Introdução: Homossexualismo tem
sido um tema palpitante, não somente pela abrangência do assunto em si mesmo,
mas pelo fato da realidade homossexual ter saído da clandestinidade para os
holofotes. Poucos assuntos atualmente são tão midiáticos quanto este. Pouco
tempo atrás, quando se descobria que alguém era um homossexual em pequenas
cidades do interior, ela se tornava excluída da sociedade, estigmatizada.
Hoje a história é diferente. Em alguns casos tem sido até sinônimo de vanguarda, de mente aberta e de status. As reportagens sobre tais assuntos tornam-se quase sempre propaganda. Entrevistadores dão lugar de destaques aos gays, artistas com relativa frequência tem assumido seu lado "feminino". De repente, ser gay assume aquela dimensão do super-homem do Gilberto Gil que se perdeu, e que pode ser reencontrada nesta faceta do homem-feminino de Pepeu Gomes. Atribui-se a Arnaldo Jabor a seguinte frase: “Antigamente, no Brasil, ser homossexual era proibido; posteriormente tornou-se tolerado; agora é recomendado. Foi me mandar do Brasil antes que seja obrigatório”. ...
Homossexualismo ocorria fora da Igreja,
agora vemos pastores defendendo esta prática e buscando textos bíblicos para
justificar sua posição. Peter Gomes, líder dos capelães da Harvard University,
no seu livro “The Good Book”, um New York best-seller, afirma que o pecado de
Sodoma e Gomorra não era o homossexualismo nem a sodomia, mas a falta de
hospitalidade. Existem igrejas hoje admitindo abertamente casais homossexuais
(igrejas inclusivistas), denominações inteiras aceitando pastores assumidamente
homossexuais, como recentemente fez a Presbyterian Church nos Estados Unidos
(PC-USA). Não confundir com outras linhas presbiterianas como a PCA, OPC, EPC,
e Reformed Church, que são outras igrejas presbiterianas que não defendem este
ponto de vista.
Homossexualismo também era uma
realidade na casa "dos outros", mas agora, surge em nossos lares.
Ficamos tentando entender qual posição tomar. Pais sentem-se confusos em
relação a este assunto. Qual é o nível de tolerância, o que fazer se o filho
assume o homossexualismo: Devo tolerar, aceitar, incluir ou rejeitar? As opções
se radicalizam de um leque para o outro. Qual deve ser nossa atitude pessoal e
a da igreja?
Este texto busca dar uma visão rápida
sobre a questão. Não analisa as coisas mais profundas do homossexualismo, mas
tenta levantar aspectos práticos da questão, e descobrir causas, tratamento e
prevenção. Muito comumente ouço pessoas perguntando:
1. "O que a Bíblia
diz sobre o assunto ?"
2. "Como evitar que
meu filho seja um homossexual?"
3. "Como ajudar
amigos que lutam com esta tensão?"
4. “Qual deve ser a
atitude da igreja?”
5. “Como lidar com meus
impulsos homossexuais?”
6. “Tenho um amigo
homossexual, o que devo fazer?”
FATORES PREDISPONENTES DA
HOMOSSEXUALIDADE. Antes de mais nada, precisamos considerar alguns fatores que
antecedem a homossexualidade, que chamamos de fatores predisponentes. Estes
fatores sempre encontram-se presentes em ambientes e situações nas quais
floresce o homossexualismo. Um problema tão instigante não tem respostas
simples. Não podemos sequer falar de causas, preferimos
falar de fatores que são os componentes para se desenvolver uma pré-disposição
homossexual. Estamos lidando com um conjunto de fatores que geram tais
comportamentos. Enumeramos alguns destes mas queremos enfatizar que cada um
possui uma quantidade imensa de variações que devem nos tentar livrar da
tentação do fácil diagnóstico e dos estereótipos com que facilmente criamos.
Mesmo quando todos estes fatores encontram-se presentes isto não significa que
fatalisticamente a criança desenvolverá uma atitude homossexual.
1 - Inadequado relacionamento com os
pais – Este é o primeiro componente na formação da identidade sexual. É
necessário fazer aqui uma diferenciação entre sexo e identidade sexual: Homens
e mulheres já macho ou fêmea. Nenhum médico tem dúvida quanto à sexualidade de
uma criança, por isto facilmente se diz logo: “It´s a boy!” ou “It´s a girl”.
