segunda-feira, 11 de março de 2013

LIÇÃO 11 - OS MILAGRES DE ELISEU / 02


SUBSÍDIO EXTRA

Da mesma forma que Deus usa Eliseu para informar da abundância de alimentos aos habitantes de Samaria, Deus usa Eliseu para tratar de uma situação igualmente importante: socorrer uma viúva e seus dois filhos. Deste tema, devemos nos lembrar de pelo menos três lições:

Problemas atingem a todos, inclusive pessoas tementes a Deus. A viúva do profeta foi consultar o homem de Deus para resolver um grave problema: além de viúva, herdou do marido uma dívida tão constrangedora que o credor levaria seus filhos como escravos. A Bíblia não fala do montante da dívida nem do motivo que levou um homem de Deus a contraí-la, mas deixa claro que havia um credor batendo na porta da viúva para receber seu dinheiro. Não bastasse a dor da perda do esposo, perderia também seus filhos. Mas aquela mulher tinha um referencial: Eliseu, o profeta do Senhor. Servos de Deus não estão isentos de passar por adversidades, mas devem lembrar-se de que têm um Deus a quem recorrer em todos os momentos.

Deus pode agir de forma sobrenatural por meio de coisas simples. O azeite era um produto de baixo valor agregado, em que pese ser essencial em todas as casas dos israelitas. E foi por meio desse líquido comum que Deus fez prover a casa daquela mulher. A estratégia de Eliseu foi seguida, e a mulher viu a multiplicação do pouco em muito. Obedecer a voz do profeta fez a diferença para aquela mulher.

Deus espera que sigamos suas orientações sempre. Não basta saber qual é a vontade de Deus para nossas vidas. É preciso obedecer ao Senhor quando a vontade dEle é revelada. Em certos casos, mesmo tendo a providência de Deus, é preciso sabedoria para tratar dos problemas. Aquela viúva viu o milagre em sua casa, mas parece que ainda não tivera ideia de como agir com toda aquela bênção. Ela retornou ao profeta Eliseu para lhe dar a nova, e ouviu do profeta (2° Rs 4.7). O que pode nos parecer óbvio (vender o azeite para pagar a dívida) pode não o ser para a pessoa que está passando pela situação. De forma sábia, Eliseu trouxe a orientação para a viúva. Em momentos como esse, devemos ter paciência com as pessoas aflitas, pois cada orientação é de suma importância, tendo em vista que nos momentos de aflição, nem sempre contemplamos o livramento do Senhor por causa de nossas preocupações. Por isso, tenhamos paciência com aqueles que passam por aflições, e Deus os abençoará.

 SUBSÍDIOS EXTRAS

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

ELISEU

Esboço:

I. Nome

lI. Família e Origens

III. Sua Chamada e Esboço de seu Ministério

            IV. incidentes conhecido de sua Vida

I. Nome:

No hebraico, EIiha, «Deus é salvação» ou «Deus, sua salvação». A forma grega, na Septuaginta, é Elisâ, No Novo Testamento, Elisa/os (Luc. 4:27).

II A família e a origem:

Há mais informações sobre o passado formativo de Eliseu, do que no caso de Elias (que vide), embora também não muita coisa. O pai de Eliseu chamava-se Safate e era natural da cidade de Abel-Meolá, que alguns estudiosos identificam com o moderno Tell Abu Sifri, a oeste do rio Jordão e cerca de meio caminho entre o mar Morto e o mar da Galileia. O trecho de I Reis 19:19-21 é que nos fornece essas informações. Entretanto, não se sabe dizer onde Eliseu nasceu, embora possamos supor que foi no mesmo lugar em que nasceu seu pai, Abel-Meolá (ver I Reis 19:16).

III. Sua Chamada e esboço do seu ministério:

Depois de Elias, Eliseu tomou-se o presidente da escola dos profetas de Israel. Os discípulos dos profetas eram chamados de seus «filhos», o que explica a expressão «filhos dos profetas» (que vide). Entre os jovens discípulos de Elias, estivera Eliseu. Se datarmos o ministério de Eliseu a partir de seu chamamento, então esse ministério foi realmente longo, desde os reinados de Acabe, Acazías, Jeorão, passando por Jeú e Jeoacâs, e até Joâs, um período de mais de cinquenta anos. Os textos bíblicos que narram a hist6ria de Eliseu são o décimo nono capítulo de I Reis e os capitulas dois a nove e treze de 11 Reis. Esses textos fornecem-nos dezoito diferentes e significativas crônicas, que poderíamos considerar como uma seleção entre tantos outros incidentes, inútil tentar descobrir a cronologia: desses incidentes. E porquanto há interrupções obvias na sequência dos mesmos. Comparar 11 Reis 6:23 com 6:24; 6:27 com 8:4,5; 13:13 com 13:14 ss, Após o arrebatamento de Elias, Eliseu tomou o seu lugar, como cabeça da escola dos profetas. Ele recebera a dupla porção do poder espiritual de Elias (11 Reis 2:9,10). Por esse motivo, as narrativas a que aludimos contam muitos sinais e prodígios feitos por Eliseu, alguns dos quais tiveram um interesse nacional. Portanto, Eliseu foi um autêntico substituto de Elias, não representando qualquer declínio quanto ao poder espiritual, conforme, com tanta frequência, acontece quando um grande mestre é substituído por algum de seus discípulos, posto que, lideram-te. Eliseu é retratado como um profeta popular, a quem aldeões e reis, igualmente, apelavam, pedindo ajuda. As grandes tensões criadas na nação de Israel por causa da adoração ao deus pagão Baal, tinham amainado, pelo que também o ministério de Eliseu foi mais pacifico que o de Elias.

IV. incidentes conhecido de sua Vida:

1. Testemunha da Translação de Elias. Quando ainda era jovem, Eliseu foi chamado por Elias para tornar-se um de seus filhos», isto é, discípulo. Elias fizera isso a mando do Senhor, e pôs seu manto de pelos de carneiro sobre os ombros de Eliseu, como sinal de sua nova ocupação. Eliseu foi despedir-se dos seus pais, ofereceu uma festa aos seus amigos, e passou a acompanhar Elias, como seu criado e aprendiz. Ver I Reis 19:19-21. Tudo isso faz-nos lembrar o poder de Jesus, quando convocou os seus primeiros discípulos. Que teria impulsionado aos discípulos de Jesus a abandonarem tudo e se tomarem se discípulos de um homem pobre, cuja vida era ponteada por tantas incertezas financeiras? Eles fizeram isso porque haviam encontrado um grande Mestre e tinham consciência do fato. Há pessoas deveras extraordinárias, que dominam a outras com o seu magnetismo pessoal. Elas têm uma presença avassaladora, um poder mental que projeta e cativa. Jesus foi um homem assim. Séculos antes disso, Elias foi reconhecido como um grande Mestre. Creio que Satya Sai Baba, em nossos próprios dias. é um homem assim, resguardadas as devidas proporções. Ver o artigo acerca dele. As profecias, bíblicas e outras, asseguram-nos de que o anticristo será uma figura de grande envergadura. Quando algum grande mestre chama, as pessoas o atendem! Elias chamou e Eliseu o atendeu. Seguir a um mestre não garante uma vida fácil e brilhante. Quase todos os discípulos de Jesus sofreram o martírio e, antes mesmo da morte libertá-los, tiveram muitas tribulações. Porém, o que caracteriza todos :os verdadeiros discípulos do Senhor é que eles têm vidas úteis, sendo capazes de cumprir alguma missão condigna neste mundo. E com esse motivo que estamos neste mundo e não para adquirirmos vantagens pessoais:

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Volume 2. pag.332.

