quarta-feira, 3 de abril de 2013

LIÇÃO - 1 FAMÍLIA CRISTÃ CRIAÇÃO DE DEUS. (Subsídio Extra)


Revista Ensinado Cristão CPAD, n" 54, p,36.
Neste trimestre, trataremos do assunto família, e é importante que, introdutoriamente, tracemos algumas observações iniciais sobre esse tema.
Primeiro, quando Deus criou a família, Ele o fez em um ambiente perfeito: o Éden. A família não foi criada em meio a um ambiente de conflitos, guerras e destraças, ou de doenças e falta de recursos para provisão.

O plano divino era que Adão e Eva pudessem frutificar perto da presença de Deus, e não distante dEle. Segundo, homem e mulher se complementam.
Ambos foram criados com peculiaridades próprias que, quando estão unidos, suprem suas necessidades de afeto, reconhecimento e companhia. Essa complementação foi planejada pelo próprio Deus, por ocasião da criação do casal. Terceiro aspecto: o lar e um ambiente de proteção e provisão.

Apesar de o mundo desprezar essa prerrogativa, fazendo com que pais abandonem suas esposas e seus filhos, deixando-os a sua própria sorte, o homem foi vocacionado por Deus para ser o provedor da família, e a mulher, para ser a rainha do lar. Isso não significa que a mulher não possa abraçar uma profissão e ajudar no sustento do lar, mas, sim, que essa segunda vocação, se for escolhida, precisa ser muito bem administrada para não gerar insatisfação ou desestruturar a família.
Quarto aspecto: ha um interesse espiritual tanto na preservação da família quando na desestruturação dela. Nosso lar e um campo de batalha onde o Espirito de Deus luta contra Satanás, e nos precisamos ter consciência de que podemos glorificar a Deus com a nossa família.
Isso ocorre quando apresentamos a fé crista aos nossos filhos, quando oramos com eles e por eles, quando damos a eles o exemplo correto de paternidade e maternidade, quando tratamos bem o nosso cônjuge e quando oferecemos um
exemplo correto e bíblico de adoração ao Senhor.
Por não entenderem essa realidade muitos pais veem seus filhos se afastando de Deus e cedendo espaço para o Inimigo.
Quinto aspecto: e possível ensinar a família a ser submissa a Deus e a resistir ao Diabo. Ninguém consegue vencer o Diabo sem antes ser submisso a Deus e a Sua Palavra, e não há atalhos para essa vitória. Uma pessoa que resiste aos mandamentos divinos ou os despreza e alvo fácil das ciladas malignas, e isso pode ser ainda mais serio na família do cristão. E um mito imaginar que seremos vitoriosos quando resistirmos aos ataques do Inimigo se não tivermos o menor interesse de, antes, sermos submissos a Deus e a Sua Palavra.
SUBSÍDIOS EXTRAS
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
FAMÍLIA
Esboço:
I. Definição
II. As Principais Funções da Família
III. A Origem da Família
I. DEFINIÇÃO
A palavra família. usualmente refere-se a um grupo de pessoas relacionadas entre si por laços de parentesco ou de matrimônio, como os pais e seus filhos, que vivem juntos em uma mesma residência. Um grupo assim usualmente pratica uma economia em comum, havendo um ou mais membros que contribuem para o sustento de todos. Por extensão, a palavra também indica algum grupo de pessoas com um mesmo antepassado; ou mesmo um grupo atualmente vivo, composto por muitas unidades familiares individuais.Metaforicamente, o vocábulo também é usado para indicar pessoas que não estão biologicamente relacionadas entre si, como sucede nas fraternidades, nos clubes sociais, compostos por pessoas que não têm qualquer conexão racial umas com as outras. O clã,por sua vez, é uma unidade familiar maior. Em certas culturas, os vínculos que formam um clã são bastante fortes. Embora não com exclusividade, os povos semitas são os que mais dão valor ao sistema.
II. AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DA FAMÍLIA
Cinco principais funções da família podem ser mencionadas, a saber:
1. Relações sexuais. O ideal da maioria das religiões (que também faz parte das leis civis de muitos países) é que as atividades sexuais limitem-se ao âmbito da família. As leis judaicas contra os desvios sexuais, como o adultério, visavam, principalmente, a proteger a unidade da família.
2. ReproduçãoÉ mister um longo tempo para fazer a prole humana tornar-se madura e auto-suficiente. A família é a unidade de incubação e treinamento, com esse propósito. A reprodução fora dessa unidade representa um sério problema pessoal e social. A herança genética é um dos principais, se não mesmo o principal fator que determina o sucesso ou não de uma criança, neste mundo.
3. Questões econômicas. A luta pela sobrevivência econômica, com frequência, depende da solidariedade da unidade da família, Uma pessoa que ganhe um bom salário pode sustentar o grupo inteiro; e mais de um sustentador pode prover à família conforto e prosperidade material. A necessidade de sustentar os membros da família ê a motivação por detrás do
trabalho e das profissões, que são elementos básicos em qualquer sociedade.
4. Educação. A maioria das sociedades alicerça-se sobre a educação básica que a família prove para Os seus membros, começando pela aquisição e aperfeiçoamento do idioma. Uma criança entra no sistema escolar público com vantagens ou desvantagens, tudo dependendo da qualidade da educação doméstica com que chega ali. A educação religiosa também começa no seio da família.
5. Provisões e proteção. Não é fácil uma criança ficar só e enfrentar o mundo, contando apenas com suas próprias forças e recursos. Na escola, uma criança encontra forças no fato de que mamãe está em casa, disposta a ajudar, e que o papai pode resolver todos os problemas que a avassalem. Além disso, um irmão maior poderá protegê-Ia das ameaças de outras crianças. Acresça-se a isso que também há o orgulho de família. A posição de uma família, no seio da
sociedade, pode Inspirar uma criança a procurar fazer tudo o melhor possível. Essa questão, todavia, pode ser exagerada, quando os filhos de certos pais são favorecidos, em vista do prestigio e poder econômico de certas famílias,
6. Afeto. Ninguém vive bem sem o amor e o apoio de outras pessoas. As relações afetuosas começam no seio da família.
III. A ORIGEM DA FAMÍLIA
Os primeiros capítulos do livro de Gênesis mostram que a família foi a primeira das instituições divinas. Os evolucionistas e antropólogos tem dúvidas a esse respeito, supondo que a família humana emergiu da ascensão evolutiva do homem, provavelmente por razões econômicas ou de proteção mútua. A extrema dependência da prole humana, em seus tenros anos, ensina-nos, pelo menos, que, desde o principio, deve haver mães que cuidem de seus filhos, o que já constitui uma unidade básica da família. De outro modo, a raça humana não poderia sobreviver. As evidências arqueológicas demonstram o fato de que
onde existiu o homem, também existiu a família.
Portanto, qualquer coisa dita em contrário, não passa de especulação. Mesmo que os primeiros relacionamentos entre os sexos tivessem sido promíscuos, de tal maneira que não fossem formadas famílias, conforme atualmente as conhecemos, deve ter havido mães protetoras; e, podemos supor, pelo menos
ocasionalmente deve ter havido pais protetores e provedores, que muito devem ter contribuído para a criação dos filhos. Isso deve ter acontecido mesmo quando os homens tivessem outras mulheres que, com seus filhos, fossem objeto das atenções deles.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. vol. 2. Editora HAGNOS pag.680.
A palavra FAMÍLIA é de origem latina (família), é usada para definir um conjunto de pessoas que mantêm um vinculo doméstico intimo. Ao estabelecer seu projeto de criação, Deus fez tudo perfeito e numa cadeia sequencial. Por último, criou o homem e a mulher como o arremate, o ponto final. O livro de Gênesis traz duas narrativas sobre a criação do homem e da mulher: Uma no capitulo 1, sintética, geral, e outra no capitulo 2, mais detalhada. O fato é que Deus percebeu que o ser humano precisava da convivência humana. Ao criar o primeiro casal, deu lhe o potencial reprodutor, de forma que Deus estava lhe dizendo: “Dou lhes condições de gerar seres para que não estejam sós”.
Deus é um ser comunicativo, e como o ser humano é a sua imagem e semelhança, herdamos dele esta qualidade. Só há comunicação quando existe o outro. Por isso Deus fez a família como o primeiro centro comunicador, facilitando desta forma a saúde completa do indivíduo.
NOGUEIRA. Pr. José Bento. Seminário da Família. pag.1.
A família é instituição criada por Deus.
Antes de fundar a Igreja, Deus criou o casamento e, como decorrência deste, instituiu a família. Essas instituições especiais, fruto da mente do Criador, têm sido terrivelmente atacadas pelas forças do mal. O espírito do Anticristo tem dominado a mente do homem pós-moderno, a tal ponto de promover verdadeira subversão dos valores morais, que se fundamentam na Palavra de Deus. Uniões abomináveis de pessoas do mesmo sexo têm sido aprovadas por lei, como se fossem famílias, em aberta afronta contra a Lei de Deus.
Quando Deus criou o homem e a mulher, já tinha em mente a família (Gn 2.24). No Salmo 128, encontramos o valor da família no plano de Deus: “Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor!” (SI 128.1,3,4). São promessas de Deus para a família que nele crê, teme-o e lhe obedece.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 7.

