Data: 19 de Fevereiro de 2017
TEXTO
DO DIA
“Portanto, irmãos, procurai, com zelo,
profetizar e não proibais falar línguas” (1Co 14.39).
SÍNTESE
Os dons espirituais são presentes dados por Deus à
sua Igreja para edificação do Corpo de Cristo.
AGENDA
DE LEITURA
SEGUNDA — 1Co 12.5
Diversidade de dons
|
QUARTA — 1Co 12.9
Dom da fé
|
SEXTA — 1Co 12.10
Operação de milagres
|
TERÇA — 1Co 12.8
Dom da palavra de sabedoria
|
QUINTA — 1Co 12.9
Dons de cura
|
SÁBADO — 1Co 12.31
Procurai com zelo os dons
|
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
· DEFINIR dons
espirituais;
· SABER a respeito da
diversidade de dons;
· COMPREENDER a
contemporaneidade dos dons espirituais.
INTERAÇÃO
Professor, na lição de hoje estudaremos a respeito
das dádivas do Espírito Santo para a Igreja: os dons espirituais. Os dons não
foram somente para a Igreja Primitiva e não cessaram, pois enquanto a Igreja
permanecer neste mundo, ela precisa destas concessões divinas para sua
expansão, edificação, exortação e consolo. Os dons são ferramentas divina que
contribuem para que a Igreja cumpra com a sua missão de proclamar o Evangelho.
Então, não deixe de aproveitar essa oportunidade para orar por seus alunos pedindo
ao Pai que recebam os dons. É importante, antes de orar, que você ressalte que
os dons não são concedidos por nossos méritos (1Co 12.7). Eles são fruto da
graça e da misericórdia divina. Diga também que os dons não são sinais de
espiritualidade e que não devem ser utilizados para o nosso próprio deleite,
mas para o fortalecimento da Igreja de Cristo até que Ele volte (1Co 12.7).
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Prezado professor, reproduza o esquema abaixo no
quadro. Utilize-o para mostrar aos alunos algumas das características dos dons
espirituais. Diga que os dons não são habilidades e aptidões inatas. Explique
também que são diferentes dos dons ministeriais relacionados em Romanos 12.7,8.
• São
dádivas (presentes) divinas;
• Não
são resultado da nossa espiritualidade;
• Não
leva tempo para se desenvolverem;
• Vão
cessar somente quando a Igreja estiver com Cristo;
• São
diversos;
• São
para todos aqueles que creem e os buscam;
• São
para o nosso tempo.
TEXTO
BÍBLICO
1 Coríntios 12.1-11.
1 — Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais
ignorantes.
2 — Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos,
conforme éreis guiados.
3 — Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo
Espírito de Deus diz: Jesus é anátema! E ninguém pode dizer que Jesus é o
Senhor, senão pelo Espírito Santo.
4 — Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
5 — E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
6 — E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera
tudo em todos.
7 — Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for
útil.
8 — Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a
outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
9 — e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo
Espírito, os dons de curar;
10 — e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a
outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a
outro, a interpretação das línguas.
11 — Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas,
repartindo particularmente a cada um como quer.
COMENTÁRIO
DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Neste domingo estudaremos os dons
espirituais. Esse assunto tem sido alvo de debates nos últimos 100 anos, por
ocasião do surgimento do Movimento Pentecostal. O que a Bíblia diz a respeito
dos dons? Será que são válidos para os nossos dias?
I. DEFININDO O QUE SÃO DONS ESPIRITUAIS
1. O que são os dons espirituais. Dons
espirituais são poderes ou capacitações sobrenaturais, dadas pelo Espírito
Santo, à pessoas em sua Igreja. Não são talentos naturais, aprendidos ou
aperfeiçoados pelo uso de técnicas humanas. Essas dotações são divididas entre
o povo de Deus pela escolha do Espírito Santo, que age “repartindo
particularmente a cada um como quer” (1Co 12.11).