Curiosamente a Bíblia descreve a criação da raça humana de uma forma ainda mais
direta. “Deus os fez, macho e fêmea”. O que dá uma ideia objetiva de um sexo
definido. Ninguém nasce obnubiloso quanto ao sexo, e não temos opção de, mais
tarde, irmos a um sex shopping e definirmos se queremos ser homem ou mulher.
Contudo, é necessário entender a
questão da identidade sexual. Se anteriormente falamos que sexualidade é algo
definida, agora precisamos entender que a identidade sexual é formada, se
constrói com as leituras que serão feitas no desenvolvimento emocional da
criança. Os pais exercem uma influência muito forte sobre a psiquê da criança e
poucos entendem quão importante é ter um lar cheio de afirmações positivas
sobre o caráter e a identidade sexual dos filhos e encher de graça a vida da
criança.
Um adolescente procurou o seu terapeuta
na mocidade. Ele tinha muita dificuldade sobre sua sexualidade, como centenas
de garotos e garotas. Uma história de horror estava por detrás. Aos quatro anos
de idade, foi apanhado pelo pai, envolvido com um coleguinha da mesma idade em
uma cena estranha (é bom entender que nesta idade uma criança não tem concepção
de sexualidade em si, o corpo ainda está sendo descoberto e tudo o que é feito
é por mera curiosidade). O pai, completamente desestruturado, brigou,
esbravejou e humilhou os dois. Mais tarde, na hora do futebol, um horário no
qual ele sempre ia com o pai para a pelada, seu pai não quis levá-lo, fazendo a
seguinte afirmação: “Lá não é lugar para meninas”. Este comentário foi
devastador para sua vida, até hoje ele sofre com sua identidade sexual, por
causa deste comentário destrutivo que ouviu do pai.
A família que mais contribui para que a
homossexualidade desabroche nos filhos tem um padrão facilmente perceptível:
Mãe dominadora e pai hostil. O Dr. Irving Bieben estudou 106 homossexuais
masculinos.
· Em 86 caso, as mães
eram dominadoras;
· Em 62, superprotetoras,
que fizeram do homossexual seu filho predileto;
· Em 82, gastavam muito
pouco tempo com seus filhos – pais ausentes;
· e 79, mantinham uma
atitude hostil contra eles.
Os pais são tão importantes quanto as
mães, mesmo que tomem o segundo lugar, uma vez que as mães normalmente gastam
mais tempo com os filhos e influenciam mais. Existem dois tipos de atitudes
desaconselháveis nas mães:
a. Mãe superprotetora - Toda criança precisa
de afeto, mas poucas atitudes são tão nocivas quanto a superproteção. Muitas
não querem beneficiar o filho, mas a si mesmas com essa atitude. Por serem
carentes de afeto e atenção, transformam seu filho no objeto primário de seu
amor, ao invés do marido. Quando o filho torna-se o número 1 da família isto
desencadeia uma desestrutura nas relações. Pai e mãe devem reservar entre si a
primazia, caso contrário, o garoto pode identificar-se com ela, interessando-se
por coisas femininas, desenvolvendo o narcisismo feminino.
Homossexuais são normalmente filhinhos
da mamãe. Isto não é uma atitude de amor da mãe, sendo antes uma expressão de
egoísmo. Filhos criados sem a presença paterna, seja ela fisica ou emocional,
podem enfrentar problemas se as mães vivem apenas para "amar" seus
filhos, transformando o seu mundo interior numa relação unidirecional e
fechada, podendo bloquear a criatividade e a espontaneidade de ambos.
O caso extremo se deu com um homem que
chamaremos de Pedro.
Quando ele nasceu, sua mãe já tinha
definido que, independentemente do sexo, aquela criança seria mulher. Ela não
lhe deu opção. Nasceu um garoto que foi tratado como menina. Seu quarto era
todo cor de rosa, e as roupas definitivamente femininas. Apesar das censuras
veladas da família e amigos, ele foi tratado assim. Seus brinquedos eram
femininos e a mãe lhe dava orientações como se ele fosse uma garota.
