das massas,
e outros têm visto na religião um instrumento para controle das massas. Tais
individuas, é óbvio, não têm conceito de um Deus vivo. Pode-se
incluir o marxismo dentro dessa classificação geral.
4. No positivismo lógico. É tolice falar sobre a
existência de Deus, de modo positivo ou negativo. Não temos percepção, e
portanto, não temos conhecimento de Deus. Ele pode existir ou não, mas não é.
Um objeto de nosso conhecimento, pelo que é um desperdício de tempo participar
da controvérsia do teísmo contra o ateísmo. Ambos afirmam-se conhece dores de
informes que não possuem. O ateísmo diz que o conhecimento sobre Deus existe,
mas é negativo. Portanto, Deus não existe. O teísmo, por sua vez, afirma que
tal conhecimento existe, e é positivo. Portanto, Deus existe. O positivismo
lógico diz que ambos estio equivocados, pois o conhecimento de Deus não é
disponível. No positivismo temos um ateísmo prático, mas não
te6rico. Deus não teria sentido para a vida, não sendo um fator que determina
as ações, e assim sendo, para-todos os efeitos práticos, pode ser considerado
inexistente.
5. Ateísmo prático-moral. Admite-se a existência teórica de
Deus, um postulado necessário para explicar causa, desígnio, etc. Mas a
existência de Deus não exerce qualquer influência sobre a vida, não sendo um
fator determinante na escolha e na ação.
Deus não é uma força moral. As decisões são tomadas
sobre outras bases. Até mesmo alguns cristãos professas são ateus práticos.
6. Ateísmo panteísta: Deus é a alma do universo e o
universo é o corpo de Deus. Tudo é Deus. Do ponto de vista judaico-cristão, o
panteísmo é uma forma de ateísmo,
7. Deus como o Espírito
Absoluto, como dizia Hegel. Deus é um tipo de força cósmica, que une
em tomo de si todas as coisas, sendo a fonte de todas as coisas, embora não
seja uma pessoa, em qualquer sentido. Muito menos é uma pessoa em três: Pai,
Filho e Espirito Santo. Essa forma de filosofia segue o ateísmo, a julgar pelos
padrões cristãos, porquanto não reconhece o tipo de Deus que tem sentido para
os cristãos. Porém, isso não nega que há discernimentos quanto à natureza de
Deus, nessas especulações.
8. Ateísmo naturalista. Não há tal coisa como algo fora
da natureza, e na natureza não encontramos deus, Deus ou deuses. Não há o sobrenatural, pelo
que não há Deus, em termos convencionais.
9. Ateísmo politeísta, Se há uma multidão de deuses,
então não há um verdadeiro Deus em contraste com deuses falsos. Pois, para nós,
Deus indica um ser distinto de todos os outros seres, muito mais elevado. O
politeísmo destrói o caráter distinto de Deus, pelo que é uma forma de ateísmo.
10. Ateísmo absoluto. Deus não existe, sob qualquer
definição. Não há deus (ou Deus) na terminologia sofisticada da teologia ou da
filosofia. Toda ideia de Deus é vã. Não há deus (ou Deus) conforme insistem que
há tanto o judaísmo como o cristianismo, em suas respectivas doutrinas.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de
Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 1. pag. 363.
2. Ataque à disciplina no lar.
Punição aos pais que aplicarem medidas corretivas. Há projeto de lei, aprovado no
Congresso Brasileiro, prevendo punição e até a perda da guarda dos filhos, para
pais que aplicarem medidas corretivas aos filhos. A chamada “lei da palmada”, o
Projeto de Lei 7.672/2010, pretende incorporar ao Estatuto da Criança e do
Adolescente, que qualquer “castigo físico”, de natureza disciplinar, aplicado
pelos pais a filhos desobedientes ou rebeldes, devem ser passíveis de punições,
inclusive a perda do poder sobre os filhos, que poderão ser recolhidos a
instituições governamentais, para serem educados por agentes do governo.
Concordamos que nenhum pai tem o direito de
espancar seus filhos. Isso é crime. Mas aplicar uma medida corretiva, sem
violência, com o objetivo de inibir a prática de atos de rebeldia, é saudável e
educativo. Mas essa é uma demonstração de que o Estado brasileiro quer retirar
dos pais a autoridade de corrigir seus filhos.
De acordo com a Palavra de Deus, os pais devem ser
os educadores por excelência de seus filhos. No Antigo Testamento, o ensino aos
filhos era determinação divina: “Instrui o menino no caminho em que deve andar,
e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6). Essa exortação
solene tem tido seus efeitos comprovados, ao longo dos séculos. Quando os pais
educam seus filhos, conforme os princípios sagrados da Palavra de Deus, os
efeitos sobre sua formação espiritual, emocional e intelectual são benéficos e
duradouros. No Novo Testamento, o texto de Efésios 6.1-4 nos mostra que a
Palavra de Deus é muito mais avançada que as propostas de lei para educação dos
filhos, e do relacionamento dos pais com eles. A legislação humana, baseada nos
“direitos humanos”, não é clara quanto aos deveres dos filhos para com seus
pais. Mas é pródiga em explicitar os direitos dos filhos e os deveres dos pais.
A Bíblia incentiva o relacionamento respeitoso entre os filhos e os pais,
exortando-os a serem “obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo”,
e manda honrar o pai e a mãe, por ser o “primeiro mandamento com promessa”,
para que os filhos vivam bem, e vivam muito tempo sobre a terra. Para os pais a
determinação bíblica é solene:
“E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos,
mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor”. Percebe-se que grande
sentido e alcance esse tipo de exortação tem sobre a educação familiar. De um
lado, os pais, criando seus filhos “na doutrina e admoestação do Senhor”, ou
seja, segundo os elevados princípios de Deus, de amor, respeito, santidade, e
autoridade paternal. E sem excessos, sem provocar a ira ou a revolta nos
filhos. Para tanto, os pais dispõem do ensino da Palavra de Deus, do recurso
maravilhoso da oração e do jejum por seus filhos, do saudável costume da
prática do culto doméstico, onde os pais podem e devem repassar os sagrados
ensinos à família, e desenvolver o diálogo amoroso com eles. De outro lado,
vemos que o Espírito Santo registra que os filhos devem ser obedientes e
saberem honrar seus pais, para serem bem-sucedidos em suas vidas. A história
revela que os filhos que sabem honrar seus pais, geralmente são homens e
mulheres de bem.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 43-45.
A disciplina corretiva na Bíblia. O livro de Provérbios é rico em
ensinos sobre a disciplina, seus objetivos e resultados na formação da
personalidade e do caráter dos filhos. Diz a Bíblia: “Não retires a disciplina
da criança, porque, fustigando-a com a vara, nem por isso morrerá. Tu a
fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno” (Pv 23.13,14). Ao ler
um texto como esse, os educadores materialistas, inspirados no liberalismo social,
torcem o nariz, e criticam acidamente a Palavra de Deus, dizendo que tais
conselhos são retrógrados, arcaicos, superados e obscurantistas, aplicáveis na
Idade Média. O escritor dos Provérbios inspirados por Deus mostra que é
necessária à disciplina aplicada à criança. Ele se refere à “vara”, que pode
ser utilizada como meio de dissuasão ou inibição contra atos de rebeldia.
Evidentemente que essa palavra “vara” pode ser entendida de maneira radical,
literal, ou conotativa. Entendemos que castigar a criança desobediente,
rebelde, que não aceita os limites definidos por seus pais, pode (e deve)
sofrer algum tipo de reprimenda, que pode ser desde uma repreensão verbal
severa, uma ordem incisiva para corrigir o malfeito, ou um castigo com a
privação de algum direito que a criança, ou o adolescente possa ter.
Se uma criança, que já entende o que é certo e o
que é errado, insiste em praticar o errado, causando prejuízo a si, à sua
família ou à sociedade, precisa ser corrigida. Os pais podem privá-la de um
passeio de bicicleta; de ir à casa de um colega para brincar; podem cortar a
mesada da semana; podem proibir que assista televisão, ou acesse à internet,
durante alguns dias; não levá-la ao parque de diversão, etc. Tudo isso pode ser
entendido como “vara” da correção.
Em alguns casos, o uso da “vara” pode ser uma
palmada numa criança de poucos anos para que ela entenda que a desobediência
tem um preço a pagar; para que ela entenda que quem governa a casa são seus
pais, e não ela própria; para que ela aprenda, por um meio doloroso, que a
desobediência não compensa; quando se trata de pré-adolescentes ou
adolescentes, os pais não devem usar castigos físicos, como palmadas,
chineladas, ou coisas semelhantes. A privação de passeios e de outros direitos
tem mais efeito. Se forem jovens, a partir dos 18 anos, somente o diálogo com
firmeza e a repreensão firme com autoridade podem ter resultados benéficos.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 45-46.
13. Não retires...a disciplina. Sobre o uso da vara, veja exegese
de 13:24.
14. Livrarás a sua alma do inferno. A palavra alma muito
frequentemente significa simplesmente a pessoa (cons. Sl. 107:9 e muitos outros
exemplos em concordâncias). A palavra Sheol pode significar e geralmente
significa simplesmente a sepultura (veja Gn. 42 : 38 ; Is. 14: 11 ; e
comentário sobre Pv. 1:12; 2:18). A expressão paralela de 23:13 é "ela não
morrerá". O versículo provavelmente não significa que o bater salvará a
alma da criança (Greenstone), mas que lhe será espiritualmente benéfico e a
salvará de morte prematura (Delitzsch e Toy). Oesterley faz a interessantíssima
observação de que este provérbio tem um paralelo nos provérbios de Ahikar. Mas
quanto à forma, o provérbio é mais parecido com 23:14 na cópia ele mantina de Ahikar do
que nas outras cópias, que presumivelmente criaram os originais babilônios. Ele
conclui que os judeus no Egito moldaram o seu Ahikarpor este
versículo dos Provérbios. Esta seção dos Provérbios retrocede, portanto, além
do século quinto (cons. Introdução, Provérbios e Outras Obras da
Literatura da Sabedoria).
MOODY. Comentário Bíblico. Provérbios.
pag.60-61..
23.13,14 O tom severo da disciplina aqui e compensado pelo
afeto expresso no v. 15. Porem, muitos pais relutam em corrigir seus filhos.
Alguns temem que seu relacionamento seja prejudicado, que seus filhos se
ressintam ou que venham a sufocar o desenvolvimento de seus filhos. Mas a
correção não matara as crianças; evitara que cometam tolices.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo.
Editora CPAD pag. 863.
Vv. 12-16. Aqui ha um pai que instrui o seu filho,
a que este entregue a sua mente as Escrituras. Eis aqui um pai que corrige o
seu filho: acompanhado de oração e abençoado por Deus, evitara a sua
destruição. Eis aqui um pai que exorta o seu filho, a fim de dizer-lhe algo que
será para o seu próprio bem. E que consolo será se, daqui em diante, ele
corresponder a sua expectativa!