 

I - OS MILAGRES DE PROVISÃO

1. A m multiplicação dos pães.

4.42 Baal-Salisa. Sua localização exata é incerta, pães das primícias, Normalmente, os pães das primícias eram reservados para Deus (Lv 23.20) e os sacerdotes levitas (Nm 18.13; Dt 18.4-5). Embora a religião do Reino do Norte fosse apostata, o homem que levou os pães para Eliseu era um representante de unia religião piedosa em Israel.

MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag.481.
 

As primícias (42) (heb. bikkurim) os primeiros frutos eram sagrados e dedicados a Jeová (Êx 23.19; 34.26; Lv 2.12; 23.10,17, etc.). A ação do homem mostra que ele considerava Eliseu como representante de Jeová, em oposição, aos sacerdotes dos altos. Como as primícias eram um alimento sacerdotal (Nm 13.12-13), Eliseu, ao reparti-las com o povo(42), provavelmente os filhos dos profetas, mostra considerá-los aquele sagrado resíduo de fiéis a quem se aplica a promessa de Êx 19.6 (um reino de sacerdotes).

NOVO. Comentário da Bíblia. 2 Reis. pag.13.

 

42. Um homem de Baal-Salisa. Ou Bete-Salisa, "Casa dos Três Vales" (I Sm. 9:4), perto de Gilgal. O presente era para suprir a necessidade dos profetas. Primícias. Veja Nm. 18:13; Dt. 18:4. Na falta de sacerdotes e levitas em Israel, ele guardava o espírito da ordenança. Os profetas podiam ser considerados os "sacerdotes e levitas" de Israel.

43. Dá-o ao povo. O profeta reconheceu e aceitou o alimento como provisão de Deus para o povo, mais do que para si mesmo e seu servo. Comerão, e sobejará. Seria o suficiente e ainda sobraria. Assim o Senhor demonstrou que o Seu poder e provisão sempre serão suficientes e chegam até a ultrapassar nossas necessidades, assegurando-nos que não precisamos desanimar na oposição ao mal.

MOODY. Comentário Bíblico. 2 Reis pag. 18, 19.

 

2. Abundancia de viveres.

3.1 - Embora 1.17 diga que Jeorão era o rei de Judá, 3.1 afirma que Josafa ainda estava no poder. Conforme a tradição, quando um dos monarcas ficava velho, era comum que seu filho governasse com ele. Josafa, perto do final de seu reinado, nomeou seu filho Jeorão para governar com ele. Este serviu como correagente do pai por cinco anos (853—848 a.C.; ele é mencionado novamente em 8.16-24). Jorão, rei de Israel, era filho de Acabe e irmão de Acazias (1.17). Tanto um (1 Rs 16.29-22.40) como o outro (1.2-18) serviram como reis de Israel antes de Jorão.

APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. CPAD pag. 511.

 

7.1,2 - Quando Eliseu profetizou o livramento de Deus. o capitão do rei disso que isto seria impossível. A fé e a esperança dele o deixaram, porem a Palavra de Deus se cumpriu (7.14-16)! Algumas vezes preocupamo-nos com os problemas quando deveríamos procurar as oportunidades. Em vez de enfocar os pontos negativos, devemos desenvolver uma atitude de esperança e termos sempre uma perspectiva. Dizer que Deus não pode livrar alguém ou que a solução de uma situação e impossível, demonstra falta de fé.

APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. CPAD pag. 519.

 

2 Reis 7

7:1. Ouvi a palavra do Senhor. Diante do arrependimento do rei (6:33), Eliseu deu pronta resposta de que no dia seguinte haveria libertação, com abundância de alimento a preços baixos.

2. Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu. O capitão (lit., terceiro oficial. Veja Thiele,Mysterious Numbers, pág. 114. Cons. v. 11) expressou sua incredulidade e zombou de tal possibilidade.

3. Quatro homens leprosos. Ninguém mais lhes trazia alimento.

4. Demos conosco no arraial dos sírios. Tinham de enfrentar a morte, ou morrendo de fome ou pelas mãos dos sírios, mas nada urro chance de que ela não fosse ao certa neste último caso.

5. Eis que não havia lá ninguém. Deus usou o raciocínio especulativo de quatro párias desprezados para revelar o livramento de Samaria.

6. Fizer ouvir no arraial dos sírios ruído de carros. Deus usou um som produzido de maneira desconhecida para enganar e amedrontar os sitiadores. Talvez fosse o vento passando pelos desfiladeiros entre as montanhas. Heteus. . . musrianos. Não egípcios, como está na E.R.C, e E.R.A. Musri fica na Síria (I Reis 10:28). Salmaneser III cita Musri entre os seus adversários em Qarqar em 853A.C. (veja ANET, Salmaneser, 11. 78.102, nota sobre Musru). Os heteus, na qualidade de gente mercenárias, eram comuns e estavam à disposição, embora o seu império já tivesse desaparecido. Mercenários egípcios não eram comuns nem estavam à disposição.

8. Chegando, pois, aqueles leprosos. Naturalmente seu primeiro pensamento foi o de satisfazer sua fome.

9. Não fazemos bem. Se eles se demorassem até de manhã, seriam culpados de não se preocuparem com os sitiados.

10. Não havia ninguém. Primeiro contaram o essencial – que os soldados tinham fugido. Depois falaram das provisões nas tendas, o que foi tudo imediatamente transmitido ao rei.

11, 12. Agora eu vos direi. O rei, tão depressa se esquecendo da promessa de Eliseu, suspeitou de um golpe a fim de que Samaria abrisse os portões para sua destruição.

13.Tomem-se. "Não sejamos apressados; vamos descobrir o que aconteceu. De qualquer modo, a morte nos aguarda dentro ou fora; e, em caso contrário, o livramento virá rapidamente".