1. A FAMÍLIA NO PLANO DIVINO
1. O proposito de Deus.
Evitar a solidão: Deus não fez o homem para viver na solidão (Gn 2.18); Ele tinha em mente a constituição da família, mas esta não está completa só com o casal. Por isso, o Senhor previu a procriação (Gn 1.27-28). Fica mais clara a origem da família quando lemos:“Portanto, deixa rá o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e serão ambos um a só carne” (Gn 2.24). “O homem” aí é o filho, nascido de pai e mãe. Deus fez a família para que o homem não vivesse na solidão (SI 68.6; 113.9).

Bem-estar social: O homem, diz a sociologia, é um ser gregário por natureza. Ele sente a necessidade de viver em grupo, de socializar-se. Isso não é fruto da evolução cega, como dizem os filósofos materialistas, que supõem que o homem surgiu por acaso, oriundo de um organismo unicelular (ameba), passando por diversos estágios, chegando a ser um macaco, que se transformou num homem, por acaso! E que passou a viver em bandos para melhor sobreviver. Isso faz parte do imaginário da fábula evolucionista.
A família foi projeto de Deus para a vivência do homem na terra. Pai, mãe e filhos são palavras oriundas da mente de Deus (Gn 2.24).
A sociedade é formada de famílias. A igreja local é formada de famílias. Toda sociedade que desvalorizou a família e buscou outras formas de relação social substitutivas, como união de pessoas do mesmo sexo, corrompeu-se e degenerou-se, sucumbindo ao longo da História.