Definitivamente, sua mãe formou sua identidade. Tímido e confuso na sua
infância até a adolescência, posteriormente assumiu sua opção preferencial,
tornando-se um homossexual. Obviamente é um caso extremo, mas a doença era da
mãe que projetou nele toda sua frustração e desencanto de ter um garoto, quando
ela queria uma menina para lhe fazer companhia.
b. Mãe dominadora - A dominância da
mulher na maioria das vezes ocorre por causa da irresponsabilidade do pai, mas
nada arruina tanto o ajustamento sexual que uma mãe opressiva. Tal criança
constrói uma hostilidade para o sexo oposto que pode dificultar o amor dele no
casamento e o predispor ao homossexualismo.
A Biblia fala sobre a submissão da
mulher no casamento, e nenhum conceito está tão perdido em nossa sociedade
quanto este. Mulheres arrepiam quanto este tema é tratado, e homens não tem
qualquer ideia da seriedade e dos princípios que se encontram por detrás desta
questão. O texto bíblico é claro. A submissão está relacionada, não ao sexo,
mas à função, por isto não afirma que a mulher deve ser submissa ao homem, e
sim a esposa ao marido. Trata-se de função e não de gênero. Em segundo lugar,
submissão não pressupõe autoritarismo do marido. Embora Deus exija submissão da
mulher, não recomenda que o homem exerça sua superioridade diante da esposa. O
amor proíbe o homem de explorar sua esposa em prol de sua função, narcisismo ou
egoísmo. É interessante notar que a bíblia exorta os homens a amarem suas
esposas esposas e não tratá-las com amargura. Palavra muito sugestiva. A
liderança deve ser exercida em amor de tal forma que nunca cause mal estar por
estar sendo executado. Em terceiro lugar, autoridade não pressupõe tirania. Se
alguém abusar da autoridade que Deus lhe deu, por exemplo, ordenando o que Deus
proíbe, ou proibindo o que Deus ordena, estará desfazendo-se do princípio de
autoridade existente, já que nenhuma autoridade é autônoma (ou seja, possuidora
dela por si mesma), toda autoridade é delegada (alguém a concede). Neste
contexto é que se torna significativa a afirmação final de Cl 3:18 que afirma
que a mulher deve ser submissa ao marido,“como convém ao Senhor”. John Stott[1] sugere alguns pontos para demonstrar porque a
submissão é importante:
· Antes de convir ao
homem, convém a Deus - Deus se agrada disto. Quando Deus fala,
temos a certeza de que ele sabe o que é melhor para a nossa vida;
· A mulher não se sente
realizada em assumir a liderança de sua família,embora muitas vezes a
assuma, na ausência física ou emocional do homem. A esposa que lidera, sente-se
extenuada e o homem liderado, sente-se fraco e não plenificado. A mulher sente
um peso enorme ao assumir tal condição. O marido liderado se torna irritadiço e
não plenificado, refugiando-se na indiferença, apatia ou eventualmente no
alcoolismo;
· Filhos encontram
dificuldade na correta identificação dos papéis e identidade sexual, como temos
demonstrado, homossexualismo está ligado à realidade de um pai fraco ou de uma
mão dominante, ou ambos;
· Sociologicamente, em toda sociedade
existente, encontramos o patriarcado e o domínio dos homens nos encontros e
relacionamentos entre macho e fêmea, conforme estudos demonstrados em
antropologia pelo professor Steven Goldemberg, no livro, “The inevitable of
patryarchy”.
· A submissão encontra
suporte fisiológico e não apenas psicológico. O hormônio masculino,
testoterona é, por sua própria genética, mais agressivo que o da mulher e
consequentemente mais dominador;
· Teologicamente, Paulo apresenta a
idéia de que a submissão é deduzida da criação: “A mulher foi feita depois do
homem e para o homem”portanto não e casuísmo, é criacionismo”. A submissão dá a
dimensão exata dos papéis. O marido é o capitão do time. Ele não joga sozinho e
não obtém vitória sozinho, mas orienta a caminhada da equipe. Cumpre frisar que
este texto não se inicia em Efésios 5.22, falando da submissão da mulher ao
marido, mas em Ef 5.18, falando da “mútua sujeição”, isto é, marido e esposa,
devem aprender a viver em atitude de serviço e cuidado, um para o outro. A
submissão se dá num contexto de amor, e só pode acontecer verdadeiramente
quando o lar está cheio da ação do Espírito Santo, quando somos capazes de entender,
inclusive, a sujeição mútua que deve existir nas relações.
c. Pai passivo ou ausente - Nem todo
homossexual possui pais hostis, alguns podem ser até bondosos. Tim Lahaye, que
desenvolveu ministério entre este grupo, afirma: "Em muitos casos
analisados, não vi nenhum homossexual que tivesse uma relação positiva com seu
pai".