15. Foram após eles até ao Jordão. E descobriram as evidências conclusivas da fuga dos sírios.

16. Um alqueire por um siclo. A previsão de Elias quanto à fartura tinha se cumprido.

17. Dera o rei a guarda ao "terceiro oficial" para que mantivesse a ordem junto a porta – o lugar do mercado. Tal funcionário era freqüentemente necessário. O povo o atropelou. Esse zombador foi pisado até morrer pelos pés do povo faminto lutando desesperadamente para alcançar o aumento.

18-20. A previsão de Eliseu quanto ao aumento e o oficial incrédulo torna a ser mencionada. Seu cumprimento foi perfeitamente natural, perfeitamente inevitável.

MOODY. Comentário Bíblico. 2 Reis pag.24-26.

 

2 Reis 7

Versículos 1 e 2: Eliseu profetiza abundância; 3-11: A fuga do exército sírio; 12-20: Samaria recebe abundante provisão.

Vv. 1 e 2. A extrema necessidade do homem e a oportunidade de Deus, para que o seu poder seja glorioso; o tempo dEle manifestar-se ao seu povo e quando a forca destes desaparece. A incredulidade e um pecado com que os homens desonram e desagradam muito a Deus, e pelo qual se privam dos favores que Ele lhes designou. Esta será a porção dos que não creem na promessa da vida eterna; eles a verão de longe, porem, jamais a saborearão. os livramentos e as misericórdias temporais não serão no final proveitosas aos pecadores, a menos que sejam levados ao arrependimento pela bondade de Deus.

Vv. 3-11. Deus pode, quando lhe apraz, fazer com que o mais forte dos corações trema, e quanto aqueles que não temerão a Deus, Ele e capaz de fazer-lhes tremer como o tremor da folha de uma arvore. A providencia divina ordenou que os leprosos chegassem assim que os sírios fugissem. A consciência de cada um deles lhes disse que a desgracia lhes cairia se cuidassem apenas de si mesmos. A humanidade natural e o medo pelo castigo são poderosos freios do egoísmo do ímpio. Estes sentimentos tendem a preservar a ordem e a bondade no mundo; porem, os que encontraram as inescrutáveis riquezas de Cristo, não se demorarão mais a informar as boas novas aos demais. Por amor a Ele, e não por sentimentos egoístas, eles compartilham alegremente os seus bens terrenos com os seus irmãos.

Vv. 12-20. Aqui vemos as necessidades de Israel supridas de um modo que poucos imaginaram, o que deveria nos animar a dependermos do poder e da bondade de Deus em nossas angustias. Podemos confiar nas promessas de Deus com toda a segurança e certeza, pois nenhuma de suas boas Palavras deixara de ser cumprida. o capitão que fez objeções a veracidade da palavra que foi dita por Eliseu, viu a abundancia para silenciar e envergonhar a sua incredulidade e nisto viu a sua própria insensatez; porem, não lhe foi permitido comer da abundancia que pode contemplar. Esta e precisamente a atitude dos que veem que as promessas do mundo lhes falham, e pensam que as promessas de Deus os desiludirão. Devemos aprender quão profundo e o desgosto de Deus por causa dos que desconfiam de seu poder, de sua providencia e de suas promessas. Quão incerta e a vida e os seus deleites. Quão certas são as ameaças de Deus, e com quanta segurança alcançarão o culpável. Que Deus nos ajude a esquadrinhar se estamos expostos as suas ameaças, ou se estamos interessados em suas promessas.

HENRY. Matthew. Comentário Bíblico. 2 Reis pag.15, 16.

 

II - OS MILAGRES DE RESTITUIÇÃO

1. A ressurreição do filho da sunamita.

4.19 Ai! A minha cabeça! A criança provavelmente teve insolação. Os gritos do menino, a parte afetada e a estação do ano ("segadores") levam a essa conclusão. A insolação pode ser fatal, como nesse caso (v. 20).

4.23 Não dia de Festa da Lua Nova nem sábado. O primeiro dia do mês e o sétimo dia da semana eram ambos marcados por observâncias religiosas especiais e descanso do trabalho (ct. Nm 28.9-15). O marido sugeriu que apenas nessas ocasiões alguém visitaria um profeta. Parece que ela escondeu dele a morte do menino ("Não faz mal") para poupa-lo de um sofrimento desnecessário, a luz do poder do homem de Deus, que ela acreditava poderia realizar um milagre para o menino.

4.25 monte Carmelo. Veja nota em IRs 18.19. A distancia de Sunem era c. 24 a 40 km.

4.26 Tudo bem. Ela escondeu o verdadeiro sofrimento da mole de seu filho, esperando para contar diretamente ao profeta Eliseu.

4.27 abraçou-lhe os pês. Abraçar os pês era um sinal de humilhação e veneração.

4.29 põe o meu bordão sobre o rosto do menino. Eliseu enviou Geazi na frente porque ele era mais jovem, e, portanto, mais rápido. Ele pode ter esperado que o Senhor restaurasse a vida do menino quando seu bordão fosse colocado sobre este, vendo o bordão corno uma representação da sua presença e um símbolo do poder divino (cf. 2.8).

4.34 se estendeu sobre ele. Como Elias {1 Rs 17.17-24), Eliseu demonstrou o poder do Senhor sobre a morte ao ressuscitar o filho do casal. Também como Elias, parte do processo de restauração envolveu deitar-se sobre o corpo do menino.

MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag.480, 481.

 

b) Eliseu e a Sunamita. 4:8-37.

8. Suném. Atualmente Solem, perto de Jezreel. Todas as vezes que passava. A mulher observava Eliseu em suas freqüentes viagens.

9. Santo homem. Um verdadeiro homem de Deus, não apenas nominal.

10. Façamos-lhe ... um pequeno quarto. Um quarto ao abrigo das intempéries em cima no terraço da casa, mobiliado de acordo com as suas necessidades.

12. Geazi. Tentando retribuir à mulher a sua hospitalidade, Eliseu usou Geazi a fim de não constrangê-la.

13. Habito no meio do meu povo. Ela explicou que sua vida era agradável e sem problemas. Ela não lhes dispensara sua hospitalidade à espera de retribuição.

14. Que se há de fazer por ela? Afastando-se a mulher, Eliseu indagou a Geazi. Ela não tem filho, e seu marido é velho. Ela desejava um filho, mas seu marido era velho demais para satisfazer seu anseio.

16. Abraçarás um filho. Chamaram a mulher de volta e prometeram-lhe um filho. Não, meu senhor. Era o grito de um coração cansado de esperar. Tal coisa ela não se atrevia a esperar. Seu protesto queria dizer: "Não caçoe de mim!"