HENRY. Matthew. Editora CPAD. Provérbios. pag. 46.
3. Falsos Ensinos.
Mas os educadores materialistas debocham e
desdenham da educação com base na Palavra de Deus. Em seus discursos acadêmicos
demagógicos, dizem que mesmo a palmada corretiva não deve ser aplicada, pois a
criança aprende a bater nos outros. A prática demonstra o contrário. Os
marginais, os bandidos, os violentos que estupram, assaltam e matam, via de
regra, são oriundos de lares onde não há disciplina corretiva; de lares onde os
pais não tiveram ou não têm autoridade sobre os filhos. Essa é a realidade. Se
for feita uma pesquisa na Fundação Casa, certamente essa afirmação poderá ser
confirmada. Disciplinar, adequadamente, de acordo com a idade do filho, é um
ato de amor. Provérbios 13.24 ensina que pais lenientes, que não disciplinam
seus filhos, na verdade não os amam. O que ama seus filhos os disciplina “a seu
tempo”, ou seja, de acordo com a faixa etária e a idade mental deles.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 46.
Todos os sistemas modernos, seja de educação, de
economia, da vida social, dos divertimentos, do lazer, da informática, da
internet, tendem a desviar os adolescentes e jovens dos princípios emanados da
Palavra de Deus.
“Respondendo aos discípulos sobre quem seria sua
pessoa, Jesus disse: Eu “edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). Todos os ensinos materialistas fazem parte
do arsenal diabólico das “portas do inferno”, levantadas acirradamente contra a
Igreja do Senhor Jesus. Ao longo dos séculos, elas têm combatido fortemente os
arraiais dos cristãos, mas não prevalecerão”.
Jamais devemos nos deixar dominar por pensamentos
de derrota, que nos levam a crer que o mal prevalecerá sobre nós. De modo
algum. Doutrinando aos romanos, Paulo escreveu o verdadeiro “cântico de
vitória” do cristão, mostrando que nem a perseguição, nem a angústia, nem a
espada, são suficientes para nos derrotar (Rm 8.37-39).
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 48.
3.16 A Bíblia não e uma coleção de historias, fabulas,
mitos ou ideias meramente humanas a respeito de Deus. Não e um livro humano. A
Bíblia e a Palavra de Deus. Através do Espirito Santo, Deus revelou sua pessoa
e seu plano para certos crentes, os quais escreveram sua mensagem para o seu
povo (2 Pe 1.20, 21). Este processo e conhecido como inspiração divina. Os
autores escreveram levando em conta seus próprios contextos pessoais,
históricos e culturais. Embora tivessem usado suas próprias mentes, talentos,
linguagem e estilo, eles escreveram o que Deus queria que escrevessem. A
Escritura e completamente fidedigna porque Deus estava no controle do que
estava sendo escrito. Suas palavras tem toda a autoridade sobre nossa vida e
fé. A Bíblia foi escrita sob completa orientação e inspiração de Deus. Leia e
use os ensinos dela para guiar sua conduta.
3.16.17 - A Bíblia inteira e a Palavra inspirada de Deus.
Por ser inspirada e fidedigna, devemos lê-la e aplica-la a nossa vida. A Bíblia
e o nosso padrão para testar tudo o que e declarado como sendo verdade. E a
proteção contra os falsos ensinos e a fonte de direção para o nosso modo de
viver E a nossa única fonte de conhecimento sobre como podemos ser salvos. Deus
quer lhe mostrar o que e verdadeiro e lhe capacitar a viver para Ele. Quanto
tempo você dedica ao estudo da Palavra de Deus? Leia-a regularmente para
descobrir a verdade de Deus e se tornar confiante em sua vida e em sua fé.
Dedique-se a ler a Bíblia inteira, não apenas as passagens que você já conhece.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo.
Editora CPAD pag. 1716.
3. Permanece na Palavra de Deus (2 Tm 3 : 13 - 17).
A única maneira de derrotar as mentiras de Satanás
e por meio da verdade de Deus. "Assim diz o Senhor!" e a resposta
conclusiva a todas as controvérsias. Os homens perversos e os enganadores se
tornarão cada vez piores. Enganarão cada vez mais, pois estão sendo enganados
por Satanás. Nos últimos dias, haverá mais dissimulação e imitação, e o cristão
só poderá discernir entre o verdadeiro e o falso por meio da Palavra de Deus.
Timóteo havia aprendido a Palavra de Deus desde a infância. A tendência de
algumas pessoas e pensar que precisavam da Bíblia quando eram mais jovens, mas
que, depois de adquirirem certa maturidade, são capazes de viver sem ela. Que grande
engano! Os adultos precisam muito mais da orientação da Palavra do que as
crianças, pois os adultos enfrentam muito mais tentações e tomam mais decisões.
A avó e a mãe de Timóteo lhe ensinaram fielmente as Escrituras do Antigo
Testamento (o pronome "quem", em 2 Tm 3:14, e plural, referindo-se a
essas duas mulheres; ver 2 Tm 1:5). Timóteo deveria permanecer no que havia
sido ensinado. Não devemos nos considerar maduros demais para precisar da
Palavra de Deus.
Esta e uma boa ocasião para admoestar os pais
cristãos a ensinar a Bíblia a seus filhos. Para minha esposa e eu, sempre foi
uma grande alegria ver nossos filhos mais velhos e alfabetizados compartilhando
as historias da Bíblia de livros infantis com os irmãos mais novos e
esclarecendo suas duvidas. Aos poucos, passaram a ler sozinhos livros mais
complexos e a própria Bíblia. Felizmente, nossa escola dominical oferecia um
programa de memorização da Bíblia. Assim que nossos filhos nasciam, nos os
cercávamos com a Palavra de Deus e de orações. Depois que os filhos crescem não
temos mais esse tipo de oportunidade. Neste paragrafo, Paulo faz algumas
declarações importantes acerca das Escrituras:
As Escrituras são sagradas (v. 15a). A expressão
"As sagradas letras" e uma tradução literal. Fica subentendido que
Timóteo aprendeu o alfabeto hebraico por meio das Escrituras do Antigo
Testamento. O termo "sagrado" significa "dedicado para uso
santificado".
A Bíblia e diferente de todos os outros livros -
inclusive dos livros sobre a
Bíblia -, pois foi separada por Deus para um uso
sagrado especial. A Bíblia e um livro extraordinário e deve ser tratada como
tal. A maneira de tratarmos a Bíblia mostra aos outros quanto a respeitamos ou
não.
Não quero parecer esquisito, mas devo confessar que
detesto ver uma Bíblia jogada no chão. Quando estamos carregando a Bíblia com
outros livros, ela deve ficar em cima dos demais. Ha uma diferença entre marcar
a Bíblia de modo apropriado, enquanto a estudamos, e borra-la com marcas
descuidadas. Vi pessoas usarem a Bíblia como apoio para uma xicara de café!
Paulo mostra a atitude correta em relação a Palavra de Deus (1 Ts 2:13).
As Escrituras nos conduzem a salvação (v. 15b). Não
somos salvos por crer na Bíblia (ver Jo 5:39), mas sim pela fé no Cristo que e
revelado na Bíblia. Satanás conhece a Bíblia, mas não e salvo. Timóteo foi
educado
nas Sagradas Escrituras em um lar piedoso. No
entanto, só foi salvo quando Paulo o levou a Cristo. Qual e a relação entre a
Bíblia e a salvação? Em primeiro lugar, a Bíblia revela a necessidade de
salvação. E um espelho que mostra como somos imundos aos olhos de Deus. A
bíblia explica que todo pecador perdido e condenado agora (Jo 3:18-21) e
precisa de um Salvador agora. Também deixa claro que o pecador não pode salvar
a si mesmo. Mas a Bíblia também revela o plano maravilhoso de Deus para a
salvação: Cristo morreu por nossos pecados! Se crermos nele, ele nos salvara
(Jo 3:16-18). A bíblia também ajuda a ter a certeza da salvação (ver 1 Jo
5:9-13). Assim, ela se torna o alimento espiritual que nutre nossa vida, a fim
de crescermos na graça e de servirmos a Cristo. E nossa espada na luta contra
Satanás e na vitória contra a tentação. As Escrituras são verdadeiras e
confiáveis (v. 16a). "Toda a Escritura e inspirada por Deus." A
doutrina da inspiração das Escrituras e de importância vital e também e uma
doutrina que Satanás tem atacado desde o principio ("E assim que Deus
disse...?" [Gn 3:1]). E inconcebível que Deus desse a seu povo um livro no
qual não pudessem confiar. Ele e o Deus da verdade (Dt 32:4); Jesus Cristo e
"a verdade" (Jo 14:6); e "o Espirito e a verdade" (1 Jo
5:6). Jesus afirmou acerca das Escrituras: "a tua palavra e a
verdade" (Jo 17:17).
O Espirito Santo de Deus usou homens de Deus para
escrever a Palavra de Deus (2 Pe 1:20, 21). O Espirito não apagou as
características naturais dos escritores. Antes, em sua providencia, Deus
preparou escritores para a tarefa de redigir as Escrituras. Cada um deles tem
seu estilo e vocabulário próprios. Cada livro da Bíblia originou-se de um
conjunto especifico de circunstancias. Ao preparar os homens, ao conduzir a
historia e ao operar por meio do Espirito, Deus realizou o milagre das
Escrituras. Não se deve pensar no termo "inspiração" da forma que o
mundo o entende hoje, quando diz: "sem duvida, Shakespeare foi um escritor
inspirado". A inspiração bíblica refere-se a influencia sobrenatural do
Espirito Santo sobre os escritores, garantindo que as palavras que escreveram
seriam precisas e fidedignas. A revelação e a comunicação da verdade ao ser
humano por Deus; a inspiração e relacionada ao registro dessa comunicação de
maneira confiável. Tudo o que a Bíblia afirma a respeito de si mesma, do ser
humano, de Deus, da vida, da morte, da historia, da ciência e de qualquer outro
assunto e verdade. Isso não significa que todas as declarações encontradas na
bíblia sejam verdadeiras, pois ela registra as mentiras dos homens e de
Satanás. Mas o registro e verdadeiro.
As Escrituras são uteis (v. 16b). São uteis para o
ensino (aquilo que e certo), para a repreensão (aquilo que e errado), para a
correção (como fazer o que e certo) e para a educação na justiça (como
permanecer no caminho certo). O cristão que estuda a Bíblia e que aplica o que
aprende cresce em santidade e evita muitas ciladas deste mundo.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico
Expositivo. N.T. Vol. II. Editora Central Gospel. pag. 237-238.
