O que a Bíblia diz sobre bullying?
Um artigo que me chamou muita atenção e gostária de compartilhar com vocês:
Existe bullying em nossas igrejas?
O que a bíblia fala sobre esta questão?
O que podemos fazer para coibilos?
Você
já recebeu apelidos? Já “zoaram” com você? Já foi vítima de fofocas,
humilhação? E você, já apelidou alguém? É! Caros irmãos, provavelmente
já foram vítimas de Bullying e também vitimaram alguém. Vejamos o texto a
seguir: “Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais...,
odiaram-no, e não podiam falar com ele pacificamente... seus irmãos,
pois, o invejavam... tiraram dele sua túnica... e lançaram-no na cova...
e o venderam...”, (Gn 37). Sim, estou falando do jovem José, em sua
amarga vivênca, e esta, tipifica um grande exemplo de bullying na
Bíblia, pois, por meio da inveja e ódio de seus irmãos, o violentaram
psicologicamente, através da humilhação, roubando dele muitos direitos.
Bem! Mas neste caso ele conseguiu suplantar os efeitos do bullying, pois
estava na presença de Deus, e sua história virou sucesso!
O
termo bullying não está na Bíblia. Mas isso não quer dizer que a Bíblia
não se dirige significativamente a esta expressão da nossa cultura.
Considere os dados da pesquisa feita pela Associação Brasileira
Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) sobre
os tipos de bullying mais frequentes:
- Apelidar: 54,2%
- Apelidar: 54,2%
- Agredir: 16,1%
– Difamar: 11,8%
– Ameaçar: 8,5%
– Pegar pertences: 4,7%.
A
Bíblia dirige-se a cada um destes aspectos. E ela vai além: tem
palavras de consolo e fortalecimento para o sofredor, caminhos de
verdadeira transformação em Cristo para o agressor, palavras de
incentivo para o pacificador. Você e eu temos a oportunidade de
penetrar na vida destas pessoas por meio de um relacionamento de amor.
Podemos identificar os problemas usando a nomenclatura que Deus usa e
aplicar as verdades das Escrituras.
Encontramos
na Bíblia inúmeras ilustrações e ensinos sobre ira, conflito e
discriminação, e também a solução para tais problemas. Quando a Bíblia
menciona algo com tanta frequência, podemos esperar que seja uma luta
universal. O bullying não é novidade! Os pecados relacionados com
conflito interpessoal ocupam boa parte das listas compiladas pelo
Apóstolo Paulo em passagens como Romanos 1.29-31, 2 Coríntios 12.20,
Gálatas 5.19-21, Efésios 4.31, Colossenses 3.8 e 2 Timóteo 3.2-4.
E a solução: “Todavia,
não foi isso que vocês aprenderam de Cristo. De fato, vocês ouviram
falar dele, e nele foram ensinados de acordo com a verdade que está em
Jesus. Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a
despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem
renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para
ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade” (Ef 4.20-24).
Qual
tem sido a sua reação diante do que temos presenciado em nossos dias
com as crianças e os adolescentes na escola, na vizinhança e até mesmo
na igreja? Não podemos ficar calados e nada fazer. Como desenvolver uma
estratégia para prevenir o bullying entre crianças e adolescentes? Como
aconselhar?
Somos
chamados a ser bons observadores da nossa cultura e a pensar
biblicamente sobre os componentes do “fenômeno bullying“, buscar e
sistematizar o ensino bíblico, traçar uma estratégia de atuação e
ministrar com sensibilidade e amor aos três grupos:
–
os praticantes do bullying — crianças ou adolescentes com comportamento
violento, a caminho de se firmarem como adultos agressivos;
–
as vítimas de bulllying — crianças ou adolescentes que sofrem e podem
ter problemas significativos no relacionamento com Deus, consigo mesmas e
com outros;
– as testemunhas do bullying — todos aqueles que, como nós, são parte de uma cultura em que este comportamento tem se tornado cada vez mais comum e gerado as mais diversas reações, da frustração à indiferença, da revolta ao medo.
– as testemunhas do bullying — todos aqueles que, como nós, são parte de uma cultura em que este comportamento tem se tornado cada vez mais comum e gerado as mais diversas reações, da frustração à indiferença, da revolta ao medo.
Temos
trabalho a fazer: debruçarmo-nos cuidadosamente sobre a Palavra, não na
busca frustrada de um versículo que mencione o bullying, mas com a
disposição de aprender a pensar sobre os “fenômenos de nossos dias” com
base em princípios bíblicos e construir uma teologia prática que atenda
às necessidades atuais. Cristo e Sua Palavra são suficientes para
transformar integralmente as vidas marcadas pelo bullying!
Pastor Antônio Genaro para a Revista Cristã
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