17. Deu à luz um filho. Só Deus pode reanimar e dar vida. Tais bênçãos Ele garante àqueles que guardam a Sua aliança.

18. O menino, saiu certo dia a ter com seu pai. O incidente seguinte ocorreu durante a colheita, o período mais quente do ano.

19. Minha cabeça. Provavelmente estava com insolação.

20. E o levou a sua mãe . . . e morreu. O Senhor estava para demonstrar novamente a impotência de Baal.

21. E o deitou sobre a cama do homem de Deus. Ela confiou à custódia de Eliseu, o único que poderia ajudá-la nesta situação angustiosa.

22. Chamou a seu marido. Ela pediu a seu marido a ajuda de um moço e uma jumenta, provavelmente porque só tinham dois jumentos e ambos estavam ocupados.

23. Por que vais a ele hoje? Não havia nenhum motivo religioso que desse lugar à visita. Não faz mal. Em hebraico, paz. Ela simplesmente insistiu com ele a que não se preocupasse. O profeta de Deus era seu único ajudador.

25. Eis aí a sunamita. Eliseu a viu quando ela se aproximou do monte Carmelo.

26. Instruiu a Geazi a que fosse verificar qual era o problema. Mas ela ignorou o servo, preferindo falar com Eliseu mesmo.

27. Abraçou-lhe os pés. Sua angústia já não podia mais ser contida. Deixa-a. "Deixe que ela se refaça e me conte o que há". O Senhor mo encobriu, Eliseu não sabia da morte da criança. Em algumas ocasiões, Deus preparou o seu profeta de antemão, mas nem sempre.

28. Não me enganes. "Eu não lhe pedi um filho. Se recebi um filho apenas para vê-lo morrer, seria melhor que eu nunca o tivesse".

29. Cinge os teus lombos. Eliseu fez de Geazi seu representante. Colocar o bordão, um símbolo do poder de Deus, sobre a cabeça da criança era deter a morte que se aproximava. Eliseu pensava que a criança ainda não estivesse morta.

30. Não te deixarei. Era como se dissesse: "Isto não basta". E a seguiu. Eliseu percebeu que o caso era sério.

31. Porém não houve nele voz nem sinal de vida. Eliseu não tinha autoridade de transferir para outro o poder que Deus lhe dera. Por isso Geazi nada pôde fazer. Eliseu fora apressado em instruir o seu servo.

32. Tendo o profeta chegado . . . eis que o menino estava morto. Agora Eliseu compreendia inteiramente a angústia da mulher.

33. Fechou a porta. Seguindo o exemplo de Elias, seu "mestre", Eliseu buscou a quietude para orar a Deus. Orou. Pediu ao Senhor que restaurasse a vida do menino.

34. A carne ... aqueceu. As atitudes precedentes eram símbolo daquilo que se desejava, e constituíram uma extensão da oração do profeta, que agora passou a ser respondida.

35. Andou. Eliseu, grandemente emocionado, esperou a resposta divina.

36. Chama a sunamita. O Senhor ia demonstrar a Sua graça e a Sua misericórdia (cons. Sl. 4:3 ; 25:10). Deus retribui aos crentes a fé e a confiança mas pune os idólatras e acaba com suas vidas.

MOODY. Comentário Bíblico. 2 Reis pag.16-18.

 

Vv. 18-37. Aqui esta a morte súbita do filho da viúva. Toda a ternura materna não e capaz de manter vivo um filho da promessa, um filho que e fruto de oração, um que foi dado com amor; porem, quão admirável foi que a mãe piedosa e prudente tenha guardado os seus lábios, quando foi submetida a esta súbita aflição! Nenhuma palavra nescia escapa de seus lábios. Tinha tal confiança na bondade de Deus, que estava pronta para crer que Ele restauraria o que havia agora retirado. O mulher, grande e a tua fé! AquEle que lhe concedeu esta fé não a decepcionara. A mãe entristecida pediu permissão a seu marido para dirigir-se imediatamente ao profeta. Ela não pensara que fosse suficiente ter a ajuda de Eliseu em beneficio de sua própria família; porem, ainda que fosse uma mulher comum, esta passagem mostra que assistia ao culto publico. Ela fazia bem aos homens de Deus," orava a favor do bem-estar de seus amigos e de sua família. A resposta dela foi: "Tudo vai bem" e, não obstante, o menino estava morto em casa! Sim! Tudo o que Deus faz esta bem; tudo estará bem com os que se foram, se foram para o céu; e tudo estará bem conosco, que permanecemos aqui, se, mesmo enfrentando as aflições, avançarmos em nosso caminho em direção ao céu.

Se todo o consolo que temos nas criaturas nos for tirado, estaremos bem, se pudermos dizer, pela graça, que não possuímos o nosso coração nelas; porque se o nosso coração estivesse nelas, teríamos razoes para temer que nos tivessem sido dadas e tiradas com ira.

Eliseu clamou a Deus com fé, e o filho amado foi restaurado vivo a sua mãe. os que procuram dar vida espiritual as almas monas devem sentir profundamente o caso delas, e trabalhar fervorosamente em oração a seu favor. Ainda que o ministro da Palavra de Deus não possa dar vida divina aos seus semelhantes pecadores, deve utilizar todos os meios com tanto zelo, como se pudesse faze-lo.

HENRY. Matthew. Comentário Bíblico. 2 Reis pag. 8, 9.

 

2. O machado que flutuou.

 

6.1-7 - O incidente da flutuação do machado foi registrado para mostrar o cuidado e a provisão de Deus para aqueles que confiam nEle, mesmo nos acontecimentos mais insignificantes da vida cotidiana.

Deus esta sempre presente. Colocado na Bíblia entre a cura de um general sírio e a libertação do exercito de Israel, este milagre também mostra o contato pessoal de Eliseu com os filhos dos profetas. Apesar de ter o respeito dos reis, ele nunca se esqueceu de cuidar de seus irmãos na fé. Não deixe a importância de seu trabalho minimizar sua preocupação com as necessidades humanas.

APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. CPAD pag. 518.

 

6.1 o lugar em que habitamos. Alguns entendem o termo "habitar" no sentido de "viver". Isso leva a conclusão de que os discípulos dos profetas, aqueles orientados especificamente por Eliseu, vivam juntos num alojamento comunitário. Entretanto, o termo "habitar" também pode ser entendido como "assentar-se diante". Esse termo foi usado com esse sentido quando Davi sentou-se diante do Senhor para adora-lo (2Sm 7.18) e quando os anciãos se sentaram diante de Ezequiel para ouvir o seu conselho (Ez 8.1; 14;1). Portanto, o "lugar" aqui se refere ao dormitório onde Eliseu também orientava os discípulos dos profetas. O crescente numero de homens que desejavam ser ensinados criou a necessidade de um edifício maior.

