Data: 24 de Abril de 2016
TEXTO
ÁUREO
“Mas Deus prova o seu amor para
conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).
VERDADE
PRÁTICA
A justificação pela fé em Cristo nos libertou de Adão, símbolo do velho
homem, para nos colocar em Cristo, onde fomos feitos uma nova criação.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda — 1Co 15.21
O pecado entrou no mundo mediante a Queda de um único homem
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Quarta — Rm 5.13
O pecado só pode ser imputado havendo a lei
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Sexta — Rm 5.17
O pecado trouxe morte, mas Cristo trouxe a graça divina
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Terça — 1Co 15.22
Todos morreram em Adão e só podem ser vivificados em Jesus
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Quinta — Rm 5.15
A suprema eficiência da redenção em Jesus Cristo
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Sábado — Rm 5.21
A graça e a justiça reinam por intermédio de Cristo
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 5.1-12.
1 — Sendo, pois, justificados
pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo;
2 — pelo qual também temos
entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na
esperança da glória de Deus.
3 — E não somente isto, mas
também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a
paciência;
4 — e a paciência, a
experiência; e a experiência, a esperança.
5 — E a esperança não traz
confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo
Espírito Santo que nos foi dado.
6 — Porque Cristo, estando nós
ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
7 — Porque apenas alguém morrerá
por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer.
8 — Mas Deus prova o seu amor
para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.
9 — Logo, muito mais agora,
sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.
10 — Porque, se nós, sendo
inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais,
estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
11 — E não somente isto, mas
também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora
alcançamos a reconciliação.
12 — Pelo que, como por um homem
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a
todos os homens, por isso que todos pecaram.
HINOS
SUGERIDOS
90, 310 e 400 da Harpa Cristã.
OBJETIVO
GERAL
Esclarecer que a justificação pela fé em Cristo nos libertou da lei do
pecado e nos fez novas criaturas.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve
atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os
seus respectivos subtópicos.
· I. Apresentar as bênçãos
decorrentes da justificação;
· II. Mostrar as bênçãos do
amor trinitário;
· III. Explicar as bênçãos
decorrentes na nova criação.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Professor, você já parou para
refletir a respeito das bênçãos decorrentes da justificação pela fé? Pare e
pense no que Cristo fez por você. Louve ao Salvador. Adore-o pela sua graça e
redenção. O Filho de Deus assumiu o castigo que era nosso. Ele tomou sobre si a
nossa condenação. Na cruz Cristo cumpriu a nossa pena nos justificando perante
o Pai e fazendo de nós novas criaturas. Ele nos libertou da lei do pecado. Uma
vez livres e justificados pela fé temos paz com Deus (Rm 5.1) e acesso à graça
(Rm 5.2). Como pecadores jamais poderíamos pagar a nossa dívida para com o Pai.
Quando pela fé recebemos o perdão de Deus, a culpa que perturbava as nossas
consciências foi substituída pela graça e misericórdia divina.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nos quatro primeiros capítulos da Epístola aos Romanos, Paulo já havia
escrito a respeito das origens e das bases da nossa justificação. Faltava agora
falar dos resultados dessa justificação. Que benefícios ela nos trouxe? Quais
seriam as bênçãos a ela associada? Paz, alegria, esperança são algumas dessas
bênçãos associadas à justificação. Todavia, Paulo vai além, ele mostra que tudo
isso só foi possível porque Deus nos fez participante de uma bênção maior —
sermos parte da nova criação. Esse fato será mostrado através do contraste
feito entre Adão, símbolo da velha criação e Cristo, o segundo Adão, cabeça de
uma nova criação.
PONTO CENTRAL
A justificação pela fé nos concede muitos benefícios.
I.
A BÊNÇÃO DA GRAÇA JUSTIFICADORA (Rm 5.1-5)
1. A bênção da paz com Deus. No capítulo cinco
de Romanos, Paulo mostra os benefícios da justificação pela fé logo no primeiro
versículo: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso
Senhor Jesus Cristo”. O uso que Paulo faz da palavra paz aqui é diferente
daquele usado no mundo antigo. No geral, o termo significava ausência de
guerra. Porém, Paulo se refere ao vocábulo paz conforme ele aparece no Antigo
Testamento e cujo significando era a salvação dos piedosos, prosperidade e
bem-estar.