Bem-estar emocional: Marido e mulher complementam-se em suas necessidades emocionais. Nos momentos alegres, compartilham seus sentimentos de felicidade. Nos momentos tristes ou difíceis, ajudam-se mutuamente, impulsionados pelo amor conjugal. Pais e filhos, vivendo em família, sentem-se mais seguros do que pessoas que vivem solitárias.
A sociedade sem Deus aprisiona muitos em estilos de vida espúrios e depravados. São presos pelos grilhões do relativismo e do humanismo frio e anticristão. Mas nada pode substituir a família como centro de apoio e segurança para o ser humano (SI 68.6). E plano de Deus.

A multiplicação da espécie: E, sendo sua vontade, Deus propicia essa condição. “Seja bendito o nome do Senhor, desde agora e para sempre; que faz com que a mulher estéril habite em família e seja alegre mãe de filhos Louvai ao Senhor (SI 113.2,9). Notemos a ordem do texto. Primeiro, “habite em família”; depois, “seja alegre mãe de filhos”. Casais homossexuais jamais poderiam contribuir para a multiplicação da raça humana. Por isso e por outras razões, tais uniões são consideradas abominação aos olhos de Deus.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 8 - 9.

2. Um lugar de proteção e sustento.
Jardim do Éden, lugar de proteção e cuidado. O Jardim do Éden foi o primeiro “habitat” do homem. “A palavra Jardim é a tradução da palavra hebraica gan , que designa lugar fechado. A Septuaginta traduz o hebraico por paraíso’, paradeison, termo persa que significa um parque. Éden não é traduzido mas transliterado para o nosso idioma. Basicamente, significa “prazer ou delícia”.2 Os críticos da Bíblia veem no relato do Gênesis apenas uma alegoria, ou relato mítico. Porém a Palavra de Deus se impõe como verdade, como martelo de Deus, quebrando as bigornas da incredulidade.

O ambiente perfeito do Éden. O casal, constituído nos primeiros habitantes humanos do planeta, se deliciavam nas noites calmas e amenas do Paraíso. Não havia temor ou pavor da escuridão. O medo era desconhecido. O cenário noturno era tranquilizador. A brisa suave soprava no arvoredo, levando ao casal os odores perfumados das plantas silvestres. O firmamento, ao longe, pontilhado de estrelas brilhantes, nas noites escuras, oferecia um espetáculo de rara beleza. Nas noites de lua, diminuindo o brilho estelar, fazia-se extraordinariamente belo o ambiente paradisíaco. Sem dúvida, com maior intensidade, brilhava o astro noturno.
As manhãs e tardes eram agradáveis. Uma temperatura média, adequada ao bem-estar dos habitantes edênicos, era sentida em todo o planeta. A luz solar empolgava-os. Em cada canto, se percebia a beleza da criação nos seus mínimos detalhes. O homem se sentia muito feliz. O ar era puro na mais alta expressão. Os animais, as aves, todos os seres da natureza nenhum mal causavam ao homem: conviviam na mais perfeita harmonia.

O cuidado de Deus. O cuidado de Deus para com o ser criado foi levado ao extremo na formação do Éden. Não havia poluição ambiental; o ecossistema era perfeito; o clima, ameno e confortável, não conhecia diferenças acentuadas
de temperatura, nem calor excessivo, nem frio perturbador, havia no primeiro lar do ser humano. Os animais faziam parte do habitat edênico. Adão tinha autoridade espiritual e moral sobre todos os seres vivos. Ele foi criado para ser dominador e cuidador do planeta. Havia perfeita harmonia entre os seres racionais e os irracionais.
O cuidado de Deus para com o ser criado foi levado ao extremo na formação do Éden. Não havia poluição ambiental; o ecossistema era perfeito; o clima, ameno e confortável, não conhecia diferenças acentuadas de temperatura, nem calor excessivo, nem frio perturbador, havia no primeiro lar do ser humano. Os animais faziam parte do habitat edênico. Adão tinha autoridade espiritual e moral sobre todos os seres vivos. Ele foi criado para ser dominador e cuidador do planeta. Havia perfeita harmonia entre os seres racionais e os irracionais.

O trabalho no Éden. Deus não pôs o homem no Jardim para ficar ocioso, numa atitude contemplativa das belezas edênicas (Gn 2.15). É interessante notar que o trabalho, a atividade da mente e do corpo, desde o princípio, foi dignificado por Deus. Havia trabalho, mas, em compensação, não havia doenças, nem dor, nem morte. O pranto e a dor eram desconhecidos. A tristeza não existia. Tudo era belo, agradável e bom.

A presença de Deus no primeiro lar. O mais importante, no entanto, acontecia todas as tardes: o Criador visitava o Éden (Gn 3.8a), buscando passar bons momentos em agradável diálogo e conversa com o casal, que sentia, assim, muita comunhão com o Senhor. A presença do Criador enchia o primeiro lar de muita paz e de alegria indizível” .3 Como devem ter sido maravilhosos aqueles momentos em que Deus falava diretamente com o ser criado por Ele. Hoje, mais do que nunca, é necessidade vital a presença de Deus nos lares cristãos. Aquele belíssimo lugar foi palco dos acontecimentos que marcaram a origem dos seres humanos, fruto da criação de Deus. Lamentavelmente, foi também o cenário, onde começou a rebelião do homem contra o seu Criador.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 9 – 12.