Divinamente inspirada ( gr. theopneustos ). (2 Tm 3.16)
A palavra grega theopneustos significa soprada
por Deus — de theos (Deus) epneo (soprar). Embora seja difícil recriar
plenamente a ideia contida nessa palavra, e certo que Paulo quisesse dizer que
toda a Escritura e inspirada por Deus. E este o principal sentido: Deus não
somente inspirou os autores que escreveram as palavras da Bíblia, mas também
ilumina aqueles que a leem com o coração cheio de fé.
3.16 — Paulo enfatiza a preeminência de toda a
Escritura. Inspirada por Deus. O Senhor se envolveu ativamente na revelação de
Sua verdade aos apóstolos e profetas que a escreveram. O Autor da Bíblia e o
próprio Deus. Portanto, as Escrituras são verdadeiras em tudo o que afirmam e
totalmente fidedignas (1 Pe 1.20,21). O estudo da Bíblia e proveitoso em, pelo
menos, quatro formas diferentes. Ensinar, ou seja, doutrinar. Paulo enfatiza em
primeiro lugar o ensino correto; em Atos, Lucas também enfatiza o compromisso
da igreja de Jerusalém com a doutrina (At 2.42). Redarguir, no caso, e não
apenas argumentar, mas argumentar com convicção uma verdade incontestável.
Corrigir e disciplinar, endireitar (2 Tm 2.15). Instruir refere-se a ensinar a
um novato ou uma criança. Note-se que somente um destes termos esta voltado
simplesmente para a informação — ensinar (1 Pe 2.2); os demais implicam mudança
de vida. O conhecimento completo que não promova mudança de vida de uma pessoa e
inútil. Por outro lado, viver sem entendimento de quem e Deus e do que espera
de nos e arriscado e perigoso.
EarI D. Radmacher: Ronald
B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 614.
II - ATITUDES
MUNDANAS PARA DESTRUIR A FAMÍLIA
1. O Abandono aos Filhos.
Falar de relações de afetividade não é
necessariamente o discurso mais agradável de se desenvolver, especialmente se
nos extremos de relações como esta estão pai e filho, em meio a um mar de
omissões, descasos e irrefutável desprezo. Trata-se de um delicado tema, que
envolve não somente direitos e deveres, mas questões morais e éticas, que
habitam (ou deveriam habitar) o consciente e o inconsciente de cada ser humano,
sem que, para isto, houvesse a necessidade de provocação da parte sucumbente,
qual seja, a prole.
Os pais possuem, em relação aos filhos, o dever de
sustento, de cuidado, de zelo, preservados pela Constituição Federal de 1988,
através do art. 227. Não obstante a existência dos mencionados deveres
objetivos e subjetivos de cuidado é verídica a informação de que muitos lares
são compostos de famílias monoparentais, situação que impulsiona um dever de
provimento das mais básicas subsistências às diversas necessidades de crianças
e adolescentes, muitas vezes suportadas por apenas um dos pais, geralmente o que
detém a guarda.
Não subjugando a questão do apoio material, até
mesmo porque não se discute apoio financeiro em abandono afetivo, sabe-se que,
com o instituto criado em 1976 – o divórcio – muitos ex-casais têm o
entendimento de que esta ruptura familiar enseja também o rompimento dos laços
com a prole, principalmente com a implementação de guarda exclusiva, onde o
parente desprovido de guarda ignora o fato de um dia ter gerado um filho. Pais
que decidem pôr termo ao relacionamento, muitas vezes põem termo também ao
vínculo com os filhos, podendo lhes causar um incontestável trauma de abandono.
Ser criado sem pai pode não ser necessariamente um trauma, especificamente no
contexto da necessidade material – e muitas vezes não é, pois o responsável que
detém a guarda daquela criança ou daquele adolescente (geralmente a mãe) muitas
vezes pode suprir toda e qualquer ausência; a questão é ter a consciência de
que o pai existe, está vivo e exerce a rejeição por livre escolha, muitas vezes
de maneira vil e ardilosa.
A Constituição Federal determina o dever de
sustento, mas também o dever de preservação da saúde, o que inclui o equilíbrio
psicológico que se espera normalmente de uma pessoa que tenha estabilidade das
relações afetivas. Criança abandonada não é somente criança de rua e esse
rótulo deve ser extirpado, para que os tribunais comecem a enxergar o tamanho
do prejuízo causado pelo abandono moral do pai ausente.
O STJ, no REsp 757.411-MG, Rel. Min. Fernando
Gonçalves, julgado em 29/11/2005, entendeu de forma contrária, publicando sua
decisão que, a seguir, se resume: "Entendeu que escapa ao arbítrio do
Judiciário obrigar alguém a amar ou a manter um relacionamento afetivo, que
nenhuma finalidade positiva seria alcançada com a indenização pleiteada."
Somos obrigados a concordar com o relator e dizer que, realmente, não há
decisão judiciária no mundo que faça alguém sentir amor. Não se trata de uma
obrigação de fazer, ou pior, de sentir. Respeita-se, neste diapasão, a posição
manifestada pelo Ministro. A decisão favorável à indenização, no entanto,
abriria um grande precedente aos pais que geram e não cuidam, às crianças que
sentam horas em frente ao portão de casa à espera do pai, que não chega no
domingo, às crianças que não sabem o que é desenhar, pintar, montar presentes
para o dia dos pais e efetivamente entregá-los ao destinatário. Essas crianças
precisam de apoio psicológico, de acompanhamento, pois fazem parte da secção
anormal da criação no mundo, onde sabem que nasceram de ambos os genitores, mas
apenas um lhes dá ciência do que é ser família. Não perderam o pai, mas o pai
preferiu se perder deles, por espontânea escolha. Todas as escolhas na vida têm
prós e contras, e um pai ausente deveria suportar o ônus financeiro de seu
livre arbítrio, para que a Constituição Federal fosse respeitada na
literalidade de seus princípios.
Se há formas de se atribuir esta responsabilidade,
então que ele sinta o peso da mão da justiça dos homens sobre si, impondo-lhe o
ressarcimento devido. De alguma maneira, está-se colocando em discussão não uma
decisão ou um mandamento constitucional apenas, como se isso já não fosse
suficiente, mas direitos de crianças e adolescentes que um dia estarão nestes
Tribunais, utilizando seus conhecimentos e sua experiência de vida para a construção
de um mundo melhor. Ou não.
Fonte.http://jus.com.br/revista/texto/12159/abandonoafetivoparental#ixzz2PPPJ5VUO
49.14,15 - O povo de Israel pensava que Deus os tivesse
abandonado na Babilônia; porem Isaias frisou que. da mesma forma que uma mãe
amorosa jamais se esquece de seus filhos. Deus nunca os esqueceria. Ao
pensarmos que Deus nos abandonou, devemos perguntar se não fomos nos que o
esquecemos e abandonamos
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo.
Editora CPAD pag.942.
49.15Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que
ainda mama...? O
poderoso instinto maternal não permitirá que uma mãe se esqueça de seu filhinho
que ainda mama; sim, talvez uma mãe possa fazer isso, pois podemos mencionar
alguns poucos casos de tão terrível negligência maternal. Mas os desejos de
Yahweh para com Israel (Judá) eram mais fortes que os de uma mãe por seu bebê, de
modo que o "filho", Judá, podia ser punido pelo mal praticado, mas
jamais abandonado. O amor divino é mais profundo do que qualquer forma de amor humano.
O amor de Yahweh é a própria fonte da vida e da consolação de Judá. Cf. Isa.
43.4; 44.21; 46.3,4. Cf. especialmente Jer. 31.20. Ver também Mat. 23.37.
Quanto ao exemplo contrário, ver Lam. 4. 3,4,10; Deu. 28.57.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento
Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2928-2929.
14 Mas Siao diz: Já me desamparou o SENHOR; o
Senhor se esqueceu de mim .
Em resposta a esta profecia, Sião (personificada,
representando o povo de Jerusalém nos dias de Isaias) protesta que o SENHOR (o
Yahweh que guarda a aliança) a tem abandonado e que o SENHOR ( o Mestre
Soberano) a esqueceu. Eles estavam insinuando que o Senhor não estava vivendo a
altura do seu nome e natureza. Eles tinham esquecido e abandonado a chamada
deles para proclamarem as boas novas (40.9). Eles não puderam entender o
Evangelho, as boas novas que Isaias estava proclamando.
15 Pode um a mulher esquecer-se tanto do filho que
cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se
esquecesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti. Sião não tinha nenhuma razão para
ter autocomiseração (pena de si mesma). Deus poderia abandona-los “por um
pequeno momento”, mas a sua “grande misericórdia” sempre estaria lá para eles
(54.7).
Ele responde que ainda que as mães pudessem se
esquecer dos seus bebes, Deus não se esquecera de Sião. O seu amor e maior que
o amor de mãe, maior que o amor que ocupa o primeiro lugar entre todos na
terra.
16 Eis que, na palma das minhas mãos; te tenho
gravado; os teus muros estão continuamente perante mim.
Sião esta gravada “na palma das mãos” de Deus, significando
que esta estava sempre diante dos seus olhos e debaixo da sua proteção. Ele
sempre a veria e cuidaria dela. As muralhas da cidade ainda estavam de pé nos
dias de Isaias, e Deus também as protegeria. O cumprimento final, contudo, será
na Nova Jerusalém (c f 62.6; Ap 21.12-19).
STANLEYM. Horton. Comentário Bíblico:
Isaías. Editora CPAD. pag. 428-429.
Lamentações 4.3 — Chacais eram cães do deserto,
animais desprezíveis, mas ate mesmo eles cuidavam de suas crias. Os avestruzes,
ao contrario, não pareciam se importar muito com os filhotes. 4 .4 — A língua
do que mama. O tema das crianças passando fome e sede e mencionado novamente
(Lm 2.11-13).
2. Desrespeito aos pais.
20.12. Este é o primeiro mandamento que vem
acompanhado de uma promessa. Para viver em paz por muitas gerações na Terra
Prometida, os israelitas precisavam respeitar a autoridade e construir famílias
fortes. Mas o que significa “honrar” os pais? Em parte, ó falar bem deles e
tratá-los de forma atenciosa; é mostrar-lhes cortesia e respeito (mas não se
deve obedecer-lhes caso isto signifique desobediência a Deus). Também é seguir
o seu ensino e exemplo de pôr Deus em primeiro lugar. Os pais têm um lugar
especial na visão de Deus. Mesmo os filhos com dificuldades no relacionamento
com os pais são exortados a honrá-los.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo.
Editora CPAD pag. 112.
20.12. Honra teu pai e tua mãe. A chave para a
estabilidade social é reverência e respeito aos pais e à autoridade deles. A
promessa anexa relacionava primariamente o mandamento à vida na Terra Prometida
e lembrava os israelitas do programa que Deus havia estabelecido para si e para
seu povo. Dentro dos limites do território dos israelitas, Deus esperava que
eles não tolerassem delinquência juvenil, que, no fundo, é manifesto
desrespeito aos pais e à autoridade deles. Severas consequências, a saber, pena
capital, podiam ser aplicadas (cf. Dt 21.18-21). Uma das causas do exílio
babilônico foi à falta de honra aos pais (Ez 22.7/15).