6.4 Jordao... cortaram madeira. O vale do Jordao tinha em sua maioria arvores de pequeno porte, como, por exemplo, salgueiro, tamargueira e acácia, de madeiras leves. A estrutura resultante seria um edifício simples e humilde.

6.5 o machado... emprestado. O ferro era muito caro e relativamente raro nessa época em Israel e o discípulo-profeta era muito pobre. A cabeça do machado fora emprestada ao profeta já que ele não podia pagar por uma e não leria condições de reembolsar o dono.

6.6 fez flutuar o ferro. Eliseu atirou um pedaço de pau no rio no lugar exato onde a cabeça do martelo havia afundado, e o pau fez com que a pesada cabeça do martelo flutuasse na superfície. Por meio desse milagre, o Senhor novamente proveu para aquele que lhe era fiel.

MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag.483.

 

f) Recuperando o Machado Emprestado. 6:1-7.

1. O lugar em que habitamos é estreito demais. Devido ao aumento do número de crentes, surgiu a necessidade de recintos maiores. O ministério de Eliseu estava dando frutos. Nossas boas obras deveriam levar outros para a comunhão dos santos.

3. Serve-te de ires com os teus servos. Expressaram um sincero desejo da presença de Eliseu.

5. Era emprestado. Isto reflete sua maneira simples de viver e sua pobreza.

6, 7. Fez flutuar o ferro. Os que são fiéis a Deus experimentam a libertação em coisas aparentemente insignificantes. Às vezes o livramento vem por meio de intervenção extraordinária, conforme veremos no incidente seguinte

MOODY. Comentário Bíblico. 2 Reis pag. 21.

 

2 Reis 6

Versículos 1-7: Os filhos dos profetas ampliam a sua habitação; o machado que flutuou; 8-12: Eliseu descobre as intenções dos sírios; 13-23:

Os sírios são enviados a prender Eliseu; 24-33: Samaria é sitiada; a fonte; os reis mandam matar Eliseu.

Vv. 1-7. Existem características tão aprazíveis nas conversas dos servos de Deus, que fazem com que os que as escutam, esqueçam-se da dor e do cansaço do trabalho. os filhos dos profetas devem estar dispostos a trabalhar. Que ninguém pense que um emprego honesto seja uma carga ou uma desgracia. o trabalho intelectual e tão pesado e, muitas vezes, mais desgastante do que o trabalho manual ou braçal. Devemos cuidar do que e emprestado como se fosse nosso, porque devemos agir como desejamos que os outros ajam em relação a nos. Este homem tinha respeito pelo machado emprestado. Para o que tem uma mente honesta, a mais penosa aflição da pobreza não e tanto a sua própria necessidade e desgracia, mas estar incapacitado para pagar as suas dividas justas. Porem, o Senhor cuida de seu povo, ate mesmo em suas pequenas ocupações. A graça de Deus e capaz de levantar o coração que for pesado como ferro e que esteja afundado no lodo deste mundo, e elevar os afetos que sejam naturalmente terrenos.

HENRY. Matthew. Comentário Bíblico. 2 Reis pag. 13.

 

III - OS MILAGRES DE RESTAURAÇÃO

1. A cura de Naamã.

5.1 - A lepra, quase como a aids hoje. foi uma das doenças mais temidas da época. Algumas formas eram extremamente contagiosas e. em muitos casos, incuráveis. Em sua pior forma, esta enfermidade levava a morte. Muitos leprosos eram forcados a sair das cidades e permanecer em acampamentos de quarentena. O fato de Naamã ainda se manter em seu posto, teve duas razoes prováveis: fora acometido de uma forma suave da doença ou ainda estava no estagio inicial desta grave enfermidade. Em qualquer caso, sua vida poderia ter sido tragicamente abreviada. (Para mais informações sobre a lepra nos tempos bíblicos, veja a nota sobre Lv 13.1 ss.)

5.2 A Síria localizava-se a nordeste de Israel; porem, as duas nações raramente mantinham relações amigáveis. Sob o governo de Davi, os sírios pagaram tributos a Israel. Nos dias de Eliseu. eles cresceram em poder e frequentemente atacavam as tribos do Norte na tentativa de frustrar as pessoas e trazer a confusão politica. Os israelitas eram muitas vezes levados cativos para a Síria apos ataques bem-sucedidos. A escrava de Naamã era uma menina de Israel, sequestrada de sua casa e família. Ironicamente, a única esperança deste general ser curado veio dos israelitas.

5.3.4 - A fé da pequena jovem e o pedido de Naamã contrastam-se com a obstinação do rei de Israel (5.7). Um líder da poderosa Síria buscou o Deus de Israel; porem, o próprio governante israelita não o fez. Não sabemos o nome da pequena jovem ou mais sobre ela; mas suas poucas palavras a sua ama trouxeram cura e fé em Deus ao poderoso general sírio. Deus a colocara ali com um proposito, e ela foi fiel. Onde o Senhor o estabeleceu? Não importa quão humilde ou pequena seja a sua posição, Deus pode usa-lo para divulgar sua Palavra. Busque oportunidades de dizer aos outros o que o Todo-Poderoso pode fazer. Nunca se sabe quem ouvira sua mensagem!

5.9-15 • Naamã. um grande herói, acostumara só a ser respeitado, e sentiu-se insultado quando Eliseu o tratou como uma pessoa comum. Como um homem orgulhoso, esperava um tratamento real. Banhar-se em um grande rio seria aceitável; porem. o Jordao era pequeno e barrento. Lavar-se ali. Pensou Naamã. seria uma atitude aceitável para um homem de uma posição interior a sua. Mas teve que se humilhar e obedecer as ordens de Eliseu para ser curado. A obediência a Deus começa com a humildade. Devemos crer que a sua maneira de agir e melhor do que a nossa. Podemos não entender seu modo de trabalhar, mas pela humilde obediência. receberemos suas bênçãos. Devemos nos lembrar de: (1) os caminhos do Senhor são melhores; (2) Ele quer nossa obediência mais do que qualquer coisa; e (3) Ele pode usar qualquer coisa para cumprir seus propositos.

5.12 - Naamã ficou irado porque a cura para a sua enfermidade parecia simples demais. Ele era um herói, c esperava algo admirável. Cheio de orgulho e vangloria, não podia aceitar a simples cura por meio da fé. Algumas vezes as pessoas reagem a oferta do perdão de Deus da mesma maneira. Para alguns, somente crer em Jesus Cristo não parece o suficiente para trazer a vida eterna.