3. A primeira Família.
"No jardim do Éden, Deus instituiu essa união a partir do primeiro casal humano, a fim de tomar feliz toda a humanidade. Desde então os seres humanos o têm praticado e, para dar-lhe consistência, o têm legalizado. Pode-se dizer que o casamento é o contrato jurídico de uma união espiritual". Essa declaração é confirmada na Bíblia e na História.
As Escrituras Sagradas mostram que o casamento foi instituído por Deus no jardim do Éden (Gn 2.18-25) e sancionado pelo Senhor Jesus em sua presença nas bodas de Caná da Galileia (Jo 2.1-11). O propósito, entre outros, é a felicidade, o companheirismo mútuo do casal e a procriação, a maneira legítima da multiplicação dos seres humanos sobre a Terra.
SOARES. Esequias. CASAMENTO, DIVÓRCIO E SEXO A LUZ DA BÍBLIA. Editora CPAD. pag. 13 – 14.

II - A QUEDA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A FAMÍLIA
1. O ataque do Inimigo.
Lúcifer, o antigo “querubim ungido”, fazendo uso de sua liberdade, investiu contra o Criador, imaginando poder destronar o Senhor do Universo. Seu plano foi frustrado. Expulso dos céus, Satanás, a falsa “estrela da manhã”, investiu contra o primeiro casal, no Jardim do Éden, sugerindo uma atitude de rebelião contra Deus. E foi bem-sucedido. Depreende-se das Escrituras que, quando o primeiro casal caiu, ainda não tinha procriado. Se tivessem filhos, estes não teriam comido do fruto proibido, e até hoje estariam vivos. Mas as consequências da Queda não só atingiram o casal, mas a todos os seus descendentes, ao longo dos séculos, até os dias presentes. Todas as famílias são alcançadas de uma forma ou de outra, pelas consequências da Queda.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 12.

2. Os resultados da Queda no relacionamento familiar.
Antes da Queda, o homem possuía estrutura espiritual e física excepcionais.
• Tinha o conhecimento profundo de Deus, a comunhão direta com o Criador;
• Tinha as bênçãos da presença de Deus no Jardim; a paz, a segurança e a alegria de se relacionar com o Criador sem intermediários;
• Possuía conhecimento e bem-estar físico inigualáveis, sem doenças, distúrbios emocionais ou físicos; não conheciam o medo;
• Tinha conhecimento interno e externo em relação à sua pessoa;
• Conhecia a realidade social; conhecia o trabalho de modo útil e satisfatório (Gn 2.15).
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 12 - 13.

3. A vida Familiar depois da Queda.
Terrível transtorno total na vida dos primeiros seres criados.
Conheceram que estavam nus, dando a entender que antes não se constrangiam nessa condição; o conhecimento da sexualidade exacerbada tem sido causa de inúmeros distúrbios e desvios de conduta que atingem o ser humano, levando-o a práticas sexuais abomináveis aos olhos de Deus; famílias inteiras são destruídas pelo adultério, pela fornicação, pela homossexualidade e por práticas sexuais aberrantes.

Conheceram o medo. Foi a primeira enfermidade que o homem experimentou. Enfermidade ou distúrbio de ordem emocional. As chamadas doenças nervosas tiveram origem no rompimento da relação direta do homem rebelde e seu Criador. Qual a família na terra que não experimenta algum tipo de problema de ordem emocional?

Perderam a autoridade sobre a criação. O homem foi criado para dominar a natureza (Gn 1.26). Hoje, porém, às vezes famílias perdem um ente querido por serem atingidos por insetos ou agentes microscópicos.

Conheceram a desarmonia. Quando questionado pelo Criador sobre o seu pecado, Adão pôs a culpa na esposa (Gn 3.12). A mulher pôs a culpa na serpente. Assim, teve início a tão conhecida “incompatibilidade de gênio”, que provoca desavenças entre casais, com sérias consequências sobre a estabilidade familiar. Os filhos sofrem ao verem a desunião entre seus pais.

O homem conheceu a maldição da terra. O trabalho passou a ser penoso e fatigante; sua missão era lavrar e guardar a terra. Mas não havia o desgaste físico ou emocional acentuados, que tantos males causa às pessoas. Além disso, toda a ecologia da terra foi transtornada, causando, inclusive as chamadas “catástrofes naturais”, como secas, enchentes, altíssimas ou baixíssimas temperaturas; o surgimento de animais violentos, provavelmente pelo cruzamento de espécies diversas; vírus, micróbios, bactérias e outros agentes patogênicos devem ter surgido por causa do desequilíbrio ecológico, causado pela maldição da terra.
E o pior: perdeu a vida eterna , que lhe era assegurada, na condição original, e conheceu o aguilhão da morte física (Gn 2.17; Ef 2.5) e da morte espiritual, que é a separação de Deus. As famílias da terra passaram a experimentar a dor da separação, pela morte de entes queridos.
           LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 13 - 14.