Embora os manuscritos mais aceitos do original grego tragam a palavra tenhamos em vez de temos, os teólogos concordam que o argumento de Paulo aqui é a paz como
efeito imediato dessa justificação. Assim sendo essa paz deve ser desfrutada
aqui e agora. Robertson, erudito em grego bíblico, traduz essa expressão como gozemos de paz com Deus. Portanto, uma paráfrase das
palavras de Paulo ficaria da seguinte forma: “Já que fomos justificados por
meio da fé, desfrutemos, pois, dessa paz com Deus”. Deus tem paz para todos os
que foram justificados em Cristo Jesus e deseja que desfrutemos dela.
2. A bênção de esperar em Deus. Antes de falar da
bênção de esperar em Deus, Paulo fala como se deu esse acesso: “Pelo qual
também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos
gloriamos na esperança da glória de Deus” (Rm 5.2). A fé no Cordeiro de Deus
nos abriu a porta da graça. Observe o comentário que William Barclay faz a respeito desse texto: “O
próprio Jesus nos introduz na presença de Deus; nos abre a porta de acesso à
presença do Rei dos reis. E quando se abre essa porta o que encontramos é a graça; não condenação, nem juízo, nem vergonha; senão o intocado e imerecido
amor de Deus”. A porta se abriu para a esperança. No contexto de Romanos, esperança significa enfrentar o tempo presente,
com todos os seus desafios, porque se tem certeza quanto ao futuro. O futuro
não é algo mais desconhecido, porque a fé em Jesus nos tornou participantes do
seu reino.
3. A bênção de sofrer por Jesus. Na lista dos benefícios
ou bênçãos vindos da cruz encontramos uma que, no contexto atual, escandaliza
muita gente. Paulo tem no sofrimento uma motivação para se gloriar! “E não somente isto, mas também nos
gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência, e a
paciência a experiência; e a experiência, a esperança” (Rm 5.3,4). A palavra
grega thlipsis, traduzida em
português como tribulação, significa
pressões, dificuldades e sofrimentos. Que tipo de fé era essa que se alegrava
no sofrimento? Era a fé pura, sem os resquícios da Teologia da Prosperidade,
sem os paliativos espirituais criados para entreter os cristãos modernos.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Com
a justificação pela fé recebemos a bênção da paz com Deus.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
Inicie o tópico fazendo a seguinte indagação: “Quais são as bênçãos
decorrentes da justificação?”. Incentive a participação de todos e ouça os
alunos com atenção. Em seguida copie no quadro o esquema abaixo. Utilize-o para
mostrar aos alunos algumas das bênçãos decorrentes da justificação. Leia e
discuta as referências bíblicas com os alunos.
II.
AS BÊNÇÃOS DO AMOR TRINITÁRIO (Rm 5.5-11)
1. O amor que o Pai outorga. A visão que Paulo
possui a respeito do Senhor é muito diferente da do judaísmo dos seus dias. O
Deus que Paulo está revelando em suas epístolas é amor. Por isso, muito
diferente daquele que os judeus conheciam. A expressão amor de Deus, que aparece em Romanos 5.5, no original está no caso genitivo,
indicando origem ou posse. Deus é a origem e
a fonte do amor. Embora o antigo Israel houvesse quebrado a aliança, sendo
digno de punição, Deus em seu amor infinito o procura para uma reconciliação.
Esse é o amor que perdoa. O Deus da teologia paulina ama suas criaturas e como
prova maior desse amor enviou seu Filho para morrer por elas (Jo 3.16). A
justificação pela fé nos dá uma nova percepção da pessoa de Deus e seus
atributos, e essa percepção mostra que Ele é amor.
