TEXTO ÁUREO
“E abençoou-o e disse: Bendito seja
Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra” (Gn
14.19).
VERDADE PRÁTICA
A bênção de
Melquisedeque não se limitou a Abraão, mas alcança todos os que recebem Jesus
Cristo como sacerdote eterno.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Hb 7.1
Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote de Deus
|
Quinta — Gn 14.20
Melquisedeque recebe os dízimos de Abraão
|
Terça — Hb 7.2
Melquisedeque, rei de Salém e rei de justiça
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Sexta — Gn 14.18
Melquisedeque traz pão e vinho a Abraão
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Quarta — Hb 7.3
Melquisedeque, um sacerdócio eterno
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Sábado — Sl 110.4
Jesus, Sacerdote da ordem de Melquisedeque
|
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis
14.12-20.
12
— Também
tomaram a Ló, que habitava em Sodoma, filho do irmão de Abrão, e a sua fazenda
e foram-se.
13
— Então,
veio um que escapara e o contou a Abrão, o hebreu; ele habitava junto dos
carvalhais de Manre, o amorreu, irmão de Escol e irmão de Aner; eles eram
confederados de Abrão.
14
— Ouvindo,
pois, Abrão que o seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em
sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã.
15
— E
dividiu-se contra eles de noite, ele e os seus criados, e os feriu, e os
perseguiu até Hobá, que fica à esquerda de Damasco.
16
— E tornou a
trazer toda a fazenda e tornou a trazer também a Ló, seu irmão, e a sua
fazenda, e também as mulheres, e o povo.
17
— E o rei de
Sodoma saiu-lhes ao encontro (depois que voltou de ferir a Quedorlaomer e aos
reis que estavam com ele) no vale de Savé, que é o vale do Rei.
18
— E
Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus
Altíssimo.
19
— E
abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus
e da terra;
20
— e bendito
seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deulhe o
dízimo de tudo.
HINOS SUGERIDOS
82,
126 e 198 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Saber
que a bênção de Melquesideque não se limitou a Abraão, mas alcança a todos que
pela fé receberam a Jesus como Salvador.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
·
I.
Saber a respeito de Melquisedeque como rei de Salém;
·
II.
Analisar a vida de Abraão como gentio;
·
III.
Mostrar que Melquisedeque ao trazer pão e vinho a Abraão
abençoa o patriarca.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, animado para o estudo e o
preparo de mais uma lição? Esperamos que sim, pois um professor entusiasmado e
bem preparado é importante, fundamental no processo de ensino-aprendizagem. Na
lição de hoje, estudaremos a respeito de dois personagens: Melquisedeque e
Abraão. Segundo o pastor Claudionor de Andrade, a história de Melquisedeque é
pequena, mas a teologia e a sua importância são grandes. Melquisedeque era rei
de Salém, que mais tarde veio a se tornar Jerusalém. Ele é um tipo de Cristo.
Melquisedeque não era apenas rei, mas também um sacerdote. Seu nome significa
“rei da justiça”. Ao aceitar a bênção de Melquisedeque, Abraão demonstra
reconhecer a sua autoridade sacerdotal. Abraão não somente aceitou sua bênção,
mas lhe deu o dízimo de tudo (v.20).
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A história de
Melquisedeque é tão breve que o autor sagrado pôde narrá-la em apenas três
versículos (Gn 14.18-20). Aliás, nem biografia possui o misterioso homem.
Sabemos apenas que ele era rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo.
Se a história é
pequena, a teologia é grande. A importância de Melquisedeque faz-se plena com a
encarnação de Cristo que, desde o Calvário, exerce o seu sacerdócio junto ao
Pai.
O rei de Salém
entra em cena, quando sai ao encontro de Abraão, que vinha de uma renhida
batalha para libertar a Ló, seu sobrinho. E ali na antiga Jerusalém, abençoa no
patriarca toda a nação israelita. Nesta bênção, você também foi incluído.
PONTO CENTRAL
O Senhor Jesus como sacerdote pertencia
à ordem de Melquisedeque.
I.
MELQUISEDEQUE, REI DE SALÉM
Uma história sem
biografia. Assim podemos definir a aparição de Melquisedeque no relato do
Gênesis.
1.
Rei de Jerusalém. A antiga Salém, cujo nome em hebraico significa
paz, é identificada com a Jerusalém atual. O objetivo deste reino era promover
a paz através da justiça divina, já que o nome de Melquisedeque traz este
glorioso significado: rei de justiça (Hb 7.2).
Portanto, sua
função era difundir o conhecimento divino em toda aquela região, pois Israel
ainda não existia como o povo sacerdotal e profético do Senhor.
2.
Sacerdote do Deus Altíssimo. Melquisedeque
foi o primeiro personagem da História Sagrada a receber o título de sacerdote.
É claro que, desde o princípio, houve ações sacerdotais. Haja vista o
oferecimento que Abel fez ao Senhor (Gn 4.4).