III - A CONSTITUIÇÃO FAMILIAR AO LONGO DOS SECULOS
1. Família patriarcal.
Era o tipo de família por excelência, no princípio da humanidade, quando esta começou a espalhar-se por muitas partes do globo, após a Queda. Nesse tipo de família, a figura do pai (patet) tinha um papel bem definido, como sendo o líder do grupo familiar inconteste, em todos os sentidos. A mulher era considerada cidadã de segunda categoria. Na família patriarcal, quase sempre não era observado o princípio da monogamia, estabelecido por Deus no Éden, quando o homem deixaria pai e mãe e se uniria à sua mulher (Gn 2.24) para formar o lar e a família. Em grande parte, a família patriarcal era poligâmica. O Antigo Testamento demonstra que todos os primeiros patriarcas, Abraão, Isaque, Jacó e outros, eram polígamos. A família patriarcal era típica no contexto histórico e cultural do Antigo Testamento. Além do pai, da mãe e dos filhos, a família patriarcal incluía as concubinas, das quais nasciam filhos, que eram parte do grupo familiar, causando, por vezes, muitos transtornos, com o nascimento de meios-irmãos, que competiam quanto aos direitos da prole, principalmente no que tangia às questões de herança. Deus tolerou a poligamia, mas nunca a aprovou, por ser prática estranha ao seu projeto para a constituição da família. O pai de família não era só o genitor. Era o líder espiritual, responsável pela prática e o respeito dos ritos da religião que a família adotava. Abraão, Isaque e Jacó eram líderes de sua parentela. Eram verdadeiros sacerdotes em seus lares.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 15 – 16.
PATRIARCA. A palavra grega por detrás desse vocábulo é uma combinação de pater,«pai», e archés, «cabeça.., «chefe". Os patriarcas bíblicos são aqueles que são considerados os fundadores da raça humana, Adão e Noé (este último através de seus três filhos. Sem, Cão e Jafé; ver Gên. 10); ou então aqueles que foram cabeças ou fundadores das doze tribos de Israel. O vocábulo também é aplicado a Abraão, no Novo Testamento, em Heb. 7:4, por ser ele o fundador (progenitor) da nação hebreia, sendo também o pai dos homens espirituais, tanto judeus quanto gentios. que sigam com seriedade a vereda espiritual. Os filhos de Jacó são chamados «patriarcas" em Atos 7:8,9 e Davi é denominado desse modo, em Atos 2:29. O período patriarcal é aquele período de tempo da formação da nação hebreia, antes da época de Moisés
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 5. Editora HAGNOS pag.112.

Em Genesis 12— 50, e narrada a historia dos patriarcas de Israel. Os eventos que envolveram os três primeiros patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó (Gn 12— 38), acontecem principalmente em Canaã, embora Abraão provenha da região da Mesopotâmia (Ur e Hara). Já a historia do patriarca Jose (Gn 33— 50) se da basicamente no Egito. Patriarcarefere-se ao fundador ou líder de uma tribo, família ou de um clã. Os israelitas tiveram na base de sua ancestralidade um homem, o patriarca Abraão (Hb 7.4; Is 51.2), e eles reclamaram Canaã baseados na aliança divina com o primeiro dos três patriarcas a ter a posse da terra (Dt 1.8). Consequentemente, a expressão os patriarca se usada como referencia aos doze filhos de Jacó (Atos 7.8,9). As datas exatas do período em que viveram não puderam ser estabelecidas.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 38.

2. A família nuclear (monogâmica).
Família nuclear também chamada de “família tradicional”, formada por pai, mãe e filhos, como núcleo familiar (cf. Gn 2.24), em torno do qual se desenvolvem os descendentes, parentes e outros que a ela se agregam. É a família ideal, pois tem origem na mente de Deus, o Criador, e atende a seus propósitos para o desenvolvimento, o bem-estar e estabilidade social. A bigamia, iniciada por Lameque (Gn 4.18,19), evoluiu e deu lugar à poligamia.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 16.
Se no Antigo Testamento a poligamia foi tolerada por Deus, no Novo Testamento a monogamia é a regra doutrinária. Jesus em nenhum momento avalizou outra forma de relacionamento conjugal que não fosse a monogamia. Paulo, usado pelo Espírito Santo, doutrinou de forma clara e cristalina sobre esse tema. Escrevendo à igreja de Corinto, formada por judeus e gentios convertidos, deixou claro seu ensino a respeito das relações conjugais (1 Co 7.1,2). Ele não disse: “cada um tenhas suas mulheres, ou cada uma tenha seus maridos”; ou, pior ainda: “cada um tenha seu homem, ou cada uma tenha sua mulher”.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 15.
A monogamia foi instituída pelo Criador, porém a poligamia foi criada pelos homens. O primeiro polígamo da história foi Lameque (Gn 4.19). A declaração bíblica "e apegar-se-á à sua mulher" (Gn 2.24) fala da monogamia, isto é, o princípio do casamento de um homem com uma única mulher e vice-versa. O código de Hammurabi, escrito em acádico na antiga Caldeia e datado de 1750 a.C., prevê a poligamia nos parágrafos 146 e 148. Historiadores, sociólogos e arqueólogos são unânimes em afirmar que havia desvios do casamento monogâmico na Palestina pré-semítica, como a poligamia e a poliandria (TENNEY, 2008, p. 976). Os patriarcas hebreus viveram nesse contexto social, e nós encontramos na Bíblia o reflexo da sociedade do antigo Oriente Médio. O texto de Gênesis 16.1-4, narrando a história de Sara, que deu sua criada Agar por mulher a Abraão para que esta pudesse gerar filho, parece-nos uma prática muito estranha à nossa cultura ocidental e, sobretudo, à ética cristã; entretanto, por mais que nos pareça estranho, isso na época era lei. Está registrado nos parágrafos 144-147 do Código de Hammurabi, muito tempo antes do Concerto do Sinai. A mesma coisa fez Raquel, ao conceder sua serva Bila a Jacó que para que lhe gerasse filhos (Gn 30.3-8). Jacó casou com duas irmãs, Leia e Raquel, e teve concubinas (Gn 29.28-31; 35.22).