2. O amor que o Espírito distribui. Deus é a fonte do
amor e o Espírito Santo é quem o instrumentaliza na vida do crente. Paulo diz
que o amor de Deus está “[...] derramado em nosso coração pelo Espírito Santo
que nos foi dado” (Rm 5.5b). O apóstolo tem em mente a profecia de Joel 2.28 e
o evento de Pentecostes em Atos dos Apóstolos 2.4, onde há a infusão do
Espírito Santo sobre os crentes. Há alguns fatos interessantes com o tempo
verbal grego (tempo perfeito) da palavra ekchéo, traduzida aqui
como derramar. Esse verbo
enfatiza uma ação passada, mas que continua com os efeitos no presente. É como
se ele dissesse, “o amor de Deus foi derramado em nossos corações no passado
quando cremos no Senhor, mas seus efeitos continuam vivos no presente”. Temos,
pois, razão para amarmos porque o Espírito Santo faz-nos viver esse amor.
3. O amor que o Filho realiza. O amor é originário
do Pai, operacionalizado pelo Espírito e realizado pelo Filho. Cristo é a
manifestação suprema do amor de Deus (Rm 5.6-8). Se quisermos conhecer o amor
de Deus, basta olharmos para Cristo, o bendito Filho de Deus.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Com
a justificação pela fé recebemos a bênção do amor trinitário.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
“O amor divino derramado em nós (5.5b)
Temos a força que energiza a nossa esperança que é ‘o amor de Deus
derramado em nossos corações pelo Espírito Santo’. Esse amor só é derramado
sobre um coração justificado. O interessante desse versículo é o destaque ao
amor que Deus tem por nós, e não o amor que temos para com Ele. Descobrimos
também neste versículo a participação das três Pessoas da Trindade na nossa
justificação. Clifton J. Allen, em seu Comentário aos Romanos, escreve sobre
isto: ‘As três Pessoas da Trindade têm sua parte na nossa salvação. Deus nos
justifica por causa da nossa fé. Sua justiça se torna possível por causa da
redenção dada por Cristo. O Espírito Santo nos torna cônscios da nossa
necessidade, faz com que exerçamos a fé, e faz transbordar os nossos corações
com o amor de Deus. O amor de Deus satisfaz a terna afeição do coração ou
corresponde ao desejo do coração’. Portanto, recebemos o amor de Deus em nossos
corações e somos transbordados de alegria, graça, poder e vida nova” (CABRAL,
Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005,
pp.64,65).
III.
AS BÊNÇÃOS DA NOVA CRIAÇÃO (Rm 5.12-21)
1. O homem em Adão. Os efeitos e as bênçãos da
justificação são agora ilustrados por Paulo com as figuras de Adão e Cristo.
Primeiramente Paulo fala do “homem em Adão”, em Romanos 5.12-14. Existem várias
interpretações a respeito deste texto bíblico, mas a ideia mais aceita pelos
intérpretes é que Adão, como cabeça da raça humana, representava toda a
humanidade. Nesse aspecto, todos pecaram, pois, todos descenderam de Adão. Para
Paulo, o “homem em Adão”, símbolo da velha criação, está condenado; em
desobediência; dominado pelo pecado e vencido pela morte. O homem em Adão é,
portanto, um projeto falido. Não há nenhuma esperança para ele.
2. O homem em Cristo. O contraste entre
Adão e Cristo é feito com cores vivas pelo apóstolo em Romanos 5.15-17. O
“homem em Cristo”, símbolo da nova criação de Deus, é justificado, obediente,
dominado pela graça e dominado pela vida com Deus. O primeiro Adão é alma
vivente, o segundo Adão é Espírito vivificante; o primeiro Adão é da terra, o
segundo Adão é do céu; o primeiro Adão é pecador, o segundo Adão é justo; o
primeiro Adão é morte, o segundo Adão é vida. É exatamente isso que o apóstolo
ensina em outro lugar aos cristãos de Éfeso. Em Cristo, somos abençoados com
toda sorte de bênçãos espirituais; escolhidos nEle antes da fundação do mundo para
sermos santos; fomos feitos filhos de Deus; temos a redenção dos nossos pecados
pelo seu sangue e fomos selados com o Espírito Santo (Ef 1.1-13).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Com
a justificação pela fé recebemos a bênção do novo nascimento.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
Reproduza o quadro abaixo. Leia com os alunos Romanos 5.15-21 e em
seguida, utilizando o quadro faça um contraste entre Adão e Cristo.