2. Não são um sinal de superioridade
espiritual. Como os dons espirituais são presentes de Deus, não podem ser um
designativo de superioridade ou de santidade pessoal. Os dons dados por Deus
não se baseiam em um grau de santidade adquirido por um crente, e sim na
própria vontade de Deus em fazer daquela pessoa alguém que vai ser usada para
determinada atuação dentro do Corpo de Cristo, na igreja local. Um profeta não
pode se achar mais santo que outra pessoa por ter recebido o dom de profecia,
pois o dom é dado pelo Espírito.
3. Devem ser utilizados para edificar
a Igreja. Paulo deixa claro que os dons são dados por Deus para que a igreja
seja edificada, fortalecida. Não são para a vaidade pessoal, ou para se dar
destaque a uma personalidade na igreja local. Entendemos que pessoas que
recebem tais capacitações por parte do Espírito Santo podem até ser vistas de
forma distinta. Mas estes jamais podem perder o senso de que os dons do
Espírito não são para promoverem a si próprios, e sim o Reino e a glória de
Deus.
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Pense!
Os dons espirituais são dotações que
Deus dá para sua igreja, com propósito de edificação do povo de Deus.
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Ponto Importante
Os dons espirituais são para os nossos
dias, e não possuem o caráter distintivo de santidade na vida de um cristão.
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II. A DIVERSIDADE DOS DONS
1. Dons de saber. Os dons da
Sabedoria, da Palavra da Ciência e de Discernimento de espíritos são nomeados
como dons de saber, tendo em vista que de forma sobrenatural, Deus revela
conhecimento a respeito de pessoas e circunstâncias. A Palavra da Sabedoria,
segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, “trata de uma mensagem
vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo”. A
Palavra da Ciência manifesta ao que a recebe o saber de alguma situação,
circunstância ou detalhes sobre determinadas pessoas. O dom de Discernimento de
espíritos nos faz identificar falsos ensinos, profecias, mensagens e
manifestações espirituais.
2. Dons de elocução. Os dons de
elocução são os dons manifestos por palavras, a saber, o de profecia, a
variedade de línguas e a interpretação das línguas. O ato de profetizar implica
a manifestação de uma previsão sobrenatural, divina a respeito de alguém ou
situação. Mas não há maior profecia do que a Palavra de Deus. Qualquer outro
tipo de previsão ou de advertência para os nossos dias deve se sujeitar à
Palavra de Deus.
3. Dons de poder. Os dons de poder
são os de Fé, Curas e Manifestações de Maravilhas, também, chamado de Operação
de Milagres. Tais dons interferem na área física, trazendo curas e agindo de
forma sobrenatural em situações em que só o poder de Deus poderia intervir.
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Pense!
Paulo delimitou esses dons com o
objetivo de dizer que eles deixariam de existir a partir de que momento?
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Ponto Importante
A título de estudos, classificamos os
dons espirituais em dons de saber, de poder e de elocução.
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III. A CONTEMPORANEIDADE DOS DONS
1. Os dons são para os nossos dias. Os dons
espirituais, para alguns grupos cristãos, não são para os nossos dias. Eles não
se baseiam na Palavra de Deus para respaldar essa opinião, e sim em
entendimentos teológicos que consideram que o Livro de Atos não tem caráter
prescritivo, e sim descritivo. Com base nesse argumento, entendem que com a
morte do último apóstolo, os dons espirituais cessaram.
Se crermos que o Espírito Santo fala através das
Escrituras, devemos ver se Ele deixou nas Escrituras algum texto que diga que
os dons espirituais cessaram com a morte do último apóstolo. Em nenhum verso na
Palavra de Deus há essa informação. Além disso, cremos — e temos visto — que
Deus não deixou de curar pessoas, batizar com seu Espírito Santo, e isso o
próprio Jesus disse que aqueles que criam nEle fariam, como curar enfermos e
falar novas línguas (Mc 16.16-18). E Jesus disse que estaria conosco até a
consumação dos séculos (Mt 28.20). Como a consumação dos séculos não aconteceu
e Jesus não revogou sua presença com a igreja, Ele continua operando por meio
de seu Espírito e pelos dons espirituais na igreja.