A mais preciosa dádiva do pai não é
alimento, abrigo e educação, mas amor - e isto se demonstra ao gastar tempo com
o filho. Amor e aprovação do filho é muito importante para o garoto,
particularmente para aqueles que possuem predisposição. A presença da figura
masculina, dá dimensão do modelo familiar, tanto para os filhos, que
identificam-se com a figura do pai, no complexo de Édipo, tão estudado na
psicanálise, quanto no de Elektra. Filhas também precisam de modelos
masculinos. Muitas igrejas e escolas estão preocupadas em ter no seu quadro de
professores, figuras masculinas. Quando existe alienação parental, a figura do
avô, do tio, do amigo, do pastor e do professor pode preencher esta lacuna, mas
precisamos de presença masculina, não autoritária, mas amorosa e firme, para
desenvolver modelos. Ouvi certo líder cristão dizendo que nas igrejas esta
necessidade também precisa ser considerada. Ele usava um jargão afirmando que
“lugar de macho é no Departamento Infantil”.
Normalmente o homossexual tem um pai
ausente e uma mãe que assume a lacuna da carência afetiva. O menino precisa se
identificar com a figura masculina, por isso, pai e filho devem gastar tempo
juntos. Quando o pai torna-se modelo, neste caso, dificilmente a criança
torna-se predisponente para a homossexualidade. O divórcio é outro aspecto que
pode contribuir para a desestruturação. Um psiquiatra afirmou: "A maioria
dos homossexuais vem de lares quebrados, ou com papéis confusos sobre o lugar
do pai e da mãe". Filhas também precisam de referências masculinas, pois
buscam identificação com suas mães, para conquistar o amor e atenção do pai.
Pais que caminham ao lado de suas filhas e dão modelos de segurança, estabilidade
e equilíbrio, não apenas ajudam suas filhas na identidade sexual, como impedem
que façam escolhas neuróticas quanto a relacionamentos neuróticos nos
casamentos.
2. Educação permissiva - A frouxidão na
disciplina tem se tornado cada vez mais popular, talvez pelo aborrecimento que
os pais sofrem ao disciplinar a criança, mas somente a disciplina capacitará o
jovem a crescer responsavelmente. Um estudo revela que as crianças tratadas com
moderação, amor e disciplina são menos tendentes à criminalidade. A mesma
verdade se aplica na identidade sexual. Muitos homossexuais vem de lares
indulgentes e indisciplinados, de uma moral e ética relativos. Filhos precisam
de valores e princípios, que são aprendidos e vivenciados dentro de casa.
3. Insegurança sobre a identidade
sexual - O pai que deseja um filho e recebe a notícia que nasceu uma garota, pode
se frustrar e começar a tratar a criança inconscientemente como uma menina. Às
vezes, até o nome e o tratamento são dados como se fosse um garoto. Essa
rejeição é percebida pela criança e ela tende a buscar uma adequação para
satisfazer o pai, rejeitando sua própria sexualidade e fantasiando outra
realidade para atender aos seus desejos. Crianças devem ser estimuladas a
aceitar sua feminilidade/masculinidade e alegrar com sua própria sexualidade.
Neste caso, quando os pais desejam
tratar o filho como filha, ele passa 17 anos aguardando a chance de mudar seu
sexo, convencido que deveria ser uma garota e desejando psicologicamente
agradar os pais. O teste hormonal diz que não há nada anormal em suas
glândulas, mas ele pensa em ser mulher, e não homem.
As críticas são feitas já na infância:
"Você é uma mulherzinha, não pode jogar bola..." Se houver rejeição
paterna, e ainda uma mãe dominante, passará a pensar de forma confusa. Passa a
ser o que dizem ser. Aprender amar e a aceitar a si mesmos é fundamental para
que se possa amar e aceitar o outro, que é diferente. Insegurança na
sexualidade é provocada pela dificuldade de aceitar a si mesmos como são.
4. Trauma sexual na infância – Outro fator
predisponente pode surgir com abusos sexuais. Muitas crianças tem sido
sodomizadas e estupradas ainda muito tenras. O problema é que muitos destes
casos jamais serão relatados. Crianças são vítimas silenciosas de sofrimentos
imensos, e ameaçadas se tentarem falar. Ameaçadas de abandono, de morte e de
perda de privilégios. Elas não sabem como se defender desta tão grande
agressão.