O apóstolo Paulo individualizou essa promessa
nacional quando aplicou a verdade a crentes na sua época (cf. Mt 15.4; Mc 7.10;
Ef 6.1 -3).
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade
Bíblica do Brasil. pag.119.
“Quais [mandamentos]" (vv. 18, 19).
Será que o jovem estava sendo evasivo? Creio que
não, mas estava cometendo um erro, pois uma parte da lei de Deus não pode ser
separada da outra. Classificar a lei de Deus em "menor" ou
"maior" é interpretar incorretamente todo o propósito da lei.
"Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna
culpado de todos" (Tg 2:10). A lei representa a autoridade de Deus, e
desobedecer ao que pensamos ser uma lei menor é, ainda assim, rebelar-se contra
a autoridade do Senhor. Por certo, o jovem estava pensando somente na
obediência exterior, pois se esqueceu das atitudes do coração. Jesus havia
ensinado no Sermão do Monte que odiar era o equivalente moral de cometer
assassinato, e que a lascívia correspondia moralmente ao adultério. Era muito
bom o jovem ter bons costumes e uma moral elevada, mas, infelizmente, não
percebeu seu pecado nem se arrependeu e creu em Cristo. Jesus não citou o
mandamento que se aplicava especificamente ao jovem: "Não cobiçarás"
(~x 20: 17). O rapaz deveria ter refletido a respeito de todos os mandamentos e
não apenas daqueles que Jesus citou. Será que estava procurando um discipulado
fácil? Ou talvez sendo desonesto consigo mesmo? Acredito que, a seu
próprio ver, seu testemunho foi sincero. No entanto, ele não permitiu
que a luz da Palavra penetrasse mais a fundo. Jesus sentiu um amor repentino
pelo jovem (Mc 10:21), de modo que continuou tentando ajudá-lo.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico
Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 94-95.
A obediência é ordenada (v. 2a). Aqui, Paulo cita o
quinto mandamento (Êx 20:12; Dt 5:16) e o aplica ao cristão do Novo Testamento.
Isso não significa que o cristão viva "sob a Lei", pois Cristo nos
libertou tanto da maldição quanto do jugo de escravidão da Lei (Gl 3:13; 5:1).
Mas a justiça da Lei ainda revela a santidade de Deus, e o Espírito Santo nos
capacita a que pratiquemos essa justiça em nossa vida diária (Rm 8:1-4). Nove
dos Dez Mandamentos são repetidos nas epístolas do Novo Testamento, a fim de
serem observados pelos cristãos, com exceção de "Lembra-te do dia de
sábado, para o santificar". É tão errado um cristão desonrar aos pais
quanto o era para um judeu do Antigo Testamento.
"Honrar" os pais significa muito mais do
que simplesmente obedecer a eles. Significa mostrar respeito e amor por eles,
cuidar deles enquanto precisarem de nós e procurar honrá-los pela maneira como
vivemos. Um rapaz e uma moça vieram me procurar, pois estavam querendo se
casar. Perguntei-lhes se os pais dos dois haviam concordado com o casamento.
Eles trocaram um olhar envergonhado e confessaram:
Tínhamos esperança de que o senhor não
fizesse essa pergunta... Passei uma hora tentando convencê-los de que era um
direito dos pais deles se regozijarem com esse acontecimento e que a exclusão
deles causaria mágoas profundas, as quais talvez nunca fossem curadas.
- Mesmo que eles não sejam cristãos - expliquei são
seus pais, e vocês lhes devem amor e respeito.
Por fim, eles concordaram, e os planos que fizemos
juntos agradaram a ambas as famílias. Se tivéssemos seguido o primeiro plano do
casai, os dois teriam perdido a credibilidade para testemunhar a seus
familiares.
Em vez disso, puderam dar um bom testemunho de
Jesus Cristo.
A obediência traz bênçãos (w . 2b-3). O quinto
mandamento é acompanhado de uma promessa: "para que se prolonguem os teus
dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá" (Êx 20:12). A princípio, essa
promessa foi feita ao povo de Israel, quando este entrou em Canaã, mas Paulo
aplica-a aos cristãos de hoje, dizendo que o filho cristão que honrar ao pai
pode esperar duas bênçãos. As coisas irão bem para ele e ele terá vida longa na
Terra. Isso não significa que todas as pessoas que morreram jovens desonraram
os pais. O apóstolo está declarando um princípio: quando os filhos obedecem aos
pais no Senhor, evitam muitos pecados e perigos e, desse modo, muitas coisas
que poderiam ameaçar ou encurtar sua vida. Todavia, a vida não é medida apenas
pela extensão de tempo, mas também pela qualidade da experiência. Deus
enriquece a vida do filho obediente, a despeito de quanto dure aqui na Terra. O
pecado sempre empobrece; a obediência sempre enriquece.
Assim, o filho deve aprender a obedecer ao pai e à
mãe, não apenas porque são seus pais, mas porque Deus assim o ordenou. A
desobediência aos pais é uma forma de rebelião contra Deus. A situação triste
dos lares de hoje é resultante da rejeição à Palavra de Deus (Rm 1:28-30; 2 Tm
3:1-5). A criança é, por natureza, egoísta, mas, pelo poder do Espírito Santo,
pode aprender a obedecerão pais e glorificar a Deus.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico
Expositivo. N.T. Vol. II. Editora Central Gospel. pag. 68-69.
3 - O secularismo.
SECULAR, SECULARISMO
Esboço:
I. Definições e Caracterização Geral
2. A Secularização da Igreja Cristã
3. União Entre o Secular e o Sagrado
1. Definições e Caracteriza-lo Geral. Essa palavra vem do latim,
saeculum, "pertencente a uma era". Nos círculos religiosos recebe o
sentido de "aquilo que pertence ao mundo de nosso tempo", e que não
faz parte do que é sagrado ou espiritual. Definindo melhor, secular é aquilo
pertencente à maneira de viver deste mundo, e não à maneira de viver do mundo
vindouro; é algo que não comunga com os interesses e as entidades espirituais.
Por essa razão, com frequência essa palavra é contrastada com os adjetivos
"religioso" ou "espiritual". As palavras
"secular", "secularismo" e "secularização"
adquirem seus significados da distinção medieval entre aquilo que ficava sob
jurisdição eclesiástica ou monástica e aquilo que não ficava, por serem de
competência exclusivamente do Estado.
Até o século XIX, o termo "secularismo"
normalmente referia-se à teoria que propugnava a separação entre a autoridade
civil e a autoridade eclesiástica. Foi G.H. Holyoake (1818-1906) quem primeiro
usou essa palavra ao referir-se ao tipo de atitude anti-religiosa; e daí a
palavra veio a tornar-se um sinônimo da negação das realidades sobrenaturais,
ou da recusa de reconhecer a autoridade da Igreja. Nesse caso,
"secular" tornou-se o oposto de "sagrado".
O secularismo veio a ser uma espécie de movimento
tipo humanista. O secularismo procurava aprimorar as condições humanas, sem
fazer qualquer alusão à religião ou às reivindicações da igreja. Antes,
utilizava-se da pura razão, da ciência e das organizações sociais
(não-religiosas) humanas. Destarte, se a caridade era apanágio exclusivo da
Igreja, passou a tomar-se também um dos deveres do Estado. A Renascença (vide)
deu grande impulso e idealismo a esse movimento.
2. A Secularização da Igreja Cristã. Uma das aplicações do termo que
ora estudamos é a referência ao confisco de propriedades da Igreja por parte do
Estado, geralmente com propósitos egoístas e indignos. Após o século IV d.C.,
alguns segmentos da Igreja conseguiram amealhar consideráveis riquezas sob a
forma de propriedades. E isso tomou-se uma tentação para alguns governantes
civis, como Carlos Martelo, rei da França, no século VIII d.C. Ele apoderou-se
de propriedades eclesiásticas em proveito próprio.
Outra forma de secularização foi efetuada pelos
reformadores protestantes, os quais suprimiram o monasticismo, fecharam
mosteiros e passaram a usar seus edifícios com outros propósitos. Nos tempos
modernos, a secularização tem ocorrido dentro e fora da Igreja, como resultado
da separação entre Igreja e Estado, devido a que todos os departamentos de
atividade humana-ciências, artes, filosofia, educação e economia-foram livres
do controle eclesiástico, embora não necessariamente da cooperação da Igreja.
Muitas dessas funções, antes empreendimentos quase exclusivos da classe
religiosa, como obras de caridade e escolas, foram largamente secularizadas.
A secularização de ideias também faz parte desse
processo. A visão sobre naturalista, do mundo foi substituída por ideias
seculares e mesmo profanas, e até as próprias escolas religiosas têm encontrado
dificuldades em impor cursos de religião aos seus alunos. Outro fenômeno dessa
área tem sido o uso de ideias bíblicas, mas de maneiras abertamente seculares,
divorciadas da metafísica envolvida. Um notável exemplo disso é como o
movimento comunista usa textos de prova da Bíblia em defesa de suas teorias
econômicas e sociais, sem envolver qualquer coisa de espiritual, na aplicação
de trechos escriturísticos. Mas a aplicação mais ridícula de todas é aquela que
reduz Jesus a um líder político e militar, ignorando totalmente seus declarados
propósitos espirituais. O brilhante autor Bonhoeffer, embora homem impelido por
fortes propósitos espirituais, em seu livro, Letters and Papersfrom Prison,
apresentou uma interpretação não-religiosa de conceitos bíblicos que, segundo
ele sentia, a nossa época precisa levar em conta; porém, em nenhum sentido ele
promoveu a ideia de uma Igreja secularizada, embora alguns tenham procurado
fazê-lo encaixar-se nesse molde. Paulo van Buren publicou um volume intitulado
The Secular Meaning ofthe Gospel, que proveu munição para a versão secularizada
de conceitos bíblicos e ideais cristãos. O que ele asseverou é que o cristão
moderno deve ser um homem também voltado para atividades seculares, dedicado a
causas humanistas, dotado de uma visão secular da existência. Arend van Leeuwen
(Christianity in World History) e Harvey Cox (The Secular City) chegaram ao
extremo de sugerir que o processo de secularização é resultado direto e correto
da fé bíblica, como se o amadurecimento espiritual levasse o indivíduo de uma
base espiritual para uma base profana. Na mente de muitas pessoas, foi o que
bastou para que ideias acerca de um cristianismo secular, de um Cristo secular,
de uma conversão secular, de uma salvação secular e de missões evangélicas
seculares substituíssem as antigas noções espirituais ensinadas nas Escrituras
Sagradas. Naturalmente, esse tipo de pensamento mescla-se admiravelmente bem
com a filosofia do Deus Morto (vide).