2. E quanto às revelações? Como
pentecostais, cremos na Palavra de Deus como nossa regra de fé e prática.
Cremos que Deus pode falar com seus servos, dando-lhes orientações e
advertências. Entretanto, qualquer palavra profética advinda do dom de profecia
não pode ter o mesmo peso da Palavra revelada de Deus. Aqueles que possuem esse
dom devem sujeitar seus vaticínios ao escrutínio das Escrituras. Se uma
revelação trazida por um profeta é contrária à Palavra de Deus, tal revelação
deve ser rejeitada. Nenhuma visão ou sonho podem ser superiores à Palavra
revelada de Deus.
3. O que dizer da igreja de Corinto. Muitos
estudiosos dizem que a Igreja em Corinto era pentecostal, bagunçada e dividida,
dando a entender que pentecostais são da mesma forma. Ocorre que, por um erro
de interpretação, esses estudiosos se esquecem de que o problema daquela igreja
não eram os dons espirituais, e sim o comportamento daqueles crentes. Dizer que
a igreja em Corinto era problemática por causa dos dons espirituais é atribuir
a Deus o envio de dons que ao invés de edificar a Igreja, estava na verdade,
prejudicando-a. Deus é bom o tempo todo, e o que Ele nos concede também é bom.
4. Satanás pode imitar a
manifestações dos dons? Entendemos que o Inimigo intentará o possível
no sentido de fazer com que da obra de Deus sofra revezes, e isso pode ocorrer
quando ele faz com que haja imitações dos dons espirituais, a saber, o falar em
línguas, a profecia e os dons de curar e milagres. Entretanto, devemos pensar
que, primeiramente, toda imitação se baseia em algo original e legítimo. Um
objeto falso pode ser a imitação do original, e nem por isso o original é que
perde o seu valor! Só porque o Inimigo consegue em alguns casos fazer imitações
desses dons, as verdadeiras manifestações é que devem ser desprezadas e
condenadas? Em segundo lugar, devemos ter bastante cautela para não atribuir ao
Diabo algo que Deus efetivamente está realizando. Mateus relata que Jesus
libertou um jovem que estava possesso de espíritos malignos, e os fariseus
atribuíram aquela libertação a uma atuação de Satanás (Mt 12.24). Jesus então
responde que aquilo que eles fizeram, entender que a atuação divina estava
sendo na verdade realizada por Satanás, era um pecado contra o Espírito Santo
de Deus, e para tal coisa não haveria perdão (Mt 12.32). Devemos, portanto, ter
muito cuidado para não atribuir ao Diabo algo que Deus efetivamente está
fazendo.
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Pense!
Os dons espirituais acrescentam
alguma revelação nova à revelação inspirada manifesta nas Escrituras?
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Ponto Importante
Para se distinguir na Igreja de Cristo
uma manifestação de um dom, Deus nos tem dado o dom de discernimento de
espíritos, para que não sejamos confundidos.
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CONCLUSÃO
Os dons espirituais continuam a ser ministrados
pelo Espírito Santo à sua Igreja em nossos dias. Seu uso correto traz
edificação, glorifica a Deus e faz com que a igreja seja edificada. Mesmo sendo
vários dons, são ministrados pelo mesmo Espírito, e não podem trazer confusão
para a igreja.
ESTANTE
DO PROFESSOR
HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito
Santo no Antigo e Novo Testamento. 12ª Edição. RJ, CPAD, 2012.
HORA
DA REVISÃO
1. O que são os dons espirituais?
Dons
espirituais são poderes ou capacitações sobrenaturais, dadas pelo Espírito
Santo, à pessoas em sua Igreja.
2. Qual o propósito dos dons?
Os
dons são dados por Deus para que a igreja seja edificada, fortalecida.