CONCLUSÃO
O capítulo cinco de Romanos mostra de que forma Deus amou os homens. Ele
os encontra pecadores, ímpios, e indiferentes ao seu propósito. Mas, mesmo
assim os ama. Numa demonstração inimaginável de amor, Ele os justifica pela fé
na pessoa bendita de Jesus Cristo e os abençoa com todas as bênçãos
espirituais. No capítulo 5 de Romanos o amor de Deus parece romper todos os
limites. Não é pelo que fazemos, mas pelo que Cristo fez por nós! Como disse
certo autor: “Não há nada que eu possa fazer para Deus me amar mais e não há
nada que eu possa fazer para Ele me amar menos”.
PARA
REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
Qual era o significado da palavra paz no Antigo Testamento?
O uso que Paulo faz da
palavra paz é diferente daquele usado no mundo antigo. No geral, o termo
significava ausência de guerra. Porém, Paulo se refere ao vocábulo paz conforme
ele aparece no Antigo Testamento e cujo significado era a salvação dos
piedosos, prosperidade e bem-estar.
Qual o primeiro benefício da justificação?
A paz com Deus.
Qual o significado da palavra esperança no contexto de romanos?
No contexto de
Romanos, esperança significa enfrentar o tempo presente, com todos os seus
desafios, porque se tem certeza quanto ao futuro.
Quem é a origem, fonte do amor?
Deus é a origem e a
fonte do amor.
Faça um contraste entre Adão e Cristo.
O primeiro Adão é alma
vivente, o segundo Adão é Espírito vivificante; o primeiro Adão é da terra, o
segundo Adão é do céu; o primeiro Adão é pecador, o segundo Adão é justo; o
primeiro Adão é morte, o segundo Adão é vida.
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Os benefícios da justificação
Ora, pode uma doutrina como a da justificação pela fé ter um benefício
prático na vida do crente? Há alguma consequência concreta quando o crente toma
a consciência de que foi justificado por Deus por intermédio da graça divina
mediante a fé em Jesus?
Professor, é importante enfatizar aos alunos de que toda doutrina
bíblica possui uma aplicação para a vida. Doutrina não é apenas teoria; ela
visa a amadurecer o crente a fim de que ele caminhe de maneira segura no
processo de amadurecimento da fé no caminho de Cristo. Por isso, ao iniciar a
aula desta semana, conforme a sua possibilidade, reproduza resumidamente os
benefícios da doutrina da justificação pela fé com o objetivo de facilitar a
reflexão em sala de aula:
O quadro acima destaca uma série de bênçãos que o crente justificado por
Deus tem acesso ao Pai no momento em que abre o coração para a Palavra de Deus.
Um dos pontos mais importantes desse quadro são as imagens que o apóstolo Paulo
usa para destacar o “homem imperfeito em Adão” e o “ser humano perfeito em
Jesus”. A maior das bênçãos da justificação pela fé é que se por Adão entrou no
mundo a morte, o sofrimento, a traição etc, por Cristo chegou a vida, a paz, a
esperança, a alegria e tudo quanto é bom para aquele que está em Cristo Jesus,
o nosso Senhor (Rm 5.12-21).
Enfatizar ao aluno a nova realidade de vida de uma pessoa justificada
por Deus é permitir-lhe conhecer uma das mais ricas e consoladoras doutrinas
sobre a condição do ser humano agora justificado por Cristo. Quantas são as
pessoas que chegam às nossas comunidades sofridas, cheias de condenação na alma
e na consciência? O contato, a assimilação e a fé nesta verdade bíblica
quebrarão e destruirão as amarras da alma e da consciência daqueles que se
sentem acusados e se tornam acuados pelo Inimigo de nossas almas. Ore a Deus,
peça-o para cada aluno viver a graça dessa verdade em nome de Jesus.
Por
Dc. Geazi Santos
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