Entrementes, não há nenhum sinal do esmaecimento da
fé religiosa, que faz parte das ideias visionárias desse movimento. O que tem
acontecido é que os indivíduos profanos têm-se tornado ainda mais profanos,
fazendo de suas profanações a sua religião. Porém, isso não quer dizer que eles
não sejam humanitários, de modo positivo, e pelo que podem ser elogiados; mas
nem por isso escapam à condenação em face dos absurdos que têm promovido.
3. União Entre o Secular e o Sagrado. Fazendo contraste com essa
secularização indevida da Igreja, temos a atitude correta de alguns cristãos,
que afirmam que não se deve estabelecer distinção entre o que é secular e o que
é sagrado. O homem espiritual não compartimentaliza a sua vida segundo esse
critério. Qualquer atividade ou trabalho, se for honroso, embora possa ser
chamado de secular, não será tal, se isso fizer parte da vontade de Deus para
aquela vida. Nesse sentido, todas as coisas são sagradas. Jesus aceitou tomar uma
refeição na casa do fariseu, mas não deixou do lado de fora a sua influência
espiritual. Ele trabalhou durante muitos anos como carpinteiro, mas essa foi a
vontade do Pai quanto àquele período de sua vida. Sim, todas as ocupações
dignas podem ser meios de servirmos ao próximo, permitindo-nos assim cumprir a
lei do amor. E não deveríamos ser tentados a chamar isso de secular. Os crentes
devem interessar-se por obras de caridade, por serviços sociais, por todas as
formas de atividades humanitárias. Esse interesse injeta o sagrado no que é
profano.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de
Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 6. pag.123-124.
III - O CUIDADO
CONTRA A FILOSOFIA MUNDANA E A PORNOGRAFIA
PORNOGRAFIA
Breve Histórico da Pornografia
A representação gráfica da nudez
humana, bem como das relações sexuais, é algo bem antigo na história do homem.
A arqueologia revelou que em muitas das paredes dos templos pagãos cananitas,
que foram destruídos pelos israelitas quando conquistaram a terra por volta de
1.300 anos antes de Cristo (Lv 26.1; Nm 33.52), havia desenhos de órgãos
sexuais masculinos e femininos. Essas são as formas mais antigas de pornografia
que conhecemos. Os cananitas aparentemente representavam os órgãos genitais nas
paredes para excitar os adoradores e estimulá-los à prática da prostituição
sagrada. Os israelitas, em contraste, tinham uma atitude totalmente diferente
quanto à exposição dos órgãos sexuais. Em suas Escrituras Sagradas estava
escrito que Deus cuidou em cobrir a nudez do primeiro casal após a Queda (Gn
2.25; 3.7-10). Havia uma preocupação em que as vestimentas cobrissem os órgãos
genitais (Ex 28.42-43), a ponto de existir uma determinação na lei de Moisés de
que o sacerdote deveria ter cuidado para não subir as escadas do altar de forma
a deixar que seus órgãos genitais ficassem expostos (Ex 20.26). Cão, o filho de
Noé, foi condenado por ter visto a nudez de seu pai. A própria Bíblia se refere
à genitália de forma reservada, usando às vezes eufemismos como “nudez” (Lv
18), “pele nua” (Ex 28.42), “membro viril” (Dt 23.1), “entre os pés” (Dt 28.57)
e “parte indecorosa” (1Co 12.23), só para citar alguns exemplos.
Os gregos antigos usavam temas
pornográficos em canções empregadas nos festivais em honra ao deus Dionísio, séculos
antes de Cristo. Nas ruínas romanas de Pompéia, destruída na erupção do Vesúvio
em 79 d.C., há pinturas pornográficas nas paredes de algumas edificações
representando órgãos sexuais masculinos e propaganda de
serviços de prostituição.
A pornografia também era usada em
algumas culturas orientais antigas como Índia, Japão e China. Bastante antiga e
amplamente divulgada é a obra Kama Sutra, escrita na Índia por
volta do ano 2500 a.C., um manual contendo gravuras das mais grotescas formas
de relação sexual. Na Europa medieval, o Decamerão (1353) do
italiano Giovanni Boccaccio, obra abertamente pornográfica, tinha grande
circulação.
Com o advento da mídia eletrônica
em décadas recentes, a pornografia passou a ser um problema social de grandes
proporções. O cinema, a televisão, o vídeo e a TV a cabo se tornaram canais
poderosos pelos quais todos os tipos de pornografia se tornaram amplamente
disponíveis ao grande público. A partir daí a indústria pornográfica cresceu de
forma massiva, pois as pessoas passaram a consumir pornografia em suas próprias
casas, sem precisar ir ao cinema ou à banca de revistas.
Surgiram também jogos
pornográficos de computador. E mais tarde, com o advento da Internet, a
disponibilidade e a facilidade de acesso à pornografia multiplicou-se de forma
inimaginável. Devido ao acesso internacional e ao custo zero de copiar e baixar
imagens na Internet, a cyber-pornografia tornou-se a forma
mais popular de pornografia hoje.
Os Diversos Tipos de Pornografia
Os estudiosos do assunto, bem
como os legisladores, fazem geralmente uma distinção entre diferentes tipos de
pornografia, para fins de estudo e compreensão:
1. Softcore –
Refere-se a material pornográfico que apresenta imagens de nudez e cenas que
apenas sugerem a relação sexual.
2. Hardcore –
Contém representação explícita dos órgãos genitais em cópula e de relações
sexuais de toda a sorte.
3. Snuff –
Fala-se ainda de vídeos snuff, onde pessoas praticam atos sexuais e
depois são assassinadas. Entretanto, não se conhece nenhum exemplar destes
vídeos que tenha sido distribuído comercialmente.
4. Pornografia infantil –
É a representação, sob qualquer forma, de criança em ato sexual implícito ou
explícito, simulado ou real, ou qualquer representação dos órgãos sexuais da
criança para fins sexuais. 5. Erótica – Algumas feministas
fazem uma distinção entre pornografia, que é a sujeição e degradação
sexual da mulher através de imagens que representam o homem dominando e
humilhando a mulher sexualmente, e a erótica, que é a representação
sexual de homem e mulher em posição de igualdade e respeito mútuo.
Estas distinções podem nos ajudar
a entender melhor o assunto e a perceber como diferentes pessoas entendem a
pornografia. Entretanto, todas as diferentes formas de pornografia têm em comum
a exposição pública da nudez e das relações sexuais humanas, com vistas
ao despertamento sexual indiscriminado. Por este motivo, os cristãos não
devem se deixar iludir por estas distinções, como se alguma forma de
pornografia fosse menos errada do que outras.
LOPES. Dr. Augustus Nicodemus. Pornografia:
Realidade, Perigos e Libertação. pag. 3-5.
Essa palavra portuguesa vem do grego pórne,
«prostituta», + graphei, «escrever». A referência primária é a obras escritas
sobre prostitutas, embora seja palavra largamente usada para indicar publica.
filmes e fotografias cuja mensagem básica são questões sexuais lúdicas, com a
exploração da imagem do corpo feminino para propósitos sensuais. A pornografia,
pois, pode consistir em arte, em filmes, em fotografias ou em literatura
licenciosa. Originalmente, a palavra era usada para indicar alguma descrição
das prostitutas e o relacionamento delas para com a saúde pública. Porém, de
uns tempos para cá, seu uso se tomou mais especializado.
1. Excitação Sexual. Como é bem
conhecido, a excitação sexual do varão pode tomar-se muito forte somente pela
vista, fato esse que tem sido explorado a um ponto em que vastas indústrias de
publicações, fotografias e filmes têm sido organizadas para alimentar esse
apetite. Costumava-se pensar que a mulher não se deixava arrebatar muito por
tais coisas; mas, aqueles que se ocupam com a indústria pornográfica têm ficado
surpresos diante da receptividade desse tipo de coisa entre as mulheres. Assim,
as «revistas para homens» já são tradicionais; mas as «revistas para mulheres»,
que mostram homens despidos, são uma criação pornográfica bastante recente. A
revista Play-Girl é uma delas; e os publicadores admiram-se do
quanto essa revista é vendida. Naturalmente, é verdade que os homossexuais
masculinos são os principais compradores sexuais masculinos são os principais
compradores donas-de-casa que ocultam tais revistas sob o travesseiro ou em
suas gavetas de armário.
2. Classificações da Pornografia. O
tipo mais «inocente» de pornografia é a chamada «suave», com exibição de nudez
humana, mas sem retratar o ato sexual propriamente dito. A pornografia atrevida,
porém, exibe o ato sexual não somente entre seres humanos, mas até a
bestialidade (sexo com animais), acompanhado por toda espécie de ilustração
pervertida e descrição verbal. Cenas de estupro e assassinato são ali
demonstradas; e, presumivelmente, algumas dessas cenas não são teatrais, mas
reais. Talvez o pior aspecto dessa pornografia explícita seja o envolvimento de
crianças. o que é contrário ao bom senso e às leis de toda ordem.
3. A Pornografia e a Liberdade. Os estados totalitários têm tido
menos dificuldades com a questão devido ao fato de que as publicações
pornográficas são simplesmente proibidas. Embora elas existam como parte de um
«mercado negro», As sociedades livres. por sua vez, têm procurado censurar e
controlar a pornografia. embora não eliminá-la. Mas basta um olhar a qualquer
banca de jornais e revistas para revelar que. para todos os efeitos práticos,
atualmente não há mais censura. Os advogados da liberdade. de modo geral.
afirmam que a pornografia deve ser tolerada como parte da livre expressão dos
cidadãos. Essa tolerância amplia-se a todos os campos do pensamento e do
empreendimento humano. Mas as sociedades totalitárias que proíbem a pornografia
também proíbem a livre expressão religiosa. Ali. uma pessoa pode ser detida na
rua. se estiver distribuindo literatura religiosa; e na Albânía, até a
publicação da Bíblia é proibida. Isso posto, muitos opinam que a liberdade é
melhor. ainda que dai resultem abusos. Nesse último caso, fica ao encargo da
espiritualidade de cada individuo estabelecer um fator regulador. É óbvio
que a pornografia é prejudicial para o ser humano. porquanto avilta o sexo. que
deve ser mantido em santidade por todos aqueles que temem ao Senhor. Mas
precisamos reconhecer que há outras coisas prejudiciais. resultantes da
liberdade de expressão; e essa liberdade não pode ser sacrificada. Assim.
parece que a indústria pornográfica é algo que veio para ficar, nos países
livres. A sociedade em geral é munda na, secular, e quer mesmo consumir coisas
desse jaez. Quanto a cada crente , que evite a pornografia como uma praga. Deus
haverá de julgar aos imorais (ver Heb. 13:4).