3. Os dons espirituais são para os nossos dias?
Sim.
Enquanto a Igreja de Cristo estiver aqui, ela poderá contar com os dons.
4. Qual é a nossa regra de fé e prática?
A
Palavra de Deus.
5. O que possui o dom de profecia deve sujeitar sua profecia a quem?
Qualquer
outro tipo de previsão ou de advertência para os nossos dias deve se sujeitar à
Palavra de Deus.
SUBSÍDIO
I
Dons espirituais
“Os dons espirituais, que são pela graça, mediante
a fé, encontra-se na palavra grega mais usada para descrevê-los: charismata, ‘dons livre e
graciosamente concedidos’, palavra esta que se deriva de charis, graça, o
imerecido favor divino. Os carismas são dons que merecermos sem os merecermos.
Dão testemunho da bondade de Deus, e não da virtude de quem os receberam.
Uma das falácias que frequentemente engana as
pessoas é a ideia de como Deus abençoa ou usa alguém; isso significa que Ele
aprova tudo o que a pessoa faz ou ensina. Mesmo quando parece haver uma
‘unção’, não há garantia disso. Quando Apolo chegou a Éfeso pela primeira vez,
não somente era eloquente em sua pregação; era também ‘fervoroso de espírito’.
Tinha o fogo. Mas Priscila e Áquila perceberam que faltava algo. Logo, o
levaram (provavelmente, para casa, a fim de participar de uma refeição), e lhe
explicaram com mais exatidão o caminho de Deus (At 18.25,26). Era, pois o
caminho de Deus a respeito dos dons espirituais, que Paulo, como um pai,
desejava explicar com mais exatidão aos coríntios. A esses dons ele dá o nome
de ‘espirituais’ em 1 Coríntios 12.1 (a palavra dom não se encontra no grego).
A palavra, por si mesma, inclui algo dirigido pelo Espírito Santo e expresso
através de crentes cheios do poder. Nesta passagem, porém, Paulo limita a
palavra no sentido dos dons gratuitos, ou carismas, que passam a ser
mencionados repetidas vezes (12.4,9,28,30,31)” (HORTON, Stanley M. A
Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12ª Edição.
RJ, CPAD, 2012, p.225).
SUBSÍDIO
II
Dado conforme o Espírito deseja
“A primeira relação dos dons com a repetição do
fato que cada um é dado pelo Espírito (1Co 12.8-10) leva ao clímax no versículo
11, que diz: ‘Mas um só e o mesmo Espírito opera todas as coisas, repartindo
particularmente [individualmente] como quer’. Aqui temos um paralelo com
Hebreus 2.4, que fala dos apóstolos que primeiramente ouviram o Senhor e depois
transmitiram a mensagem: ‘Testificando também Deus com eles, por sinais
[sobrenaturais], e milagres, e várias maravilhas [tipos de obras de grande
poder] e dons [distribuições separadas] do Espírito Santo, distribuídos por sua
vontade’. É evidente, à luz destes trechos, que o Espírito Santo é soberano ao
outorgar os dons. São distribuídos segundo a sua vontade. Buscamos os melhores
dons, mas Ele é o único que sabe o que é realmente melhor em qualquer situação.
Fica evidente, também, que os dons permanecem debaixo de sua autoridade. Nunca
são nossos no sentido de não precisarmos do Espírito Santo, pela fé, para cada
expressão desses dons. Nunca se tornam parte da nossa própria natureza, ao
ponto de não perdê-los, de serem tirados de nós. A Bíblia diz que os dons e a
vocação de Deus são permanentes (Deus não muda de opinião a respeito deles),
mas aqui há referência a Israel (Rm 11.28,29). A princípio, parece, no entanto,
que os dons e as vocações, uma vez dados, permanecem à nossa disposição”
(HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo
Testamento. 12ª Edição. RJ, CPAD, 2012, p.230).
Por
Dc. Geazi Inácio
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