Com a fragmentação cada vez maior dos lares
e o aumento do número de divórcio, muitas crianças tem sofrido diferentes tipos
de abusos sexuais ou emocionais. São vítimas de padrastos, tios, avós, irmãos,
e tudo isto mexe profundamente com o emocional. Tenho percebido cada dia mais a
grande quantidade de depressão associada a abuso infantil. Felizmente este tema
tem sido mais abertamente tratado, e pessoas que nunca tiveram espaços para
vomitar sua dor, tem tomado coragem de relatar o horror sofrido. Os abusadores
fazem a criança pensar que elas são as culpadas e não vítimas.
Certo homem, cuja confusão sexual lhe
trouxe grandes dores e conflitos, foi abusado sexualmente dentro de sua casa,
pelo melhor amigo de seu pai, por vários anos. O homem lhe dava o que seu pai,
ausente, não dava: atenção! A vida desta criança se transformou num inferno e
até hoje ele sofre os deletérios efeitos sofridos na sua infância. Assim vivem
milhões de vítimas inocentes, feridas, machucadas e confusas. Precisamos olhar
a questão homossexual com mais amor, e menos julgamento.
Não é incomum lésbicas odiarem homens
pois foram molestadas pelo próprio pai, avô ou amigos. Garotos ainda sofrem
mais pela comparação que se faz do seu pênis e sobre a capacidade de ser homem.
Alguns casos de sedução sexual feita por "babysitters" são bem
conhecidos, quando estas introduzem crianças na masturbação e até no
homossexualismo. Infância é época de curiosidade no sexo, nesta fase pode
surgir uma experiência com o outro, trazendo culpa, hábitos e pensamentos que
geram predisposições homossexuais.
Experiência sexual é um dos mais
fascinantes mistérios da vida, mas a experiência sexual prematura é perigosa.
Sexo é basicamente uma experiência adulta e as crianças ainda não possuem
estrutura psicológica. A experiência sexual na puberdade pode ainda ser
perigosa e danosa na identificação da sexualidade.
5. Interesse prematuro no sexo – Crianças tem se
despertado para o sexo numa fase incrivelmente precoce, mais cedo que podemos
imaginar. Existe um bombardeio da mídia, acesso a internet, crianças no mundo
virtual são expostas precocemente à sexualidade. Boa parte da infância da
inocência infantil tem sido destruída neste bombardeio midiático.
Recentemente ficamos chocados com cenas
de uma garota de 11 anos de idade, simulando uma masturbação, gravada num
celular e que caiu na rede social em nossa cidade. Crianças tendem a chegar a
puberdade precocemente e a praticarem a masturbação numa fase na qual o sexo
ainda não deveria ser predominante. O estímulo para as crianças pode vir de
diversas formas, através do estímulo ao auto-erotismo, quando começam a
estimular a área genital e a manipular o órgão genital.
Acompanhei casos extremamentes doentios
sobre este assunto.
Num deles, a mãe, percebendo a
curiosidade sexual do filho pré adolescente sobre sexo e pornografia, resolveu
ir à banca de revistas e comprar revistas pesadas e dar para seu filho. Ao
invés de ajudar sua sexualidade, ele teve problemas na identificação da mesma.
Noutro caso, o pai querendo se
assegurar de que seu filho seria um homem, resolveu levá-lo, aos 12 anos, para
uma zona de prostituição, e contratou uma mulher para fazer a iniciação sexual
do garoto. Ao contrário do que imaginava o pai, o garoto teve uma reação
completamente oposta e fez uma regressão. Quando ele foi buscar seu filho, o
encontrou soluçando, no colo da prostituta, chorando como se fosse um bebê.
Posteriormente este adolescente me procurou para conversar sobre o assunto. Ele
estava muito inseguro quanto à sua sexualidade, apesar de estar namorando uma
das garotas mais bonitas da nossa comunidade. Ele tinha medo de fracassar como
homem, por causa de sua experiência ocorrida cinco anos antes. Com muita
dificuldade me pediu ajuda e admitiu que estava com medo de “não ser homem”.
Uma pergunta esdrúxula e direta veio à minha mente: “Você alguma vez a beijou?