4. A Pornografia e seus Malefícios. Ocasionalmente, ouve-se falar em
um assalto sexual ou estupro com morte. realizado por maníacos sexuais mais
pirados por alguma revista ou filme pornográfico. Os psiquiatras costumam
salientar que os maníacos encontram sua inspiração não obrigatoriamente nesse
tipo de pornografia, e que as pessoas normais usualmente não praticam tais
violências devido a alguma excitação visual. Nos Estados Unidos da América, o
ex-presidente Lyndon Johnson fez um estudo de dois anos sobre a questão
pornográfica, e chegou à conclusão de que ela não é prejudicial à moral.
recomendando que todas as leis antipornográficas fossem repelidas. Mas o
presidente Nixon repudiou a conclusão, e recusou-se a seguir suas sugestões
quanto a provisões legais. Naquele pais do norte, a regra básica da legislação
escrita é que o material pornográfico deve ter algum valor social remidor (se
isso é possível), não visando apenas à excitação sexual. Porém. essa legislação
não está sendo observada ali. Na verdade, não há coisa alguma que justifique ou
redima a pornografia. A pornografia glorifica práticas sexuais erradas. não
tendo qualquer valor didático autêntico. Os únicos que tachariam a pornografia
de um «bem.. são os seus exploradores: os vendedores-pois com ela ganham
dinheiro 5. A Pornografia e o Cristão. Por
uma parte, tem-se argumentado que a maioria dos crentes adultos são
heterossexuais praticantes, e que, na: verdade, não têm muito a aprender sobre
o sexo. Dai concluem que há poucos males a esperar da parte da excitação sexual
por meio de livros. revistas e filmes. Por outra parte, tem-se argumentado que
essa questão envolve, antes de tudo, uma questão de ênfase. O
crente deve estar seguindo ideais elevados, conducentes ao desenvolvimento
espiritual; mas a pornografia em nada contribui para esse desenvolvimento, mas
bem ao contrário. :E: muito importante como e com o quê um crente está
alimentando a sua mente. A pornografia é altamente indigesta para a pureza
mental. Em segundo lugar, é óbvio que a maior parte das publicações
pornográficas apela para as perversões sexuais. para os exageros, para o
adultério, para o incesto, para nada dizermos acerca do homossexualismo
masculino e feminino. Ora, nenhuma dessas distorções é compatível com a visão
cristã da vida diária. Falando pelo lado positivo, Paulo mostra-nos o que deve
merecer a nossa atenção e ocupar os nossos pensamentos: «...tudo o que é
verdadeiro. tudo o que é respeitável tudo o que é justo. tudo o que é puro, tudo
o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum
louvor existe. seja isso o que ocupe o vosso pensamento.. (Fil. 4:8; o itálico
é nosso).
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de
Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. pag. 327-328.
Você sabe qual é o negócio que mais cresce no
mundo, com um faturamento maior do que os de empresas como Google, Apple,
Amazon, Netflix, eBay, Microsoft e Yahoo — juntas? Chama-se pornografia. Em
2006, as rendas desta indústria foram de 97 bilhões de dólares. Mais filmes
pornográficos são feitos no mundo do que de qualquer outro gênero, de longe.
São em média 37 filmes por dia, ou mais de 13.500 por ano. O Brasil é o segundo
maior produtor desses filmes, atrás dos EUA. Um estudo reportou que sete em
cada dez homens de dezoito a 34 anos visitam sites pornográficos na internet.
As mulheres também, outrora mais constrangidas com esse tipo de atividade, têm
buscado cada vez mais a pornografia, muitas para tentar agradar o parceiro.
“Ah, mas graças a Deus somos cristãos e isso não
nos afeta.” Não se precipite. Uma pesquisa entre cristãos nos EUA revelou que
50% dos homens e 20% das mulheres na igreja eram viciados em pornografia. Outra
pesquisa somente entre pastores revelou que 54% deles tinham visto pornografia
nos últimos doze meses e 30% nos últimos trinta dias.
Quem está imune?
CARDOSO.
Renato. Cristiane Cardoso. Casamento Blindado. Editora Thomas Nelson Brasil.
Pornografia ensina que o sexo é tudo, menos íntima
relação de pessoa para pessoa, contato entre corpo e alma dos cônjuges
desejosos. E, como se costuma dizer, a vida logo imita a “arte”. Jovens
contraem matrimônio com suas mentes cheias de imagens pornográficas e os seus
corações cheios do desejo de realizar fantasias pornográficas.
Pornografia é inerentemente violenta,
intrinsecamente desamor. É uma perversão da sexualidade, não uma verdadeira
forma dela, e algo que ensina a violência e degradação em detrimento do prazer
mútuo e intimidade. É sobre conquistas. É o oposto da intenção de Deus para o
sexo. A pornografia desvincula o amor do sexo, deixando o sexo como a
satisfação imediata dos desejos mais básicos. Ela vive além das regras e da
ética e da moralidade. Ela existe muito além do amor. E ainda inúmeros jovens,
mesmo jovens cristãos, estão vindo para o casamento trazendo consigo toda essa
bagagem pornográfica. Depois de ter visto milhares de atos sexuais num cenário
pornográfico, eles pesam sobre suas esposas a expectativa de ter uma atriz
pornô. O jovem marido supõe ou demanda que sua mulher esteja disposta a fazer
qualquer coisa, e que ela vai fazer tudo isso com a devida alegria e
encorajamento, e que ela será tão disposta e desejosa e qualificada como as
mulheres que ele viu numa tela.
Minha grande preocupação com os jovens de hoje (que
é realmente mais uma preocupação para as mulheres que serão em breve as suas
jovens esposas) é que talvez inadvertidamente, ou talvez intencionalmente,
pornifiquem o leito conjugal.
Eles podem trazer impureza ao puro, egoísmo ao
altruísmo. Tendo-se entregue à pornografia, tiveram toda a sua percepção da
sexualidade alterada, moldada por pornografia profissional. Eles poderão em
breve impor sobre suas jovens noivas a expectativa impossível de uma estrela
pornô. Com a grande maioria dos jovens tendo sido expostos à pornografia (pelo
menos 90% de acordo com estudos recentes), e com uma grande percentagem deles
tendo sido viciados nela, e com muitos a apreciá-la mesmo depois que entram no
casamento, eles precisam ter sua compreensão e suas expectativas redefinidas de
acordo com Aquele que criou o sexo.
Quando uma pessoa se torna viciada em drogas, ela
tem que passar por um processo chamado de desintoxicação. No
processo de desintoxicação o corpo da pessoa é limpo da droga de que se tornou
dependente. É um processo difícil em que se abandona as velhas realidades e se
abraça um novo padrão.
CHALLIES. Tim Desintoxicação Sexual.
pag.6-7.
1. Observar a Palavra de Deus.
O valor da observância da palavra Diz a Bíblia: “Como purificará o
jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra. De todo ao meu
coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua
palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (SI 119.9-11). Como o
adolescente ou o jovem pode ter um caminho puro diante de Deus, em meio a uma
onda avassaladora de materialismo e pecado? O texto transcrito dá a orientação
divina: “Observando-o conforme a tua palavra”. É indispensável que o
adolescente e o jovem cristão conheçam a Palavra de Deus. Do contrário, como
poderá observar, ou seja, vivenciar suas experiências, seu comportamento, suas
atitudes “conforme” a Palavra de Deus? Hoje, em muitas igrejas, é comum haver
adolescentes completamente alheios às coisas de Deus; há muitos que não têm
qualquer compromisso com o Senhor Jesus Cristo; estão nas igrejas porque acham
que é bom, mas não querem fazer nada que “atrapalhe” seus sentimentos, seus
desejos, ou suas inclinações, mesmo que estas contrariem a Palavra do Senhor.
Isso é trágico, pois, se os adolescentes os jovens
de hoje não tiverem uma boa formação espiritual, como o serão, em poucos anos,
quando alcançarem a fase adulta? E esta vem rápido. Daí, a importância de as
igrejas locais terem um programa de ensino para essas faixas etárias, tanto na
Escola Dominical quanto em outras ocasiões. Eles gostam de desafio. E precisam
ser desafiados a buscar a Deus, a ler a Bíblia, numa programação que os atraia
para os caminhos do Senhor. Gincanas bíblicas, competições interessantes,
maratonas de conhecimento bíblico, e outros eventos, podem despertar o
interesse dos adolescentes. Com sabedoria e graça de Deus, é possível tornar a
ministração da Palavra aos adolescentes agradável e interessante para sua
idade.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 47.
De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu
caminho? Temos aqui a segunda estrofe, com outras oito linhas que glorificam a
lei. Ver na introdução a este salmo a seção chamada Salmos Acrósticos, quanto a
explicações sobre o estilo literário deste salmo.
O jovem. Como podem os jovens, cheios das chamas da
juventude e sempre tentados a experimentar coisas novas, com frequência
pecaminosas, manter- se puros? Até o piedoso e inocente Jó, que não possuía
pecado que causasse seus horrendos sofrimentos, cometera pecados em sua
juventude (ver Jó 13.26). “O interesse pelo bem-estar dos jovens é uma das
grandes características do escritores da Literatura de Sabedoria. Ver Pro.
1.4,8,10,15; 2.1; 3.1; Ecl. 11.9 e 12.1” (William R. Taylor, in ioc.). Ver no
Dicionário o artigo chamado Sabedoria, seção III, quanto a esse tipo de
literatura na composição hebraica. Os salmos, aqui e acolá, e certas porções
deste salmo, participam desse fenômeno. Cerca de treze salmos são
essencialmente dessa natureza. Ver as classes dos salmos exibidas no gráfico no
início do comentário, o qual atua como uma espécie de frontispício do saltério.
Dou ali dezessete classes e listo os salmos pertencentes a cada uma delas.
Entre essas classes, estão os salmos de sabedoria.
O salmista encontrou a resposta para o seu problema
na lei, chamada aqui de dabar, a segunda dentre as dez palavras usadas para
indicar a lei, conforme notas no vs. 1. Compreende-se que um jovem que estude a
lei não somente saiba o que é melhor, mas também receba o poder de Yahweh,
Autor da lei, possivelmente através do poder do Espírito Santo. Muitos jovens
não são pecadores endurecidos, mas tradicionalmente enfrentam problemas de
pureza da vida, porquanto se inclinam a fazer experiências, em parte movidos
pela curiosidade, em parte por suas corrupções interiores, que já possuem bem
desenvolvidas e que são facilmente despertadas. Contudo, não é suficiente a um
jovem ser pessoalmente puro. Um homem deve fazer o bem em favor do próximo,
através de obras de amor.
Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário,
torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na
pureza.
(I Timóteo 4.12)
“As concupiscências dos jovens são naturalmente fortes
e inclinam por contaminar a alma (Pro. 1.4; 20.11)” (Fausset, in Ioc.).
Dá o teu melhor ao Mestre,
Dá da força de tua mocidade;
Lança o ardor intenso e fresco de tua alma,
Na batalha pela verdade.