Obedecer aos mandamentos de Deus não parece heroico. O que Naamã teve que fazer para ter sua lepra curada e parecido com o que devemos fazer para ter nossos pecados perdoados humildemente aceitar a misericórdia de Deus. Não deixe sua reação ao caminho da fe mantê-lo afastado da cura de quo tanto precisa.

5.16 - Eliseu recusou a recompensa de Naamã para mostrar que o favor de Deus não pode ser comprado. Nosso dinheiro, como o daquele general, e inútil quando enfrentamos a morte Não imporia quanta riqueza acumulemos nesta vida: ela evaporara quando estivermos diante de Deus. nosso Criador. O que nos salvara será a nossa fé em Jesus Cristo; não nossa conta bancaria.

5.18,19 - Como Naamã seria perdoado, obrigado que era a curvar-se diante de um ídolo pagão? Ele não pedia permissão para adorar Rimom, mas para fazer sua obrigação civil, ao ajudar o rei a ajoelhar-se e levantar-se quando se prostrava. Também conhecido como Hadade. Rimom, o deus de Damasco, era tido como o senhor da chuva e do trovão. Naamã, ao contrario de muitos de seus contemporâneos, mostrou uma forte consciência do poder de Deus. Em vez de acrescentar o Senhor a coleção de ídolos da nação, reconheceu que havia somente um verdadeiro Deus. Não pretendia adorar os ídolos. Seu pedido por perdão nesta área mostra o marcante contraste entre Naamã e os israelitas, que continuamente veneravam muitos ídolos. Naamã

APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. CPAD pag.515-517.

 

2Rs 5

1. Foi um vitorioso comandante do exercito da Síria (v. 1).

2. Rico, bem sucedido e conceituado diante do rei (v. 1).

3. Era leproso (Lepra: símbolo do pecado) (v. 1).

4. Foi um homem que procurava (vs. 4-5),

5. Procurou em lugares errados (vs. 6-7).

6. Desprezou a mensagem do profeta (vs. 10-12).

7. Finalmente, chegou a conclusão correta (vs. 13-4).

8. Seguiu a ordem e foi curado (v. 14).

PREGADOR. Bíblia do. Editora Sociedade Bíblica, do Brasil. pag.360.

 

2. As águas de Jerico.

2.20-21 prato novo... sal. O sal purifica a agua, mas a pequena quantidade utilizaria ali não seria capaz de purificar todo o suprimento de agua. Na verdade, o uso do sal de um novo prato simbolizava a purificação das aguas que Deus faria milagrosamente. A cura das aguas de Jerico, por meio de Eliseu, livrou a cidade da maldição de Josué, tornando-a habitável para os homens novamente (cf.Js6.26; IRs 16.34).

MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. 477.

 

19. Os homens da cidade disseram as águas são más. A agradável localização de Jericó era profundamente prejudicada pela água insalubre. Traduza: mas as águas são más – e a terra – causando aborto. Achavam que a água má, que bebiam, era responsável pelos abortos. A fonte principal junto à antiga localização de Jericó é doce e pura, enquanto que as outras são salobros.

20. Trazei-me um prato novo. A obra de Deus tem de ser realizada através de vasos novos não contaminados. Ponde nele sal. O sal limpa e preserva. Aqui ele é um símbolo do poder purificador e preservador de Deus.

21. Tornei saudáveis a estas águas. O sinal e símbolo da cura foi o sal lançado nelas.

22. Ficaram, pois, saudáveis aquelas águas até ao dia de hoje. Deus procurou testificar do Seu poder de curar do pecado e preservar pela fé. A purificação foi permanente; as águas desta fonte permanecem boas até o dia de hoje (veja v. 19). Do mesmo modo a obra da graça de Deus em nós é permanente, nosso único fundamento certo para edificação de vidas puras.

MOODY. Comentário Bíblico. 2 Reis pag. 10, 11.

 

Vv. 19-25. Observe o milagre de sarar as aguas. os profetas devem melhorar, também em beneficio próprio, todo o lugar onde chegarem, a fim de propor a si mesmos adoçar os espíritos amargos e tornar frutíferas as almas estéreis, através da Palavra de Deus, que e como o sal que foi lançado na agua por Eliseu. Este foi um símbolo adequado do efeito produzido pela graça de Deus no coração pecador do homem. As vezes, ha famílias, povos e cidades inteiras que adquirem um novo aspecto através da pregação do Evangelho. A maldade e o mal são transformados em frutos das obras de justiça, que são, através de Cristo, para louvor e gloria de Deus.

HENRY. Matthew. Comentário Bíblico. 2 Reis pag. 4.

 

IV - OS MILAGRES DE JULGAMENTO

1. Maldição dos rapazinhos.

2.23.24 Este grupo de jovens era de Betel, o centro religioso de idolatria do Reino do Norte, e provavelmente advertiam Eliseu a não lhes falar contra sua imoralidade como fizera Elias. Mao zombavam meramente dele, com sua calvície, mas demonstravam uma grande falta de respeito para com a mensagem do profeta e o poder de Deus. Provavelmente zombavam de Eliseu por causa da descrença no episodio da carruagem de fogo que levou Elias. Quando o profeta os amaldiçoou, não foi ele quem chamou os ursos. Deus os enviou como um julgamento per sua insensível incredulidade.

2.23.24 - Estes jovens zombaram do mensageiro de Deus e pagaram por isto com suas vidas. Zombar dos lideres religiosos tem sido uma pratica popular ha muitos anos. Ocupar uma posição dada pelo Senhor e ser diferente do mundo e vulnerável ao abuso verbal. Quando somos cínicos e sarcásticos com respeito aos lideres religiosos, estamos em perigo de zombar não somente da pessoa, mas também da mensagem espiritual. Precisamos orar ate mesmo pelos que pecam, e não escarnecer deles. Os autênticos lideres, os que verdadeiramente seguem a Deus. precisam ser ouvidos com respeito e encorajados em seu ministério.

APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. CPAD pag. 511.

 

2.23 rapazinhos, listes não eram crianças, mas jovens ímpios e idolatras, que estavam no fim da adolescência ou entrando na idade dos 20 anos (cf. Cn 22.12; 37.2; 1 Rs 20.14-15). Calvo. A calvície era encarada como uma desgracia (cf. Is 3.17,24). A calvície de Eliseu cilada aqui podia ser: 1) uma perda natural dos cabelos; 2) ele tinha a cabeça raspada para demonstrar que fora separado para o oficio profético; ou, o mais provável, 3) um epileto de escarnio e desdém, e que Eliseu não seria literalmente calvo. Esses jovens estavam zombando do profeta do Senhor, bem como insultando-o, ao pedir que ele repetisse a translação de Elias ("Sobe").

