domingo, 20 de maio de 2012

Laodiceia, Uma Igreja Morna

Laodicéia era um centro para a indústria têxtil regional. Os rebanhos mantidos próximo aos vales produziam lã negra que era excepcionalmente macia. A lã era comprada e vendida 
nos mercados da cidade.

Apesar da triste condição de auto-suficiéncia e miséria espiritual de Laodicéia, Deus continua a amá-la; não tolera seus erros, mas lhe dirige os conselhos mais comovedores e inclusive faz o mais terno oferecimento: entrar em comunhão íntima, se Lhe abrirmos o coração. 
 Apocalipse 3:20. 
Laodicéia fica no principal cruzamento de estradas dos vales da Ásia Menor, no que é hoje a Turquia. 

    A cidade estava situada numa montanha que dava para um vale fértil e majestosas montanhas. Nos tempos romanos, a cidade era um importante centro de administração e comércio.

     As questões de justiça da região eram ouvidas em Laodicéia e fundos eram depositados nos bancos da cidade para segurança.   Embora danificada por terremotos durante o reino de Augusto (27 a.C. - 14 d.C.) e novamente em 60 d.C, a cidade continuou reconstruindo e prosperando. 

Passeio Pela Cidade

Laodicéia era um centro para a indústria têxtil regional. Os rebanhos mantidos próximo aos vales produziam lã negra que era excepcionalmente macia. A lã era comprada e vendida nos mercados da cidade. 

                                                             Teatro

Laodicéia tinha seu próprio teatro, o que restou pode ser visto acima. A cidade também tinha um estádio, ginásio e outras estruturas públicas que eram, às vezes, pagas por benfeitores ricos. Lutas de gladiadores eram realizadas no estádio.

 Teatro Hierápolis
Ao longo do vale de Laodicéia estava a cidade de Hierápolis , a qual estava localizada acima de um largo depósito de minério branco, no centro da foto. Por isso, Hierápolis está muito mais preservada que Laodicéia. Uma visita por suas ruas e construções pode ajudar a mostrar algo do que era a vida urbana nesta área.

                                                                                                              Fontes Termais

Ao longo do vale de Laodicéia está uma enorme fonte termal. 

Depósitos de mineral branco das fontes são visíveis a quilômetros  de distância através do vale. A cidade de Hierápolis foi construída  próxima a essa fonte termal.


                                Portal

  Essa impressiva entrada de Hierápolis foi construída durante o reino do governador Domiciano (d.C. 81-96). Os três arcos que passam por cima da estrada dão a cidade o senso de graça e grandeza. Em Laodicéia um portal semelhante foi construído e dedicado a Domiciano.

Colunas

A rua principal de Hierápolis era pavimentada e circundada de majestosas colunas. A rua principal de Laodicéia deveria ter sido similar a foto acima.



Avenida

     O pavimento da rua principal de Hierápolis mostra a marca deixada por veículos que passavam por esse caminho na antiguidade. As ruas de Laodicéia também deviam ficar repletas de gente por ser uma das principais rotas de comércio na Ásia Menor.





Religião 

Divindades Tradicionais

Laodicéia estava localizada próximo ao templo do Deus Men Karou, que era considerado Deus e pai de seu povo. Uma famosa escola de medicina estava conectada com o templo. Nos tempos de Roma, Men Karou foi identificado com Zeus, o maior deus dos gregos. O deus de Laodicéia é mostrado em roupa greco-romana na imagem ao lado.


Judaísmo


    Laodicéia era lar de uma importante comunidade judaica que tinha o direito de observar o sábado e manter suas práticas tradicionais. Fundos para manter o templo eram coletados em Laodicéia dos judeus na região, para serem enviados à Jerusalém. A quantidade de ouro coletado era enorme, sugerindo que o número de judeus fosse grande na cidade (Cicero, Pro Flacco 28.68). Embora tenha havido atritos entre judeus e cristãos em algumas cidades na área, o Apocalipse não fala que essas tensões fossem um problema em Laodicéia.

Cristianismo


Laodicéia era uma das três cidades próximas que tinham comunidades cristãs. O grupo de Laodicéia incluía alguns que se reuniam na casa de uma mulher chamada Ninfa. (Col 4:13-15). Ao longo do vale também havia cristãos em Hierápolis. Mais abaixo do vale havia os cristãos de Colossos. Em meados do primeiro século o companheiro de Paulo, Epafras, trabalhou com congregações nas três cidades. Cartas enviadas a uma congregação eram lidas nas três. Essa troca de cartas mostra como as cartas encontradas no Novo Testamento eram colecionadas (Col 4:12-16). No final do primeiro século, o Apocalipse desaprova a congregação de Laodicéia por ser complacente com sua prosperidade (Apoc. 3:14-22). Em séculos subseqüentes a igreja cresceu em Laodicéia e uma importante assembléia da igreja foi sediada ali no quarto século.