(Sra. Charles Barnard)
119.10 De todo o coração te busquei. Encontramos
aqui uma excelente espiritualidade, que não depende exclusivamente da guarda da
lei. Existem corações dedicados a Yahweh, que temem desviar-se da vereda reta e
pedem proteção divina contra esse desvio. Uma espiritualidade verdadeira deve ser
generosa, pronta a servir o próximo, vivendo a lei do amor.
Dá-me teu coração, diz o Pai, lá no alto, Nenhum
presente é tão precioso quanto o dom do teu amor. Deste mundo tenebroso ele nos
quer desviar, Falando com tanta ternura: Dá-me o teu coração.
(Eliza E. Hewitt)
O poeta sagrado havia internalizado a lei de Deus,
e o produto disso foi o amor. Ver Rom. 13.9 ss., onde o amor aparece como o
cumprimento da lei toda. Cf. Deu. 6.5, quanto ao amor de todo o coração, mente
e alma. A primeira cláusula do versículo é provada como genuína pela segunda,
que exibe a desconfiança consigo mesmo. O alvo é muito elevado, e o homem
duvidava de si mesmo, conforme se vê em certa passagem do Novo Testamento: “Eu
creio, ajuda- me na minha falta de fé” (Mar. 9.24). Para que houvesse busca ao
Senhor, de todo o coração, o autor sagrado não podia desviar seu coração dos
mandamentos de Deus; doutra sorte haveria um novo objetivo em seu amor. Ver o
vs. 176, quanto a uma declaração similar. Ver também I Crô. 15.12,15 e Isa. 63.17.
119.11. Guardo no coração as tuas palavras.
Qualquer criança que frequente a escola dominical conhece este versículo e
qualquer crente adulto também o conhece, mas porventura nós o observamos? Este
versículo é largamente usado para falar sobre a sabedoria da memorização da
Bíblia e, embora provavelmente
não seja esse o sentido pretendido, é uma boa
aplicação. Não precisamos ser como os fanáticos que decoram todo o saltério e o
citam diariamente. Eu mesmo memorizei as epístolas paulinas (além da epístola
aos Hebreus, que não é paulina) em minha juventude, pelo que agi como um
fanático. É possível que as pessoas que colocam em prática esses prodígios
mentais se ocupem da Bibliolatria (ver a respeito no Dicionário). Além disso,
talvez eles façam viagens pelo próprio “eu”, gabando- se de quantas Escrituras
conseguem memorizar. Por outra parte, os abusos não anulam o bem, e a
memorização é um modo digno de estudar a Bíblia.
Naturalmente, este versículo fala sobre a lei,
empregando a terceira das dez palavras listadas no vs. 1.
Guardo. Isto é, “escondo” (conforme diz a Revised
Standard Version), aludindo à metáfora de um tesouro escondido. O homem que tem
o tesouro escondido em seu coração tem menor inclinação a ceder à tentação. “A
palavra de Cristo deve habitar nele ricamente. Caso contrário, em breve ele
pode ser surpreendido por algum pecado teimoso” (Adam Clarke, in Ioc.).
Habite ricamente em vós a palavra de Cristo,
instrui-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus,
com salmos e hinos e cânticos espirituais, com gratidão em vossos corações.
(Colossenses 3.16)
“Escondei... como os orientais escondem seus
tesouros. Cf. Mat. 13.44” (Ellicott, in Ioc.).Ver II Cor. 7.1 e Tito
2.11,12, que contêm passagens neotestamentárias similares. Ver o vs. 14, quanto
a ideias sobre riquezas.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento
Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Pag. 2432-2433.
Vv. 9-16. Todos temos acrescentado nossos pecados a maldade
do coração humano. Os jovens se arruinarão se viverem sem lei alguma, ou se
escolherem falsas doutrinas; para que sejam felizes, deverão andar conforme as
regras das Escrituras. Duvidar de nossa própria sabedoria e forcas, e depender
de Deus, prova que o proposito da santidade e sincero. A Palavra de Deus e um
tesouro digno de ser guardado, e não há onde guarda-lo com segurança se não for
em nossos corações, para que possamos colocar os preceitos de Deus em oposição
ao domínio do
pecado, as promessas de Deus em oposição a sedução
do pecado, e as suas ameaças em oposição a violência do pecado. Que a nossa
oração seja para Ele nos ensinar os seus estatutos, a fim de que, participando
de sua santidade, possamos igualmente ser integrantes de sua bem-aventurança. E
os que alimentam o seu coração com o Pão da vida devem alimentar a muitos com
as palavras de seus lábios.
No caminho dos mandamentos de Deus estão as
inescrutáveis riquezas do Senhor Jesus Cristo. Porem, não pensaremos nos
preceitos de Deus para um bom proposito, se os nossos bons pensamentos não
produzirem boas obras.
ao somente meditarei nos teus estatutos; porem, os
cumprirei com gozo. E bom será provarmos a sinceridade de nossa obediência,
quando destacamos a sua fonte: a realidade de nosso autor pelo gozo nos deveres
que nos são atribuídos.
HENRY. Matthew. Editora CPAD. Salmos. pag. 171-172.
2. Templo do Espirito Santo.
Na visão cristã, o corpo não é apenas formado de
“cabeça, tronco e membros”, externamente, e um conjunto de órgãos internos
vitais para a vida ativa e consciente. O corpo é “templo do Espírito Santo”.
Diz Paulo: Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do
corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis
que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente
de Deus, e que não sois de vós mesmos? “Porque fostes comprados por bom preço;
glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem
a Deus” (1 Co 6.18-20).
Uma das coisas que mais contribui para a
prostituição é o interesse pela pornografia. Milhões de pessoas, incluindo
cristãos, são vítimas da pressão da pornografia. Até homens de Deus têm sido
envolvidos pelas teias dessa rede carnal da pornografia. Por quê? Certamente,
pela falta de oração e da vigilância (Mt 26.41); falta de um exercício diário e
contínuo, do processo da santificação. É impossível vencer os tentáculos da
pornografia, sem a santificação diária. Diz a Bíblia: “Segui a paz com todos e
a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). A família tem
sido atingida pela pornografia de maneira destruidora.
No aconselhamento pastoral, temos recebido esposas
que com amargura no rosto, dizem ter descoberto que seus maridos são viciados
em pornografia. Homens que deixam suas esposas de lado, e se voltam para a
internet, para a prática do chamado “sexo virtual”, que é a expressão
sofisticada da pornografia. Casamentos têm acabado por causa desse mal que se
espalha por toda a parte, como uma praga “que assola ao meio dia”.
A Bíblia aconselha o recurso maravilhoso para
vencer a tentação da pornografia, que tem sido muito aceita pela sociedade sem
Deus, materialista e hedonista. Diz Paulo: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que
é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo
o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum
louvor, nisso pensai” (Fp 4.8). Se um jovem ou um adulto se interessa por
imagens pornográficas é porque sua mente está impressionada com esse tipo de
divulgação. À luz do texto de Paulo aos filipenses, ver pornografia não passa
no teste da ética cristã. Não é verdadeiro, não é honesto, não é justo, não é
puro, não é amável, não é de boa fama, nem há qualquer virtude na pornografia,
nem tampouco algum louvor, para que mereça a valorização do servo ou da serva
de Deus.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 50.
Templo ( g r . naos)
(1 Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16; Ef 2.21; Ap 21.22)
O termo naos foi mais usado para referir-se ao
edifício templo em si do que a hieron, o qual
era usado para indicar todo o complexo do templo. Paulo disse aos cristãos que
o corpo de cada um deles era um naos, um santuário de Deus (1
Co 6.19). 0 apostolo também declarou que a Igreja, como Corpo de Cristo, e um templo espiritual
do Altíssimo (1 Co 3.16,17; 2 Co 6.16; Ef 2.21).
Ser amorada espiritual de Deus, tanto individual [o
cristão] como coletivamente [a Igreja], e um privilegio especial. A gloria do
Senhor enchia o tabernáculo (Ex 40.34) e o templo (1 Rs 8.10,11). Agora, a
gloria de Deus na pessoa do Espirito Santo habita dentro de cada cristão (Jo
14.16,17) e, consequentemente, habita em toda a Igreja, como Corpo espiritual
de Cristo. Na Nova Jerusalém, não haverá necessidade de um templo físico,
porque Deus e o Cordeiro serão o templo eterno (Ap 21.22).
6.18 — Todo pecado que o homem comete e fora do
corpo era outro lema usado pelos coríntios para justificar sua imoralidade (1
Co 6.12,13). Paulo mostrou que o contrario e verdadeiro: o pecado sexual e
cometido contra o corpo, não fora dele. Fugi. Paulo exortou os coríntios a
fugirem de qualquer tentação de ceder ao pecado sexual (Gn 39.1-12).
6.19 — O templo (1 Co 3.16,17) era a congregação de
cristãos, reconhecido como a habitação sagrada de Deus. A gloria (shekinah) do
Senhor encheu o tabernáculo (Ex 40.34) e o templo (1 Rs 8.10,11). Agora, a
gloria de Deus, por intermédio do Espirito Santo, habita em cada cristão (Jo
14-16,17) e, consequentemente, em toda a igreja.
Os sacerdotes do Antigo Testamento não poupavam
esforços para manter o santuário puro para a presença de Deus. Todo cristão
também deveria cuidar com diligencia de seu corpo, o templo do Espirito Santo,
para honrar o Senhor e a Igreja. 6.20 — Comprados por bom preço se refere a
alguém que esta comprando um escravo em um leilão. Com Sua morte, Jesus Cristo
pagou o preço para nos resgatar da escravidão do pecado (Ef 1.7; 1 Pe 1.18,19).
Embora seja verdade que essa obra se aplique a todas as pessoas, mesmo aquelas
que negam o Senhor (2 Pe 2.1), isso tem um significado muito singular e
especial para o cristão (compare com 1 Pe 2.9; 1 Tm 4.10).
Paulo conclui com o imperativo glorificai, pois, a
Deus no vosso corpo. Em outras palavras, use seu corpo para que outras pessoas
possam ver que você pertence a Deus.
EarI D. Radmacher: Ronald
B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag.
421-422.
1 Coríntios 6:12-20
Nesta passagem Paulo enfrenta uma série de
problemas. Termina com uma ordem: "Glorificai, pois, a Deus no vosso
corpo" (v. 20, RC). É o grito de batalha de Paulo na passagem. Os gregos
sempre desprezaram seus corpos. Havia um provérbio que dizia: "O corpo é
uma tumba". Epicteto dizia "Sou uma pobre alma encadeada a um
cadáver." O que importava era a alma, o espírito do homem; o corpo não
interessava. Isto dava como resultado duas atitudes. Ou dava origem ao mais
rigoroso ascetismo no qual tudo se realizava para dominar e humilhar os desejos
e instintos do corpo. Ou — e em Corinto prevalecia a segunda atitude —
significava que visto que o corpo não importava, podia-se fazer o que se
quisesse com ele: podia-se deixá-lo saciar e satisfazer os seus apetites. Não
interessava absolutamente. Se o que interessa é a alma, diziam, então não tem
importância o que o homem faça com seu corpo.