Se sentiu bem?”. Diante da afirmativa, lhe perguntei: “Quando você a beijou,
seu pênis ficou ereto?” – E ele, constrangido, mas sorrindo disfarçadamente,
admitiu que sim. Então eu lhe disse que estava tudo certo com seu metabolismo,
falei que a experiência anterior não poderia ser seu paradigma, pois era ainda
muito novo, e que ele deveria tomar cuidado, para usar seu corpo, da forma
certa, e na hora certa de Deus. Oramos, e ele saiu aliviado e seguro sobre si
mesmo.
6. Masturbação juvenil e fantasia
sexual - Masturbação certamente é, na maioria das vezes, o primeiro passo para a
iniciação sexual. Jaime Kemp afirma que 95% dos jovens crentes se masturbam, e
5% mentem. O problema da masturbação é que ela está sempre associada à
fantasia. Ninguém se masturba pensando num poste.
A masturbação é um auto-enamoramente,
que pode levar a pessoa querer ter um corpo igual, à nível de fantasia. Isto
não quer dizer, naturalmente, que toda masturbação possua este direcionamento,
pelo contrário, na maioria das vezes não o é. Numa idade mais pueril, é a
descoberta do corpo e pode ser um fenômeno instintivo do ser humano, não sendo portanto,
por isso, alguma coisa aterradora. Contudo, a criança pode ainda na infância se
envolver com grupos que incitam à masturbação, que tem experiências sodomitas,
e ligam-se a literaturas pornográficas, acelerando o processo da sexualidade e
perdendo o interesse pelas demais coisas.
Guarde em mente, que a homossexualidade
não é feita por um destes itens isolados, mas é a soma deles que pode predispor
à homossexualidade. Muitos possuem um ou dois itens aqui descritos e são
completamente heterossexuais. Mesmo com todos estes fatores somados, ainda é
possivel que a pessoa não seja homossexual. Homossexualismo não é predestinação
nem fatalismo, não é congênito nem genético, mas comportamental. A Bíblia nos
ensina que impulsos sexuais devem ser controlados. Isto se aplica tanto para
homossexuais quanto heterossexuais, não é minha predisposição, mas meu
comportamento, que me leva a distanciar de Deus. Observe alguns textos
bíblicos:
Se procederes bem, não é certo que
serás aceito? O teu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo” (Gn
4.7). Este texto nos fala de desejos, necessidades psicológicas, emocionais ou
físicas que povoam a mente. Desejos carnais conspiram contra a santidade,
afinal “a carne milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne”. Existem
duas forças lutando em nós, uma nos encoraja a seguir na direção das coisas de
Deus, outra na direção oposta. É necessário dominar o desejo, pois ele muitas
vezes conspira contra nossa integridade e espiritualidade. Com oração, desejo e
busca de santidade, podemos vencê-lo.
Foge, outrossim, das paixões da
mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro,
invocam o Senhor” (2 Tm 2.22). O texto nos encoraja a fugir, e não a
resistir, às paixões da mocidade. Curiosamente a bíblia nos diz que devemos
resistir e não fugir do diabo (1 Pe 5.7). Devemos resistir aos ataques do
inimigo de nossa alma, mas não dá para resistir aos impulsos interiores. José,
ao ser provocado pela esposa de Potifar, não a resistiu, mas saiu correndo.
Muitos jovens tentam resistir à carne e fugir do diabo, em ambas fracassam.
Fujam de situações e pessoas provocativas, que podem te atrair e levá-lo a um
coração impuro, que te impedem de invocar com santidade, o Deus que habita em
seu coração.
Fugi da impureza (no original,
porneia). Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas
aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo. Acaso, não sabeis
que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes
da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por
preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1 Co 6.18-20). Santidade do corpo é
requerida para aqueles que desejam se tornar discípulos de Cristo. Não se trata
de uma opção, mas de uma ordem; não é indicativo, mas imperativo. Deus não
habita em templos feitos por mãos humanas, mas decidiu habitar naqueles que,
pela fé, receberam o Filho de Deus em suas vidas. Deus habita em nós. O
Espírito Santo é o Deus que habita em nós e não nas catedrais e templos
arquitetonicamente bem desenhados. Por isto, devemos fugir de toda impureza e
imoralidade. Isto se aplica não apenas aos que tem impulsos homossexuais, mas
àqueles que enfrentam lutas como heterossexuais.
Fonte:http://www.renatobromochenkel.com.br/
Por
Dc. Geazi Santos
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