2.24 os amaldiçoou. Porque esses jovens com c. 20 anos ou mais (o mesmo termo foi usado a respeito de Salomão em 1 Rs 3.7) tanto desprezavam o profeta do Senhor, Eliseu clamou ao Senhor para que os tratasse conforme achasse apropriado. O castigo do Senhor foi do despedaçamento dos 42 jovens por duas ursas. O castigo foi plenamente justificado, pois ridicularizar Elias ora como ridicularizar o próprio Senhor. A gravidade do castigo refletia a gravidade do crime. O julgamento apavorante foi uma advertência de Deus para toda e qualquer pessoa que tentasse interferir com o ministério do profeta recém-empossado.

MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag.477, 478.

 

23. Subiu dali a Betel. A primeira visita "oficial" de Eliseu, como sucessor de Elias, foi a Betel (cons. vs. 2, 3), o centro da adoração dos bezerros de Jeroboão (I Reis 12:29). Rapazinhos. Antes,homens jovens (nearim qetannim, pl.), não crianças irresponsáveis. Tanto Salomão (I Reis 3:7) como Jeremias (Jr. 1:6, 7) foram chamados na'ar (sing.). Esses jovens eram moralmente responsáveis. Sobe, calvo. Fizeram eco às palavras dos discípulos dos profetas a Eliseu: "O Senhor levará (para cima) o teu mestre" (vs. 3,5). Suas palavras tinham o seguinte significado: "Suba, para que possamos nos ver livres de você (e possamos continuar imperturbados pelos nossos maus caminhos)!" Uma cabeça calva ou rapada era sinal de lepra e indicava desgraça (Is. 3:17). Embora Eliseu provavelmente não fosse calvo ainda, o epíteto mostra que os jovens o consideravam um "pária", como um leproso. Desprezavam o profeta de Deus.

24. E os amaldiçoou, em nome do Senhor. Sua zombaria desonrava a Deus. Por isso a promessa de julgamento divino. Eles violaram a aliança divina ridicularizando seu superintendente.Duas ursas despedaçaram quarenta e dois. Violação da aliança produz castigo. O tamanho do grupo dá a impressão de que a zombaria foi pré-arranjada.

25. Depois de completar seus negócios com os discípulos dos profetas, foi ele para o monte Carmelo, em busca de quietude e descanso a fim de se preparar para o trabalho que estava à frente. Voltou pua Samaria. Eliseu voltou à cena de seus futuros e significativos trabalhos em benefício de Israel.

MOODY. Comentário Bíblico. 2 Reis pag.11, 12.

 

Aqui esta uma maldição sobre os jovens de Betel, que era suficiente para destrui-los.

Não foi uma maldição sem causa, pois abusaram do caráter de Eliseu, enquanto profeta de Deus. Zombaram dele, incitando-o e dizendo: "Sobe", referindo-se ao arrebatamento de Elias ao céu.

O profeta agiu por impulso divino. Se o Espirito Santo não tivesse dirigido a solene maldição de Eliseu, a providencia de Deus não teria em seguida realizado o juízo, como o fez. o Senhor deve ser glorificado como o Deus justo que odeia o pecado e que o castigara. os jovens devem temer pronunciar palavras mas, pois Deus observa o que eles dizem. Que não zombem de quem quer que seja por causa de defeitos na mente ou no corpo. correm perigo, se zombarem de alguém, ao pensarem que fazem o bem. os pais que desejam o bem e o consolo para os seus filhos devem dar-lhes uma boa educação, e fazer todo o possível para tirar tudo o que for mesclo e estiver ligado ao coração deles. Que grande angustia sentirão os pais que, no dia do juízo, presenciarem a condenação da sua prole, ocasionada por seu próprio mau exemplo, negligencia ou má criação.

HENRY. Matthew. Comentário Bíblico. 2 Reis pag. 5.

 

2. A doença de Geazi.

O julgamento de Geazi nos mostra que Ministros ficam doentes, Ministérios também!Aprendemos com ele que:

a) Não devemos edificar sobre aquilo que Deus já refugou — “Voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva; veio, pôs-se diante dele e disse: Eis que, agora, reconheço que em toda a terra não há Deus, senão em Israel; agora, pois, te peço aceites um presente do teu servo. Porém, ele disse: Tão certo como vive o Senhor, em cuja presença estou, não o aceitarei. Instou com ele para que o aceitasse, mas ele recusou” (2 Rs 5.15,16).

Geazi, moço de Eliseu, tenta obter ganho pessoal naquilo que o profeta já havia rejeitado. A recusa de Eliseu era a recusa de Deus! Ele queria obter ganho naquilo que o Senhor já havia considerado como perda. Onde Deus havia proibido que houvesse vantagem pessoal, Geazi tenta obtê-la.

Não tenho dúvidas de que muitos ministérios estão ficando doentes porque estão sendo edificados sobre refugos divinos. Na maioria são teologias recicladas. Não são fundamentadas na autêntica Palavra de Deus. Isso pode ser visto no próprio campo da teologia bíblica. Foi assim com a Teologia da Prosperidade; com a Teologia do Domínio; com a Teologia Ariana; com a Teologia Unicista; com a Teologia Relacional etc. Esses modelos teológicos em sua maioria são reciclagens de antigas heresias ou crenças heterodoxas. O certo é que não podemos edificar sobre aquilo que a própria Palavra de Deus e a história da igreja já mostraram que são refugos teológicos.

b) Não podemos sacralizar aquilo que é profano — ‘Geazi, o moço de Eliseu, homem de Deus, disse consigo: Eis que meu senhor impediu a este siro Naamã que da sua mão se lhe desse alguma coisa do que trazia; porém, tão certo como vive o Senhor, hei de correr atrás dele e receberei dele alguma coisa” (2 Rs 5.20).5 Geazi invocou o nome santo do Senhor (tão certo como vive o Senhor) para validar uma ação errada! Ele procurou santificar o pecado, quando diz que essa sua ação desastrosa será feita em nome do Senhor!

Não podemos invocar o nome do Senhor sobre coisa alguma que não esteja de acordo com a sua Palavra. O pecado jamais pode ser santificado nem tampouco aquilo que é pagão pode ser cristianizado.

Na história da igreja vimos isso acontecer. Primeiramente quando Constantino, imperador convertido à fé cristã, cristianiza muitas práticas pagãs. O mesmo ocorre quando Tomás de Aquino cristianizou os ensinos do filósofo grego Aristóteles. Mais recentemente temos os teólogos da prosperidade tentando, a todo custo, cristianizar os ensinos da Ciência Cristã. Aquilo que é pecado não pode ser santificado, mesmo que se invoque sobre ele alguma doutrina bíblica.

c) Não podemos relativizar absolutos — “Ele respondeu: Tudo vai bem; meu Senhor me mandou dizer: Eis que, agora mesmo, vieram a mim dois jovens, dentre os discípulos dos profetas da região montanhosa de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas vestes festivais” (2 Rs 5.22).