O que complicava isto era a doutrina da liberdade
cristã que Paulo pregava. Se o homem cristão era o mais livre de todos, não
está livre para fazer o que desejar, especialmente com esse corpo tão
insignificante que lhe pertence? De modo que — argumentavam os coríntios — de
uma maneira que consideravam muito sábia, era preciso deixar que o corpo
fizesse o que quisesse. Mas o que é o que o corpo quer? O estômago foi criado
para a comida e a comida para o estômago, diziam os coríntios. Comida e
estômago inevitável e naturalmente vão lado a lado. Precisamente da mesma
maneira — diziam — o corpo estava feito para seus instintos, está feito para o
ato sexual e este está feito para ele; portanto era preciso deixar que os
desejos do corpo seguissem seu caminho.
A resposta de Paulo é clara. O estômago e a comida
são coisas passageiras; chegará o dia em que ambos passarão. Mas o corpo, a
personalidade, o homem como uma totalidade não perecerá, foi criado para
unir-se com Cristo neste mundo e estreitar esta união no além. Cristo e todo o
homem estão inevitavelmente relacionados. O que acontece então se o homem
fornicar? Entrega seu corpo a uma rameira, pois as Escrituras dizem que o ato
sexual faz com que duas pessoas sejam uma só carne. Esta é uma citação de
Gênesis 2:24. O que quer dizer que o corpo que pertence a Cristo foi
literalmente prostituído
Lembremos que Paulo não está escrevendo um tratado
sistemático, está pregando, rogando com um coração fogoso e com uma língua que
está disposta a utilizar todos os argumentos que possa. Diz que de todos os
pecados, a fornicação é aquele que afeta ao corpo do homem e o ofende. Agora,
isto não é estritamente certo — o alcoolismo pode fazer o mesmo. Mas Paulo não
escreve para satisfazer a um examinador, está suplicando para que os coríntios
se salvem em corpo e em alma, de modo que aduz que os outros pecados são
externos ao homem, enquanto que neste está pecando contra seu próprio corpo,
aquele que está destinado a unir-se a Cristo.
E finalmente realiza um último chamado. Devido ao
fato de que o espírito de Deus habita em nós, convertemo-nos em templos de
Deus; e se isto é assim nossos corpos são sagrados. E o que é mais — Cristo
morreu não para salvar uma parte do homem, mas sim a sua totalidade, salvá-lo
em corpo e espírito. Cristo deu sua vida para outorgar ao homem uma alma
redimiu a e um corpo puro. E devido a isto o corpo do homem não é sua
propriedade com a qual pode fazer o que deseja, pertence a Cristo, e o homem
deve utilizar esse corpo não para satisfazer seus próprios apetites, mas sim
para a glória do Salvador.
Há dois grandes pensamentos
nisto.
(1) Paulo insiste em que, apesar de estar livre
para fazer o que deseja, não deixará que nada o domine. Uma das grandezas da fé
cristã é que não liberta o homem para pecar, mas sim para que não o faça. É
muito fácil deixar que hábitos, práticas e formas de vida nos dominem, mas a
força cristã nos permite dominá-los. Quando um homem experimenta realmente o
poder cristão se converte, não em um escravo de seu corpo, de seus instintos e
de seus desejos, mas sim em amo dos mesmos. Muitas vezes o homem diz
"Farei o que me agrada", quando em realidade quer dizer que acessará
o hábito ou a paixão que o domina; só quando o homem tem a força de Cristo nele
pode dizer real e verdadeiramente: "Farei o que quiser", e não,
"Satisfarei as coisas que me dominam."
(2) Paulo insiste em que não nos pertencemos. Não
existe no mundo um homem que se criou a si mesmo. Não podemos fazer nada que só
nos faça sofrer. O cristão não pensa em seus direitos, mas sim em seus deveres.
Nunca pode fazer o que lhe agrada devido ao fato de que não se pertence a si
mesmo, deve fazer sempre o que Cristo deseja, devido ao fato de que ele o
comprou com sua vida.
BARCLAY. William. Comentário do Novo
Testamento William Barclay. 1. Coríntios. pag. 61-63.
6.18 Qualquer... pecado... e fora. H
a um sentido no qual o pecado sexual destrói uma pessoa como nenhum outro
porque se trata de algo tão intimo e tão entrelaçado que corrompe o nível mais
profundo do ser humano. Todavia, Paulo esta provavelmente aludindo a doença
venérea, predominante e devastadora em seus dias e hoje. Nenhum pecado tem
tamanho p o d e r para destruir o corpo, algo que cristão tem que evitar por
causa da realidade presente nos vs. 19-20.
6 .19 não sois de vos mesmos. O
corpo do cristão pertence ao Senhor (v. 13), e um membro de Cristo (v. 15) e
templo do Espirito Santo. Veja notas em Rm '2.1-2. todo
ato de formicação , adultério ou qualquer outro pecado e cometido pelo cristão
no santuário, o Santo dos Santos, onde Deus habita. N o AT, o sumo sacerdote
entrava lá apenas uma vez por ano, e somente apo s uma extensiva limpeza, caso
contrario ele seria morto (Lv 16).
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade
Bíblica do Brasil. pag. 1535.
3. "Não porei Coisa, má diante dos meus
olhos" (SI 101.3).
Maravilhoso instrumento, dado por Deus ao ser
humano, o corpo é visto, na Palavra de Deus, em sua dimensão espiritual de
grande significado. Os olhos, como “janelas da alma”, são
maravilhas do Criador, que permitem à alma comunicar-se com o exterior,
absorvendo imagens dos objetos em sua volta. Mas os olhos do cristão, assim
como todas as partes do seu corpo, devem ser utilizados como instrumentos para
a glória de Deus. Por isso, o salmista exorta: “Não porei coisa má diante de
meus olhos”. “Coisa má” é tudo aquilo que atrai o sentido da visão, e tem a
reprovação de Deus. Fixar o olhar em pornografia, sem dúvida alguma, não
glorifica a Deus. Valorizar a pornografia é desonrar a visão, que foi dada para
ser bênção e não maldição. Fixar o olhar em cenas de sexo ilícito, de
adultério, de pedofilia, de homossexualismo, de lesbianismo é atitude
pecaminosa contra a santidade do corpo.
Pornografia é a representação, por quaisquer
meios, de cenas ou objetos obscenos, destinados a serem apresentados a um
público e também expor práticas sexuais diversas, com o intuito de despertar
desejo sexual no observador. O termo deriva do grego pórne,
“prostituta”, grafé, representação. Em décadas passadas,
representações pornográficas se limitavam a revistas, vendidas de modo
discreto, em livrarias ou pequenos estabelecimentos que distribuem material de
divulgação.
Mas, com o advento da internet, a pornografia tomou
proporções mundiais e fora de qualquer controle. O que só seria possível ver em
filmes, chamados “pornô”, em sessões de cinema para adultos, está à disposição
de crianças, adolescentes e jovens, na tela dos computadores. As imagens
pornográficas em filmes e DVD’s são engodos, ou iscas para adolescentes, jovens
e adultos, que se deixam dominar pelos instintos carnais descontrolados. E
muitos se tornam viciados, a tal ponto de haver clínicas especializadas em
tratar pacientes com esse distúrbio. As famílias que servem a Deus têm
fundamentos sólidos para vencer essa onda maligna de pornografia, que tem
destruído casamentos e lares cristãos.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 49.
Uma resolução pessoal em relação à santidade de
vida (1-4)
A vida particular do salmista deve ser
caracterizada por uma inflexível estima pelo caráter do governo de Deus (a
misericórdia e o juízo). Ele desejava governar de modo semelhante, mas
percebia a necessidade da presença divina e do poder de Deus para que estivesse
capaz de assim fazer. Cousa má. (3). Lit., "cousa de
Belial". Em sua vida em família ele escolheria a integridade, e não a
tolerância, e a retidão em lugar de alvos baixos ou indignos. As coisas erradas
ou infiéis ele aborreceria e somente propósitos retos e verdadeiros ele
conservaria em seu coração. O homem mau não poderia afirmar que o conhecia (4;
cf. Fp 4.8).
NOVO. Comentário da Bíblia. Salmos. pag. 219.
101.3,4 — A expressão hebraica traduzida por coisa
má deixa implícita absoluta falta de valor. A palavra aborreço indica total
rejeição (Sl 5.5). Davi detestava o que Deus abominava e amava o que a Deus
agradava.
Não conhecerei. O verbo hebraico traduzido por
conhecerei contem a ideia de experiência ou relação intima com algo ou alguém.
EarI D. Radmacher: Ronald
B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico AntigoTestamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 910.
Não porei cousa injusta diante dos meus olhos. O bondoso rei enfrentaria
muitas tentações e muitos maus exemplos. Coisa alguma que fosse vil seria
tolerada diante de seus olhos, para que o fizesse pecar ou perpetuar alguma
forma de injustiça. Os olhos do rei não contemplariam maldade alguma. Já um monarca
maldoso cobiçaria com os olhos, e, tendo poder de obter qualquer coisa que lhe
agradasse, se apossaria de tudo que o atraísse. O bom monarca, entretanto,
resistiria a tal tentação.
Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da
carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas
procede do mundo.
(I João 2.16). Os que se desviam da fé dão mau
exemplo e encorajam outros a segui-los. O bom rei, entretanto, não se deixaria
impressionar por esses maus exemplos, nem se permitiria tentar por seus feitos.
De fato, ele odiaria as obras dos tais, e mal algum praticado se apegaria a
ele. O que eles fizessem seria como uma doença mortífera. O homem bom
mostrar-se-ia imune a tais enfermidades espirituais.
Coisas como guerras injustas, alianças profanas,
saques, impostos excessivos, luxo exagerado, casas e possessões extravagantes,
cortes suntuosas, nada desse jaez tentaria um bom rei. Antes, ele odiaria tais
obras e as evitaria como se fossem uma enfermidade mortal, o que elas realmente
são para a alma. Cf. Deu. 13.17.
Cousa injusta. Literalmente, temos aqui, no
original hebraico, “coisas de Belial”, ou seja, coisas sem valor, coisas
ímpias. As coisas de Belíal eram os brinquedos dos reis orientais. Mas um bom
rei não brincaria com esses jogos.
Aborreço. Cf. Sal. 97.10. As notas expositivas ali
também se aplicam aqui. O proceder dos que se desviam. Desviam-se do quê? De
Deus e do bem; da moderação e da lei.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento
Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Pag. 2368.
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