O adultério naquela época se configurava quando envolvia alguém que fosse casado. Ora, se a lei de Moisés não apresenta o mesmo conceito de adultério que o cristianismo, logo os heróis do Antigo Testamento não podem ser reputados adúlteros, pois a lei não condenava essa prática, e alguns deles viveram antes mesmo da promulgação da lei, no Sinai. Se a lei não proíbe, não pode ser pecado. Só haverá contravenção ou crime a partir do momento em que a lei for sancionada e posta em vigor. "Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado não havendo lei" (Rm 5.13). Assim, essas práticas do Antigo Testamento, anteriormente mencionadas, hoje são pecados, pois são condenadas no Novo Testamento. Salomão pecou pelo fato de não observar Deuteronômio 17.17, que proíbe aos reis de Israel adquirir para si haréns, como faziam os antigos monarcas do Oriente Médio, e casar com mulheres estrangeiras (Ne 13.26), o que era proibido pela lei de Moisés (Dt 7.1-4). Salomão agiu dessa forma motivado por alianças políticas, mas pagou muito caro por isso, pois a poligamia e os casamentos mistos o levaram ao desvio (lRs 11.1-4), e isso trouxe complicação para Israel durante muito tempo. No antigo Oriente Médio isso era mais uma questão de ostentar poder (1 Rs 11.1-3). A poligamia nunca foi um mandamento da lei de Moisés, mas estava implícita em três ocasiões: 1) "Mas, se a desposar com seu filho, fará com ela conforme o direito das filhas. Se lhe tomar outra, não diminuirá o mantimento desta, nem a sua veste, nem a sua obrigação marital" (Êx 21.9,10); 2) "Quando um homem tiver duas mulheres, uma a quem ama e outra a quem aborrece, e a amada e a aborrecida lhe derem filhos, e o filho primogênito for da aborrecida [...]" (Dt 21.15); e 3) na lei do levirato, pois a lei não prescrevia se o cunhado deveria ser solteiro (Dt 25.5).

Os judeus abandonaram essa prática, mas os muçulmanos ainda a mantêm. Israel, que ainda está na lei de Moisés, aboliu a poligamia. Isso ocorreu em 950 d.C., quando o rabino Guershom proclamou a takaná (regulamento interno da sinagoga), estabelecendo a monogamia de caráter regional e provisório. Essa takaná vigorou por 400 anos, até 1350.Aos poucos, as sinagogas de outras jurisdições foram adotando essa prática, de modo que com o tempo esse princípio se universalizou. Expirado o prazo, ninguém se preocupou com a renovação. A monogamia, todavia, já se tornara regra sem exceção e assim perdurou até a atualidade em Israel (MEZAN, vol. III, s/d, p. 149). O Novo Testamento restabeleceu o princípio monogâmico original da criação (Mt 19.5; ICO 7.2; lTm 3.2).
SOARES. Esequias. CASAMENTO, DIVÓRCIO E SEXO A LUZ DA BÍBLIA. Editora CPAD. pag. 14 – 16.

3. A família na atualidade.
Assim como o casamento, a família, na atualidade, é a instituição mais visada pelos ataques satânicos. A família nuclear tem sido depreciada pelos intelectuais, por cientistas sociais, todos adeptos do materialismo.
Mas os maiores influenciadores para a destruição da família são os que detêm o poder da mídia. Sem sombra de dúvidas, a mídia secular está a serviço do Diabo, como instrumento poderoso para a desconstrução ou destruição dos valores tradicionais, emanados da Palavra de Deus.
A destruição moral de uma sociedade começa pela destruição da família, que é a sua célula-mãe. Se esta se degenera, e cresce desordenadamente, surge um câncer moral, que a levará à morte espiritual e social, como ocorreu com Sodoma e Gomorra.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 16.
CARNE
Palavras Envolvidas
Há três palavras hebraicas e duas palavras gregas principais, envolvidas neste verbete, a saber:
1. Basar. carne. Palavra hebraica que ocorre por cerca de duzentas e sessenta vezes, começando em Gên, 2:21 e terminando em Zac. 14:12.
2. Sheer, ..remanescentes», Palavra hebraica usada por nove vezes com esse sentido. Por exemplo: Sal. 73:26; 78:20,27; Pro. 11:17; Jer, 51:35; Miq. 3:2,3.
3. Besar, ..carne... Palavra aramaica usada por três vezes, sempre no livro de Daniel (2:11; 4:12; 7:5).
4. Kréas, ..carne.. (como alimento). Termo grego usado por duas vezes: Rom. 14:21 e I Cor. 8:13.
5. Sarks, carne... Vocâbulo grego usado por cento e trinta e seis vezes: Mat. 16:17; 19:5,6; 24:22; 26:41; Mar. 10:8; 13:20; 14:38; Luc, 3:6; 24:39; João 1:13,14; 3:6; 6:51-56,63; 8:15; 17:2; Atos 2:17,26,31; Rom. 1:3; 2:28; 3:20; 4:1; 6:19; 7:5,18,25; 8:3-9,12, 13; 9:3,5,8; 11:14; 13:14; I Cor. 1:26,29; 5:5; 6:16; 7:28; 10:18; 15:39,50; 11 Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3; 11:18; 12:7; Gál. 1:16; 2:16,20; 3:3; 4:13,14,23,29; 5:13,16,17,19,24; 6:8,12,13; Efé. 2:3, 11,15; 5:29,31; 6:5,12; Fil. 1:22,24; 3:3,4; Col. 1:22,24; 2:1,5,11,13,18,23; 3:22; I Tim. 3:16; File. 16; Heb. 2:14; 5:7; 9:10,13; 10:20; 12:9; Tia. 5:3; I Ped. 1:24; 3:18,21; 4:1,2,6; 11 Ped. 2:10,18; I João 2:16; 4:2; 11 João 7: Jud. 7,8,23; Apo. 17:16; 19:18,21. (NTI RO (1952) UN Z)
O termo carne representa certa complexidade de ideias nas Escrituras Sagradas, envolvendo sentidos literais, metafóricos e espirituais.

