sábado, 18 de fevereiro de 2017

Você sabe o que é Comunicação Não Violenta? - (CNV)

    A CNV - Comunicação Não Violenta, é um processo de comunicação que leva em conta a empatia fazendo uma análise dos fatos, situações que levaram a declaração ou atitudes que levam aos conflitos negativos, provocando muitas vezes um mal maior.

    É um processo empático de entendimento que facilita a harmonização das necessidades pessoais com as necessidades de outras pessoas. Envolve, inicialmente, uma mudança de foco: de nossos erros e dos erros do outro, para as necessidades de todos. Para isso, é essencial aprender uma linguagem que nos permita construir uma relação de confiança com o outro e que aumente a disposição para cooperação e apoio mútuo. Grande parte dos problemas entre casais, pais e filhos, empregados e empregadores, vizinhos, políticos e governantes pode ser amenizada e frequentemente evitada apenas com palavras.



      Já parou para pensar que o “nós” construído em um relacionamento entre o “eu” e o “tu” é um “ser abstrato” e que, por conta disso, precisa ser observado e cuidado com atenção o tempo todo? Da mesma forma, já percebeu que a comunicação é a ponte que estabelece a conexão entre esses dois seres reais (eu e tu)?
Para que esta ponte seja sólida, uma comunicação eficaz faz toda a diferença. Agora já não estamos falando de uma abstração, mas sim da possibilidade concreta e profunda de encontro entre duas almas. Estas duas almas são humanas e possuem legítimos sentimentos que estão associados a necessidades universais, mas que, por padrões sociais ou pelos ruídos internos a que damos voz em nossa mente, aprendemos a confundi-las com as estratégias que utilizamos para satisfazê-las.
Ocorre, no entanto, que raramente estabelecemos uma compreensão empática uns dos outros, nem mesmo sobre as motivações profundas, naturais e humanas que levam os outros a agirem como agem. Além disso, é raro assumimos a nossa responsabilidade na relação, transferindo nosso verdadeiro poder para nossa(o) companheira(o). Assim, esperamos que nossos desejos e necessidades sejam satisfeitos às custas do nossa(o) parceira(o). No fim, quem paga o preço é a própria relação: o “nós” se dissolve, estabelecendo-se, ao invés de uma ponte robusta e sólida, um muro entre o “eu” e o “tu”.
A Comunicação Não-Violenta (CNV) nos convida a transformar esses muros em pontes, ao trazer luz para a consciência comunicacional de forma a estabelecer relações saudáveis sustentadas na verdade e liberdade no “encontro das almas”. A partir da atenção da forma como nos comunicamos e dos benefícios de uma abordagem empática conectada, presente, atenta e desprovida de julgamentos podemos nos beneficiar de uma relação em outro patamar mais empático e íntegro.
A CNV nos permite observar que há outras formas atendermos as nossas necessidades humanas sem recorrermos à intimidação, medo, vergonha, acusação ou ameaça. Assim, liberta os parceiros para serem íntegros e presentes na relação e estabelece a fluidez e a flexibilidade necessárias para esse “encontro do nós”.
A CNV e os relacionamentos afetivos foi o enfoque da oficina de ontem (08/09/2015) do Ciclo de Encontros e Vivências na qual foi possível vivenciar como a comunicação compassiva pode apoiar a construção de pontes (e a sua manutenção) nos relacionamentos.

Por
Dc. Geazi Inácio

Nenhum comentário:

Postar um comentário