No texto bíblico,
ele é identificado como sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18). Ao contrário do
ofício de Arão, cuja continuidade era assegurada hereditariamente, o de
Melquisedeque é eterno. Com um único sacrifício, o seu ministério
plenificou-se. Sim, com a morte de Cristo foi-nos garantida eterna redenção
perante Deus (Hb 7.23-28).
3.
Figura de Jesus. Filho do homem, Jesus tem uma genealogia que, em
Mateus, remonta a Abraão (Mt 1.1,2), e, em Lucas, vai até ao próprio Deus (Lc
3.38). Mas, como Filho de Deus, Ele é eterno: não possui genealogia (Jo 1.1-3).
Nesse sentido, Melquisedeque é uma figura perfeita de Cristo (Hb 7.1-6).
Isso não significa
que Melquisedeque fosse eterno, ou uma pré-encarnação de Jesus Cristo. O que o
autor sagrado diz é que este personagem, apesar de sua importância, não possui
uma biografia escrita. Moisés foi inspirado a não registrar-lhe o nome dos pais,
a idade, a procedência, nem o dia de sua morte.
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
Melquisedeque
era sacerdote e rei de Salém.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
“Em hebraico malkisedeq ou ‘rei da justiça’, é mencionado em Gênesis 14.18;
Salmo 110.4; Hebreus 5.6,10; 6.20; 7.1,10,11,15,17. No livro de Gênesis ele é
um rei-sacerdote cananeu de Salém (Jerusalém) que abençoou Abraão quando este
retornou depois de salvar Ló, e a quem Abraão pagou o dízimo do espólio da
batalha. Devido ao mistério que cerca seu repentino aparecimento no cenário da
história, e seu igualmente repentino desaparecimento, ele tem sido identificado
com um anjo, com o Espírito Santo, com o Senhor Jesus Cristo, com Enoque.
Quanto à religião, ele era ‘sacerdote do Deus Altíssimo’” (Dicionário
Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.1247).
II.
ABRAÃO, O GENTIO
Abraão era tão
gentio quanto eu e você, quando Deus o chamou a formar o povo escolhido (Dt
26.5). No entanto, pela fé, tornou-se pai da nação hebreia e de todos os que
creem.
1.
O pai da nação hebraica. Deus precisava de uma nação, através da qual
pudesse redimir a humanidade, segundo anunciara a Adão e Eva (Gn 3.15). Esta
nação teria de vir da linhagem de Sem, o filho mais velho de Noé (Gn 9.26,27).
E, como todos sabemos, Abraão era semita. Sua escolha evidenciou-se por uma fé
inabalável em Deus (Rm 4.3).
Nele seriam
abençoadas todas as nações da terra, com a proclamação do Evangelho de Cristo
(Gn 12.3). Afinal, Jesus, segundo a carne, veio da descendência de Abraão (Mt
1.1). A missão da família hebreia, portanto, era testemunhar ao mundo acerca do
amor, da justiça e da Palavra de Deus (Rm 9.4,5). Apesar da aparente falha de
Israel, sua missão foi plenamente cumprida, pois a salvação chegou-nos por
intermédio dos judeus (Jo 4.22).
2.
O pai dos crentes. Quando chamado por Deus, o gentio Abraão creu e,
sem demora, aceitou-lhe a ordem. Imediatamente foi justificado (Gn 15.6). A
partir daquele momento, passou a ser visto pelo Senhor como se jamais tivesse
cometido qualquer falha: um homem justo e perfeito. Enfim, um amigo de Deus (Is
41.8).
Por esse motivo,
todos os que creem em Deus, à semelhança de Abraão, são tidos como seus filhos
na fé (Gl 3.7).
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
Abraão,
o pai da nação hebreia, era um gentio.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Melquisedeque e
seu sacerdócio são exemplo de Cristo e de seu sacerdócio. O sacerdócio de
Melquisedeque não estava limitado a raça humana ou a tribo, sendo, portanto,
universal. Sua realeza não foi herdada de seus pais. E essa realeza também não
foi transmitida a um descendente; e assim ela era eterna. Portanto,
Melquisedeque é uma tipologia de Cristo e de seu sacerdócio eterno e universal”
(Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2006, p.1247).
III.
A OCASIÃO DA BÊNÇÃO
Por causa da
captura de Ló por Quedorlaomer, rei de Elão, o patriarca viu-se obrigado a
formar um exército para libertar o sobrinho (Gn 14.14). Na volta, já vitorioso,
é recebido por Melquisedeque.
1.
Objetivo da visita. Depois de uma vitória tão decisiva, Abraão, já nas
imediações de Salém, agradece a Deus ao ser recepcionado por Melquisedeque. O
maior recebe o menor (Hb 7.7). O patriarca sabia muito bem que estava diante do
sacerdote do Deus Altíssimo. Por isso, reverencia-o com os dízimos de seus bens
pessoais e não dos despojos de guerra, já que se recusou a recebê-los (Gn
14.20). Verdadeira adoração e serviço a Deus. Que exemplo para nós.
2.
A autoridade de Melquisedeque. Por
intermédio de Abraão, toda a nação hebreia reverenciou Melquisedeque, até mesmo
os sacerdotes da tribo de Levi, que sequer haviam nascido (Hb 7.9). Ora, se o
sacerdócio levítico era temporário, o de Melquisedeque não podia ser
interrompido pela morte, pois é eterno. Um sacerdócio, aliás, que haveria de
ser exercido por Cristo (Sl 110.4).
3.
A simbologia da visita. Melquisedeque, ao trazer pão e vinho a Abraão,
abençoa-o: “Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da
terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas
mãos” (Gn 14.19,20). O que poderia redundar numa derrota ao patriarca
transforma-se num momento de triunfo. Seu pequenino exército dispersou as
poderosas forças de Quedorlaomer.
No pão e vinho que
Melquisedeque trouxera a Abraão estava a simbologia da morte de Jesus Cristo, o
Cordeiro Imaculado. Mais tarde, o Filho de Deus servirá uma refeição semelhante
aos seus discípulos (Mt 26.26-30). Com a morte do Filho de Deus cumpria-se o
sacerdócio de Melquisedeque.
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
Melquisedeque abençoa Abraão e este lhe entrega os
dízimos.
CONCLUSÃO
Em Abraão, todos os
que cremos em Cristo fomos alcançados com a bênção de Melquisedeque. Hoje,
temos o Senhor Jesus que, junto ao Pai, intercede por nós, conforme escreve o
apóstolo João: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis;
e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E
ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também
pelos de todo o mundo” (1Jo 2.1,2).
PARA REFLETIR
A respeito do livro de Gênesis:
Quem foi Melquisedeque?
Melquisedeque era
rei de Salém e sacerdote do Senhor. É um tipo de Cristo.
Qual o significado de seu nome?
Melquisedeque traz
este glorioso significado: rei de justiça (Hb 7.2).
Descreva o sacerdócio de Melquisedeque.
Melquisedeque foi
o primeiro personagem da História Sagrada a receber o título de sacerdote. No
texto bíblico, ele é identificado como sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18).
Ao contrário do ofício de Arão, cuja continuidade era assegurada
hereditariamente, o de Melquisedeque é eterno. Com um único sacrifício, o seu
ministério plenificou-se.
Faça um breve resumo da biografia de Abraão.
Abraão era gentio,
quando Deus o chamou a formar o povo escolhido (Dt 26.5). No entanto, pela fé,
tornou-se pai da nação hebreia e de todos os que creem. Abraão era semita. Sua
escolha evidenciou-se por uma fé inabalável em Deus (Rm 4.3). Nele, seriam abençoadas
todas as nações da terra, com a proclamação do Evangelho de Cristo (Gn 12.3).
Por que Jesus é sacerdote, de acordo com a ordem de
Melquisedeque?
Porque Jesus é
anterior a Abraão, a Levi e aos sacerdotes levíticos e maior que todos eles.
Melquisedeque serve como tipo de Cristo, cujo sacerdócio e jamais terá fim.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Melquisedeque
abençoa Abraão
As narrativas sobre
como Deus tratou Abraão, Isaque, Jacó e José, os patriarcas ancestrais do povo
de Israel estão registras nos capítulos de 12 a 50 de Gênesis. Conhecer as
raízes históricas e a formação do povo judeu é simples, a partir da leitura
atenta desses capítulos que formam o Gênesis.
A história de
Abraão inicia com a narrativa da família do patriarca, a caminho de Canaã (Gn
11.27-32), acrescentada de uma citação especial sobre a esterilidade de Sara, a
esposa do pai da fé (Gn 11.30). Mas os momentos principais nas narrativas sobre
a vida de Abraão estão em Gênesis 12.1-9, em que Deus chama Abraão para sair da
terra de Harã, após a morte do seu pai Terá, e ser enviado a uma terra estranha
(v.1), prometendo fazer dele “uma grande nação”, e abençoando, assim, por
intermédio dele, “todas as famílias da terra” (vv.2,3).
Após viajar para a
terra que o Senhor lhe falou, Abraão percorreu obedientemente a terra inteira.
Em seguida, recebeu a promessa de Deus: “E apareceu o SENHOR a Abrão e disse: À
tua semente darei esta terra” (Gn 12.7). Qual foi a reação de Abraão? Ora,
edificar um altar ao Senhor e invocar o seu nome (vv.8,9). Ao longo da
narrativa sobre o patriarca Abraão, expressões como “terra prometida”,
“descendência prometida”, “uma grande nação”, “bênçãos para as nações” vão
ganhando corpo e materialidade. E verbos como “adorar” e “confiar” em Deus,
como único e verdadeiro, vão se constituindo como símbolo para uma adoração e
uma fé adequadas ao único Deus do povo de Israel. Abaixo, veja o resumo das
grandes promessas de Deus para Abraão:
Por
Dc. Geazi Santos
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