Ideias Básicas:
1. A criação animal, que inclui o homem e os animais irracionais (Gên, 6:13,17,19; 7:15; Mat. 24:22; I Ped. 1:24).
2 O corpo vivo, tanto dos homens quanto dos amimais (Gen. 41 :2,19; Jo 33:21; I Cor. 15:39).
3. O corpo de carne, em distinção à armação óssea (Luc. 24:39).
4. Os animais usados como alimento, e o próprio alimento (Êxo. 16:12; Lev. 7:19).
5. O corpo em distinção ao espírito (Jô 14:22; 19:26; Pro. 14:30; Isa. 10:18; João 6:52; I Cor. 5:5; Cal. 2:5; I Ped. 4:6).
6. Carne e sangue indicam a natureza humana inteira (Gên. 2:23; Mat. 19:5; Efé. 5:25-31).

7. A encarnação de Cristo (João 1:14; 6:51; Rom, 1:3; Col. 1:22).
8. A geração física ou natural (Gên. 29:14; 37:27; João 1:13; Rom, 9:8; Heb. 2:11-14).
9. Um outro homem mortal (Isa. 58:7).
10. A natureza sensual do ser humano, incluindo seus desejos naturais. Isso não precisa incluir qualquer sugestão de depravação (João 1:13) ou ter tais conotações (Mat. 26:41; Mar. 14:38).

11. A natureza humana à parte da influência divina. e, portanto, inclinada ao pecado, mostrando-se contrária a Deus (Rom. 8:3.5,6; II Cor. 7:5; Gál. 5:16).
12. Uma expressão eufêmica para os órgãos sexuais (Gên. 17:11; Êxo, 28:42; Lev. 15:2,3; 11 Ped. 2:10; Jud. 7).
13. Em combinação com o sangue, ou seja, carne e sangue, dando a entender a fraqueza e falibilidade humanas, inclinada ao erro (Mat. 16:17; Gál. 1:16; Efé. 6:12).
A Carne é Fraca

Platão aludiu ao corpo físico como o sepulcro ou a prisão da alma. O Novo Testamento não compartilha de tão melancólica atitude. embora valorize muito mais o espírito do que o corpo físico. - O alvo da carreira cristã é a liberdade em um corpo novo ou espiritual, em que o antigo veiculo é deixado para trás (I Cor. 15:35 ss). O corpo nos sujeita a certa variedade de tentações, por causa de sua debilidade (Mat, 26:41). A lei de Deus envolve maior número de mandamentos do que podemos manusear devidamente em meio a essa fraqueza (Rom, 8:3). O corpo está sujeito a debilidades que nos servem de empecilhos (Gál. 4:13), além de ser instrumento fácil do pecado.
conforme se vê no sétimo capitulo da epístola aos Romanos. O corpo físico é mortal e, portanto. Fraco (11 Cor. 4:11).

Uso Metafórico. e espirituais
1. Ter nascido somente segundo a carne é estar perdido (Gál. 4:29).
2. Há a natureza carnal e pecaminosa. em contraste com a natureza espiritual (Rom. 8:9).
3. A carne é a sede das tentações (Rom. 7:18,25; 8:5,12,13; I João 2:16).
4. A carne é uma natureza carnal que procura perturbar (Gál. 5:13).
5. A palavra «carnal» aponta para a natureza pecaminosa, ou então, simplesmente, para o pecado (Jud. 23).
6. Existe uma mente carnal, que é a natureza pecaminosa do homem que opera através de sua mente e de todo o seu ser (Rom. 8:7; Col. 2:18).
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora HAGNOS pag. 656 – 657.

MUNDO no grego kosmo, Kosmos Maligno.
A raça humana é uma espécie decida. Isso significa, por sua vez, que o kosmo igualmente, é apresentado como algo alienado de Deus, mormente nos escritos de Paulo e João. O primeiro desses apóstolos, na primeira epistola aos Coríntios. usa uma série inteira de contrastes a fim de deixar esclarecido. acima de qualquer possibilidade de dúvida, que essa alienação é uma realidade. A sabedoria deste kosmos (ou aíon) faz contraste com a sabedoria do Senhor; o espirito do kosmos contrasta com o Espirito de Deus; o arrependimento do kosmos contrasta com o arrependimento outorgado por Deus. Na epistola aos Romanos é pintado um quadro ainda mais negro. Visto que o pecado entrou nokosmos, cosmos inteiro tomou-se culpado, e será julgado e condenado por Deus. Ver Rom, 3:6,19; cf. I Cor. 6:2. A natureza final e definitiva desse pecado manifesta-se no fato de que foram os governantes deste kosmos que crucificaram ao Senhor da glória. Como é óbvio, em uma passagem como essa (I Cor. 2:8). o kosmos, obviamente, indica a raça humana. Não obstante. kosmos é palavra que envolve mais do que isso, porquanto os poderes angelicais controlam o cosmos pecaminoso (cf. I Cor. 2:6; Efé. 2:2). E isso explica o motivo pelo qual Deus nunca é chamado, nas Escrituras. de Senhor do kosmos, E também por que, nas Escrituras, não haverá nenhum novo kosmos, embora tenha de haver um novo aion, conforme já vimos acima. Tão completamente o KÓSMOS é identificado com o pecado e com a queda no pecado, nas páginas do Novo Testamento, que o único destino do kosmos só pode ser a condenação e a destruição; u11J.a vez julgado por Deus. Okosmos, pois, representa o mundo pecaminoso e mau. que está em irreconciliável conflito com o mundo de Deus, o novo aion, que será manifestado por ocasião do segundo advento de Cristo.
João usou uma linguagem ligeiramente diferente, embora, materialmente, o pensamento seja idêntico.