                                                    A Carta à Igreja em Laodicéia 

O vale de Lico, na Ásia Menor, tinha três cidades principais: Colossos, conhecida por suas fontes de água fria, Hierápolis, conhecida por suas fontes de águas termais, e Laodicéia, conhecida por sua igreja morna, que causou enjôo no seu Senhor, Jesus Cristo.

Ao Anjo da Igreja em Laodicéia (3:14-22)

A igreja em Laodicéia (14): A igreja em Laodicéia é citada no Apocalipse (aqui e em 1:11) e na carta de Paulo aos colossenses (4:13-16). As cidades de Laodicéia, Colossos e Hierápolis (veja Colossenses 4:13) ficavam no vale do rio Lico. Laodicéia situava-se no local da cidade moderna de Denizli, Turquia, no cruzamento de estradas principais da Ásia Menor. Antigamente, a água da cidade vinha via aquedutos das fontes termais ao sul da cidade. Até chegar em Laodicéia, a água ficava morna. A qualidade dela não era boa, e a cidade ganhou a reputação de ter água não potável. Ao engolir esta água, muitas pessoas vomitavam. Semelhantemente, Jesus sentiu vontade de vomitar de sua boca a igreja de Laodicéia (3:15-16).

Outras características de Laodicéia servem como base para a linguagem desta carta. Foi conhecida como um centro bancário (3:17-18). A região produzia lã preta (3:18) e um tipo de colírio para os olhos (3:19).

O Amém (14): Esta palavra vem de origem hebraica. No começo de uma afirmação significa “certamente” ou “verdadeiramente”. No fim, pode ser entendida como “que seja assim”. Jesus é a palavra final, a autoridade absoluta.

A testemunha fiel e verdadeira (14): Quase a mesma descrição encontrada em 1:5. Jesus traz o verdadeiro testemunho sobre seu Pai e a vontade dele para com os homens. Ele fala a verdade em cada promessa e cada advertência que vem da sua boca.

O princípio da criação de Deus (14): Esta expressão admite duas interpretações. Dependemos de informações de outros trechos bíblicos para escolher o sentido correto. A frase em si pode ser entendida no sentido passivo (o primeiro criado por Deus), ou no sentido ativo (a origem ou a fonte da criação). A diferença é óbvia e enorme. Jesus é uma criatura ou o eterno Criador? Ele foi feito por Deus ou é Deus? A resposta vem de outras passagens. Jesus é eterno (João 1:1; Apocalipse 1:18), o primeiro e o último (Apocalipse 1:17). Ele é Deus conosco (Mateus 1:23), o verdadeiro Deus que se fez carne (João 1:14).

 Ele é o “Eu Sou” (João 8:24,58; veja Êxodo 3:14), o soberano “Senhor dos senhores e o Rei dos reis” (Apocalipse 17:14). Jesus não foi criado. Ele não veio a existir. Ele é eterno. Ele é Deus. Quem não aceitar este fato morrerá no seu pecado (João 8:24).
Conheço as tuas obras (15): Como fez com todas as igrejas destes dois capítulos, Jesus expressa o seu conhecimento íntimo da igreja em Laodicéia. Ele anda no meio dos candeeiros (1:13,20; 2:1).

Que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! (15): As águas termais de Hierápolis ajudavam no tratamento de alguns problemas de saúde. As águas frias de Colossos eram boas para beber. Mas as águas mornas de Laodicéia basicamente não serviam para nada; só davam ânsia de vômito!

Assim...estou a ponto de vomitar-te da minha boca (16): Jesus olhou para a igreja de Laodicéia, contente no seu estado de auto-suficiência e falsa confiança, e sentiu vontade de expulsá-la de sua presença.

Pois dizes (17): As afirmações da própria igreja de Laodicéia não refletiam o verdadeiro estado dela. É fácil dizer que está tudo bem na vida espiritual de uma igreja ou de uma pessoa, mas Jesus sabe a verdade. Ele vê as obras e sonda os corações. A igreja de Laodicéia mentia para si mesma, mas Jesus não foi enganado!

Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu (17): O orgulho dos discípulos de Laodicéia os cegou ao ponto de não enxergarem os seus problemas. Eles se achavam fortes e independentes, mas Jesus viu o estado real de uma igreja fraca, cega e infrutífera. A cidade de Laodicéia sofreu um terremoto em 60 d.C. e foi reedificada com recursos próprios, sem auxílio do governo romano. Parece que a igreja sentia a mesma atitude de auto-suficiência, perigosíssima num rebanho de ovelhas que precisa seguir o seu Bom Pastor! Numa cidade conhecida por tratamentos de olhos, a igreja se tornou cega e não procurou o tratamento do Grande Médico. Precisavam da humildade dos publicanos e pecadores (Lucas 5:31-32). Numa cidade que produzia roupas de lã, a igreja andava nua, sem a vestimenta de justiça oferecida por seu Senhor (2 Coríntios 5:3; Colossenses 3:9-10).

Aconselho-te (18): Jesus não elogiou a igreja em Laodicéia, mas ofereceu conselho para guiá-la de volta à comunhão íntima com ele. Sugeriu três coisas necessárias para a igreja:

1. Comprar de Cristo ouro refinado. A verdadeira riqueza é espiritual, e vem exclusivamente de Deus. Ele oferece o ouro puro, refinado pelo fogo.

2. Comprar do Senhor vestiduras brancas. É Deus quem lava os nossos pecados e nos veste de pureza e de atos de justiça (3:4; 19:8).

3. Comprar de Jesus colírio para os olhos. Somente Jesus pode curar a cegueira espiritual que aflige os orgulhosos e auto-suficientes. Foi exatamente o mesmo problema que Jesus criticou nos fariseus (Mateus 15:14; 23:25-26). É o mesmo problema de qualquer um que esquece da importância do sacrifício de Jesus e começa a confiar em si mesmo (2 Pedro 1:9).

Eu repreendo e disciplino a quantos amo (19): A correção que vem de Deus é uma manifestação do seu amor (Hebreus 12:4-11). Quando Deus nos corrige, devemos aceitar a disciplina como ele deseja, para o nosso próprio bem. Ele quer nos conduzir ao arrependimento e à plena comunhão com ele. A disciplina aplicada pelos servos de Deus deve, também, ser motivada pelo amor (Hebreus 12:12-13). Esta atitude deve guiar os pais que corrigem os seus filhos (Provérbios 13:24), e os cristãos que corrigem os seus irmãos na fé (Tiago 5:19-20; 2 Coríntios 2:5-8).

Sê, pois, zeloso e arrepende-te (19): A solução ao problema dos discípulos em Laodicéia não seria meramente algumas mudanças externas. Precisavam do zelo para com Deus para se arrependerem.

Eis que estou à porta e bato (20): Jesus pôs uma porta aberta diante da igreja de Filadélfia (3:7), mas a igreja de Laodicéia colocou uma porta fechada diante de Jesus! Ele bate, mas não força ninguém a abrir a porta. Ele chama, mas depende dos ouvintes atender à voz dele. Este versículo reforça o entendimento do livre arbítrio do homem. Jesus oferece a salvação a todos, mas cada pessoa toma a sua própria decisão.

Entrarei ... e cearei (20): Ambas as figuras, aqui, representam a comunhão com Cristo. Ele entra na casa e habita naqueles que obedecem a palavra dele (João 14:23). Cear com alguém sugere uma relação especial de estar de acordo ou em comunhão (1 Coríntios 10:21; 5:11). É um privilégio especial comer à mesa do rei (2 Samuel 19:28). Não há privilégio maior do que a bênção de cear com o Rei dos reis!

Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono (21): Os vencedores terão o privilégio de reinar com Cristo (veja 2:26-27; 20:4). Tal honra não seria para os orgulhosos e auto-suficientes, mas para os humildes e obedientes. Jesus foi obediente ao Pai aqui na terra para ser exaltado ao lado dele no céu (Filipenses 2:8-9). Somente os obedientes serão exaltados com Cristo.

Quem tem ouvidos... (22): Jesus bate e chama. Cabe ao homem ouvir e atender a sua voz!
Conclusão
Na carta à igreja em Laodicéia, Jesus não citou nenhuma doutrina errada e nenhum pecado de imoralidade. Ele não condenou a igreja por práticas idólatras. Esta igreja, que se achava rica e forte, foi criticada por seu orgulho e auto-suficiência. Exaltou-se, ao invés de se humilhar diante do Senhor dos senhores.
–por Dennis Allan
D135


Por
Dc. Geazi Santos 

2 comentários:

  1. Ótimo comentário curto mas, edificante..gostei. Parabens Geazi....

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  2. Sempre é bom receber comentários dos artigos que com carinho adicionamos em nosso site. Quero agradecer não só a nossa Amiga Dalva, mas em nome dela agradecer todos os que se dispõe de mais um pouquinho do seu tempo e deixam aqui os seus comentários.

    Muito Obrigado Mesmo; Que O Nosso Senhor Continue abençoando A Cada Um De Nossos Leitores.

    Com Carinho:

    Dc Geazi Santos

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