quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Existe Bullying Dentro da Igreja?

O que a Bíblia diz sobre bullying? 

Um artigo que me chamou muita atenção e gostária de compartilhar com vocês:
Existe bullying em nossas igrejas?       
O que a bíblia fala sobre esta questão?                                                                                              
O que podemos fazer  para coibilos?                                                                                             
        Você já recebeu apelidos? Já “zoaram” com você? Já foi vítima de fofocas, humilhação? E você, já apelidou alguém? É! Caros irmãos, provavelmente já foram vítimas de Bullying e também vitimaram alguém. Vejamos o texto a seguir: “Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais..., odiaram-no, e não podiam falar com ele pacificamente... seus irmãos, pois, o invejavam... tiraram dele sua túnica... e lançaram-no na cova... e o venderam...”, (Gn 37). Sim, estou falando do jovem José, em sua amarga vivênca, e esta, tipifica um grande exemplo de bullying na Bíblia, pois, por meio da inveja e ódio de seus irmãos, o violentaram psicologicamente, através da humilhação, roubando dele muitos direitos. Bem! Mas neste caso ele conseguiu suplantar os efeitos do bullying, pois estava na presença de Deus, e sua história virou sucesso!



O termo bullying não está na Bíblia. Mas isso não quer dizer que a Bíblia não se dirige significativamente a esta expressão da nossa cultura. Considere os dados da pesquisa feita pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) sobre os tipos de bullying mais frequentes:
- Apelidar: 54,2%
- Agredir: 16,1%
– Difamar: 11,8%
– Ameaçar: 8,5%
– Pegar pertences: 4,7%.
A Bíblia dirige-se a cada um destes aspectos. E ela vai além: tem palavras de consolo e fortalecimento para o sofredor, caminhos de verdadeira transformação em Cristo para o agressor, palavras de incentivo para o pacificador. Você e eu temos a oportunidade de penetrar na vida destas pessoas por meio de um relacionamento de amor. Podemos identificar os problemas usando a nomenclatura que Deus usa e aplicar as verdades das Escrituras.
Encontramos na Bíblia inúmeras ilustrações e ensinos sobre ira, conflito e discriminação, e também a solução para tais problemas. Quando a Bíblia menciona algo com tanta frequência, podemos esperar que seja uma luta universal. O bullying não é novidade! Os pecados relacionados com conflito interpessoal ocupam boa parte das listas compiladas pelo Apóstolo Paulo em passagens como Romanos 1.29-31, 2 Coríntios 12.20, Gálatas 5.19-21, Efésios 4.31, Colossenses 3.8 e 2 Timóteo 3.2-4.
E a solução: Todavia, não foi isso que vocês aprenderam de Cristo. De fato, vocês ouviram falar dele, e nele foram ensinados de acordo com a verdade que está em Jesus. Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade” (Ef 4.20-24).
Qual tem sido a sua reação diante do que temos presenciado em nossos dias com as crianças e os adolescentes na escola, na vizinhança e até mesmo na igreja? Não podemos ficar calados e nada fazer. Como desenvolver uma estratégia para prevenir o bullying entre crianças e adolescentes? Como aconselhar?
Somos chamados a ser bons observadores da nossa cultura e a pensar biblicamente sobre os componentes do “fenômeno bullying“, buscar e sistematizar o ensino bíblico, traçar uma estratégia de atuação e ministrar com sensibilidade e amor aos três grupos:
– os praticantes do bullying — crianças ou adolescentes com comportamento violento, a caminho de se firmarem como adultos agressivos;
– as vítimas de bulllying — crianças ou adolescentes que sofrem e podem ter problemas significativos no relacionamento com Deus, consigo mesmas e com outros;
– as testemunhas do bullying — todos aqueles que, como nós, são parte de uma cultura em que este comportamento tem se tornado cada vez mais comum e gerado as mais diversas reações, da frustração à indiferença, da revolta ao medo.
Temos trabalho a fazer: debruçarmo-nos cuidadosamente sobre a Palavra, não na busca frustrada de um versículo que mencione o bullying, mas com a disposição de aprender a pensar sobre os “fenômenos de nossos dias” com base em princípios bíblicos e construir uma teologia prática que atenda às necessidades atuais. Cristo e Sua Palavra são suficientes para transformar integralmente as vidas marcadas pelo bullying!
Pastor Antônio Genaro para a Revista Cristã

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