Cristo não pertence ao kosmos, porquanto ele veio da parte de Deus. Esteve no kosmos,mas o kosmos não O reconheceu (João 1:10). E nem o kosmos confiou Nele (João 7:7). Embora Jesus tivesse vindo a este mundo a fim de salvar, e não de condenar. A incredulidade do kosmos sô resulta em sua própria condenação. O príncipe deste kosmosfoi logo o primeiro a ser julgado. «Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso. (João 12:31). A primeira epistola de João encerra contrastes que fazem lembrar os contrastes feitos por Paulo, a saber: aquele que está nos crentes e aquele que está no mundo (I João 4:4); aqueles que são do mundo e aqueles que são de Deus (4:5.6); nós, que pertencemos a Cristo e o mundo que está na iniquidade e pertence ao maligno (5:19). Novamente, vê-se ai um conflito sem solução por enquanto, que resultará na condenação final daqueles que teimam em continuar pertencendo ao kosmos, Este mundo não escapou ao controle de Deus, embora esteja em estado de revolta contra ele. Mediante o novo nascimento. Conferido pelo Espirito de Deus (ver João 3:6), o individuo pode ser salvo. Mas o kosmos, propriamente dito, por ser um kosmos pecaminoso, não pode ser salvo.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 4. Editora HAGNOS pag. 416.

DIABO
O termo grego diabolôs, traduzido em português por «diabo», encontra-se no Novo Testamento por trinta e seis vezes: Mal 4:1,5,8,11; 13:39; 25:41; Luc, 4:2,3,6,13; 8:12; Joio 6:70; 8:44; 13:2;
Atos 10:38; 13:10; Efé. 3:27; 6:11; I Tim. 3:6,7,11;'11 Tim. 2:26; 3:3; Tito 2:3: Heb. 2:13; Tia. 4:7; I Ped. 5:8; I Joio 3:8,10; Jud. 9; Apo. 2:10; 12:9.12; 20:2,10. Essas ocorrências contam com certa variedade de traduções, como «diabo, «acusador», etc. A palavra tem os seguintes usos na Bíblia: 1. Alguém que calunia a outrem com o propósito de prejudicar, como o individuo que espalha maledicências (I Tim. 3:1; 11 Tim. 3:3; Tito 2:3).

2. Algumas traduções traduzem a palavra sátiro (que vide), de Levítico 18:7, como «diabo». Provavelmente está ali em foco alguma forma de demonismo.
Ver também Isaias 13:21 e 34:14. Acreditava-se- que os espíritos demoníacos habitam nos lugares desérticos, manifestando-se como criaturas do tipo bode (no hebraico, as´ir,«peludo»). A fim de contrabalançar a má influência desses espíritos, os antigos ofereciam holocaustos. Israel trouxe essa superstição do Egito, onde o bode era adorado como um ser divino.

3. Pensava-se que os (dolos contavam com poderes demoníacos por detrás dos mesmos. Em algumas traduções, essas forças demoníacas são chamadas «diabos» (isso, porém, nunca ocorre em nossa versão portuguesa). Ver Deu. 32:17: Salmos 10:6-37 A palavra traduzida por «diabo», nesses trechos, é o termo hebraico shed, «demônio». O vocábulo grego daimonion, que ocorre por sessenta vezes no Novo Testamento grego, é traduzido por «diabo», em algumas traduções. Ver o artigo separado sobre os Demônios.

4. O príncipe dos estritos caldos, Satanás, também é chamado «diabo. (Mat, 4:8-11; Apo. 12:9). Ele é chamado de acusador dos nossos irmãos (Apo. 20:10). As Escrituras o descrevem como caluniador dos homens diante de Deus. Esse assaca acusações hostiscontra os crentes. Ele foi o acusador de Jó (Jó 1:6-11), e é pintado como se vagueasse pela face da terra, espiando a fraqueza daqueles que procuram a vitória na inquiriç16 espiritual. O diabo 6 como um leio que destrói sem misericórdia. Em seu ser não a bem algum, embora ele goste de apresentar-se como um ser bondoso. Provavelmente, esta auto enganando. De certo ângulo, a própria história humana luta entre as forças do bem. do mal, em que a lealdade do homem é constantemente solicitada. E preciso muito tempo para que os homens se convença de que o bem é melhor do que o mal. Segundo certo aspecto, a redenção é a libertação do homem dos poderes do Acusador e do pecado que ele inspira. No fim. Os remidos estarão libertos do domínio satânico. O trecho de I Coríntios 5:5 parece indicar que a Satanás são dados certos poderes sobre os crentes carnais. A fim de castigá-los, o que pode envolver até mesmo a morte física, o que é um solene conceito. Há a considerar a advocacia de Cristo, o qual nos livra desse e de todos os demais aspectos do mal (I Joio 1:1). Quando começar a Grande Tribulação, o acesso que Satanás tem a Deus, como nosso acusador chegará ao fim (Apo. 12:7-11). Ele continuará provocando muita perturbação, mesmo após o milênio. quando fará a tentativa de derrubar o reino da luz (Apo. 20:3,7,8). Mas então terá de enfrentar o fruto de suas escolhas e atos.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 5. Editora HAGNOS pag. 133 – 134.

Por
Dc. Geazi Santos

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