O profeta Eliseu jamais havia mandado dizer tal coisa. Geazi mentiu! Quando tentou aproveitar o que Deus havia refugado, Geazi agora deu um outro passo — tornou relativo aquilo que era absoluto. Criou uma mentira e passou a acreditar nela. Quando se faz concessão onde não pode haver nenhuma, passa-se a adotar comportamentos relativistas.

d) Não podemos substituir organismo por organização — “Perguntou-lhe Eliseu: Donde vens, Geazi? Respondeu ele: Teu servo não foi a parte alguma. Porém ele lhe disse: Porventura, não fui contigo em espírito quando aquele homem voltou do seu carro, a encontrar-te?” (2 Rs 5.25,26).

O que se percebe é que Geazi se comportou diante desse incidente como quem vivia apenas para uma organização — a Escola dos Profetas, e não para o Deus vivo. Geazi esquecera do lado espiritual do seu ministério, isto é, a instituição profética como um organismo divino, para servir apenas a Escola de Profetas, enquanto instituição humana. Esquecer que não há organização sem organismo; forma sem função e muito menos preceitos sem princípios.

e) Não devemos trocar o “ser" pelo “ter”, a vocação pela carreira — “Era isto ocasião para tomares prata e para tomares vestes, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos e servas? Portanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre. Então, saiu de diante dele leproso, branco como a neve” (2 Rs 5.26,27).

Geazi foi à procura de Naamã em busca de “alguma coisa” e terminou sem “coisa alguma”. Foi em busca de valores materiais, mas perdeu os espirituais. É um perigo quando alguém troca o “ser” pelo “ter”. Quando transforma a vocação em carreira. Quando o ministério deixa de ser um projeto divino para se transformar em algo meramente humano.

Os milagres operados pelo profeta Eliseu são uma clara demonstração do poder de Deus. Todos tiveram um propósito específico de demonstrar a graça de Deus e sua glória nas mais diferentes situações. Em nenhum momento essas intervenções sobrenaturais exaltam as virtudes pessoais de um homem nem tampouco deixam transparecer que se tratava de algo que o profeta conseguia manipular através do domínio de alguma técnica. Eram ações inteiramente imprevisíveis e não repetitivas, o que deixa claro que em todas elas estava a unção de Deus.

GONÇALVES, José. Porção Dobrada, Editora CPAD 2012 pag. 128-130.

 

5.20-27 - Geazi encontrou a oportunidade perfeita para ficar rico, egoisticamente. ao pedir a recompensa que Eliseu rejeitara. Infelizmente, houve três problemas com seu plano; (1) ele prontamente aceitou o dinheiro que fora oferecido a outra pessoa: (2) erroneamente concluiu que o dinheiro poderia ser trocado pelas bênçãos de cura e misericórdia de Deus: e {3) mentiu e tentou ocultar seus motivos para aceitar o dinheiro. Apesar de Geazi ter sido um servo util. o beneficio pessoal, para ele, tornara-se mais importante do que servir a Deus.

Esta passagem não ensina que o dinheiro seja prejudicial ou que os ministros não devam ser pagos; antes, adverte contra a cobiça e o engano. O verdadeiro serviço e motivado pelo amor e pela devoção a Deus. e não busca o proveito pessoal. Ao servir ao Senhor, verifique os seus motivos — não e possível servir a Deus e ao dinheiro (Ml 6.24).

APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. CPAD pag. 517.

 

5.22 meu senhor me mandou dizer. Lima mentira para obter ganho pessoa! revelou a triste condição do caráter do Geazi. Outra mentira se seguiu para encobrir a primeira (v. 25). 5.23 dois talentos de prata. C. 68 kg de prata.

5.26 Porventura, não fui contigo em espirito. Eliseu sabia que Geazi mentira. Embora o seu corpo não tivesse se movimentado, a mente de Eliseu testemunhara tudo que havia transpirado entre Geazi e Naamã.

5.27 a lepra... se pegara a ti. A ganancia de Geazi havia maculado a integridade do oficio profético de Eliseu. Na mente do povo, isso o colocava no mesmo nível dos falsos profetas de Israel, daqueles que profetizavam por ganho material, o que Eliseu mais queria evitar (vs. 15-16). A ação de Geazi revelou falta de fé na capacidade do Senhor para prover. Como resultado, Eliseu condenou Geazi e seus descendentes a sofrerem com a doença de pele de Naamã para sempre. O castigo foi uma virada para Geazi, que tinha ido receber "alguma coisa" de Naamã (v. 20), mas o que recebeu foi a sua doença.

MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag.483.

 

20, 21. Geazi disse, isto é, pensou em seu coração. Vai tudo bem? A pressa de Geazi levou Naamã a pensar que algo de mais tivesse acontecido a Eliseu.

22-24. Meu senhor. Geazi estava cego ao fato do que grande prejuízo poderia ser causado ao testemunho do Senhor através de sua ambição. Dá-lhes. Geazi tomou alguma coisa "desse sírio" e escondeu seus ganhos injustos.

25-27. Teu servo não foi à parte alguma. Geazi mentiu para esconder o seu pecado. Era isto ocasião? "Este é o pior momento possível para se receber ouro  Geazi esperava, através do presente de Naamã, comprar as coisas enumeradas. Se pegará a ti. "Se você comprar essas coisas, há de comprar também a lepra de Naamã". Naamã se tomara um israelita, mas Geazi um pagão através do seu pecado (cons. Mt. 6:31-34). A conversão de Naamã servia para mostrar aos israelitas como é fácil ao Senhor mudar os corações dos adversários deles e consequentemente transformá-los em adoradores de Jeová, irmãos dos próprios judeus.

MOODY. Comentário Bíblico. 2 Reis pag.20, 21.

 

Um servo indigno 2Rs 5.20-27

1. Geazi viveu na companhia santificada de Eliseu.

2. Viu grandes sinais e milagres, porem, não se converteu.

3. A sua mente estava presa nas coisas terrenas (1Tm 6.9-10).

4. Escandalizou Naamã e seus companheiros (vs. 21-24; Mt 18.6).

5. Mentiu ao seu fiel senhor e encobriu seu pecado (v.25; Sl 32.3-4; Js7).

6. Deus revelou sua hipocrisia (v. 26; At 5.1-11).

7. Deus julgou seu pecado (v. 27).

8. Geazi tornou-se maldição para sua família (v. 27).

PREGADOR. Bíblia do. Editora Sociedade Bíblica, do Brasil. pag.361.

ELABORADO: Alessandro Silva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário